Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Física Geral I - F -128 Aula 10 Colisões Prof. Thiago Alegre 2o semestre, 2012 Antes • • • • av1 av2 dv1 v2d 1m m2 1m m2 Durante Depois Em Física, dá-se o nome de colisão a uma interação entre duas partículas (dois corpos) cuja duração é extremamente curta na escala de tempo humana e onde há troca de momento linear e energia. Queremos estudar as possíveis situações finais depois que as partículas se afastam da região de interação. O que é uma colisão? F128 – 2o Semestre de 2012 2 Exemplo: Atmosfera F128 – 2o Semestre de 2012 3 Partículas carregadas do vento solar são aceleradas pelas linhas de campo magnético terrestre. Elas colidem com as moléculas da atmosfera, que ganham energia interna (seus elétrons são “excitados”). Posteriormente, ao perder essa energia excedente, as moléculas emitem luz, criando a Aurora (Boreal ou Austral). Exemplo histórico: estrutura do átomo F128 – 2o Semestre de 2012 4 Ernest Rutherford (1911): analisando o resultado do bombardeio de átomos de ouro com partículas alfa, criou o primeiro modelo para o átomo: um núcleo maciço duro, pequeno e positivo, cercado por uma nuvem eletrônica negativa. Primeiro experimento de colisão de partículas sub-atômicas. Modelo de Thompson: previa deflexão pequena das partículas alfa Rutherford observou grandes deflexões, sugerindo um núcleo duro e pequeno Exemplo: Partículas elementares F128 – 2o Semestre de 2012 5 Criação de pares elétron-pósitron • Colisões entre partículas elementares (elétron-elétron, elétron-próton, etc.) são responsáveis por quase toda a informação que temos sobre as forças fundamentais da natureza (exceto a gravitacional). • Essas colisões são geradas a partir da aceleração das partículas elementares em grandes aceleradores de partículas (FermiLab, SLAC e LHC, “Large Hadron Collider”). Exemplo: Colisões entre átomos/moléculas; F128 – 2o Semestre de 2012 6 Algumas orientações relativas não favorecem a reação química Na verdade, a técnica de bombardear um alvo por um feixe de partículas, estudando a seguir os resultados das colisões das partículas do feixe com o alvo, continua sendo, hoje em dia, um dos instrumentos mais poderosos em Física para um conhecimento melhor das chamadas “partículas elementares” e suas interações. Reações químicas Exemplos: Colisões entre núcleos em estrelas, reatores F128 – 2o Semestre de 2012 7 4 1H + 2 e- à 4He + 2 neutrinos + 6 fótons Reação nuclear principal no Sol: Energia liberada = 26 MeV Coração do reator nuclear 1H: núcleo de hidrogênio 4He: núcleo de He ou partícula α Uma das reações de fissão do 235U: 235U + n 236U* 140Xe + 94Sr + 2n Energia liberada 200 MeV (reação em cadeia) ≈ → → Características gerais de uma colisão F128 – 2o Semestre de 2012 8 As forças de interação entre duas partículas que colidem são forças muito intensas e agem durante um intervalo de tempo extremamente curto. F21 F12 2m1 m a) Forças de interação Não é necessário conhecer-se exatamente a forma do gráfico F x t, pois não nos interessa saber o que acontece durante a colisão. O que interessa saber é como se encontra o sistema imediatamente depois da colisão, conhecendo-se como se encontrava imediatamente antes dela. Na realidade, é o resultado da colisão que poderá nos dar informações a respeito da força de interação no sistema que colide, e não o inverso. Essencialmente, é isso que se faz num acelerador de partículas como o Fermilab ou o LHC. A integral temporal da força é chamada impulso da força: Impulso = área sob a curva (1D) Ou seja, a variação do momento linear da partícula durante um intervalo de tempo é igual ao impulso da força que age sobre ela neste intervalo. pdtFJ f i t t Δ==∫ ppppddt dt pddtF i t t p p f t t f i f i f i Δ=−=== ∫ ∫∫ O resultado líquido da força de interação é fazer variar o momento linear das partículas. Pela 2a lei de Newton: Como em geral não conhecemos F(t), recorremos à definição da força média durante o intervalo de tempo da colisão: Então: tFdtF f i t t Δ〉〈=∫ tFp Δ〉〈=Δ ou t pF Δ Δ=〉〈 t pF Δ Δ=〉〈 Forças de Interação F128 – 2o Semestre de 2012 9 Impulso numa colisão de bolas de bilhar. F128 – 2o Semestre de 2012 10 ⎩ ⎨ ⎧ =Δ ≅ m/s 0,1 kg 3,0 v m Suponhamos que, ao ser atingida pela bola branca, uma bola de bilhar adquira a velocidade de 1,0 m/s. A variação de seu momento linear da bola atingida é, em módulo: Δp = mΔv ≈ 0,3 kg m/s = J que é o impulso transmitido pela bola branca na colisão. Se o contacto dura 10-3 s, a força média exercida na bola é 〈F〉 = Δp Δt = J Δt = 300 N (Comparando com a força peso das bolas, P = 3,0 N, vê-se que a força de interação é muito maior que as forças externas.) =Δt , 〉〈F Vimos que durante uma colisão as forças internas do sistema são >> que as forças externas que podem agir sobre ele. Durante a colisão podemos, pois, desprezar as forças externas (já que o sistema é agora isolado) e dizer que: “ imediatamente após uma colisão, o momento total do sistema que colide é igual ao momento total do sistema imediatamente antes da colisão.” (Em realidade, o momento total se conserva também durante a colisão, mas o que acontece durante a colisão não é geralmente acessível às medidas). Se houver forças externas agindo sobre o sistema, é bom lembrar que o momento total não se conserva durante um intervalo de tempo finito qualquer, seja antes ou depois da colisão. 21122112 JJFF −=⇒−= ⇒ Δ p1 =−Δ p2 p1d − p1a = − p2d − p2a( ) = p2a− p2d p1a + p2a = p1d + p2d ⇒ Pa = Pd Obviamente, recuperamos a lei de conservação de momento linear (impulso total nulo). Da 3a lei de Newton: O momento linear é apenas transferido de uma partícula à outra. (1) De (1) : b) Impulso e Momento linear total do sistema F128 – 2o Semestre de 2012 11 Força média de um jato de areia: colisões em série F128 – 2o Semestre de 2012 12 Cada colisão transfere -Dp para o alvo, onde Dp é a variação de momento linear de um projétil em uma colisão. Se há n colisões num intervalo Dt, o impulso total transferido ao alvo é: pnJ Δ−=Δ A força média correspondente é: 〈F〉 = ΔJ Δt = − n Δt Δp Se a colisão é tal que as partículas são absorvidas: Se a colisão é tal que as partículas ricocheteiam: Δp = mvd − mva = 0− mvinc ⇒ 〈F〉 = n Δt m vinc Δp = mvd − mva = − mvinc− mvinc = −2 mvinc ⇒ 〈F〉= 2 n Δt mvinc Uma série de projéteis, todos com o mesmo momento linear, colide com um alvo fixo. Discutir a força média exercida sobre o alvo. alvo projéteis Q1: Impulso e momento linear F128 – 2o Semestre de 2012 13 A. a maior velocidade; B. a maior aceleração; C. o maior momento linear; D. o menor momento linear; E. o mesmo momento linear que o outro. [MC Types] Dois corpos de massas diferentes, em repouso sobre uma superfície sem atrito, são submetidos a forças horizontais iguais agindo durante o mesmo intervalo de tempo. Assim que essas forças forem removidas, o corpo de massa maior terá: c) Energia cinética total: Colisões elásticas e inelásticas F128 – 2o Semestre de 2012 14 Já vimos que colisões, por envolverem basicamente apenas forçasinternas, conservam o momento linear. E conservam a energia? Embora a energia total seja sempre conservada, pode haver transformação da energia cinética (inicialmente só há energia cinética) em outras formas de energia (potencial, interna na forma de vibrações, calor, perdas por geração de ondas sonoras, etc.). Se a energia cinética inicial do sistema é totalmente recuperada após a colisão, a colisão é chamada de colisão elástica. da KK =⇒elástica colisãouma Em Se não, a colisão é chamada de colisão inelástica. Note que se houver aumento da energia cinética (quando há conversão de energia interna em cinética: explosão, por exemplo), a colisão também é inelástica. Colisões elásticas unidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 15 Lembramos que: ( ) m pmv m mvK 22 1 2 1 222 === Antes: Depois: Assim, as equações básicas para uma colisão elástica são: ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ +=+ +=+ 2 2 2 1 2 1 2 2 2 1 2 1 2121 2222 m p m p m p m p pppp ddaa ddaa (Conservação de momento linear) ( Conservação de energia cinética) av2 2m av1 1m dv1 1m dv2 2m Colisões elásticas unidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 16 No caso unidimensional, estas equações são suficientes para determinar o estado final do sistema, conhecido o estado inicial. Não o são para o caso bidimensional. Sendo dada a razão entre as massas (ou as massas ), escrevemos: k = m1 m2 m1v1d +m2v2d = m1v1a +m2v2a 2 2 2 11 2 22 2 11 aadd vmvmvmvm +=+ k(v1d− v1a ) = − (v2d− v2a ) k(v1d 2 − v1a 2 ) = − (v2d 2 − v2a 2 ) Eliminando-se as soluções triviais v1d = v1a e v2d = v2a podemos dividir (2) por (1), obtendo: ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ +=+ +=+ 2 2 2 1 2 1 2 2 2 1 2 1 2121 2222 m p m p m p m p pppp ddaa ddaa k(v1d− v1a ) = − (v2d− v2a ) v1d + v1a = v2d + v2a (1) (2) 21 e mm ou finalmente: aadd vvkvvk 2121 +=+ v1d−v2d =− (v1a−v2a ) (3) (4) A equação (4) mostra que a velocidade relativa troca de sinal em toda colisão elástica unidimensional, isto é, ela é simplesmente invertida pela colisão. De (3) e (4) tira-se que: 1 2)1( 21 1 + +−= k vvkv aad v2d = 2kv1a− (k−1) v2a k +1 Explicitamente em termos das massas das partículas, podemos escrever: aad aad v mm mmv mm mv v mm mv mm mmv 2 21 21 1 21 1 2 2 21 2 1 21 21 1 2 2 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + −−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + +⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + −= Colisões elásticas unidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 17 ( o estado final do sistema é idêntico ao estado inicial: As partículas trocam suas velocidades! Colisões elásticas unidimensionais: casos particulares F128 – 2o Semestre de 2012 18 Em particular, se a partícula alvo está inicialmente em repouso, a partícula incidente para após a colisão, como no bilhar. Isto é: se 1) massas iguais: (k =1) ad vv 12 = ad vv 21 = )( afastaprox vv = v2a = 0 ⇒ v1d = 0. av1 1m 1m Antes: Depois: av1 2m 2m v2a = 0 v1d = 0 Isto pode acontecer! Pode isto acontecer? Exemplo: Um aliviador de stress para executivos F128 – 2o Semestre de 2012 19 Colisões elásticas unidimensionais: casos particulares F128 – 2o Semestre de 2012 20 aad ad vv m mv vv 11 2 1 2 11 2 <<⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ≈ −≈ A partícula incidente reverte sua velocidade e a partícula alvo passa a se mover lentamente, praticamente permanecendo em repouso. 2) Alvo em repouso e ad vmm mmv 1 21 21 1 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + − = ad vmm mv 1 21 1 2 2 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + = 21 mm << )( afastaprox vv = av1 1m dv2 dv1 2m 2m 1m Destas expressões resultam: Colisões elásticas unidimensionais: casos particulares F128 – 2o Semestre de 2012 21 ad ad vv vv 12 11 2≈ ≈ A partícula incidente não “sente” a colisão. A partícula alvo passa a se mover com o dobro da velocidade inicial da partícula incidente. 3) Alvo em repouso e 21 mm >> ad vmm mmv 1 21 21 1 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + − = ad vmm mv 1 21 1 2 2 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + = Antes Depois av1 dv1 dv2 1m 1m 2m 2m Destas expressões resultam: Voltando ao experimento com MTerra>> Mbilhar>> Mpingue-pongue: i) bola de basquete atingindo a Terra: iii) como altura é proporcional a v2: No referencial do laboratório Bola de pingue-pongue sobe a uma altura até 9 vezes mais altura inicial (sistema de “propulsão” usado por naves espaciais usando planetas e satélites naturais). ii) bola de pingue-pongue atingindo a bola de basquete: No referencial onde a bola de basquete está em repouso vbd =−vba = v v'pd =−v'pa = 2v vpd =−3vpa = 3v Exemplo F128 – 2o Semestre de 2012 22 Q2: Colisão F128 – 2o Semestre de 2012 23 A. a partícula incidente está se movendo inicialmente muito depressa; B. a partícula incidente está se movendo inicialmente muito devagar; C. a partícula incidente tem massa muito maior que a partícula alvo; D. a partícula incidente tem massa muito menor que a partícula alvo; E. a partícula incidente e a partícula alvo têm mesma massa. [MC Types] Quando uma partícula sofre uma colisão elástica frontal com outra partícula, inicialmente em repouso, a maior fração da energia cinética é transferida se: Moderação de nêutrons em reatores nucleares F128 – 2o Semestre de 2012 24 Ø Reatores nucleares a base de Urânio: p. ex. 235U + n 140Xe + 94Sr + 2n Os nêutrons produzidos devem levar a novos processos de fissão, numa reação em cadeia. Entretanto, eles são muito energéticos e, por isso, pouco eficientes para gerar novas reações. É preciso desacelerá-los (“moderá-los”). Nêutrons ® partículas incidentes (m1) ??????? ® partículas alvo (m2) • Se m2<<m1, os nêutrons não “sentem” as colisões. • Se m2>>m1, os nêutrons só são refletidos. • Situação ideal: m1»m2 ad vmm mmv 1 21 21 1 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + −= • Hidrogênio seria perfeito (mpróton » mnêutron), mas o próton captura o nêutron para formar o dêuteron. • Deutério funciona D2O (água pesada). • Também se usa carbono (grafite ou parafina) ou berílio. ⇒ ⇒ Colisões unidimensionais totalmente inelásticas F128 – 2o Semestre de 2012 25 Neste tipo de colisão, a partícula incidente “gruda” na partícula alvo. Pode-se provar que essa situação representa a perda máxima de energia cinética numa colisão inelástica em uma dimensão. ( ) ⇒+=+ daa vmmvmvm 212211 CMaad vmm vmvmv = + += 21 2211 Como o centro de massa coincide com as duas partículas“grudadas”, elas têm que se mover com a velocidade do centro de massa, que se mantém constante. A energia cinética final é a energia cinética associada ao movimento do CM. av2 2m av1 1m 1m 2m+ dv antes depois av1 Exemplo: Pêndulo balístico F128 – 2o Semestre de 2012 26 ad vmm mv 1 21 1 + = Conservação de energia mecânica após a colisão: gh m mmv a 2 1 21 1 += cm 5 km/h 400.1m/s 400m/s 05,08,92 01,0 01,4kg 4 g 10 12 1 = ==×××=⇒= = h vm m a Colisão totalmente inelástica: ∴+= da vmmvm )( 2111 Uma bala se aloja num bloco de madeira e o conjunto se eleva de uma altura h. Qual é a velocidade da bala imediatamente antes da colisão?( ) ghvghmmvmm dd 2)(2 1 21 2 21 =∴+=+ Então: Numericamente, se: av1 Colisões elásticas bidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 27 Vamos considerar a partícula-alvo em repouso (v2a=0) ( Conservação de momento linear) Esses 3 vetores definem um plano, chamado de plano de colisão. Isto é, a colisão sempre ocorre em um plano (colisão bi-dimensional). av1 2m 1m Antes Depois dv1 2θ 1θ 11 cosθdv 11 sen θdv 22 cosθdv 22 sen θdv− dv2 dda ppp 211 += dp1 dp2 ap1 Colisões elásticas bidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 28 Conservação do momento linear: Conservação da energia cinética: ⎩ ⎨ ⎧ −= += 2211 22111 sensen0 coscos θθ θθ dd dda pp ppp 2 2 2 1 2 1 1 2 1 222 m p m p m p dda += av1 2m 1m Antes Depois dv1 2θ 1θ 11 cosθdv 11 senθdv 22 cosθdv 22 sen θdv− dv2 Colisões elásticas bidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 29 Se tivermos m1, m2 e p1a , teremos 3 equações e 4 incógnitas (p1d, p2d, q1, q2). O sistema é indeterminado. Precisamos de mais informação que pode ser, por exemplo, o parâmetro de impacto b da colisão de bolas de bilhar. b: parâmetro de impacto Obs: supondo que a força entre as bolas é exatamente normal à superfície no ponto de contato, q2 fica definido a partir de b (a obtenção de q2 a partir de b requer sempre um modelo para a força de interação). 2 2 2 1 2 1 1 2 1 222 m p m p m p dda += 2211 22111 sensen0 coscos θθ θθ dd dda pp ppp −= += Colisões elásticas bidimensionais : massas iguais F128 – 2o Semestre de 2012 30 2 2 2 1 2 1 2 2 2 1 2 1 1 2 1 222 dda dda ppp m p m p m p +=⇒+= • Nesse caso, podemos obter um resultado simples (Conservação de energia cinética) (Conservação de momento linear) Igualando as duas equações: o9021 =+θθ )()( 2121 2 1211 ddddadda pppppppp +⋅+=⇒+= dddda ppppp 21 2 2 2 1 2 1 2 ⋅++= ⇒=⋅ 01 dd pp É assim mesmo na mesa de sinuca? F128 – 2o Semestre de 2012 31 1 2 90 ? oθ θ+ = Na verdade, o movimento de rotação da bola branca, complica a análise. Embora as bolas saiam da colisão com direções perpendiculares entre si, após um curto tempo a bola branca toma um rumo diferente!! Numa colisão elástica, uma partícula de massa m1=1,0 kg incide com velocidade v1a=10 m/s numa partícula de massa m2=2,0 kg, inicialmente em repouso. Se a colisão deflete a partícula 1 de um ângulo de q1 = 30o, qual é a velocidade da partícula 2 após a colisão? Da conservação de energia cinética: Reescrevendo com = m2/m1: ( )212122 dad ppp −= λ 2 2 2 1 2 1 1 2 1 222 m p m p m p dda += Da figura temos: )()( 1111 2 2 112 dadad dad ppppp ppp −⋅−= ⇒−= 111 2 1 2 1 2 2 cos2 θdadad ppppp −+= 0)1(cos2)1( 21111 2 1 =−+−+ λθλ adad pppp Comparando : Substituindo os valores, temos: 0 3 100 3 10 1 2 1 =−− dd vv smv smv d d /6,2 /3,9 2 1 = = 0 2 63=θ 2 2dp dp1 dp2 ap1 1θ Exemplo: Transferência de momento linear F128 – 2o Semestre de 2012 32 a) No RCM : o momento linear total do sistema é nulo, antes e depois da colisão: ∴=+=+ 022112211 aadd VmVmVmVm ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −=−== km m V V V V a a d d 1 1 2 2 1 2 1 ou a d a d V V V V 2 2 1 1 = Mas, por conservação de energia adad VVVV 2211 ==⇒ Numa colisão elástica 1D repulsiva: ad VV 11 −= isto é, a colisão inverte as velocidades das partículas no RCM, mantendo seus módulos. 2 2 1 22 11 == += += m mk vVv vVv CM CM ad VV 22 −=e e vCM Colisões elásticas unidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 33 b) No referencial do laboratório: aCMaCMCMd aCMCMaCMd vvvvvv vvvvvv 222 111 2)(BCNEEDNE 2)(BANEEFNE −=−+=+=+= −=−−=−=−= solução: aCMd aCMd vvv vvv 22 11 2 2 −= −= Obs: Este formalismo também se aplica a colisões inelásticas, com exceção de que agora as velocidades “invertidas” são multiplicadas pelo coeficiente de restituição “e” dado por: vCM Para passar do gráfico (V × t) no RCM para (v × t) no laboratório, faz-se uma translação de –vCM sobre o eixo dos tempos. Então: aa dd vv vve 21 21 − −−= Colisões elásticas unidimensionais F128 – 2o Semestre de 2012 34
Compartilhar