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Patologias em fachadas de cerâmica

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
IPUC 
Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luisa de Macedo Gatto 
Ana Luiza Teixeira Gomes 
Eduardo Camilo Silva Brescia 
Lucas Nogueira Rodrigues de Assis 
 
Professor: Manfredo Frederico Felipe Hoppe 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2015 
INTRODUÇÃO 
 
 
Placa cerâmica para revestimento é definida como sendo um material composto por 
argila e outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizada para revestir pisos e paredes, 
sendo formada por extrusão ou por prensagem, podendo também ser conformado por outros 
processos, e queimadas a altas temperaturas. As principais propriedades são: dureza, rigidez, 
fragilidade e inércia. 
A utilização de placas cerâmicas certificadas na execução do sistema de revestimento 
cerâmico é princípio básico para a qualidade do acabamento final, para a garantia de perfeita 
adequação ao uso do sistema e para o atendimento das necessidades dos usuários dos ambientes 
revestidos com placas cerâmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As principais funções do revestimento cerâmico de fachada são: proteger contra 
infiltrações externas, proporcionar maior conforto térmico no interior, oferecer boa resistência 
a intempéries e maresia, proporcionar longa vida útil, fácil limpeza e manutenção, oferecer 
diferencial. 
Os revestimentos cerâmicos possuem inúmeras vantagens em relação aos demais 
revestimentos tradicionais – incluindo as pinturas, placas pétreas, tijolos aparentes, argamassas 
decorativas – onde destacam-se pela maior durabilidade, valorização estética, facilidade de 
limpeza, possibilidades de composição harmônica, maior resistência à penetração de água, 
conforto térmico e acústico da fachada e valorização econômica do empreendimento. As 
patologias acontecem e comprometem as funções do revestimento. As manifestações podem 
ser evitadas se todas as fases do processo (projeto, especificação, procedimentos de aplicação, 
manutenção) fossem corretamente observadas, à luz da normalização existente. 
 
Figura 1-Exemplos de fachada revestida com cerâmica 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
Existem Normas Brasileiras que estabelecem condições mínimas de qualidade tanto 
para produção quanto para utilização dos elementos do sistema de revestimento cerâmico. 
Porém, na prática, estas normas não são consideradas e, muitas vezes, são até desconhecidas 
pelos profissionais responsáveis pela execução. O resultado é um revestimento com os mais 
diversos defeitos. Para se obter o melhor resultado possível com o revestimento cerâmico de 
fachada, além da mão de obra especializada, a placa cerâmica deve ser ideal para cada ambiente 
e há a necessidade de um estudo detalhado de como o substrato deve ser executado. A escolha 
das argamassas colante e de rejuntamento deve ser apropriada para cada caso e deve haver um 
dimensionamento criterioso das juntas. As patologias são difíceis de recuperar e requerem 
custos elevados. Muitas vezes, quando se manifestam visualmente, já há comprometimento da 
integridade do revestimento. 
 
Tipos de Patologias 
 
As patologias dos revestimentos cerâmicos de fachadas apresentam-se de diversas 
formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das finalidades para as quais 
foram concebidos, notadamente nos aspectos estéticos, de proteção e de isolamento. As 
patologias podem aparecer na má escolha do material para sua utilização, na hora da execução 
e também na má manutenção. 
A patologia mais séria quando falamos de revestimento de fachadas com materiais 
cerâmicos é o destacamento ou descolamento. São caracterizados pela perda de aderência das 
placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no 
revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa 
cerâmica e argamassa colante e/ou emboço. 
Geralmente estas patologias ocorrem nos primeiros e últimos andares do edifício, 
devido ao maior nível de tensões observados nestes locais. As causas destes problemas são: 
instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um todo; deformação lenta 
(fluência) da estrutura de concreto armado; oxidação da armadura de pilares e vigas; variações 
higrotérmicas e de temperatura; utilização da argamassa colante com um tempo em aberto 
vencido; assentamento sobre superfície contaminada; especificação incorreta de revestimento 
cerâmico; imperícia ou negligência da mão-de-obra na execução e/ou controle dos serviços 
(assentadores, mestres e engenheiros) 
 
Figura 2 - Vista geral de uma fachada com destacamento 
A eflorescência é um fenômeno que se caracteriza pelo aparecimento de formações 
salinas sobre algumas superfícies, podendo ter caráter pulverulento ou ter forma de crostas 
duras e insolúveis em água. A eflorescência pode ser considerada um dano, seja por modificar 
visualmente o local onde se deposita ou por poder provocar degradações profundas. O 
fenômeno resulta da dissolução dos sais presentes na argamassa, ou nos componentes cerâmicos 
ou provenientes de contaminações externas e seu posterior transporte pela água através dos 
materiais porosos. Se, durante esse transporte, a concentração dos sais na solução aumentar (por 
perda de água ou aumento da quantidade de sais), eles poderão entrar em processo de 
cristalização e dar origem ao fenômeno. Ocorrendo superficialmente, essa cristalização dá 
origem à eflorescência mais amplamente encontrada e visível; se ocorrer internamente ao 
material, dá origem à cripto-eflorescência, muitas vezes de difícil identificação. 
Para minimizar a ocorrência do fenômeno recomenda-se não utilizar materiais e/ou 
componentes com alto teor de sais solúveis; evitar tijolos com altos teores de sulfatos; molhar 
os componentes cerâmicos demasiadamente secos, minimizando a absorção da água de 
amassamento e a reação com o cimento; sempre proteger da chuva a alvenaria recém acabada; 
evitar entrada de umidade com a ajuda de boa impermeabilização e vedação; usar argamassa 
mista (cimento:cal:areia) para minimizar a reação com os componentes cerâmicos; usar cimento 
pozolânico ou de alto forno, que liberam menor teor de cal na hidratação. 
Normalmente provocadas por infiltrações de água e frequentemente associados aos 
descolamentos e desagregação dos revestimentos, o bolor ou mofo, que é uma alteração 
observável macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo uma consequência 
do desenvolvimento de microrganismos pertencentes ao grupo dos fungos, causam manchas. 
As trincas ou fissuras aparecem por causa da perda de integridade da superfície da 
placa cerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético, ou pode evoluir para um 
destacamento (no caso de trincas). As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica 
provocadas por esforços mecânicos (ex.: tração axial, compressão axial ou excêntrica, flexão, 
cisalhamento ou torção), que causam a separação das placas em partes, com aberturas 
superiores a 1 mm. As fissuras são rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores 
a 1 mm e que não causam a ruptura total das placas. Variações de temperatura também podem 
provocar o aparecimento de fissuras nos revestimentos, devidas às movimentações diferenciais 
que ocorrem entre esses e as bases. Fissuras e trincas também podem estar relacionadas ao 
cobrimento insuficiente da estrutura de concreto. A oxidação do aço gera o aumento de volume 
e as tensões são transmitidas ao revestimento final. 
O gretamento constitui-se de uma série de aberturas inferiores a 1 mm e que ocorremna superfície esmaltada das placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha. A expansão 
por umidade pode ser responsável pelo gretamento das placas cerâmicas para revestimento, 
quando provoca aumento nas dimensões da sua base, forçando a dilatação do esmalte, material 
que é menos flexível. Sem absorver a variação de tamanho da placa cerâmica provocada pela 
expansão por umidade, a camada esmaltada sofre tensões progressivas de tração, originando as 
fissuras capilares características do gretamento. 
O manchamento dos revestimentos após aplicação de produtos hidrorepelentes está 
associado à alteração das características das superfícies após a aplicação do material. Este 
aspecto de manchamento somente é visível quando os produtos são aplicados em partes da 
fachada ao invés de em todo o revestimento. 
A ocorrência de alteração de cor da argamassa de rejuntamento pode ser associada com 
os pigmentos utilizados não serem adequados para a aplicação: não resistentes às radiações na 
região do ultravioleta e migração destes da argamassa na presença de água de chuva ou limpeza. 
Algumas das alterações de cor são conseqüências de processos de infiltração de umidade e 
eflorescências. A presença de pontos falhos nestas argamassas usualmente é resultante de 
aplicação inadequada do produto, enquanto que a ocorrência de fissuras pode ser problema de 
aplicação, de má dosagem do traço, de ciclos de molhagem e secagem e de acúmulo de tensões 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Os principais fatores que levam ao colapso do revestimento de fachada são a mão de 
obra deficiente, despreparada, falhas na especificação de materiais e deficiências de projeto. A 
manutenção tem por objetivo preservar ou recuperar as condições adequadas da edificação, para 
o uso e o desempenho previstos em seus projetos. Fazem parte da manutenção as inspeções, as 
ações preventivas, a conservação e a reabilitação. 
As condições de exposição climática de um edifício refletem diretamente na vida útil e 
manutenção dos revestimentos utilizados. O sistema da fachada é muito crítico, pois tem que 
ser considerado a grande variedade de fenômenos naturais que o afetam (ventos, temperatura, 
chuvas, radiação solar, maresia, etc.). A estabilidade do revestimento cerâmico depende 
fundamentalmente da idade da base e da presença de juntas de assentamento. Essa idade da 
base envolve as duas camadas do revestimento, fixação e regularização, e também o próprio 
substrato, gerando uma interdependência entre elas. 
O surgimento de manifestações patológicas não está relacionado a uma única causa, mas 
é uma somatória de fatores. O resultado é o colapso total do revestimento usado na fachada, 
que está sendo integralmente demolido, gerando dezenas de metros cúbicos de resíduos de 
construção civil. 
Pode-se concluir, então, que a qualidade e a durabilidade dos revestimentos cerâmicos 
estão fortemente ligadas ao planejamento e escolha dos materiais adequados, à qualidade da 
construção e à manutenção ao longo de sua vida útil. 
 
REFERÊNCIAS 
- http://www.pos.demc.ufmg.br/2015/trabalhos/pg1/Monografia%20Marcia.pdf 
- Google Imagens 
- www.fumec.br/revistas/construindo/article/download/1695/1168

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