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Crescimento e desenvolvimento pós- embrionário • Crescimento • Mudas e metamorfose • Envelhecimento e senescência • Desenvolvimento: o surgimento de estruturas organizadas a partir de um grupo inicialmente bastante simples de células; • Crescimento: É definido como aumento da massa ou tamanho total de um tecido ou organismo; Crescimento e desenvolvimento pós- embrionário • O desenvolvimento não cessa depois de completada a fase embrionária; • A maior parte do crescimento de animais, mas não todo ele, ocorre no período pós-embrionário, quando a forma e os padrões básicos já foram estabelecidos; Crescimento e desenvolvimento pós- embrionário • O crescimento continua após o nascimento; • O crescimento é um aspecto central de todos os sistemas em desenvolvimento, determinando o tamanho e a forma final do organismo e de suas partes; • Animais com um estágio larval não apenas crescem em tamanho, mas podem também sofrer metamorfose, na qual a larva é transformada na forma adulta; Crescimento • O crescimento integral de um organismo acontece principalmente no período após o estabelecimento do padrão básico do embrião; • Entretanto podem ocorrer diferentes taxas de crescimento nas diferentes partes do corpo, ou em diferentes momentos; Crescimento • É definido como aumento da massa ou tamanho total de um tecido ou organismo; • Pode resultar de: – Proliferação celular – Aumento celular sem divisão – Acréscimo de material extracelular (cálcio ou água) Crescimento • ; Crescimento • Existe também uma quantidade significativa de morte celular em muitos tecidos em crescimento, e a taxa de crescimento global é determinada pelas taxas de morte e proliferação celular; Crescimento A proliferação celular pode ser controlada por um programa intrínseco • Quando uma célula eucariótica se duplica , ela passa por uma sequência fixa de eventos denominada ciclo celular; Crescimento • ; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • uma descoberta impactante foi o reconhecimento de que as células devem receber sinais, como os fatores de crescimento, não apenas para se dividirem, mas também simplesmente para sobreviverem; • fatores de crescimento: são um grupo de substâncias, em maior parte de natureza protéica que associadas a hormônios e neurotransmissores, exercem um papel importante na comunicação entre as células; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • Na ausência de fatores de crescimento, as células cometem suicídio por apoptose; • Há uma taxa significativa de morte celular em quase todos os tecidos em crescimento, de modo que a taxa global de crescimento depende das taxas de morte e proliferação; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • Tanto programas de crescimento intrínseco como fatores circulantes sistêmicos podem determinar o tamanho dos órgãos, e a importância relativa de cada um desses componentes no desenvolvimento dos diferentes órgãos varia consideravelmente; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • Mesmo quando são capazes de divisão, as células de muitos indivíduos adultos não se dividem ou se dividem infrequentemente; • No entanto podem ser induzidas a se dividirem por traumatismos ou outros estímulos, como uma redução da massa do tecido; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • Por exemplo: as células do fígado se dividem com pouca frequência, mas se dois terços do fígado de um rato forem removidos, as células do terço restante proliferam e restauram o fígado ao seu tamanho normal em poucas semanas; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • Uma ilustração clássica de um programa de crescimento intrínseco vem do enxerto de rudimentos de membros envolvendo uma espécie grande e uma pequena de salamandra do gênero Ambystoma; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos Isso demonstra que a resposta intrínseca dos diferentes tecidos é crucial, independentemente de quais sejam os fatores; Crescimento O tamanho dos órgãos pode ser controlado por sinais externos e por programas intrínsecos • O crescimento das diferentes partes do corpo não é uniforme e diferentes órgãos crescem em diferentes taxas; Crescimento • ; Crescimento O crescimento pode ser dependente de hormônios de crescimento • O tamanho é afetado não apenas pela taxa de crescimento, mas também pela duração do período pelo qual o crescimento ocorre; • Por exemplo: os hormônios controlam o tamanho final dos insetos por meio da sua influência na duração do período de alimentação larval; Crescimento O crescimento pode ser dependente de hormônios de crescimento • Em mamíferos, por outro lado, o crescimento é diretamente influenciado por hormônios; • O homem constitui um bom modelo para mamíferos; Crescimento O crescimento pode ser dependente de hormônios de crescimento • O embrião humano aumenta de 150 mm na implantação para até 50 cm ao final dos nove meses; • Durante as primeiras oito semanas após a concepção (fertilização), o corpo não aumenta muito; • A maior taxa de crescimento ocorre aos quatro meses, quando o embrião cresce até 10 cm/mês; O embrião humano muda de forma á medida que cresce • Desde o momento em que o plano corporal está bem estabelecido (8 semanas) até o nascimento, o embrião aumenta em comprimento cerca de 10 vezes (superior), enquanto a proporção relativa (inferior) entre a cabeça e o resto do corpo decresce, então a forma muda; Crescimento Crescimento • A quantidade de nutrientes que um embrião recebe pode ter profundos efeitos na sua vida posterior; • Na vida intra-uterina, a desnutrição tende a produzir animais pequenos, apesar de normalmente proporcionados; • em contrapartida a desnutrição durante o período de crescimento pós-natal leva danos seletivos em órgãos; Crescimento Hormônio do crescimento • é um hormônio protéico que é essencial para o crescimento pós-embrionário de seres humanos e de outros mamíferos; • Ainda no primeiro ano de nascimento, a glândula pituitária (hipófise) começa a secretá-lo; Crescimento Hormônio do crescimento • Uma criança com insuficiência de hormônio do crescimento cresce menos do que o normal, mas se o hormônio for administrado regularmente, o crescimento normal é restabelecido; Crescimento de músculos estriados em mamíferos é dependente de tensão • O número de fibras musculares estriadas (esqueléticas) é determinada durante o desenvolvimento embrionário; • Depois de diferenciadas as células musculares estriadas perdem sua capacidade de se dividir; Crescimento de músculos estriados em mamíferos é dependente de tensão • O aumento do comprimento de uma fibra muscular está associado a um aumento do número de sarcômeros (unidades contráteis funcionais) que ela contém; • Exemplo: musculatura da pata de um camundongo. Conforme o músculo aumenta de comprimento, o número de sarcômeros aumenta de 700 para 2300; Crescimento de músculos estriados em mamíferos é dependente de tensão • Esse aumento parece depender do crescimento dos ossos longos, o que tensiona o músculo atravésde seus tendões; • Se o músculo for imobilizado pelo engessamento da pata no nascimento, o número de sarcômeros aumenta lentamente ao longo das oito semanas seguintes, mas depois aumenta rapidamente quando o gesso é removido; Crescimento de músculos estriados em mamíferos é dependente de tensão • Logo, o crescimento de ossos e músculos são mecanicamente coordenados; Mudas e metamorfose • Muitos animais não se desenvolvem diretamente do embrião para a forma adulta; • Primeiro se transformam em uma larva e partir dela surgirá um adulto por metamorfose; Mudas e metamorfose • Exemplos clássicos: Mudas e metamorfose • Exemplos clássicos: Mudas e metamorfose • Os artrópodes sofrem mudas para crescer; • Cutícula – secretada pela epiderme; • Perda do esqueleto antigo e deposição de um novo (maior) – muda ou ecdise • Estágios entre mudas - instares Mudas e metamorfose Mudas e metamorfose • A cutícula antiga é parcialmente digerida (reabsorvida), acabando por se romper e se desprender; Mudas e metamorfose • As mudas estão sob controle hormonal; • Conforme o animal cresce ele secreta o hormônio protoracicotrópico (PTTH); • O PTTH ativa a glândula protorácica, que libera então o hormônio ecdisona, que é o responsável pela muda; Mudas e metamorfose • Tanto em insetos quanto em anfíbios nutrição, sinais ambientais (temperatura e luz) juntamente com o programa de desenvolvimento interno do animal, controlam a metamorfose por seus efeitos nas células neurossecretoras do cérebro; • Existem dois tipos de células que controlam a muda, uma que promove a metamorfose e outra que inibe; Mudas e metamorfose • Em insetos • Sinais (temperatura e luz) estimulam células neurossecretoras no SNC da larva que então libera PPTH; • O PTTH – induz a produção de ecdisona; • A ecdisona induz a metamorfose; Mudas e metamorfose • Em insetos • Entretanto, a ecdisona pode ser antagonizada por um outro hormônio (hormônio juvenil) produzido pelos corpus allatum (glândula atrás do cérebro); • O hormônio juvenil mantém o estado larval; • Um pulso de ecdisona no ultimo estágio larval desencadeia a formação da pupa; outro pulso, dias mais tarde desencadeia estágios mais tardios da metamorfose; Mudas e metamorfose • ; Mudas e metamorfose • Em anfíbios • Células neurossecretoras do hipotálamo liberam em resposta ao estado nutricional e a sinais ambientais, como temperatura e luz, o hormônio liberador de corticotropina, que atua sobre a glândula pituitária e faz com que ela libere o hormônio estimulante da tireóide; • Esse hormônio por sua vez atua sobre a glândula tireóide e estimula a metamorfose; Mudas e metamorfose • ; A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e dos quatro membros. • ; Envelhecimento e senescência • Organismos não são imortais, mesmo que eles escapem de doenças ou de acidentes; • O envelhecimento (passagem do tempo) vem acompanhado de uma progressiva deterioração das funções fisiológicas, o que reduz a capacidade de lidar com uma variedade de estresses, e consequentemente origina um aumento da suscetibilidade a doenças; Envelhecimento e senescência • Esse declínio funcional relacionado á idade é conhecido como senescência; • O efeito global do envelhecimento para os animais resume-se a um aumento da probabilidade de morte com o aumento da idade; Envelhecimento e senescência Envelhecimento e senescência • O padrão vital ilustrado pela Drosophila é típico de muitos animais, mas há poucas evidências de que o envelhecimento contribua para a mortalidade em ambientes naturais; • Ex. mais de 90% dos camundongos selvagens morrem durante seu primeiro ano de vida; Envelhecimento e senescência • Uma visão sobre a senescência é de que ela é o produto de uma acumulação de danos que acaba por superar a capacidade do corpo de reparar a si próprio, o que leva a perda das funções vitais; – Ex. elefantes velhos podem morrer de fome, pois seus dentes desgastaram-se; – Ex. C. elegans pode viver em média 20 dias, o que se observa é a deterioração muscular progressiva; Envelhecimento e senescência • Entretanto, há evidências claras de que a senescência está sob controle genético, pois diferentes animais envelhecem em taxas bastante distintas, conforme demonstra a tabela de expectativa de vida; Envelhecimento e senescência Envelhecimento e senescência • Esse controle genético sobre o envelhecimento pode ser entendido através da teoria do soma descartável; • Esta teoria propõe que a seleção natural ajusta a história de vida de um organismo para que suficientes recursos sejam investidos na manutenção de mecanismos de reparo que impedem o envelhecimento até que o organismo tenha se reproduzido e cuidado de sua prole; Envelhecimento e senescência • No ambiente natural poucos indivíduos vivem tempo suficiente para que seja perceptíveis sinais óbvios de senescência e é necessário apenas que a senescência seja retardada até que a reprodução esteja completa; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Um humano pode viver 120 anos enquanto um nematódeo 25 dias; • Mutações nos genes que afetam a longevidade foram identificadas e podem fornecer pistas a respeito dos mecanismos envolvidos; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • C. elegans em condições normais pode sobreviver até 25 dias; • Porém em condições de superpopulação e quando há escassez de alimento, o animal entra num estado larval de terceiro instar quiescente, conhecido como estado dauer, no qual ele não come nem cresce até que haja alimento disponível novamente; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Quando as condições se tornam favoráveis novamente a larva dauer sofre uma muda e se torna uma larva de quarto instar; • O estado dauer pode durar 60 dias e não interfere na expectativa de vida pós-dauer; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Um experimento testou a remoção do sistema reprodutivo em C. elegans; • Resultou em indivíduos saudáveis e com uma longevidade média de 125 dias; • Extrapolando para seres humanos equivaleria a 500 anos; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Existem evidências de que os danos oxidativos aceleram o envelhecimento e de que os radicais reativos de oxigênio são agentes fundamentais nesse processo; • A redução da ingestão de alimentos aumenta a longevidade em alguns animais; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Ratos mantidos com uma dieta mínima vivem em torno de 40% mais dos que podem comer a vontade; • Acredita-se que isso esteja associado (pelo menos em parte) a uma maior exposição aos radicais livres; • Os radicais livres são formados durante a decomposição oxidativa dos alimentos; podem danificar tanto o DNA quanto proteínas; Envelhecimento e senescência Os genes podem alterar o curso natural da senescência • Em humanos – Síndrome de Werner; • Um defeito genético recessivo que causa o envelhecimento prematuro; • Retardo de crescimento na puberdade; • A partir dos 20 anos já possuem cabelos grisalhos e uma série de enfermidades típicas da uma idade avançada, como doenças cardíacas; • Maioria morre antes dos 50 anos; Síndrome de Werner Envelhecimento e senescência Células de mamíferos em culturasofrem senescência celular • Poderia imaginar-se que, quando células isoladas de um animal fossem colocadas em cultura e providas com meio e fatores de crescimento adequados, elas continuariam a proliferar quase indefinidamente; • Mas isso não ocorre; Envelhecimento e senescência
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