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Empreender por Oportunidade X Necessidade

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EMPREENDER POR OPORTUNIDADE 
VERSUS NECESSIDADE: UM ESTUDO 
COM EMPREENDEDORES 
CATARINENSES 
 
 
Paulo da Cruz Freire dos Santos (UFSC) 
pcfs@ccsa.ufal.br 
Josiane Minuzzi (USFC) 
jominuzzi@hotmail.com 
Janaína Renata Garcia (UFSC) 
janaina@deps.ufsc.br 
Álvaro Guillermo Rojas Lezana (UFSC) 
lezana@eps.ufsc.br 
 
 
 
A visão tradicional do empreendedorismo é que empreendedores 
ocupam nichos de mercado, visualizam onde há espaços a serem 
preenchidos. A escassez de postos de trabalhos e a sensação de futuro 
incerto podem exercer uma pressão no indivíduo mmotivando-o a criar 
seu próprio negócio como forma de assegurar-se financeiramente. Um 
exemplo é o caso brasileiro, onde muitas vezes, o empreendedorismo é 
impulsionado por necessidades. No relatório do GEM 2006 (Global 
Entrepreneurship Monitor) o empreendedor é classificado em dois 
tipos: por necessidade e por oportunidade. No presente estudo buscou-
se identificar qual é a maior incidência entre os dois tipos de 
empreendedores, em Santa Catarina; e se existem diferenças de acordo 
com a região onde os mesmos estão localizados. Foram utilizados os 
dados de uma pesquisa realizada pelo Laboratório de 
Empreendedorismo do PPGEP/UFSC. Para a análise dos dados foi 
utilizado o teste de Kuskal-Wallis que mostrou diferenças regionais 
quanto ao motivo para empreender, segundo a percepção dos 
empreendedores pesquisados. No caso catarinense, em sua maioria, 
eles abrem seus negócios pela identificação de uma oportunidade e 
não por uma necessidade de sobrevivência, salvo os da região Oeste. 
 
Palavras-chaves: Empreendedor, empreendedorismo, necessidade, 
oportunidade, Santa Catarina. 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
A visão tradicional do empreendedorismo é que empreendedores ocupam nichos de mercado, 
visualizam onde há espaços a serem preenchidos. Entretanto, Sarason; Dean & Dillard (2006), 
sugerem que tanto o empreendedor como o sistema social co-evoluem. Assim, o 
empreendedor se apresenta como um agente que interpreta e influencia seu mundo, não sendo 
possível trabalhar o empreendedor sem analisar suas ações sobre as oportunidades. 
Diversas habilidades são exigidas dos indivíduos que empreendem, como planejar, formar 
equipes, liderar, negociar, resolver problemas, entre outras. Todas importantes, porém não 
asseguram o sucesso de uma organização. Para Nixdorff & Solomon (2005), uma das 
habilidades que realçam a probabilidade de sucesso de novas organizações é o 
reconhecimento de oportunidades. Ao reconhecer uma oportunidade o empreendedor tende a 
sentir-se motivado a iniciar um negócio. 
De acordo com Benavides Espinosa & Garcia (2004), outro fator motivador, de caráter sócio-
cultural, quanto à necessidade de empreender, relaciona-se à busca de emprego. A escassez de 
postos de trabalhos e a sensação de futuro incerto, podem exercer uma pressão no indivíduo 
motivando-o a criar seu próprio negócio como forma de assegurar-se financeiramente. Como 
por exemplo, o caso brasileiro, onde muitas vezes, o empreendedorismo é impulsionado por 
necessidades. 
No rank do Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2006 (BOSMA & HARDING, 2007) – 
relatório mundial sobre empreendedorismo, coordenado pela London Business School 
(Inglaterra) e pelo Babson College (Estados Unidos), o país ocupa uma das maiores posições 
em número de empreendedores. Detém uma das mais elevadas relações de empreendedores 
(indivíduos que, na informalidade, empreendem ou trabalham por conta própria) versus 
população economicamente ativa. 
Na perspectiva de Nixdorff & Solomon (2005), o campo do empreendedorismo ainda é jovem 
e há muito ainda que germinar nesta área. Afirmam ainda que, existem pouquíssimas 
pesquisas relativas ao reconhecimento de oportunidades e menos ainda, pesquisas empíricas 
relacionadas a tal fator. 
Frente à esta lacuna, buscou-se neste estudo comparar nas Micro e Pequenas Empresas 
(MPEs) em atividade do estado de Santa Catarina, a percepção de seus empreendedores 
quanto à importância de se iniciar uma organização pela identificação de uma oportunidade; e 
se a abertura das organizações por necessidade ou identificação de oportunidade varia de 
acordo com a região. Para isso, delinearam-se três hipóteses: 
− H1: A habilidade para perceber novas oportunidades independe da região onde vive o 
empreendedor; 
− H2: A motivação para a abertura de um empreendimento devido à necessidade de 
sobrevivência independe da região onde vive o empreendedor; 
− H3: Independe da região onde vive o empreendedor a sua percepção de que a abertura de 
sua empresa ocorreu devido à identificação de uma oportunidade. 
Para a elaboração deste artigo foi utilizada a base de dados de uma pesquisa realizada pelo 
Laboratório de Empreendedorismo do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da 
Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEP/UFSC), cujo objetivo consistiu 
em descobrir as causas de mortalidade/sucesso das MPEs catarinenses. Tal base de dados 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
3 
serviu ainda para uma tese de doutorado (ORTIGARA, 2006) e duas dissertações de mestrado 
(MINUZZI, 2007; GARCIA, 2007). 
2. Referencial teórico 
O GEM consiste num instrumento que mensura os níveis de empreendimentos por 
oportunidade versus necessidade. Para Reynolds et al. (2005), o GEM foi idealizado com o 
objetivo principal de investigar diferenças em nível nacional de tipos de empreendedorismo e 
sua ligação com a criação de postos de trabalho e o crescimento econômico. Ainda na 
percepção desses autores, um fator importante que deve ser considerado são as decisões dos 
indivíduos relacionadas à busca por iniciativas empresariais. 
O relatório do GEM 2006 (BOSMA & HARDING, 2007), indica que o empreendedorismo 
por necessidade é mais ocorrente nos países (ou regiões) em que apresentam rendas medianas. 
Portanto, os que empreendem por necessidade, são aqueles que localizam-se em regiões onde 
oportunidades de trabalho são insatisfatórias ou inexistentes. No grupo de países considerados 
de renda mediana, a motivação de empreender por ter identificado uma oportunidade 
apresentam as porcentagens mais baixas, com destaque para Croácia, Brasil e Filipinas, 
reafirmando a alta taxa de empreender por necessidade destes paises. 
2.1 Empreender por necessidade 
As necessidades podem ser conceituadas como um desequilíbrio interno do indivíduo, ou a 
manifestação de um déficit, uma determinada carência; que ao surgir causa um estado de 
tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio (LEZANA, 2004). Existem três formas de 
retomar o estado de equilíbrio, através da satisfação da necessidade, da compensação (quando 
a necessidade é transferida para outro objeto) ou ainda da frustração (neste caso, permanece 
no indivíduo, podendo ou não retomar o estado de equilíbrio). 
Abraham Maslow, um dos mais citados pesquisadores das necessidades humanas, propôs uma 
hierarquia das necessidades, um arranjo, que seriam responsáveis por ativar edirecionar o 
comportamento humano. Tais necessidades foram classificadas hierarquicamente em cinco 
níveis, capazes de justificar o comportamento humano. Maslow concluiu que cada pessoa 
nasce com as mesmas necessidades instintivas que nos concedem a sobrevivência; ao passar 
do tempo as necessidades vão se diferenciando e nos capacitam a crescer, nos desenvolver e a 
realizar nossos potencias (SCHULTZ & SCHULTZ, 2002). Portanto, as necessidades são 
moldadas por características sociais, culturais e econômicas. 
Buscando descobrir as necessidades que motivam os empreendedores, mais de mil 
empresários em 11 países foram entrevistados quanto às necessidades que caracterizavam 
suas personalidades. Os resultados da pesquisa, para Birley & Westhead apud Lezana & 
Tonelli (2004), foram as seguintes necessidades: 
− Aprovação: busca a aprovação por seus comportamentos, com isso deseja conquistar alta 
posição na sociedade, ser respeitados pelos amigos, pela família, ser reconhecido; 
− Independência: o empreendedor busca na independência impor seu próprio enfoque no 
trabalho, flexibilidade na vida pessoal e profissional, controlar seu tempo, etc.; 
− Desenvolvimento pessoal: um novo empreendimento oferece inúmeras situações para que 
o empreendedor desenvolva seus conhecimentos e habilidades, inove, transforme idéias em 
produtos, aprenda continuamente; 
− Segurança: necessidades do empreendedor de se proteger de perigos reais ou imaginários, 
físicos ou psicológicos; geralmente espera que sua empresa lhe permita rendimentos 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
4 
suficientes para manter uma vida digna para si e sua família; 
− Auto-realização: necessidade de maximizar seu potencial pessoal é o querer desenvolver a 
capacidade de superar seus próprios limites. 
Para este estudo, define-se operacionalmente, o empreender por necessidade como uma 
necessidade de segurança ou ainda de sobrevivência. Portanto, empreendedores por 
necessidade consistem naqueles que iniciam negócios motivados pela falta de alternativa 
satisfatória de ocupação e renda. Já os empreendedores por oportunidade, são motivados pela 
percepção de um nicho de mercado em potencial. 
2.2 Empreender por oportunidade 
Segundo Shane (2003) o processo empreendedor é uma seqüência de passos a partir da 
existência de uma oportunidade. O empreendedor, por conta de suas características e 
habilidades pessoais, e de como ele atua no ambiente, decide pela exploração da 
oportunidade. Neste ponto, parte em busca dos recursos necessários, após o qual estabelece a 
sua estratégia empreendedora, organiza o processo e o executa. 
Para Saks & Gaglio (2002), o reconhecimento de oportunidades de mercado é a principal ação 
do processo de empreendedorismo para alcançar o progresso econômico e seu 
desenvolvimento. Na visão de Sarason; Dean & Dillard (p. 8, 2006), “oportunidades são um 
processo idiossincrático para o indivíduo”. Deste modo, os autores estruturam uma 
perspectiva de oportunidades visualizando-as não como a simples interpretação de um nicho 
social e econômico, mas como conceito idiossincrático entre o indivíduo e um sistema 
instanciado social e economicamente. Portanto, são os sistemas sociais que habilitam o 
empreendedor no processo de descoberta, avaliação e exploração de oportunidades, através de 
uma interdependência mutua entre agente e sistema. Assim, o que auxiliará o empreendedor a 
detectar oportunidades é o meio, o contexto onde ele está inserido. 
Nixdorff & Solomon (2005), definem o reconhecimento de oportunidades como um processo 
cognitivo que pode ser realçado com treinamento, com educação. Para os autores, o 
reconhecimento de oportunidades parece estar recebendo uma atenção especial nos últimos 
anos. Entretanto, ainda não há um conceito claro sobre o assunto, há confusão quando se 
aborda características tais como intuição, consciência, intenção, criatividade. 
Para Sipilä (2006) o reconhecimento de oportunidades pode ser pensado como um processo, 
onde empreendedores buscam identificar oportunidades para explorá-las; entretanto, para ser 
capaz de visualizar uma oportunidade, é necessário reconhecê-la, o que não é uma habilidade 
muito fácil de desenvolver. Por fim, conceitua oportunidade como uma situação futura 
desejada que tem um potencial valor econômico. 
Baron (2004), argumenta que o reconhecimento de oportunidades está intimamente ligado as 
estruturas de conhecimento dos empreendedores. Tal reconhecimento demanda a percepção 
coerente entre fatores aparentemente desconexos, tais como: fatores tecnológicos, 
econômicos, políticos e sociais; e para isso, precisam de um conhecimento anterior que os 
possibilite realizar tais nexos. Também é o conhecimento que ao ser acessado permite, novas 
idéias de negócios originais e/ou mais práticos que os existentes. Para o autor, o 
conhecimento baseia o reconhecimento de oportunidades. 
A habilidade de identificar oportunidades se caracteriza pela capacidade de identificar novas 
oportunidades de produtos e/ou prestação de serviços; perceber o que os outros não percebem, 
visualizar além, é o famoso “faro” De acordo com Kantis (2002) em pesquisa realizada com 
689 empresários de MPEs, mais de 70% dos entrevistados informaram que a chave para 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
5 
identificar as oportunidades de negócios é a “interação com as pessoas” e a “experiência 
profissional prévia”. 
2.3 Regiões do estado de Santa Catarina 
O IBGE divide o estado de Santa Catarina em 6 mesorregiões (Grande Florianópolis, Norte 
Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense e Vale do Itajaí) e 20 microrregiões 
(Araranguá, Blumenau, Campos de Lages, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, 
Curitibanos, Florianópolis, Itajaí, Ituporanga, Joaçaba, Joinville, Rio do Sul, São Bento do 
Sul, São Miguel d'Oeste, Tabuleiro, Tijucas, Tubarão e Xanxerê). 
O Governo Estadual, por outro lado, provavelmente devido a razões de cunho administrativo, 
tem outra classificação com 36 regiões (Araranguá, Blumenau, Braço do Norte, Brusque, 
Caçador, Campos Novos, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Curitibanos, Dionísio 
Cerqueira, Ibirama, Itajaí, Itapiranga, Ituporanga, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, 
Mafra, Maravilha, Palmitos, Quilombo, Rio do Sul, São Joaquim, São José, São Lourenço 
d'Oeste, São Miguel d'Oeste, Seara, Taió, Timbó, Tubarão, Videira e Xanxerê). 
Muitas vezes, por razões próprias, pesquisadores criam outras classificações visando atender a 
setorialização de seus estudos. Esse é o caso de Ortigara (2006) que desenvolveu uma nova 
classificação quando pesquisou os empreendedores catarinenses. Ortigara (2006) segmentou o 
estado em 6 regiões (Grande Florianópolis, Norte, Oeste, Sul, Planalto Serrano e Vale do 
Itajaí). Convém salientar que nessa classificação cada região comtempla apenas alguns dos 
municípios que ali poderiam constar. Para este artigo foram usados os dados primários de 
Ortigara (2006) e conseqüentemente segue-se sua classificação para regiões catarinenses e 
municípios nelas contidos. 
O estado de Santa Catarina está em segundo lugar no país em termos de qualidade de vida. 
Seu IDH em 2000 foi de 0,822, ou seja: alto. Segundo o PNUD (2003), o crescimento do IDH 
catarinense no período entre 1991 e 2000 foi da ordem de 9,89%, sendo que o destaquesetorial foi para o IDH-Educação que teve um incremento de 43,7%. Na tabela 1 estão 
discriminados os vários IDHs para as regiões e municípios pesquisados por Ortigara (2006). 
 
IDH 
Municipal Educação Longevidade Renda 
 
REGIÕES 
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 
Grande Florianópolis 0,79 0,85 0,86 0,93 0,78 0,82 0,73 0,79 
Florianópolis 0,82 0,88 0,90 0,96 0,77 0,80 0,80 0,87 
São José 0,80 0,85 0,86 0,93 0,80 0,84 0,73 0,78 
Palhoça 0,74 0,82 0,80 0,89 0,77 0,83 0,65 0,73 
Norte 0,74 0,83 0,83 0,92 0,73 0,82 0,67 0,74 
Joinville 0,78 0,86 0,85 0,94 0,76 0,86 0,73 0,78 
Canoinhas 0,70 0,78 0,81 0,90 0,67 0,75 0,61 0,70 
São Bento do Sul 0,76 0,84 0,84 0,93 0,76 0,85 0,68 0,74 
Oeste 0,77 0,84 0,83 0,93 0,79 0,85 0,69 0,75 
Chapecó 0,76 0,85 0,81 0,94 0,80 0,86 0,68 0,75 
São Miguel do Oeste 0,76 0,84 0,83 0,91 0,79 0,88 0,66 0,73 
Xanxerê 0,72 0,82 0,79 0,92 0,73 0,81 0,66 0,72 
Joaçaba 0,82 0,87 0,88 0,95 0,81 0,86 0,75 0,79 
Concórdia 0,77 0,85 0,82 0,93 0,81 0,86 0,69 0,77 
Sul 0,76 0,83 0,83 0,91 0,75 0,81 0,68 0,75 
Criciúma 0,77 0,82 0,84 0,92 0,74 0,77 0,71 0,78 
Tubarão 0,78 0,84 0,86 0,92 0,78 0,84 0,69 0,77 
Araranguá 0,73 0,81 0,80 0,89 0,73 0,83 0,64 0,72 
 
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6 
Planalto Serrano 0,72 0,79 0,80 0,89 0,70 0,77 0,65 0,72 
Curitibanos 0,70 0,77 0,78 0,86 0,70 0,75 0,63 0,70 
Lages 0,73 0,81 0,82 0,91 0,70 0,78 0,67 0,74 
Vale do Itajaí 0,78 0,84 0,85 0,92 0,75 0,81 0,73 0,78 
Blumenau 0,81 0,86 0,87 0,95 0,81 0,82 0,76 0,80 
Rio do Sul 0,76 0,83 0,84 0,92 0,74 0,80 0,71 0,77 
Itajaí 0,76 0,83 0,85 0,91 0,71 0,80 0,71 0,77 
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. PNUD, 2003. 
Tabela 1 – IDH nas regiões pesquisadas 
Além de apresentar alto IDH Santa Catarina tem uma economia pujante. Seu PIB em 2004, 
segundo dados da secretaria de planejamento estadual, foi de R$ 47.987,61 milhões. Os 
municípios utilizados na classificação regional de Ortigara (2006) estão entre os 49 com 
melhor posição no ranking estadual, sendo que três deles (Joinville, Florianópolis e 
Blumenau) ocupam as primeiras posições. 
É provável que um dos fatores do crescimento de Santa Catarina seja o investimento que foi 
feito no setor educacional, com resultados visíveis na qualificação de sua mão-de-obra. 
Segundo dados do PNUD (2003) a taxa de analfabetismo entre pessoas de faixa etária até os 
24 anos diminuiu em mais de 50%. Entretanto, os resultados desse crescimento não atingiram 
a toda a população. A desigualdade, medida pelo índice de Gini, passou de 0,5 para 0,6 
(PNUD, 2003). Talvez como decorrência dessa desigualdade ainda exista discrepâncias no 
que se referem as razões pelas quais as pessoas empreendem: algumas por oportunidade e 
outras por necessidade. 
3. Procedimentos Metodológicos 
Os dados utilizados para o processamento estatístico, cujos resultados são relatados neste 
artigo, foram obtidos no banco de dados da pesquisa realizada por Ortigara (2006) em uma 
amostra de 1393 empresas registradas na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina 
(JUCESC), entre 2000 e 2004. Desses dados utilizaram-se apenas as empresas que se 
encontravam em atividade. Tal pesquisa segmentou o estado em 6 regiões e 19 municípios, 
conforme pode ser visto na tabela 1. 
O banco de dados resultante da pesquisa de Ortigara (2006) permitiu o seu tratamento 
gerando estatísticas descritivas das regiões estudadas; e a testagem de hipóteses relacionadas à 
oportunidade e necessidade no ato de empreender ou constituir uma empresa. Vale salientar 
que Ortigara (2006) utilizou uma escala tipo Likert, de 7 pontos, para levantar as percepções 
dos seus pesquisados. 
A técnica estatística utilizada para testar as hipóteses foi a análise de variância de amostras 
independentes, por postos de Kruskal-Wallis. O teste de Kuskal-Wallis é um teste não-
paramétrico usado para a comparação de três ou mais amostras que podem ter o mesmo 
tamanho ou tamanhos diferentes (AYRES & AYRES JR, 1987; SHESKIN, 2000; SIEGEL & 
CASTELLAN JR., 2006; SPRENT & SMEETON, 2001). Para a execução do teste os dados 
foram tratados como sendo ordinais e as hipóteses delineadas na introdução tomaram a forma 
das hipóteses nulas: 
 H01: = = = = = 
H02: = = = = = 
H03: = = = = = 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
7 
As hipóteses alternativas foram definidas como: 
H11: Não H01 
H12: Não H02 
H13: Não H03 
Os dados foram processados utilizando-se o software SPSS e como nível de decisão foi 
estabelecido: = 0,05. 
4. Análise dos Dados 
As duas primeiras hipóteses mostraram diferenças estatisticamente significativas para os 
escores obtidos dos empreendedores nas 6 regiões pesquisadas (Tabela 2) sendo portanto 
rejeitadas. Não existe uniformidade, entre as regiões pesquisadas, quanto as afirmativas que 
foram feitas. Na primeira questão, que abordou a habilidade das pessoas para perceberem 
novas oportunidades, e a sua influência para o início do negócio, em quatro das regiões 
pesquisadas observou-se maior freqüência de pessoas, por região, com escores mais baixos ou 
iguais a mediana (Tabela 3). Quanto a segunda questão que indagou sobre a razão para que o 
negócio fosse iniciado, especificamente se foi a necessidade de sobrevivência, o número de 
regiões com respondentes apresentando escores abaixo ou igual a mediana aumentou. No 
entanto não houve uniformidade para todas as regiões pesquisadas (Tabela 3). 
 
Hipóteses ‰ 2 gl sig. 
Minha habilidade para perceber novas oportunidades foi importante para abertura 
do negócio 13,112 5 0,022 
A necessidade de sobrevivência fez com que eu iniciasse meu negócio 15,372 5 0,009 
A abertura da empresa ocorreu pela identificação de uma oportunidade 5,065 5 0,408 
Nota: Ł = 0,05 
Tabela 2 – Teste de Kruskal-Wallis 
A terceira hipótese não se mostrou estatisticamente significativa, sendo portanto aceita. Na 
tabela 3 pode ser visto que os escores obtidos com os pesquisados ficaram abaixo da mediana 
denotando uma maior similitude nas suas percepções. 
 
Discriminação Mediana GF Sul Oeste PS Norte VI 
Minha habilidade para perceber 
novas oportunidades foi 
importante para abertura do 
negócio 
6,000 >Mediana 
<=Mediana 
39 
30 
9 
23 
23 
44 
13 
9 
35 
36 
30 
31 
A necessidade de sobrevivência 
fez com que eu iniciasse meu 
negócio 
4,000 >Mediana 
<=Mediana 
22 
47 
16 
16 
37 
32 
8 
14 
32 
39 
21 
40 
A abertura da empresa ocorreu 
pela identificação de uma 
oportunidade 
7,00 >Mediana 
<=Mediana 
0 
69 
0 
32 
0 
69 
0 
22 
0 
70 
0 
61 
Nota: GF= Grande Florianópolis; PS = Planalto Serrano; VI = Vale do Itajaí 
Tabela 3 – Distribuição dos escores atribuídos pelos pesquisados acima e abaixo da mediana 
Ainda pela tabela 3 pode-se ver que a mediana da última questão foi igual ao valor mais alto 
da escala tipo Likert (1 a 7). Um total de 73,7% dos pesquisados atribuiu valores 6 e 7 
mostrando que foi a identificação de uma oportunidade que possibilitou o início do 
empreendimento. 
 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
8 
Ressalta-se que a mediana da primeira hipótese foi considerada alta em relação a escala 
utilizada. Em uma distribuição de freqüência é possível observar que mais de 80% dos 
respondentes se avaliaram com notas no extremo da escala tipo Likert (5, 6 e 7), ou seja, 
consideram-se habilidosos para perceber oportunidades. Tal análise demonstra conexão entre 
o que foi observado nas tabelas 2 e 3, ou seja, há uma maior incidência de pessoas 
empreendendo por oportunidade e não por necessidade de sobrevivência. 
5. Considerações finais 
Neste artigo procurou-se demonstrar a existência de diferenças quanto as razões que levam 
empreendedores catarinenses a iniciarem seus negócios. Os dados obtidos mostraram 
diferenças regionais quanto ao número de empreendedores que iniciam seus negócios por 
oportunidade ou por necessidade. 
Apesar de o GEM considerar o Brasil como um dos países com menor taxa de motivação de 
empreender por ter identificado uma oportunidade, no estado de Santa Catarina, os dados 
analisados, mostram outra realidade. Os empreendedores catarinenses objeto da pesquisa, em 
sua maioria, abrem seus negócios pela identificação de uma oportunidade e não por uma 
necessidade de sobrevivência, salvo os da região Oeste. 
Na interpretação dos autores deste artigo as razões pelas quais as questões pesquisadas 
apresentaram tais resultados podem ser decorrentes do alto IDH que o estado de Santa 
Catarina apresenta em relação aos outros estados brasileiros. Nas análises do GEM nas 
regiões que apresentam uma alta renda as pessoas tendem a empreender por oportunidade; nas 
que são consideradas de renda mediana, o que leva as pessoas a empreender é uma 
necessidade de sobrevivência, o que confirma os resultados deste estudo. 
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 
 
 
 
 
 
9 
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