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Biologia II – Aula 4 GAMETOGÊNESE A gametogênese é o processo de formação de gametas, onde a masculina, que produz os espermatozóides é denominada espermatogênese e a feminina, que produz ovócito é chamada ovogênese. Espermatogênese O processo de formação de espermatozóides tem início na puberdade (13 a 16 anos) e vai até a velhice. As células germinativas ou espermatogônias permanecem adormecidas nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal e aumentam de número na puberdade através de mitoses. Crescem e passam por mudanças graduais que as transformam em espermatócitos primários. Espermatócitos Primários (I) – células diplóides (2n) que passam pela 1ª divisão da meiose originando 2 espermatócitos secundários (II), haplóides (n). Espermatócitos Secundários (II) – células haplóides (n) que passam pela 2ª divisão da meiose formando 4 células, as espermátides (haplóides), com metade do tamanho do espermatócito secundário. Espermiogênse – processo no qual as 4 espermátides se transformam em espermatozóides. Neste processo, as células sofrem metamorfose, onde ocorre a condensação do núcleo, forma-se o acrossomo e o citoplasma é reduzido. Acrossomo: formado pelo RER e pelo Complexo de Golgi Flagelo: formado pelos centríolos Mitocôndrias: migram para a peça intermediária Obs.: Espermatogênese + espermiogênese leva cerca de 2 meses (64 dias) para se completar, depois os espermatozóides penetram na luz dos túbulos seminíferos, deslocando-se para o epidídimo, onde serão armazenados. � Ovogênese O processo de formação de ovócitos tem início no período fetal e continua até o nascimento, onde fica suspenso até a puberdade (12 a 15 anos). Neste período, sobre a ação hormonal, retoma o processo que só termina se ocorre a fecundação. Este processo faz parte do Ciclo Ovariano e após a puberdade, ocorre mensalmente durante a vida reprodutiva, exceto durante a gravidez. As células germinativas ou ovogônias se proliferam por mitoses, até antes do nascimento, aumentam de tamanho e formam os ovócitos primários (I). Ovócitos primários (I) – Ao nascimento, os ovócitos primários iniciam a 1ª divisão da meiose e completam apenas a prófase I. E ficam estacionados nesta fase até a puberdade, onde, sobre a ação hormonal, retomam a meiose formando os ovócitos secundários (II). Ovócitos secundários (II) – Na puberdade, os ovócitos primários, completam a 1ª divisão da meiose, com uma citocinese desigual, formando 1 ovócito secundário, que recebe quase todo o citoplasma e o 1 (primeiro) corpúsculo polar (com pouco citoplasma, não é funcional e pode degenerar). O núcleo do ovócito secundário inicia a 2ª divisão da meiose, chegando até a metáfase II, onde será liberado pelo ovário (ovulação) e permanecendo nesta etapa até o momento da fecundação. O ovócito secundário no momento da ovulação é envolvido por uma capa protéica (zona pelúcida) e 1 camada de células foliculares, a corona radiata. É uma célula grande, visível a olho nu, como uma mancha. Obs.: Até 2 milhões de ovócitos primários estão presentes nos ovários de uma menina recém-nascidas, onde a maioria regride durante a infância. Na puberdade permanecem não mais de 40 mil. Destes, de 400 a 500 amadurecem e são expelidos na ovulação durante o período reprodutivo. Os hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais impedem o processo de ovulação, reduzindo ainda mais o número de ovócitos amadurecidos. Comparação entre os Gametas Masculinos e Femininos Espermatozóide – é pequeno, móvel e com pouco citoplasma. Apresentam-se em dois tipos: 2 espermatozóides X (22 cromossomos autossômicos e 1 cromossomo sexual X) e 2 espermatozóides Y (22 cromossomos autossômicos e 1 cromossomo sexual Y). Ovócito Secundário – é uma célula grande, imóvel e abundante citoplasma. Apresenta apenas uma forma: 1 ovócito X (22 cromossomos autossômicos e 1 cromossomo sexual X). Obs.: A diferença no complemento de cromossomos sexuais forma a base primária da determinação do sexo. EMBRIOLOGIA Ciclos reprodutivos da mulher Os ciclos reprodutivos são mensais, com início na puberdade. Esses ciclos envolvem a atividade do hipotálamo, encéfalo, hipófise, ovários, útero, tubas uterinas, vagina e glândulas mamárias. A adenohipófise libera 2 hormônios que agem sobre o ovário, o folículo-estimulante (FSH), que estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno pelas células foliculares; e o luteinizante (LH), que serve como um “gatilho” da ovulação (liberação de um ovócito secundário) e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. OBS: Esses hormônios também induzem o crescimento dos folículos ovarianos e do endométrio. Ciclo ovariano O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários (desenvolvimento dos folículos = ovócito + camadas celulares que o envolvem para maior proteção), ovulação e formação do corpo lúteo (substitui o folículo após a ovulação). O FSH promove o crescimento de vários folículos primários, mas em geral só um deles se transforma em um folículo maduro e rompe a superfície do ovário, expelindo o ovócito. Portanto, de 4 à 11 folículos degeneram à cada mês. Desenvolvimento dos folículos - Caracteriza-se por: * crescimento e diferenciação de um ovócito primário * proliferação das células foliculares * formação de zona pelúcida * desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo, a teça folicular (do grego theke, caixa). Ovulação As células foliculares dividem-se ativamente em volta do ovócito, o folículo ovariano torna-se oval, sendo denominado folículo secundário, que continua crescendo até chegar a maturidade e formar uma saliência na superfície do ovário (folículo ovariano maduro). No meio do ciclo, o folículo ovariano, sob a influência do FSH e do LH, passa por um surto de crescimento, que produz um intumescimento ou saliência cística na superfície do ovário. A ovulação é desencadeada por um pico da produção de LH. Usualmente, a ovulação ocorre de 12 a 24 horas após o pico de LH, que é induzido pelo alto nível de estrógeno do sangue, que leva o ovócito a ser expelido. O ovócito expelido vem envolvido pela zona pelúcida e uma ou mais camadas de células foliculares, a corona radiata. Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e a teça folicular colabam, formando dobras, que sobre a influência do LH, transformam-se no corpo lúteo, que secreta progesterona, assim como um pouco de estrógeno. A progesterona leva as glândulas do endométrio a secretar e preparar o endométrio para a implantação. Ciclo menstrual Período no qual o ovócito amadurece, é expelido e penetra na tuba uterina. O estrógeno e a progesterona, produzem mudanças no endométrio do útero, denominado de menstruação (fluxo de sangue do útero). A duração média do ciclo menstrual é de 28 dias, sendo o 1 dia do ciclo, o que começa o fluxo menstrual. Em 90% das mulheres, a duração do ciclo varia entre 23 e 35 dias. Fases do ciclo menstrual - Dividido em três fases: * Fase menstrual, a camada funcional da parede uterina (endométrio) descama e é descartada junto com o fluxo menstrual, que dura aproximadamente de 4 à 5 dias. O fluxo é eliminado através da vagina, consistindo de sangue com pequenos pedaços de tecido menstrual. * Fase proliferativa, dura cerca de 9 dias, que coincide com o crescimento dos folículos ovarianos, é controlado pelo estrógeno e secretado pelos folículos. * Fase secretora, dura cerca de 13 dias, coincide com a formação, funcionamento e crescimento do corpo lúteo. A progesterona e o estrógeno tornam o endométrio mais espesso. TRANSPORTE DE GAMETAS Transporte de ovócito Na ovulação, o ovócito secundário é expelido pelo folículo ovariano, as fimbrias da tuba uterina, aproximam-se intimamente do ovário, movendo-se para frente e para trás sobre o ovário, varrendo o ovócito secundário para dentro da tuba uterina.Por movimentos peristálticos da parede da tuba, o ovócito secundário se desloca em direção ao útero. Transporte de espermatozóides Do epidídimo (local onde são armazenados), contrações peristálticas transportam rapidamente os espermatozóides para a uretra. Recebem secreções, passam pelas vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Durante uma relação sexual, de 200 à 600 milhões de espermatozóides são lançados na parte interna da vagina. O volume é em média de 3,5 mL, variando de 2 à 6 mL. A passagem dos espermatozóides através do útero e da tuba uterina se dá pelas contrações musculares das paredes destes órgãos. Os espermatozóides movem-se de 2 à 3mm por minuto, onde a velocidade varia com o pH do meio, no meio ácido da vagina, se movem lentamente, mas são mais rápidos no ambiente alcalino do útero. Somente cerca de 200 espermatozóides chegam ao local da fecundação. A maioria degenera e é reabsorvido pelo trato genital feminino. Período de multiplicação Período de Crescimento/ céls. foliculares Período de Maturação Cél. Germinativa Ovogônias Ovogônias Ovócito I Ovócito II Óvulo 2n 2n 2n Mitose Mitose 2n 2n 2n 2n 2n Meiose I Meiose II n n n n n n Glóbulos polares (degeneram) Crescimento sem divisão celular Metáfase II (OVULAÇÃO) Vida fetal Ovogênese xx/xx 2 Folículo primário Zona pelúcida No momento em que é formado o ovócito primário a partir da ovogônia, ele é envolvido por uma camada de células foliculares, com forma achatada. (folículos primários) Neste mesmo momento, o ovócito passa a ser circundado por uma camada glicoproteíca – zona pelúcida (envolvida pela corona radiata) As células que circundam o ovócito se proliferam – folículos secundário Folículo secundário
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