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TREFILAÇÃO Prof. Eng. Valmir Demarchi ÍNDICE • Definição do processo; • Origem; • Máquinas de trefilar; • Matéria prima - fio máquina; • Fieira; • Cálculos básicos; • Tipos de trefilação; • Estrutura do material; • Tratamento térmico; • Atrito e lubrificação; • Característica do processo; • Vantagens e desvantagens; • Produtos e aplicações; • Defeitos; • Conclusão. QUAL O CONCEITO DE TREFILAÇÃO? O QUE É TREFILAÇÃO? Processo de fabricação que é possível obter produtos de grande comprimento continuo, seções pequenas, boa qualidade de superfície e excelente controle dimensional. APLICAÇÃO DIÁRIA DA TREFILAÇÃO • Fios elétricos; • Cabos de aço; • Arames; • Entre outros produtos. POR QUE TREFILAÇÃO? ORIGEM DA TREFILAÇÃO • Primeiros fios; • Alemanha e França, século XIII • Pennsylvania (EUA), 1925. TIPOS DE MÁQUINAS DE TREFILAÇÃO • Exercem diferentes esforços; • Diâmetro do fio; • Lubrificação. MÁQUINAS DE TREFILAR QUE EXERCEM DIFERENTES ESFORÇOS • Sem deslizamento; • Com deslizamento. MÁQUINAS DE TREFILAR SEM DESLIZAMENTO Peças principais: • Desbobinadeira; • Anel tirante e Acumulador; • Roldana; • Matriz; • Bobinadeira. MÁQUINAS DE TREFILAR SEM DESLIZAMENTO MÁQUINAS DE TREFILAR SEM DESLIZAMENTO MÁQUINAS DE TREFILAR COM DESLIZAMENTO O funcionamento é semelhante ao das maquinas sem deslizamento, seu diferencial é a maneira que acumula o fio. MÁQUINAS DE TREFILAR COM DESLIZAMENTO MÁQUINAS DE TREFILAR COM DESLIZAMENTO MÁQUINAS DE TREFILAR PELO DIÂMETRO DO FIO • Barras e Tubos; • Fios grossos; • Fios médio; • Fios finos; • Fios capilares. MÁQUINAS DE TREFILAR BARRAS MÁQUINAS DE TREFILAR FIOS GROSSOS MAQUINAS DE TREFILAR FIOS MÉDIOS E FINOS MÁQUINAS DE TREFILAR FIOS CAPILARES MÁQUINAS DE TREFILAR PELO TIPO DE LUBRIFICAÇÃO • Sistema de imersão; • Sistema de aspersão. MATÉRIA PRIMA • Fio máquina (laminação a quente) MATÉRIA PRIMA • Barras e tubos (extrusão) MATÉRIA PRIMA Normas no mercado nacional para a fabricação do fio máquina: • NBR 6354 - Características dimensionais • NBR 6330 - Qualidade superficial MATÉRIA PRIMA FERRAMENTA (MATRIZES ) • Estojo (aço ou latão) -Dissipação de calor; -Redução de custo; -Intercambiável • Núcleo (metal duro) -Resistencia ao desgaste e a fadiga; -Altas velocidades de produção; -Durabilidade; -Possibilitar um acabamento liso e brilhante FERRAMENTA (MATRIZES ) FERRAMENTA (MATRIZES ) Outros materiais utilizados para fabricação do núcleo: • Diamantes (Industriais ou Naturais) • Carboneto de tungstênio sinterizado (WC) • Aços de alto C revestidos de Cr (cromagem dura) • Aços ligas especiais (Cr-Ni, Cr-Mo, Cr-W, etc.) • Ferro fundido branco • Cerâmicos (pós de óxidos metálicos sinterizados) FERRAMENTA (MATRIZES ) Velocidade de trabalho: • 10 m/s para fios de aço, • 20 m/s para fios de cobre FERRAMENTA (MATRIZES ) Núcleo da fieira pode ser dividido em: FERRAMENTA (MATRIZES ) FERRAMENTA (MATRIZES ) Máquina utilizada para o ponteamento do material facilitando a entrada na fieira. CONCEITOS DE T x ε Relação de proporcionalidade σ=E . ε Onde: σ - tensão aplicada [MPa] E - módulo de elasticidade [GPa] ε - deformação [%] Obs. A deformação será proporcional a tensão somente na fase elástica. CONCEITOS DE T x ε MECÂNICA DA TREFILAÇÃO A fieira muda o estado de tensões no material em relação à tração pura, pela imposição de tensões de compressão (compressão indireta). A consequência disto é um aumento do cisalhamento máximo (δmáx.) sem necessidade do aumento da tensão de trefilação (σtref.). MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO Encruamento exagerado: • Excesso de redução; • Atrito. MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO σt re f . ≤ C x σysF im Onde: C = 80% (Shey em Button, 2002) ou C = 75% (Schaeffer, 1999) MECÂNICA DA TREFILAÇÃO • Ângulo critico da fieira: Sendo: α: ângulo ótimo fieira µ: coeficiente atrito Ao: área transversal inicial Af : área transversal final • Força ideal de trefilação: Sendo: σe: tensão escoamento do material εa: deformação verdadeira Ao : área transversal inicial Af : área transversal final MECÂNICA DA TREFILAÇÃO TIPOS DE TREFILAÇÃO • A quente; • A frio. TREFILAÇÃO A QUENTE TREFILAÇÃO A FRIO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO • A cada passe de trefilação, a barra sofre alterações dimensionais, sendo elas: - Seção transversal é reduzida; - Comprimento aumenta. PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO • Fio-máquina. PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO A cada passe de trefilação a barra vai encruando. Efeitos do encruamento: • Aumento da resistência mecânica; • Aumento da dureza; • Diminuição da ductilidade, que reduz o alongamento e a estricção da barra. PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO Encruamento em aços baixo carbono: PROPRIEDADE Estado Recozido Encruado com 30% de redução Encruado com 60% de redução Limite de proporcionalidade (MPa) 190 110 70 Limite de escoamento (MPa) 240 515 665 Limite de resistência à tração (MPa) 400 555 675 Alongamento em 4" (%) 41,7 22,0 10,5 Estricção (%) 65,8 58,0 43,0 PREPARAÇÃO DO FIO-MÁQUINA Limpeza superficial e retirada dos óxidos • Tratamentos mecânicos • Tratamentos químicos TRATAMENTOS MECÂNICOS • Rebarbação • Descarepação TRATAMENTO QUÍMICO Decapagem (retirada de óxidos) • Imersão em meio ácido • Lavagem • Capeamento de cal TRATAMENTO QUÍMICO TRATAMENTOS TÉRMICOS • Recozimento • Patenteamento TRATAMENTOS TÉRMICOS Recozimento • Aços de baixo teor de carbono (C < 0,25%) • Tipo: recozimento sub-crítico de recuperação • Temperaturas de 550°C a 650°C • Não há mudança de microestruturas • Propriedades: mais ductilidade e leve redução da dureza TRATAMENTOS TÉRMICOS Patenteamento • Tratamento específico da trefilação • Mais utilizados em aços de médio alto teor de carbono • Meios de resfriamento: ar, chumbo ou sais • Temperatura de resfriamento: entre 450 e 550°C • Objetivo: formar perlitas finas ou bainitas ATRITO • O que é? • Sua influência no processo LUBRIFICAÇÃO • O que é? • Lubrificantes -Sólidos; -Líquidos; -Gasoso. IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO • Redução de atrito • Redução de desgaste • Controle da deformação LUBRIFICAÇÃO NA TREFILAÇÃO TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO • Lubrificação úmida • Lubrificação seca • Lubrificação úmida e eletrolítica • Lubrificação com pastas e graxas CARACTERÍSTICAS DA TREFILAÇÃO VANTAGENS E DESVANTAGENS CARACTERÍSTICAS O processo de trefilação atualmente é o mais utilizado para fabricação de fios, barras e tubos. Entre as características do processo, podemos citar: CARACTERÍSTICAS • Aumento da resistência mecânica durante o processo CARACTERÍSTICAS • A preparação da matéria prima para a trefilação • Deve-se ter uma lubrificação e refrigeraçãoadequada • O calor gerado na trefilação VANTAGENS O processo de conformação mecânica por trefilação é muito vantajoso em comparação com outros processos de fabricação mecânica, principalmente porque tem melhor precisão. Entre as principais vantagens, estão: VANTAGENS • O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qualquer outro processo; • Podem-se aplicar altas velocidades; • Durante processo, pode-se manipular a propriedade mecânica desejada. VANTAGENS • Boa qualidade superficial, uniformemente limpa e polida; VANTAGENS • Melhor acabamento e resistência à fadiga; • Excelente controle dimensional. DESVANTAGENS Na trefilação podemos ter muitas vantagens em relação a outros processos, porém há desvantagens que não podemos deixar de estar cientes que existam. Entre estas desvantagens estão: DESVANTAGENS • Geração de tensões residuais; • Pequena diminuição dimensional por fieira; • Dificuldade para se fazer análises experimentais. ANÁLISES EXPERIMENTAIS Na trefilação têm-se muita dificuldade para se fazer análises experimentais. As mais utilizadas são: ANÁLISES EXPERIMENTAIS • Ensaios mecânicos; • Ensaios metalógrafos; • Verificação metrológica; • Simulações computacionais; ANÁLISES EXPERIMENTAIS O que visa melhorar: • A velocidade de trefilação; • Pequenas forças de trefilação; • Trefilados de qualidade mecânica e metalúrgica. A classificação dos trefilados é realizada inicialmente em função do tipo de produto: barra, tubo e arame ou fio. BARRAS Ø > 2 5 m m ARAMES OU FIOS C o m u n s G r o s s o s 2 5 > Ø > 5 m m M é d i o s 5 > Ø > 1 , 6 m m F i n o s 1 , 6 > Ø > 0 , 7 m m E s p e c i a i s Ø < 0 , 0 2 m m TUBOS Tr e f i l a d o s d e d i f e r e n t e s f o r m a s PRODUTOS TREFILADOS TREFILAÇÃO DE BARRAS Molas helicoidais Hastes para amortecedores • Eixos; • Peças para a indústria mecânica em geral; • Implementos agrícolas e rodoviários; • Fixadores; • Ferramentas; CORRENTES TREFILAÇÃO DE ARAMES E FIOS •O arame passa através de varias matrizes, numa operação continua, até ser reduzido ao ser tamanho final, com a redução por passe de 15 a 25 %. •Para arames grossos utiliza-se apenas um tambor, com reduções de 20 a 50%. PREGOS APLICAÇÕES FIOS ELETRICOS TREFILAÇÃO DE TUBOS Sem Suporte Interno Superfície interna se torna irregular. Com Mandril Passante TREFILAÇÃO DE TUBOS A espessura da parede da peça passa por uma redução.. TREFILAÇÃO DE TUBOS Com Bucha (Plug) Fixo. Ambos os diâmetros são controlados. TREFILAÇÃO DE TUBOS Com Bucha (Plug) Flutuante. Plug é mantido centrado e posicionado em seu lugar através das forças de compressão e pelas de atrito atuando em sentido contrário. TREFILAÇÃO DE TUBOS TREFILAÇÃO DE TUBOS • · Indústria automobilística; • · Indústria de máquinas e equipamentos ; • · Indústria de móveis, produtos alimentícios. APLICAÇÕES DEFEITOS NA TREFILAÇÃO • Achatamento da secção: • Dobras longitudinais: • Defeitos nas extremidades: DEFEITOS CAUSADOS NA PREPARAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA • Anéis de trefilação (marcas circunferências e transversais) • Marcas de trefilação (marcas longitudinais) • Trincas • Rugosidades • Riscos DEFEITOS RELACIONADOS À FIEIRA DEFEITOS TÍPICOS DE PRODUTOS TREFILADOS. DIÂMETRO ESCALONADO: FRATURA IRREGULAR FRATURA COM RISCO LATERAL AO REDOR DA MARCA DE INCLUSÃO FRATURA COM TRINCA MARCAS EM FORMA DE V OU FRATURA EM ÂNGULO RUPTURAS RUPTURA TIPO ESTRICÇÃO RUPTURA TIPO BORRA RUPTURA TIPO CONE RUPTURA TIPO PALHA RUPTURA POR PRESENÇA DE METAL DURO Existência de metal duro (carbureto de tungstênio) incrustado no fio. Causas: • Fieira estourada, ou • Partes do equipamento que ficam prensadas contra o fio. CONCLUSÃO GRUPO Yan Felipe de O. Cavalcante 100947 Ancarlisson dos Santos Araújo 098492 Pedro Augusto dos Santos 101773 Gustavo Gomes Fuschini 102369 Caroline C. Machado 100917 Clodoaldo Do Rosário Santos 104693 Michelle C. de Oliveira Bezerra 104172 Érica dos Santos Barreto 100860 Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMA FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) FERRAMENTA (MATRIZES) CONCEITOS DE T x ε CONCEITOS DE T x ε MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO MECÂNICA DA TREFILAÇÃO TIPOS DE TREFILAÇÃO TREFILAÇÃO A QUENTE TREFILAÇÃO A FRIO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PROPRIEDADES MECÂNICAS APÓS O PROCESSO PREPARAÇÃO DO FIO-MÁQUINA TRATAMENTOS MECÂNICOS TRATAMENTO QUÍMICO TRATAMENTO QUÍMICO TRATAMENTOS TÉRMICOS TRATAMENTOS TÉRMICOS Número do slide 56 TRATAMENTOS TÉRMICOS Número do slide 58 ATRITO LUBRIFICAÇÃO IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICAÇÃO NA TREFILAÇÃO TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS DA TREFILAÇÃO CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS �VANTAGENS� VANTAGENS VANTAGENS VANTAGENS DESVANTAGENS� DESVANTAGENS ANÁLISES EXPERIMENTAIS ANÁLISES EXPERIMENTAIS ANÁLISES EXPERIMENTAIS Número do slide 77 Número do slide 78 Número do slide 79 Número do slide 80 Número do slide 81 Número do slide 82 Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Número do slide 86 Número do slide 87 Número do slide 88 Número do slide 89 Número do slide 90 Número do slide 91 Número do slide 92 DEFEITOS NA TREFILAÇÃO DEFEITOS CAUSADOS NA PREPARAÇÃO�DA MATÉRIA-PRIMA� DEFEITOS RELACIONADOS À FIEIRA DEFEITOS TÍPICOS DE PRODUTOS TREFILADOS.� DIÂMETRO ESCALONADO:� Número do slide 98 Número do slide 99 Número do slide 100 Número do slide 101 Número do slide 102 Número do slide 103 Número do slide 104 Número do slide 105 Número do slide 106 Número do slide 107 Número do slide 108 Número do slide 109
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