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1 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Centro Universitário Augusto Mott a Turno manhã | Avaliação A1 | 25/04/2013 QUESTÃO 1 Hoje, como jovens e adultos socializados nas regras de um mundo burocrático e imediatista e vigiados continuamente para nos mostrarmos efi cientes na conquista de metas já traçadas, esse espanto, que se traduz pela curiosidade fi losófi ca, soa deslocado: perda de tempo ou coisa de quem não tem algo mais importante para fazer. A vida já foi loteada e a nova ordem histericamente nos obriga a lutar por um espaço num mercado cada vez mais agressivo. A fi losofi a insiste: o conhecimento pode ser entendido como mais do que o domínio de uma técnica que nada tem a ver com nossas vidas. Tendo como referência o texto acima, analise as asserções abaixo. Tanto o cientista quanto o fi lósofo necessitam cultivar esse estado de abertura expresso no espanto diante do mundo. O domínio do conhecimento requer uma atitude de curiosidade contínua, de uma inquietação cultivada. Acerca desse enunciado, assinale a opção correta. A) As duas asserções são proposições verdadeiras. B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justifi cativa correta da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. QUESTÃO 2 Sócrates “pensava que não se pode ser justo sozinho, do mesmo modo que o ser sozinho cessa de ser” (Merleau Ponty). Foi no valor da ação moral que Sócrates construiu sua trajetória fi losófi ca, a qual não reside em livros, mas no exemplo vivo de um cuidado de si que é também cuidado dos outros. Esse cuidado de si socrático é entendido como A) Prática de vida contemplativa B) Prática altruísta por amor ao próximo C) Prática cotidiana e cidadã D) Prática do melhor interesse pessoal E) Prática da concorrência de mercado QUESTÃO 3 Meu caro Gláucon, este quadro – prossegui eu – deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista a custo a ideia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que no mundo visível foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública (Platão, 2001). O texto acima é parte do Livro VII da obra A República, onde Paltão apresenta a Alegoria da Caverna. Desse texto, pode-se é certo afi rmar que I. Apresenta a real harmonia entre o mundo sensível e o mundo inteligível. II. Apresenta o exercício de elevação do mundo ilusório a que a racionalidade fi losófi ca pode conduzir. III. Apresenta a distinção entre o munso sensível e o mundo inteligível. IV. Apresenta o exercício de elevação do mundo real para o espiritual a que a racionalidade fi losófi ca pode conduzir. Estão certas apenas as afi rmações A) I e III. B) I e II. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. QUESTÃO 4 Observe os conceitos expostos abaixo: Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualifi cação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. Disposição fi rme e constante para a prática do bem (FERREIRA, 1986). Trata-se especifi camente dos conceitos de A) Ética e prudência B) Política e prudência C) Sabedoria e virtude D) Virtude e Prudência E) Ética e virtude 2 Centro Universitário Augusto Motta QUESTÃO 5 Que eu saiba, a tradição crítica ou racionalista foi inventada uma vez apenas. Perdeu-se dois ou três séculos depois, devido, talvez, à ascensão da doutrina aristotélica da episteme, do conhecimento certo e demonstrável (...). E foi redescoberta e conscientemente revivida no Renascimento, em especial por Galileu Galilei (POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações). O texto de Popper defende a evolução presente nos pri- mórdios da filosofia grega. Disso podemos afirmar: A tradição crítica conduz à percepção de que as nossas tentativas de ver e encontrar a verdade não são definiti- vas, mas aberta a melhoramentos; que o nosso conhecimento, as nossas doutrinas, têm ca- ráter conjectural, consistindo em suposições, em hipóte- ses, e não em verdades certas e definitivas. Acerca desse enunciado, assinale a opção correta. A) As duas asserções são proposições verdadeiras. B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. QUESTÃO 6 Platão diz que esse mundo é tão belo, tão profundamente inteligível, de uma transparência tão brilhante, que mal se pode falar dele com as palavras do mundo sensível (CHATELET, 2001). Segundo esse entendimento, observe as assertivas seguintes: I. A tarefa do filósofo é a busca emocional pelo mundo incorruptível e pela Essência ou Ideia Suprema, a qual ilumina todas as outras. II. Conforme a Alegoria da Caverna, o filósofo toma para si o compromisso de procurar esclarecer os demais prisioneiros de sua condição de habitantes de um mundo ilusório. III. A tarefa do filósofo é é romper, ultrapassar a barreira dos conceitos religiosos que impregnam a cultura ocidental. IV. A tarefa do filósofo é a busca racional pelo mundo incorruptível e, mais ainda, pela Essência ou Ideia Suprema, a qual ilumina todas as outras. Estão certas apenas as afirmações A) I e III. B) I e II. C) I e IV. D) II e IV. E) III e IV. QUESTÃO 7 O cuidado de si é, portanto, indissoluvelmente cuidado da cidade e cuidado dos outros, como se vê pelo exemplo do próprio Sócrates, cuja razão de viver é ocupar-se com os outros (HADOT, 1999). Sócrates pensava que não se pode ser justo sozinho, do mesmo modo que o ser sozinho cessa de ser. Essa compreensão da ação humana é identificada pela Filosofia emu ma das suas divisões a saber: A) Metafísica B) Cosmológica C) Antropológica D) Ética E) Gnosiológica QUESTÃO 8 A filosofia surge no século VI e V a.C. como uma investigação voltada para a Natureza. Filósofos como Tales, Anaximandro, Anaxímenes se preocupam com questões que buscam o elemento primordial (arché) a partir do qual a Natureza física (physis) se constitui. Este é, portanto, o primeiro esforço de uma explicação racional do mundo que passa a: A) opor-se ao mito enquanto explicação do mundo. B) reforçar a religião. C) promover uma prática irracional. D) justificar os mitos anteriores com que se descrevia a Natureza. E) Redefinir a sua cosmogonia QUESTÃO 9 Por ser parte de uma tradição cultural, o mito configura assim a própria visão de mundo dos indivíduos, a sua maneira de vivenciar esta realidade. Nesse sentido, o pensamento mítico pressupõe a adesão, a aceitação dos indivíduos, na medida em que constitui as formas de sua experiência do real. Não há discussão do mito porque ele constitui a própria visão de mundo dos indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade, tendo, portanto, um caráter global que exclui outras perspectivas a partir das quais ele poderia ser discutido. (MARCONDES, 1997.) De acordo com a afirmação acima, é correto afirmar que A) O mito é a justificação do real corroborado pela intervenção filosófica. B) O mito não se justifica, não se fundamenta nem se presta ao questionamento, à crítica ou à correção. C) O mito e a filosofia possuem relação direta de es- sencialidade, valendo-se da certeza e confirmação que um exerce sobre a outra. D) O mito se justifica quando oferece lições à filoso- fia, fazendo-a reportar-se ao conceito presente nos questionamentos originários. E) O mito não se justifica pelos fundamentos filosó- ficos, pois estes é que são fundamentados pela re- flexão mítica. 3 Centro Universitário Augusto Motta QUESTÃO 10 O ‘na minha opinião’ não restringe aí o juízo hipotético, antes o sublinha. Quando alguém proclama como sua uma opinião nada certeira, não corroborada por experiência alguma, sem reflexão sucinta, outorga-lhe, por muito que queira restringi-la, a autoridade da confissão através da relação consigo próprio como sujeito. A frase do filósofo Theodor Adorno indica que I. A filosofia arrasta uma velha inimizade contra a opinião II. A missão da filosofia é defender o raciocínio dialógico entre as opiniões, a necessidade de justificar o opinado não a partir do inefável, do irredutível ou do inverificável, mas sim através do publicamente acessível, do inteligível. III. Quem insiste em tornar aceitável mais do que o racionalmente injustificável toma de imediato posição de intransigente ou dogmático. IV. Como cada um tem direito à sua opinião, en- tende-se que todas as opiniões são do mesmo nível e coadjuvam a força absoluta que destrói qualquer pretensão absoluta de verdade. Estão certas apenas as conclusões A) I e III. B) I e IV. C) I e II. D) II e IV. E) III e IV.
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