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carboidratos (é considerado um hormônio hiperglicemiante) e das proteínas, além de apresentar propriedades antiinflamatórias e imunossupressoras. Os glicocorticóides (sejam eles endógenos ou exógenos, como por exemplo, a Prednisolona) têm a capacidade de inibir a secreção de CRF pelo hipotálamo, agindo em nível da alça longa de feedback negativo. ↗Hormônios Corticais MINERALOCORTICÓIDES Os mineralocorticóides são corticóides que interferem no equilíbrio de minerais pelo corpo. A aldosterona é o principal mineralocorticóide produzido pela zona glomerulosa da adrenal, sendo responsável pela retenção de sódio e excreção de potássio pelos túbulos renais. Quando um paciente apresenta uma baixa na pressão arterial, o rim tenta controlá-la liberando renina. Esta é uma enzima que, quando chega na corrente sanguínea, converte angiotensinogênio (produzido pelo fígado) em angiotensina I que, por meio da enzima conversora de angiotensina (ECA, produzida pelos pulmões), é transformada, por sua vez, em angiotensina II. Além de apresentar a capacidade de aumentar a pressão arterial por si só, a angiontensina II estimula (por meio de receptores no córtex da adrenal) a síntese da aldosterona, mimetizando ainda mais no aumento da pressão arterial: a aldosterona faz com que haja uma maior reabsorção de sódio pelos rins para o sangue e, junto dele, água. Esta entrada de sódio e água nos vasos faz com que a volemia intravascular aumente e, consequentemente, aumente o débito cardíaco, fazendo com que a pressão tenda a subir. GLICOCORTICÓIDE O glicocorticóide, principal cortisol endógeno, é responsável, principalmente, pelo metabolismo da glicose e de proteínas. Trata-se de um hormônio hiperglicemiante, pois favorece a gliconeogênese. Como foi visto, é produzido pelas células da zona fasciculada do córtex da medula da adrenal. Pacientes que fazem uso prolongado de corticóides exógenos podem desenvolver diabetes por causa da ação hiperglicemiante deste hormônio. ESTRADIOL E TESTOSTERONA O estradiol e a testosterona são hormônios responsáveis pelo desenvolvimento de caracteres sexuais femininos e masculinos, respectivamente. Além disso, estes hormônios apresentam funções adversas no organismo, como é ocaso da propriedade cardioprotetora do estradiol. Embora seja considerável a produção destes hormônios pela zona reticulada da adrenal, as gônadas (ovários e testículos) são os principais sítios de produção dos mesmos. 2ª PROVA - Farmacologia Resumo – Alberto Galdino ↗Principais ações dos Glicocorticóides METABÓLICAS Carboidratos: ↓ a captação e utilização da glicose e ↑ da gliconeogênese = hiperglicemia. Proteínas: ↑ catabolismo, ↓ do anabolismo. Lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing). REGULADORAS Eventos Celulares: - Inflamação aguda: ↓ do influxo e da atividade dos leucócitos - Inflamação crônica: ↓ da atividade nas células mononucleares, ↓proliferação de vasos sanguíneos, ↓fibrose. -Inflamação linfoide: ↓ expansão das células T e B e ação ↓ das células secretoras de citocinas. Mediadores Inflamatórios e Imunes: - ↓ Produção e ação das citocinas, incluindo Interleucinas, TNFγ, GN-CSF - ↓ Produção de eicosanoides - ↓ Produção de IgG - ↓ Componentes do complemento do sangue. Eventos Vasculares: vasodilatação reduzida, diminuição da exsudação de líquidos. Efeitos Globais: - ↓ Inflamação crônica e das reações autoimunes - ↓deteriorização da cicatrização dos aspectos protetores da resposta inflamatória. 2ª PROVA - Farmacologia Resumo – Alberto Galdino ↗Farmacocinética - Absorção: oral, tópica e parenteral - Distribuição: ligação às proteínas plasmáticas globulinas de ligação dos glicocorticoides (CBG) no sangue. - Eliminação: Hepática ↗Mecanismo de Ação dos Glicocorticóides Os efeitos dos medicamentos antiinflamatórios, independentemente de ser esteroidal ou não, são: inibição da atividade inflamatória, ação antipirética e ação analgésica. Os glicocorticóides, são uma série de medicamentos antiinflamatórios que apresentam uma função somada: a imunossupressora. Os corticóides atuam via receptores hormonais intracelulares que independem de proteína G, tirosina cinase ou receptores ionotrópicos. Quando o indivíduo faz uso de corticóide por qualquer que seja o motivo ou via de administração (oral ou parenteral, principalmente), ao chegar ao sangue, a droga vai se ligar à albumina. Desta maneira, ou seja, corticoide ligado à proteína plasmática, o fármaco ainda apresenta-se na sua forma inativa (fração ligada do fármaco). De forma semelhante, o cortisol endógeno (produzido pela zona fasciculada do córtex da glândula adrenal) se liga a uma outra proteína plasmática circulante, a globulina ligante de cortisol (α-2-globulina), sendo esta fração ligada também a sua forma inativa. Ambos os tipos de cortisol (tanto endógeno, quanto exógeno) devem se desassociar das proteínas plasmáticas com as quais circulam para só assim, adentrar na célula e ativar o seu receptor intracelular. O receptor intracelular de um hormônio esteroidal apresenta três sítios ou domínios: sítio de localização nuclear, sítio de ligação do DNA (ou domínio efetor), domínio de ligação do hormônio (sítio responsável por receber o corticóide). Em condições normais, ou seja,sem a presença dos corticóides, o domínio efetor do receptor de corticóide encontra-se encoberto por uma proteína de choque térmico chamada HSP90, subunidade protéica responsável por estabilizar e inativar o receptor. A partir do momento que o corticóide se liga ao seu domínio de ligação, ele promove uma mudança conformacional no receptor de forma que a HSP90 perca sua afinidade por ele, desprendendo-se do receptor e exibindo o domínio ligante de DNA, sensibilizando e ativando, desta maneira, o receptor dos corticóides. O complexo corticóide-receptor ativo (livres da HSP90) se liga a outro complexo também ativo, formando um dímero capaz de entrar no núcleo da célula e exercer a sua função o que ser… descrita adiante. O dímero, ao chegar ao núcleo da célula com seu domínio de ligação do DNA livre, passa a ativar alguns fatores de transcrição e inibir outros. As ações nucleares do dímero corticóide-receptor são: Inativação dos fatores de transcrição NF-KB e AP-1 Ativação do fator de transcrição Anexina-1 Os antiinflamatórios esteroidais, portanto, ativam a anexina-1 (a qual inibe a fosfolipase A2) e inibem os fatores de transcrição NFκB e AP-1 (que inibem outros mediadores da inflamação e citocinas envolvidas nas respostas imunológicas), justificando o seu efeito antiinflamatório e imunossupressor. 2ª PROVA - Farmacologia Resumo – Alberto Galdino ↗Terapias - Terapia de Reposição Doença de Addison, juntamente com um mineralocorticóide - Terapia Antiinflamatória e Imunossupressora Asma (por inalação, ou, nos casos graves, por via sistêmica) Condições inflamatórias da pele, dos olhos, ouvidos e nariz. Uso Topico) Estados de Hipersensibilidade Doenças auto-imunes (lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, anemia hemolítica, púrpura trombocitopênica idiopática) Prevenção de doença de enxerto – versus – hospedeiro após transplante de órgãos - Terapia de Doenças Neoplásicas - Em combinação com agentes citotóxicos no tratamento de malignidades específicas (ex: Doença de Hodgkin, Leucemia Linfocítica Aguda). - Redução de edema cerebral em pacientes com tumores cerebrais primários e metastásicos (dexametasona). ↗Efeitos Colaterais Supressão da resposta à infecção Supressão da síntese de Glicocorticóides endógenos Ações metabólicas Síndrome de