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Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Secreções do TGI vêm das glândulas associadas ao trato (as glândulas salivares, pâncreas e fígado), das glândulas formadas pela parede do intestino (ex: Glândulas de Brunner, no duodeno) e pela mucosa intestinal. Secreções do TGI e das glândulas associadas incluem água, eletrólitos, proteína, e agentes humorais. A secreção é provocada pela ação de substâncias efetoras específicas, os SECRETAGOGOS, atuando sobre as células secretórias. SECREÇÃO SALIVAR A Saliva é um liquido que contem eletrólitos e solutos orgânicos secretados pelas glândulas salivares maiores: Parótidas (secreção serosa), Submandibulares (secreção mista) e Sublinguais (secreção predominantemente mucosa). A saliva é essencial na higiene, saúde e conforto da cavidade oral, e a sua ausência causa a Xerostomia (boca seca), ocasionando lesões nas mucosas oral e esofágica e incidência de cáries. As glândulas salivares maiores (descritas acima) são túbulo-acinares. Essas 3 glândulas produzem aproximadamente 90% da secreção salivar total. As glândulas submandibulares e sublinguais são responsáveis por cerca de 70% do fluxo salivar basal, não estimulado, enquanto as parótidas respondem por 15 a 20% e as glândulas salivares menores , por 5 a 8%. As parótidas e as submandibulares são responsáveis por 45 a 50% do fluxo salivar estimulado pela presença de alimento na cavidade oral, enquanto a contribuição das outras glândulas é menor. A saliva contém dois tipos principais de secreção de proteína: Secreção serosa (que contém PTIALINA, uma α-amilase) que é uma enzima para a digestão de amido. Secreção mucosa (que contém MUCINA, glicoproteína responsável pela produção de muco) para lubrificar e proteger as superfícies, da boca até o ânus. Os ácinos são as unidades secretoras, contendo entre 15 a 100 células. A secreção da saliva é uma operação em dois estágios: o primeiro envolve os ácinos e o segundo envolve os ductos salivares. Os ácinos produzem uma secreção primária (saliva primária) que contém ptialina e\ou mucina em uma solução de íons. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Composição da Saliva Composição Inorgânica: Na⁺, K⁺, HCO₃⁻, Ca⁺⁺, Mg⁺⁺ e Cl⁻ Composição Orgânica: Proteínas e Glicoproteínas, tendo como produtos a AMILASE (enzima que inicia a digestão do amido); LIPASE (importante para a digestão lipídica); MUCINA (glicoproteína que forma muco quando hidratada); e LISOZIMA (um antibiótico biológico, que ataca a parede das células bacterianas, para limitar a colonização bacteriana na boca). Células serosas: secreção serosa Α-amilase salivar: enzima que faz a hidrolise do amido. pH = 7,8. Esta enzima tem pouco tempo para agir, pois o bolo alimentar não demora a chegar ao estomago onde o pH decresce drasticamente e então ocorre a desnaturação desta enzima. Importante para remover restos alimentares que permanecem na boca. Calicreina: hidrolise de proteínas, pH 7,8. Lisozima: é uma proteína que tem função bactericida. Células mucosas: secreção mucosa. A secreção mucosa contém mucina (muco) para a lubrificação e proteção das superfícies. Muco: constituído de glicoproteínas com propriedades lubrificantes e adesivas + H₂O e eletrólitos. Células acinosas: Promovem uma filtração do sangue do sangue que a irriga, ou seja retira o plasma (H₂O, Na⁺, Cl⁻, iodo e etc...) para promover um meio aquoso de transporte para as proteínas. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Os Ácinos secretam uma secreção primaria contendo ptialina e muco. Durante o trajeto pelos ductos, as células tubulares fazem o transporte iônico com os íons do plasma: 1. Íons sódio são ativamente absorvidos enquanto íons potássio são ativamente secretados. 2. Secreção de HCO₃⁻ e reabsorção passiva de Cl⁻. 3. A saliva passa a ter grande quantidade de potássio e bicarbonato que o que eleva o pH. Funções da Saliva 1. Preparação do bolo alimentar – Função Adesiva (lubrifica a mucosa bucal) 2. Umidade oral 3. Ação solvente e de limpeza 4. Função Protetora – Ação bacteriana Lisozima 5. Função Digestiva (Lipase salivar, Amilase Salivar-Ptialina, Ligante SalivarB12) 6. Função amortecedora de pH 7. Função Excretora Secreção de materiais orgânicos e inorgânicos. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Controle da Secreção Salivar Estimulação Simpática: provoca um leve aumento da secreção salivar, mas em contra partida causa a vasoconstrição dos vasos que irrigam a glândula o que consequentemente diminui o fluxo de sangue pela glândula e consequente filtração de sangue, com isso tem-se menos liquido extracelular com conseguinte diminuição da secreção salivar (boca seca-Xerostomia). Estimulação parassimpática: (Núcleo Glossofaríngeo e Facial): Inervam predominantemente a glândula parótida, aumenta o fluxo sanguíneo para ela. Libera acetilcolina sobre a glândula onde existem receptores muscarínicos, o que ativa a glândula causando aumento da secreção salivar através da vasodilatação. Quando se pensa em comida, aumenta-se um pouco a produção de saliva, o ato de sentir o cheiro da comida aumenta mais um pouco e continua a aumentar até o momento da alimentação quando se atinge o ápice da secreção salivar. A taxa máxima de secreção salivar é de 4ml/seg, com isso o fluxo nos ductos e maior e com maior velocidade o que diminui as trocas e por final diminui a secreção de HCO₃⁻ e K⁺. Aldosterona estimula a bomba de Na+/K-, o que aumenta a concentração de bicarbonato e potássio na saliva. O SNE também aumenta a secreção de saliva. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Secreção da Mucosa Esofagiana Não se tem produção enzimática nesta secreção. Secreções esofágicas são de caráter tolamente mucoso e proporcionam principalmente a lubrificação para o processo da deglutição. A secreção ocorre pelas células caliciformes presentes em abundancia por todo o trajeto do esôfago. Na porção final do esôfago mais precisamente no 1/8 final a secreção de muco é mais abundante do que nas porções anteriores, este muco mais grosso e espesso com cerca de 1cm de espessura tem a função de proteger a as paredes do esôfago, principalmente do refluxo que pode ocorrer do estomago através da abertura do esfíncter esofágico inferior. Apesar desta proteção maior ainda podem ocorrer ulceras pépticas na extremidade gástrica do esôfago. SECREÇÃO GÁSTRICA O estômago tem funções secretórias, motoras e hormonais, importantes no processo digestivo: Armazenamento – atua como reservatório temporário para o alimento. Secreção H⁺ p/ matar microorganismos e converter pepsinogênio em sua forma ativa. Secreção do fator intrínseco, para absorver a Vitamina B12 (cobalamina). Secreção de muco e HCO₃⁻, para proteger a mucosa gástrica. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Secreção de água para lubrificação para prover suspensão aquosa dos nutrientes. Atividade motora para misturar as secreções (H⁺ e pepsina) com o alimento ingerido. Atividade motora coordenada que regula o esvaziamento do conteúdo para o interior do duodeno. Características das secreções Gástricas Além de células secretoras de muco que revestem toda superfície do estômago, a mucosa estomacal possui 2 tipos importantes de glândulas tubulares: -GlândulasOxínticas (também chamadas Glândulas Gástricas): localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago - com 3 tipos de células: Células mucosas do pescoço: secretam basicamente Muco Células pépticas (ou Principais): secretam grande quantidade de Pepsinogênio Células parietais (ou Oxínticas): secretam HCl e Fator Intrínseco -Glândulas Pilóricas: localizadas na porção antral do estômago, composta pelas Células Mucosas Superficiais: colunares, envolvendo a abertura das glândulas. Secretam principalmente muco para proteger a mucosa pilórica do ácido estomacal. Também secreta o hormônio Gastrina. Também há as Células Endócrinas, secretoras de Gastrina e Somatostatina. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Composição do Suco Gástrico e suas Funções O estômago secreta 1 a 2 litros de fluido por dia, referido como suco gástrico. Seus componentes, funções e sítios de síntese são: HCl: confere ao suco gástrico pH próximo de 1 ou 2. O pH ácido regula a secreção do Pepsinogênio e sua conversão à Pepsina na luz gástrica. O HCl tem importante função bactericida e, na sua ausência, aumenta a incidência de infecções do SGI. É produzido pelas células parietais (ou oxinticas) no corpo do estômago. Pepsinogênio: é produzido pelas células pépticas (ou principais) no corpo, antro e cárdia. É lançado na luz gástrica na forma de pró-enzima, sendo hidrolisado a Pepsina em pH < 5. Em pH < 3, o pepsinogênio é rapidamente ativado à pepsina. (A Pepsina é uma endopeptidase que hidrolisa ligações no interior das cadeias polipeptídicas). Lipase Gástrica: é lançada na luz gástrica na forma ativa. Enzima que hidrolisa, em meio ácido, triacilgliceróis. É produzida por células especificas das glândulas. Muco: dois tipos de muco são secretados pelo estômago. O secretado pelas células superficiais é conhecido como “muco insolúvel ou visível”, retém o HCO₃⁻ secretado pelas mesmas células. Participa da ‘Barreira Mucosa Gástrica’, que protege a superfície interna do estômago contra o HCl e pepsina. O Muco secretado pelas células do pescoço forma o “muco solúvel”, que é misturado aos alimentos, lubrificando-os protegendo mecanicamente a mucosa gástrica durante a digestão. HCO₃⁻: é secretado pelas células superficiais mucosas. Fica retido na camada de muco insolúvel da barreira gástrica, tamponando o HCl e protegendo a mucosa gástrica. Gastrina: hormônio produzido pelas células G na região antral. Estimula a secreção de HCl pelas células parietais, e estimula o crescimento delas. Somatostatina: existe sob duas formas, dependendo da origem. Quando secretado pelas células D antrais, é um Hormônio; e quando secretada pelas células D do corpo gástrico, próximas ás células parietais, é um Parácrino. Nas duas formas, ela tem a função de regular a secreção de HCl, no sentido inibitório. Histamina: é um Parácrino secretado pelas células enterocromafins da lâmina própria do corpo gástrico. Estimula diretamente as células parietais. Fator Intrínseco: é uma glicoproteína produzida pelas células parietais ou oxinticas. É necessário para a absorção da Vitamina B12, no íleo. De todas as secreções do estômago, a única essencial é a do Fator Intrínseco. Na sua ausência, desenvolvem-se a anemia megaloblástica ou perniciosa (distúrbio na formação de glóbulos vermelhos) e alterações neurológicas. Íons: Isotônica; principais: Na⁺, K⁺, Cl⁻, H⁺, considera-se 2 componentes da secreção gástrica: -Componente não parietal: não estimulado ou basal, de baixo volume e alcalino, contendo Na⁺, Cl⁻ e K⁺ em concentrações semelhantes às plasmáticas e 30 mEq/L de HCO₃⁻ . -Secreção parietal: se sobrepõe a não-parietal, misturando-se a ela. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Fases da Secreção Gástrica A secreção gástrica se dá em 3 fases: Fase Cefálica (Pensamento, Visão, Olfação, Gustação, Mastigação) – prepara o estômago para a chegada do alimento. Fase Gástrica (Chegada do bolo alimentar ao estômago. Distensão gástrica) – Gastrina, HCl. Fase Intestinal (Chegada do quimo ao Duodeno) - ↓Gastrina e ↑Secretina. Fase Cefálica: ocorre até mesmo antes de o alimento entrar no estômago, enquanto está sendo ingerido. Resulta da visão, do odor, da lembrança ou do sabor do alimento, e quanto maior o apetite, mais intensa é a estimulação. Esta fase contribui com cerca de 20% da secreção gástrica á ingestão de uma refeição. Fase Gástrica: o alimento que entra no estômago excita: 1)os Reflexos Vasovagais Longos do Estômago para o cérebro e de volta ao estômago, 2)os Reflexos Entéricos Locais e 3)o Mecanismo da Gastrina, todos os quais levando à secreção de suco gástrico durante várias horas, enquanto o alimento permanece no estômago. Esta fase contribui com cerca de 70% da secreção gástrica total. Fase Intestinal: a presença de alimento na porção superior do intestino delgado particularmente no duodeno continuará a causar secreção estomacal de pequenas quantidades de suco gástrico, provavelmente devido a pequenas quantidades de gastrina liberadas pela mucosa duodenal. Secreção de HCl Os principais estimuladores endógenos da secreção de HCl são: Acetilcolina – neurotransmissor parassimpático vagal (X par de nervos cranianos) Gastrina – hormônio sintetizado e secretado pelas células G do antro gástrico Histamina – Parácrino sintetizado a partir da histidina, pelas células enterocromafins da lâmina própria da mucosa gástrica. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Os principais inibidores endógenos da secreção de HCl são: Somatostatina – secretada pelas células D na região do corpo (inibindo diretamente a secreção de HCl, agindo como Parácrino) e células D da região antral (agindo como hormônio, inibindo células G secretoras de gastrina e indiretamente a secreção de HCl) Prostaglandinas – das séries E e I. Age como Parácrino, inibe diretamente a sec. de HCl Fatores de Crescimento Epidérmico (EGF)- também age como Parácrino. Secreção de Pepsinogênio A Acetilcolina é o principal estimulador da secreção de pepsinogênio. Assim, o vago estimulando as células parietais a secretarem HCl, estimula , também a secreção de pepsinogênio. O H⁺ é muito importante na ativação e na sua secreção. O HCl estimula a secreção de pepsinogênio por 2 mecanismos: 1. O Ácido ativa reflexos intramurais colinérgicos. 2. Efeito do ácido no duodeno, estimulando as células secretoras de secretina. A Secretina age nas células principais, estimulando também, a secreção de pepsinogênio. Assim, o pepsinogênio é secretado junto com a secreção ácida. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Células Parietais Secreções Pancreáticas As enzimas digestivas pancreáticas são secretadas pelos ácinos pancreáticos, e grandes volumes de solução de bicarbonato de sódio são secretados pelos ductos pequenos e maiores que começam nos ácinos. O produto combinado de enzimas e Bicarbonato (HCO₃⁻) flui então através de um longo ducto pancreático que normalmente encontra o ducto hepático imediatamente antes de esvaziar-se no duodeno através da papila de Vater, envolta pelo esfíncter de Oddi. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Na secreção endócrina do pâncreas, que é produzida pelas ilhotas de Langerhans, estão incluídos 3 hormônios principais e o Pol. Pancreático: Insulina– secretada pelas células β Glucagon – secretado pelas células α Somatostatina – secretada pelas células δ Polipeptídio Pancreático – secretado pelas células PP Estes hormônios regulam o metabolismo celular e afetam a secreção exócrina do pâncreas, por mecanismos ainda não completamente elucidados. A secreção exócrina tem função digestiva. Considera-se esta secreção em 2 componentes, que são secretados simultaneamente durante o processo digestivo, e são sintetizados por populações celulares distintas (dos ácinos e ductos): Componente Protéico ou Enzimático (secreção Primária ou Acinar): possui cerca de 20 precursores de enzimas digestivas, os zimogênios. É secretado pelas células acinares, tem pequeno volume e possui concentrações iônicas e tonicidade semelhante às plasmáticas. O principal estímulo para a secreção enzimática é a CCK (Colecistocinina), liberada da mucosa do intestino delgado, em reposta á produtos da hidrólise lipídica e protéica. Componente Aquoso: sua composição eletrolítica é determinada pelas células epiteliais dos ductos. Este componente é o que fornece o volume da secreção de cerca de 1L por dia. É um fluido alcalino, com concentração de HCO₃⁻ superior à plasmática, que no duodeno neutraliza o quimo ácido proveniente do estômago. O principal estímulo para a secreção aquosa é a Secretina, liberada da musoca do intestino delgado pela chegada do quimo ácido proveniente do estômago. O HCO₃⁻ da secreção pancreática neutraliza o HCl e gera o ambiente alcalino para a ação das enzimas pancreáticas, que agem nessa faixa de pH. Os Ácinos Pancreáticos: representam 82% do peso do pâncreas Os Ductos: 4% Os Vasos Sanguíneos: 4% Os Espaços Intracelulares: 9,5% As Ilhotas de Langerhans: 2% Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Inervação Pós-Ganglionar: Fibras Vagais: alcançam o pâncreas através da região antral do estômago. Efetuam sinapses no interior do parênquima pancreático, de onde partem as fibras pós- sinápticas colinérgicas para os ácinos, ductos e ilhotas. A inervação vagal colinérgica estimula a secreção principalmente de células acinares (secreção enzimática). Fibras Simpáticas para o pâncreas partem dos gânglios celíaco e mesentérico superior e correm ao longo das artérias. São fibras noradrenérgicas que provocam vasoconstrição e diminuição secundária da secreção. Ou seja: -Colinérgicas (Parassimpática) -Noradrenérgicas (Simpática) O Sistema Parassimpático controla a secreção endócrina do pâncreas Fibras Vagais ---------------> ↑secreção pancreática. Ácinos Pancreáticos Tem fundo cego e agrupam-se em lóbulos separados por tecido conjuntivo. Possuem entre 15 e 100 células acinares piramidais, com os ápices voltados para a luz. Os precursores enzimáticos e as enzimas ativas encontram-se nos Grânulos de Zimogênio, localizados no bordo apical das células acinares, as quais têm o Reticulo Endoplasmático extensamente desenvolvido e núcleos basais (Liberação dos grânulos por exocitose, renovação das membranas por endocitose). As células dos ductos apresentam microvilosidades, com cerca de 0,15 μm de diâmetro, formando a borda em escova. As membranas basolaterias destas células são bastante amplificadas, característica de células epiteliais transportadoras. Região Apical: Liberação dos grânulos por exocitose e renovação das membranas por endocitose. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Secretagogos Pancreáticos CCK (Colecistocinina) Carbacol - agonista parassimpático (limita os efeitos colinérgicos). GRP VIP – induz o aumento da secreção pancreática CGRP ps: SECRETAGOGO+VIP = Potencializa Vias de tradução de sinal envolvidas no controle da Secreção Pancreática Os receptores para CCK e para a Acetilcolina são acoplados às proteínas tetramétricas do tipo Gαq, que via IP₃, elevam a concentração citosólica de Ca⁺⁺, ativando as PKC, o DAG e a Cálcio- Calmodulina (CaM) e elevando a secreção enzimática. Os outros receptores das células acinares também têm papeis importantes, estimulando a secreção e provavelmente, regulando os processos de síntese protéica. Os receptores para VIP e Secretina são acoplados à proteínas G e tem como segundos mensageiros o AMPc e a PKA; suas ações podem potencializar a da CCK. [CCK e Secretina são liberada no duodeno de forma endócrina (pelo sangue), e vai no pâncreas estimular a secreção de solução aquosa e de enzimas.] Regulação da Secreção Pancreática Três estímulos básicos são importantes na secreção pancreática: Acetilcolina - liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático. Colecistocinina – secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior quando o alimento entra no intestino delgado. Secretina – também secretada pelas mucosas duodenal e jejunal quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL A Acetilcolina e CCK estimulam as células acinares do pâncreas, levando a produção de grandes quantidades de enzimas pancreáticas, mas quantidades relativamente pequenas de agua e eletrólitos. A Secretina, em contrapartida, estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de sódio pelo epitélio do ducto pancreático. A secreção pancreática também ocorre em 3 fases: Fase cefálica: desde o ato de pensar no alimento até o ápice quando se coloca o alimento na boca. O sistema parassimpático é ativado através da inervação vagal que estimula a liberação de acetilcolina (neurotransmissor) o que provoca a secreção enzimática. Aproximadamente 20% da secreção total. Fase gástrica: ocorre quando o hormônio gastrina é secretado na mucosa antral o que estimula a secreção pancreática enzimática. 5 a 10% do total. Fase intestinal: secreções pancreáticas efetivas, tanto enzimáticas quanto hidreláticas. 70 a 75% da secreção total. Enzimas Pancreáticas Cerca de 5 a 15g de proteína são lançados pelo pâncreas no duodeno. As células acinares secretam cerca de 20 proteínas distintas, a maioria delas com atividade enzimática. Muitas são secretadas como pró-enzimas e algumas como enzimas ativas: Tripsina Quimiotripsina Elastases Carboxipeptidases Ribonucleases Desoxirribonucleases α-Amilase Lipase (Triacilglicerol-hidrolase) Colesterol-esterase Fosfolipase-A2 Colipase Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL ↓-------------------------------------------↖ Enteropeptidase---------------->Tripsinogênio------------------>Tripsina-----↑ ↓ Quimiotripsinogênio --------------------← ↓ Quimiotripsina Secreção Pancreática Aquosa Estimulada pela secretina, ou seja, pelo baixo pH. O acido carbônico formado (H2CO3) tem uma dissociação imediata em H2O e CO2, sendo que o CO2 é absorvido pelo sangue e é eliminado através dos pulmões, o que sobra no duodeno é uma solução neutra de NaCl. O quimo ácido no duodeno vai ocasionar a secreção de Secretina (solução aquosa alcalina), para baixar o pH. Funções Digestivas do Fígado (Sintese e secreção da Bile)O fígado localiza-se estrategicamente no sistema circulatório, recebendo sangue da veia porta que drena o estômago, o delgado, o cólon e o baço. Nesta posição, o fígado recebe os produtos absorvidos no intestino, transformando alguns, armazenando outros, e liberando-os para a circulação sistêmica. A bile é sintetizada continuamente nos hepatócitos, a partir do colesterol da dieta, e do conduzido pelos quilomícrons remanescentes que chegam ao fígado pela circulação, e é concentrada na vesícula biliar. Os sais biliares, os fosfolipídios, e o colesterol, componentes da bile, formam micelas que interagem com as gorduras em suspensão no fluido luminal do delgado, diminuindo a sua tensão superficial e rompendo-as em gotículas, processo esse denominado EMULSIFICAÇÃO. A bile desempenha duas importantes funções: Papel importante para a digestão e absorção das gorduras, mas não devido à presença de qualquer enzima, mas sim a presença dos ácidos biliares que estão presentes na bile, exercendo duas importantes funções: -Ajudam a emulsificar grandes partículas de gordura provenientes da alimentação em numerosas partículas pequenas que podem agora ser hidrolisadas pela lípase pancreática. -Os sais biliares ajudam na absorção de ácidos graxos, monoglicerídeos, colesterol e outros lipídios mais. Exercem esta função ao formarem diminutos complexos com estes lipídios chamados Micelas que são solúveis ao quimo em virtude das cargas elétricas dos sais biliares, desta maneira os lipídios são transportados até a mucosa onde serão absorvidos. A bile serve como um meio de excreção de produtos importantes de degradação no sangue, por exemplo: Bilirrubina (produto da destruição da hemoglobina e excesso de colesterol). Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Durante o seu trajeto pelos ductos biliares a bile inicialmente recebe uma 2° secreção que consiste em solução aquosa de íons sódio e bicarbonato (H2O e NaHCO3), esta 2° secreção algumas vezes aumenta o volume da bile em 100%. A função desta 2° secreção é neutralizar o pH acido intestinal, sendo estimulada pela secretina. Armazenamento e concentração da bile na vesícula -A bile é continuamente secretada pelas células hepáticas, entretanto a maior parte é armazenada na vesícula biliar até que sua presença seja necessária no duodeno. -A vesícula biliar suporta armazenar até 12 horas de secreção biliar. -H2O, Na+, Cl- e maioria dos outros eletrólitos tem uma absorção continua pela mucosa da parede da vesícula interna, isso concentra a bile incluindo sais biliares, colesterol, lectina e a bilirrubina. -Normalmente a bile é concentrada por cerca de 5 vezes, mas pode chegar a um máximo de 20 vezes. Esvaziamento da vesícula biliar -Quando o alimento começa a ser digerido na porção superior do trato gastrointestinal, ao mesmo tempo a vesícula biliar começa a se esvaziar principalmente quando alimentos gordurosos chegam ao duodeno aproximadamente 30 minutos após a refeição. -A vesícula esvazia, pois sua parede que é constituída de músculo liso apresentam contrações rítmicas, entretanto para o seu esvaziamento tem de ocorrer o relaxamento do esfíncter de Oddi. -O hormônio colecistocinina é o estimulo mais potente para o esvaziamento da vesícula. -SNE e vagal são estímulos mais fracos. -Hormônio secretina também aumenta a secreção da bile, mas geralmente algumas horas após a refeição. Fisiologia da Secreção Gastrointestinal Resumo – Alberto Galdino LoL Ácidos Biliares Primários Colesterol →Cólico ↘Quinodesoxicólico Ácidos Biliares Secundários 4-Cólico →Desoxicólicos 4-Quenodesoxicólico →Litocólico -----perdendo -OH Ácidos Biliares Terciários 2-Desoxicólico →Taurina Litocólico →Glicina -----se tornam sais de Na⁺ Componentes dos Ácidos Biliares Eletrólitos: sódio, potássio, magnésio, cálcio, cloreto e bicarbonato. Componentes orgânicos: sais biliares, bilirrubina, colesterol, fosfolipídeos (lecitina, o principal fosfolipídeo da bile, cefalina, esfingomielina, lisolecitina), baixa concentração de ácidos graxos, mucina, aminoácidos (tirosina), proteínas, além de substâncias exógenas. Controle da Secreção Biliar CCK estimula a contração da vesícula biliar e inibe(?)a contração do esfíncter de Oddi. CCK→ (+)Vesicula Biliar --contrai ↘ (-) Esfincter de Oddi –se abre ↗Vesícula Biliar ------------------ ← ↑-------Secretina (Glerítica) ↖----------------← Sais Biliares absorvidos no íleo (Colerítica)----↖
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