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TEXTO DE ÉTICA

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FILOSOFIA – ÉTICA
TEXTO 1
Ética aplicada 
A ética aplicada é o campo que consiste na análise de problemas morais específicos e controversos, tais como aborto, direitos dos animais e eutanásia. Em anos recentes, os problemas da ética aplicada têm sido divididos em grupos convenientes, tais como ética médica, ética dos negócios, ética ambiental e ética sexual. De modo geral, duas características são necessárias para que algo seja considerado um “problema da ética aplicada”.
Primeiro, o problema precisa ser controverso no sentido de que existem grupos significativos de pessoas tanto a favor quanto contra. A questão do drive by shooting , por exemplo, não é um problema de ética aplicada, pois todas as pessoas concordam que é uma prática altamente imoral. Em contraste, a questão do controle das armas seria um problema de ética aplicada, já que existem significativos grupos de pessoas tanto a favor quanto contra. [1: Drive-by shooting: forma de ataque pessoal em que um indivíduo, do interior de um carro em movimento ou momentaneamente parado, atira contra alguém. Comumente os passantes são atingidos no lugar do ou juntamente com o alvo. (N. do T.)]
O segundo requisito para que um problema se enquadre na ética aplicada é que ele seja distintamente moral. Num dia qualquer, a mídia nos apresenta um leque de problemas delicados tais como políticas de ação afirmativa, homossexuais nas forças militares, internação involuntária dos deficientes mentais, práticas comerciais capitalistas versus socialistas, sistemas de saúde públicos versus privados, e conservação de energia. Apesar de todos esses problemas serem controversos e terem um impacto importante na sociedade, não são todos problemas morais. Alguns são apenas problemas de política social. O objetivo da política social é ajudar uma dada sociedade a funcionar de maneira efetiva, criando convenções tais com leis de trânsito, impostos e áreas de zoneamento. Os problemas morais, em contraste, tratam de práticas mais universalmente obrigatórias, tais como o dever de evitar a mentira, e não estão confinadas a sociedades individuais. Freqüentemente, problemas de política social e de moralidade se sobrepõem, como no caso do assassinato, que é tanto imoral quanto ilegal. No entanto, os dois grupos de problemas são comumente distintos. Por exemplo, muitas pessoas argumentariam que a promiscuidade sexual é imoral, mas elas podem não achar que deveriam existir políticas sociais reguladoras da conduta sexual, ou leis que nos punam pela promiscuidade. Similarmente, algumas políticas sociais proíbem que os residentes de certas vizinhanças organizem vendas em seus jardins. Mas, desde que os vizinhos não se sintam ofendidos, não seria nada imoral se um residente resolvesse realizar algo do tipo. Assim, para que se qualifique como um problema de ética aplicada, a questão deve ser mais do que uma mera política social: deve ter, também, relevância moral. 
Em teoria, a resolução de problemas da ética aplicada deveria ser fácil. A respeito do problema do aborto, por exemplo, teríamos simplesmente que determinar sua moralidade consultando o princípio normativo da escolha, tal como no utilitarismo do ato. Se um determinado aborto produz mais benefícios do que malefícios, então, de acordo com o utilitarismo do ato, seria moralmente aceitável fazer esse aborto. Infelizmente, talvez haja centenas de princípios normativos rivais para fazer uma escolha, muitos dos quais chegam a conclusões opostas. Assim, o impasse da ética normativa entre teorias conflitantes nos previne de usar um único procedimento decisivo para determinar a moralidade de um problema específico. A solução freqüente desse impasse ultimamente tem sido a consulta a diversos princípios normativos representativos para um problema determinado, verificando-se para que lado cai o peso da evidência. 
Princípios normativos na ética aplicada 
Chegar a uma lista curta de princípios normativos representativos é em si uma tarefa desafiadora. Os princípios selecionados não podem ser centrados muito restritamente, tal como no caso de uma versão egoísta do ato se concentrar somente nos benefícios a curto prazo de uma ação. Os princípios também devem ser vistos como tendo mérito para as pessoas em ambos os lados de um problema de ética aplicada. Por essa razão, princípios que apelam ao dever para com Deus geralmente não são citados, já que isso causaria impacto num descrente engajado no debate. Os princípios a seguir são os mais comumente adotados nas discussões de ética aplicada: 
 Benefício pessoal: reconhecer até que ponto uma ação produz conseqüências benéficas para o indivíduo em questão. 
 Benefício social: reconhecer até que ponto uma ação produz conseqüências benéficas para a sociedade. 
 Princípio da benevolência: ajudar os necessitados. 
 Princípio do paternalismo: assistir aos outros em suas buscas pelos melhores interesses, quando não puderem fazer isso sozinhos. 
 Princípio do prejuízo: não prejudicar os outros. 
 Princípio da honestidade: não enganar os outros. 
 Princípio da legalidade: não violar as leis. 
 Princípio da autonomia: reconhecer a liberdade de uma pessoa sobre suas ações e seu corpo. 
 Princípio da justiça: reconhecer o direto das pessoas ao devido processo, justa compensação pelo prejuízo causado e justa distribuição dos benefícios. 
 Direitos: reconhecer os direitos das pessoas à vida, informação, privacidade, livre expressão e segurança. 
Os princípios acima representam um espectro de princípios normativos tradicionais que são derivados das abordagens conseqüencialistas e das baseadas no dever. Os dois primeiros princípios, benefício pessoal e benefício social, são conseqüencialistas, já que apelam às conseqüências de uma ação, enquanto afeta o indivíduo ou a sociedade. Os princípios remanescentes são baseados no dever. Os princípios da benevolência, paternalismo, prejuízo, honestidade e legalidade são baseados nos deveres que temos para com os outros. Os princípios da autonomia, justiça e os diversos direitos baseiam-se em direitos morais. Um exemplo ajudará a ilustrar a função desses princípios numa discussão de ética aplicada. Em 1982, um casal de Bloomington, Indiana, deu à luz um bebê com intenso retardamento mental. A criança, conhecida como Bebê Doe, também tinha seu estômago desconectado da garganta e, por isso, não era capaz de ser alimentado. Apesar de essa deformidade estomacal poder ser corrigida através de cirurgia, o casal não queria criar um bebê severamente retardado e, portanto, decidiu negar a cirurgia, comida e água à criança. Os tribunais locais apoiaram a decisão dos pais, e seis dias depois o Bebê Doe morreu. O Bebê Doe deveria ter sido submetido à cirurgia? Argumentos a favor da cirurgia corretiva derivam do direito que o bebê tem à vida e do princípio do paternalismo, segundo o qual devemos buscar os melhores interesses dos outros quando eles forem incapazes de fazerem isso sozinhos. Argumentos contra a cirurgia corretiva derivam do malefício pessoal e social que resultaria de tal procedimento. Se o Bebê Doe sobrevivesse, sua qualidade de vida seria baixa e provavelmente morreria ainda jovem. Da perspectiva dos pais, a sobrevivência do Bebê Doe também seria um fardo emocional e econômico significativo. Ao examinar os dois lados do problema, os pais e os tribunais concluíram que os argumentos contra a cirurgia eram mais fortes do que os a favor. Primeiro, a não realização da cirurgia parecia ser o melhor interesse da criança, considerando a baixa qualidade de vida que ela teria de suportar. Segundo, o status do direito à vida do Bebê Doe não era claro, considerando a severidade da sua deficiência mental. Pois, para que possuamos direitos morais, é preciso mais do que meramente ter um corpo humano: algumas funções cognitivas também devem estar presentes. O problema aqui envolve o que é freqüentemente chamado de personalidade moral, algo central a muitas discussões da ética aplicada. 
Questões da ética aplicada 
Como já dissemos, existemhoje muitos problemas controversos discutidos por eticistas, alguns dos quais serão brevemente mencionados aqui. A ética biomédica se concentra numa variedade de problemas que surgem na prá-tica clínica. Trabalhadores da área da saúde estão numa posição incomum, lidando com situações de vida ou morte. Não é de se surpreender, então, que os problemas da ética médica sejam mais extremos e diferentes dos das outras áreas da ética aplicada. Surgem problemas pré-natais sobre a moralidade da prática da barriga-de-aluguel, manipulação genética dos fetos, o status dos embriões congelados não utilizados e o aborto. Aparecem outros problemas sobre os direitos dos pacientes e as responsabilidades dos médicos, tais como a confidencialidade dos dados dos pacientes e a responsabilidade dos médicos de dizerem a verdade aos pacientes que estiverem morrendo. A crise da AIDS fez surgir problemas específicos como o teste obrigatório dos pacientes, e se os médicos podem se recusar a tratar quem tenha contraído a doença. Problemas adicionais dizem respeito à experimentação médica em humanos, a moralidade da internação involuntária e os direitos dos deficientes mentais. Finalmente, problemas sobre o fim da vida surgem da discussão da moralidade do suicídio, a justificabilidade da intervenção na tentativa de suicídio, o suicídio assistido pelos médicos e a eutanásia. O campo da ética dos negócios examina as controvérsias morais relacionadas às responsabilidades das práticas comerciais capitalistas, o status moral das entidades corporativas, propaganda enganosa, espionagem, direitos básicos dos empregados, discriminação na contratação de empregados, sistema de cotas, teste anti-drogas e delação. As questões da ética ambiental freqüentemente se entrelaçam com problemas médicos e comerciais. Incluem os direitos dos animais, a moralidade das experiências com os animais, preservação de espécies em extinção, controle da poluição, administração de recursos ambientais, se os ecossistemas devem ou não ser objetos de consideração moral direta e a nossa obrigação para com as gerações futuras. Problemas controversos da moralidade sexual incluem monogamia versus poligamia, relações sexuais sem amor, relações homossexuais e casos extraconjugais. Finalmente, existem problemas de moralidade social que examinam a pena de morte, guerra nuclear, controle de armas, o uso recreativo de drogas, direitos de assistência social e racismo.
TEXTO 2
ÉTICA APLICADA
Ética aplicada é um estudo de ordem ética, que atua em um meio social, o seu comportamento, e sua aplicação nesse meio. Nos anos de 1950 os meios de comunicação vigentes e o publico em geral já discutiam a ética da inseminação artificial e de transplantes de órgãos que começavam a ser postos em pratica. 
Além da ética medica incluem-se em seu campo de pesquisa a bioética, a ética da ciência, a ética econômica ou ética empresarial, a ética do trabalho, a ética ambiental, a ética do futuro, a ética do direito, a ética politica, a ética da informação ou enfoética, a ética dos meios de comunicação social, a engenharia ética, a ética administrativa, a ética da técnica, a ética social, a ética sexual e a ética animal.
BIOÉTICA
Bioética (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) é o estudo transdisciplinar entre Ciências Biologicas, Ciências da saúde, Filosofia (ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicose as pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e aplicações. 
História 
O termo “Bioética” foi utilizado pela primeira vez pelo pastor protestante alemão Paul Max Fritz Jahr, (1895 - 1953) em 1927 em um artigo de editorial da revista Kosmos, intitulado Bio-ethik, Eine Umschau uber die ethischen Beziebungen des Menschen zu tier und pflanze (do alemão: Bioética: uma revisão do relacionamento ético dos humanos em relação aos animais e plantas.). Na década de 1970 o termo é relacionado com o objetivo de deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um viés mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, a dicotomia entre os fatos explicáveis pela ciência e os valores estudáveis pela ética. A biossegurança, a biotecnologia e a intervenção genética em seres humanos, além das velhas controvérsias morais como aborto e eutanásia, requisitavam novas abordagens e respostas ousadas da parte de uma ciência transdisciplinar e dinâmica por definição. (Pedro Jacy) Bioética é um neologismo construído a partir das palavras gregas bios (vida) + ethos (relativo à ética). Segundo Diniz & Guilherm, “...por ser a bioética um campo disciplinar compromissado com o conflito moral na área da saúde e da doença dos seres humanos e dos animais não-humanos, seus temas dizem respeito a situações de vida que nunca deixaram de estar em pauta na história da humanidade ...”
As diretrizes filosóficas dessa área começaram a consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as praticas abusivas de médicos nazistas em nome da ciência, cria um código para limitar os estudos relacionados. Formula-se ai também a ideia que a ciência não é mais importante que o homem. O progresso técnico deve ser controlado para acompanhar a consciência da humanidade sobre os efeitos que eles podem ter no mundo e na sociedade para que as novas descobertas e suas aplicações não fiquem sujeitas a todo tipo de interesse.
O termo também foi mencionado em 1971, no livro “Bioética: Ponte para o futuro”, do bioquímico e oncologista americano Van Rensselaer Potter. Este livro é o primeiro marco na tentativa de se estabelecer conceitos bioéticos. Pouco tempo depois, uma abordagem mais incisiva da disciplina foi feita pelo obstetra holandês Hellegers.
Em outubro de 2005, a conferência geral da UNESCO adotou a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, que consolida os princípios fundamentais da bioética e visa definir e promover um quadro ético normativo comum que possa a ser utilizado para a formulação e implementação de legislações nacionais. Mais que uma mataética, a bioética transpõe –se a um movimento cultural: é neste humanismo que se pode engloblar conceitos entre o pratico biodireito e o teórico biopoder. É desta maneira que sua constante revisão e atualização se torna uma característica fundamental. A problemática bioética é numerosa e complexa, envolvendo fortes reflexos imprimidos na opinião publica sobretudo pelos meios de comunicação de massa.
Alguns exemplos dos temas alarmados:
Aborto;
Clonagem;
Eutanasia;
Ética médica;
Transgênicos;
Células tronco;
Consentimento informado.
O termo Bioética foi criado pelo pastor alemão Fritz Jahr em 1927. Na década de 70 o termo foi relacionado ao objetivo de deslocar a discussão entre os avanços e desenvolvimentos tecnológicos como citado acima.
Teorias
Pellegrino nega que se deve buscar a raiz humanista da medicina, e que tal operação deve passar pela redescoberta da tradição hipocrática. Beauchamp e Childress, por sua vez, propõem uma teoria de princípios que determina quatro princípios para a ética Biomédica: autonomia da medicina, não-maleficio, beneficio e justiça. Robert Veatch propõe cinco pontos fundamentais na relação entre o médico e o paciente: autonomia, justiça, compromisso, verdade e não matar. A teoria utilitarista, em contraposição direta com o paradigma tradicional da ética médica, remove a sacralidade da vida humana do centro da discussão e a substitui pelo paradigma de maximização da qualidade de vida. 
Contra os utilitaristas e consequencialistas, levantaram-se estudiosos da ética, e da bioética, dos Estados unidos e da Inglaterra. Um desses expoentes, John Finnis, propõe que a ética não pode ser feita através de cálculosde maximização do prazer. Como o que era até então proposto pelos utilitaristas. Fazer isso é tentar colocar em uma equação matemática incerta probabilidades impossíveis de serem calculadas por estarem no futuro. P.ex., uma doença que é incurável hoje, amanhã pode ou não ter a sua cura descoberta. E, para alguém que tenta decidir por fazer ou não a eutanásia de um doente nesse estado, pode parecer racional implementar a morte do doente se for uma ação que atenuará seu sofrimento. Porém, como o futuro é incerto, a situação poderia ser revertida por inúmeras circunstâncias imprevisíveis, como a descoberta da cura. Da mesma forma, pareceria para uma mãe com gravidez indesejada um bem fazer um aborto, na medida em que isso poderia parecer para ela um aumento em sua “qualidade de vida”. 
Visto que se livraria da responsabilidade de criar um filho e lhe prover os meios e carinhos para o desenvolvimento. O que não pode ser moral e racional, ao menos a priori, e se aceito, no mínimo merece fundamentações mais firmes e convincentes. Por isso, tomar como base a maximização da qualidade de vida, ou em realidade do prazer, não pode servir como base racional para se resolver essas questões. Finnis propõe uma bioética com bases racionais diferenciadas e enraizadas na tradição clássica e nos filósofos analíticos do século XX.
ÉTICA AMBIENTAL
Podemos definir ética ambiental como uma conduta de comportamento do ser humano com a natureza, cuja base está na conscientização ambiental e no compromisso preservacionista, onde o objetivo é a conservação da vida global. O desafio desta nova ética está no aparecimento de um compromisso pessoal que se desenvolve pelo próprio individuo, dentro dele, é ético e não legal. Não se trata de uma obrigação legal, mas moral e ética, que posiciona o homem frente à natureza e se reflete em ações éticas, que sem duvida trarão resultados favoráveis à preservação ambiental e consequentemente à melhoria da qualidade de vida. 
ÉTICA NOS NEGÓCIOS
O cenário acelerado de mudanças bem como a alta competitividade no mercado impõe às empresas novos desafios e demandas. Produtividade, lucratividade, e compromisso social são exigências rotineiras como requisitos básicos para a sobrevivência das organizações. Nesse contexto, tem crescido nos últimos anos a percepção sob a perda de ética em negociações comerciais. Dessa forma, cria-se um grande desafio na área de gestão empresarial em alinhar estratégias para sanar problemas do não cumprimento da ética. A gestão da ética nos negócios e das relações de trabalho é um dos pilares de sustentação das empresas. As instituições que pretendem ter vida longa necessitam estabelecer relações éticas com todos os seus públicos.
Em negociações comerciais, a necessidade da existência de regras de comportamentos bem como direitos e deveres respeitados e obedecidos é talvez ainda mais importante. Em ética empresarial, a menor das infrações provoca um impacto gravíssimo na reputação de uma companhia ou das equipes que se compõe. O que foi construído em um longo tempo é perdido rapidamente. Um exemplo de prejuízo foi da empresa Siemens que numa atitude de tentar subornar uma parte do processo de negociação, teve um prejuízo de 1,4 bilhões de dólares. Quanto mais houver obediência espontânea de ética, menos tempo e dinheiro serão desviados para a defesa de eventuais comportamentos não – éticos.
O comportamento das empresas bem como seus valores repercutem diretamente nas relações com clientes, fornecedores e com a própria sociedade. A pratica do pluralismo tem difundindo essas informações e agregado valor nas relações de clientes e fornecedores. 
A competitividade nas Negociações Comerciais
De boas ideias a preços baixos e excelentes produtos, o mundo está com excesso de oferta. Nesse contexto é comum observar a grande competividade nas empresas e a busca pela sustentabilidade e posição de destaque. 
A dificuldade e ser ético em vendas é justamente discernir sobre o que é certo e errado. Uma forma valiosa nesse caso é posicionar-se no lugar da pessoa que estará sendo afetada por seu ato. Quer seja um empregador, um colega, um concorrente ou um cliente, é preciso observar a questão sob o ponto de vista do outro. 	
Nos segmentos altamente competitivos como a indústria farmacêutica, indústria do tabaco e de bebidas requer um cuidado especial na conduta dos funcionários em suas áreas de atuações. Casos que com o excesso de cobranças faz com que funcionários ajam contra as próprias regras morais com o proposito de alcançar os objetivos da companhia e consequentemente de se manter empregado.
Em algumas empresas desse segmento, tem-se a impressão que ética e negocio são palavras excludentes. A grande necessidade de conquistar a preferência do cliente faz com que alguns vendedores transgridem a ética distorcendo fatos e omitindo informações relevantes. Enfrentar uma concorrência acirrada leva alguns vendedores a exagerar nas vantagens da sua oferta. Isso também pode ser antiético se a crença nesses exageros resultar em prejuízo para o cliente. 
A competitividade traz melhorias continuas, mas o excesso bem como a grande cobrança na área comercial pode influenciar na pratica de ações desleais perante alguma parte do sistema. O grande desafio dos gestores é saber dosar até que ponto se pode chegar numa negociação para que não afete a corrente ética estabelecida. Outro importante requisito é de se atentar em conhecer os princípios éticos dos profissionais que contratam. 
Vantagens das empresas éticas
A ética nas empresas representa um elemento mediador das praticas, guia e orienta as relações humanas e incentiva os indivíduos a constituírem um ambiente de harmonia norteando nos valores humanos. 
Algumas das vantagens de empresas éticas:
Desenvolvem relações de confiança mais estáveis e lucrativas com seus clientes, sejam internos ou externos; 
Criam um ambiente de trabalho saudável e consequentemente mais produtivo; 
Tornam positivas as experiências de compra ou venda nas transações comerciais;
Aumenta a confiança e reciprocidade;
Empresas com padrões éticos tem menos problemas de furtos, sabotagem, discriminações e depredação das instalações;
Minimizam riscos de escândalos que destroem carreiras e companhias; 
Em negociações comerciais, o grande negocio é ser ético. Embora o comportamento antiético possa levar as vendas imediatas, isso só acontece em curto prazo. Com o tempo, pessoas que costumam ter esse tipo de comportamento antiético veem sua reputação sofrer as consequências. Por outro lado, pessoas que costumeiramente comportam-se de acordo com os mais elevados padrões éticos veem suas reputações subirem. Uma reputação favorável fará mais pela criação de vendas e sucesso duradouro do que qualquer comportamento antiético.