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DIR ADM aula 4 ato adm

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DIREITO ADMINISTRATIVO
ATO ADMINISTRATIVO
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Direito Administrativo
TEORIA GERAL DO ATO ADMINISTRATIVO
ATO ADMINISTRATIVO:	é o ato jurídico praticado pela Administração Pública; é todo o ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos;
Declaração do Estado, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
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Direito Administrativo
REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO
REQUISITOS/ELEMENTOS  Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto
 (COFIFOMOB)
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Direito Administrativo
1) competência (sujeito) – (sujeito capaz + atribuições legais) nenhum ato administrativo pode ser validamente realizado sem que o agente disponha do poder legal para praticá-lo. Entende-se por competência administrativa o poder atribuído por lei, e por ela delimitada, ao agente da Administração para o desempenho específico de suas funções. O ato praticado por agente incompetente é inválido/nulo. A competência administrativa, como requisito de ordem pública, é intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados. Pode, porém, ser delegada e avocada, desde que em conformidade com as normas reguladoras da Administração.
Regras de competência: decorrem de lei; são inderrogáveis; podem ser objeto de delegação ou de avocação, desde que não se trate de competência exclusiva.
Ausência de competência – agente de fato
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Direito Administrativo
FINALIDADE: 	é o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo; é VINCULADO; (intimamente ligado ao princípio da impessoalidade)
	O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competência ao agente para a sua prática. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE específica. Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE FINALIDADE (desvio de poder), mesmo que haja relevância social.
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Direito Administrativo
3) forma (formalização) - em princípio todo ato administrativo é formal. Entre os particulares as vontades podem se manifestar livremente, mas a Administração exige procedimentos especiais e forma legal para que se expresse validamente. Assim, a inexistência de forma torna o ato administrativo inexistente, enquanto que a escolha de forma diversa da legalmente exigida torna o ato administrativo inválido/ viciado. Função de uniformizar, ou seja, padronizar.
A forma normal do ato de administração é a escrita, admitindo-se o ato administrativo não escrito apenas em casos de urgência, de transitoriedade da manifestação da vontade ou de irrelevância do assunto para a Administração. Nas demais hipóteses, deve-se observar o ato escrito em forma legal (decreto, portaria, ofício, etc.). A forma não se confunde com o procedimento administrativo que é o conjunto de operações exigidas para o aperfeiçoamento do ato. A forma é estática e o procedimento dinâmico (ex.: licitação).
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Direito Administrativo
4) motivo – situação de direito (dispositivo legal em que se baseia o ato – ex. na punição do servidor o motivo é a infração praticada) ou de fato (conjunto de circunstâncias que levam a prática do ato), que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O motivo ou causa, quando expresso em lei, constitui-se em elemento vinculado. Nesta hipótese, o agente deve justificar a existência do motivo, sob pena de invalidade do ato administrativo. Se, porém, o motivo estiver a critério do administrador, caracteriza-se como elemento discricionário, situação em que não há necessidade de se dar motivo ao ato. 
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Direito Administrativo
Motivação – é a exposição de motivos, é a demonstração por escrito de que os pressupostos existiram. Ex.: na punição a Administração deve mostrar a prática da infração. 
Teoria dos motivos determinantes: quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido se os motivos forem verdadeiros. A validade do ato se vincula aos motivos indicados como fundamentos. Se inexistentes ou falsos os motivos, o ato será inválido.
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Direito Administrativo
5) objeto – trata-se do conteúdo do ato, através do qual a Administração manifesta seu poder e sua vontade, ou simplesmente atesta situações preexistentes. (pressuposto de existência)
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Direito Administrativo
Ato Administrativo - Extinção
 INVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
A administração pode desfazer seus próprios atos por considerações de mérito e de ilegalidade, ao passo que o Judiciário só os pode invalidar quando ilegais. 
A administração REVOGA ou anula seu próprio ato; o Judiciário somente ANULA o ato administrativo. A revogação opera da data em diante (ex nunc), os efeitos que a precedera, permanecem de pé, diferentemente da anulação, cujos efeitos retroagem às suas origens, invalidando as conseqüências passadas, presentes e futuras do ato anulado (há de se preservar os terceiros de boa-fé) 
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Da revogação – é ato administrativo discricionário pelo qual a Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Deve atingir ato legal (existem atos irrevogáveis).
Da anulação ou invalidação pela administração – independe de provocação do interessado. A Administração tem o dever de zelar pela legalidade de suas ações, e por isso, é obrigada a anular atos ilegais.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo – formas de extinção
CASSAÇÃO:	 embora legítimo na sua origem e formação, torna-se ilegal na sua execução; quando o destinatário descumpre condições pré-estabelecidas. 
Ex.: permissão de serviço público.
CADUCIDADE:	É a cessação dos efeitos do ato em razão de uma lei superveniente, com a qual esse ato é incompatível. A característica é a incompatibilidade do ato com a norma subseqüente.
CONTRAPOSIÇÃO ou derrubada – emitido ato com fundamento diverso que o ato anterior, efeitos contrapostos aos daquele. Ex. exoneração derruba a nomeação.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo - classificação
Quanto ao regramento:
Atos vinculados - são os de procedimento quase que totalmente delineado pela lei, com pouca margem de iniciativa ou criatividade para o administrador, como por exemplo, as regras de um concurso público, aposentadoria compulsória. 
 Atos discricionários são aqueles em que a lei deixa certa margem para a atividade pessoal do administrador na escolha da oportunidade da conveniência do ato, como por exemplo: da porte de arma. 
Não há atos inteiramente vinculados ou inteiramente discricionários. 
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Direito Administrativo
Ato Administrativo - classificação
Quanto aos destinatários:
 Atos gerais ou regulamentares: destinam-se a uma parcela grande de sujeitos indeterminados e todos aqueles que se vêem abrangidos pelos seus preceitos; Ex: edital, instruções, regulamentos.
 Atos individuais: destina-se a uma pessoa em particular ou a um grupo de pessoas determinadas. Ex.: demissão, nomeação e licença.
Quanto ao alcance:
atos internos: para vigorar no âmbito das repartições. (circulares, portarias e instruções).
Atos externos: alcançam os administrados de modo geral. (resolução, edital)
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Quanto ao objeto:
Atos de Império aquele que a administração pratica no gozo de suas prerrogativas; em posição de supremacia perante o administrado; (Desapropriação; Interdição; Requisição)
Atos de Gestão são os praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, SEM USAR SUA SUPREMACIA; (Alienação e Aquisição de bens; Certidões)
Atos de Expediente aqueles praticados por agentes subalternos; atos de rotina interna; (Protocolo e despacho)
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Quanto à formação:
Simples
produzido por um único órgão; podem ser simples singulares ou simples colegiais. Despacho
Composto produzido por um órgão, mas dependente da ratificação de outro órgão para se tornar exeqüível. Há dois atos um principal e outro acessório (aprovação e homologação).
Complexo resultam da soma de vontade de 2 ou mais órgãos. Nomeação de Desembargador.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Quanto ao conteúdo:
Ato constitutivo (positivo ou negativo): é o que cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à administração.- nomeação de funcionário. 
Ato declaratório: é o que visa a preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício – expedição de certidões. 
Ato alienativo: é o que opera a transferência de bens ou direito, de um titular a outro – depende de autorização legislativa. 
Ato modificativo: é o que tem por fim alterar situações preexistentes- aqueles que alteram horários de reunião. 
Ato abdicativo: è aquele pelo qual o titular abre mão de um direito- depende de autorização legislativa. Ex: renuncia.
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Ato Administrativo
Quanto à eficácia:
Ato válido: é o que provém de autoridade competente para praticá-lo e contém todos os requisitos necessários à sua efetivação;
Ato nulo: é o que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito substancial em seus elementos constitutivos ou no procedimento formativo;
Ato inexistente: é o que apenas tem aparência de manifestação regular da administração, mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo - é o que ocorre com o ato praticado por um usurpador de função pública.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Quanto à exeqüibilidade:
Ato perfeito: é aquele que reúne todos os elementos necessários à sua exeqüibilidade;
Ato imperfeito: é o que se apresenta incompleto na formação ou carente de um ato complementar para tornar-se exeqüível e operante;
Ato pendente: embora perfeito, não produz seus efeitos, por não verificado o termo ou a condição de que depende sua exeqüibilidade, ou operatividade;
Ato consumado: é o que produziu todos os seus efeitos, tornando-se, por isso mesmo, irretratável ou imodificável por lhe faltar objeto;
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Quanto à retratabilidade:
Ato irrevogável: é aquele que se tornou insuscetível de revogação, por ter produzido seus efeitos ou gerado direito subjetivo para o beneficiário ou, ainda, por resultar de coisa julgada administrativa;
Ato revogável: é aquele que a administração, e somente ela, pode invalidar, por motivos de conveniência, oportunidade ou justiça – mérito administrativo.;
Ato suspensível: é aquele em que a administração pode fazer cessar os seus efeitos, em determinadas circunstâncias e por certo tempo, embora mantendo o ato, para oportuna restauração de sua operatividade;
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Ato Administrativo
Quanto ao modo de execução:
Ato auto-executório: é aquele que traz em si a possibilidade de ser executado pela própria administração, independentemente de ordem judicial;
Ato não auto-executório: é o que depende de pronunciamento judicial para produção de seus efeitos finais, tal como ocorre com a divida fiscal, cuja execução é feita pelo judiciário, quando provocado pela administração interessada na sua efetivação;
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Ato Administrativo
Quanto ao objetivo visado pela Administração:
Ato principal: é o que encerra a manifestação de vontade final da administração. Pode resultar de um único órgão (ato simples) ou da conjugação de vontades de mais de um órgão (ato complexo) ou, ainda de uma sucessão de atos intermediários (procedimento administrativo);
Ato complementar: é o que aprova ou ratifica o ato principal para dar-lhe exeqüibilidade;
Ato intermediário ou preparatório: é o que concorre para a formação de um ato principal e final. Ex. numa concorrência são atos intermediários o edital, o julgamento das propostas;
Ato condição: é todo aquele que se antepõe a outro para permitir a sua realização - O concurso é ato condição da nomeação efetiva;
Ato de jurisdição ou jurisdicional: é todo aquele que contém decisão sobre matéria controvertida no âmbito da administração, resulta normalmente, da revisão de ato do inferior pelo superior hierárquico ou tribunal administrativo;
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
Atos Normativos:	aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc.
Atos Ordinatórios:	visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. 
Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Atos Negociais:	aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. 
Ex.: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia; 
Atos Enunciativos:	aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; NÃO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. 
Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres.
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Direito Administrativo
Ato Administrativo
Atos Punitivos:	atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder Disciplinar. 
Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função.

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