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IGI Aula 2 ( PART 01)

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AULA 2 – Interpretação visual de imagens. 
1.0) Etapas: 
	. Identificação: Simples leitura da imagem. Neste momento o usuário realiza quase que intuitamente uma correlação entre o objeto observado e outro conhecido. 
	. Determinação: O usuário desenvolve processos mentais (dedutivos ou indutivos), mesmo que a imagem revele somente uma visão parcial do objeto, a copa de uma árvore ou o trabalho de uma casa. 
	. Interpretação: O usuário cria correlações entre os elementos determinados na imagem e elabora hipóteses interpretativas. 
2.0) Elementos da leitura: 
	. Forma: geometria do objeto;
	. Tamanho: critério que varia conforme a escala da imagem ou sua resolução espacial;
	. Tonalidade: Quantidade de energia (normalmente a luz solar) refletida por um objeto;
	. Localização: do objeto da paisagem;
	. Textura: lisa ou rugosa, homogênea ou heterogênea;
	. Estrutura: paralela, quadriculada, retangular. 
3.0) Análise
	O relevo e a drenagem constituem os objetos principais da avaliação da imagem fotográfica para a obtenção de informações geológicas. Analisa-se texturas e estruturas na imagem. 
Entende-se por textura o padrão de arranjo dos elementos texturais e representa a imagem de conjunto dada pela disposição das menores feições que conversam na sua identidade na escala da fotografia. A menor superfície contínua e homogênea distinguível e passível de repetição é denominada elemento de textura. Por densidade de textura entende-se: zonas com maior ou menor número de elementos texturais por unidade de área. Variações na textura do relevo e drenagem são fundamentais para a análise pois permite separar ou associar feições dadas por condições naturais. 
	Entende-se por estrutura o arranjo dos elementos texturais pode apresentar disposição ordenada ou aleatória. A lei que exprime o padrão de organização no espaço dos elementos texturais, denomina-se estrutura. O grau de estruturação refere-se a regularidade da organização dos elementos texturais. Toma-se como fracamente estruturados quando a lei de ordenação é mal definida e vice-versa. A ordem de estruturação qualifica a complexidade da organização dos elementos ou a superposição de padrões de organização. Ex: 1ª ordem: quando apenas uma lei define o padrão de ordenação – como no caso de linhas retas de elementos estruturais. 
4.0) Interpretação 
	A partir das propriedades vistas na imagem podemos estabelecer as propriedades do objeto e após, com o processo da fotointerpretação, definir o significado geológico. Ou seja, a função do objeto. Portanto, a fotointerpretação, serve como auxílio na interpretação de mapas geológicos. Contudo, não é possível substituir o mesmo pelo levantamento de campo. 
	Na prática, a identificação, análise e interpretação podem ser processos desenvolvidos quase simultaneamente. Entretanto, para um melhor resultado, é necessário efetuar cada uma das respectivas etapas individualmente. Ou seja, identificar, analisar e por fim interpretar os dados. 	
	Existem diversos fatores que controlam as propriedades de textura. Desta forma, quanto maior a gama de informações e a experiência do intérprete, maior será a quantidade de informações que serão obtidas através da foto.
 Os fatores que influenciam tal são: 
	. Fatores morfogenéticos: clima, tectônica, descarga de água, nível de base e sedimentos e o tempo.
	. Fatores litológicos: depende das propriedades físico-químicas das rochas e sua reologia. Tal como: resistência à erosão, permeabilidade, plasticidade e ruptibilidade, solubilidade, tropia (anisotropia, isotropia). 
	. Fatores deformacionais: as propriedades são afetadas devido as deformações sofridas pelas rochas. Tais deformações podem ser classificadas em: mecânica, térmica e química. Os elementos estruturais de mais simples interpretação são os mergulhos e as fraturas; falhamentos e dobramentos são identificados de modo mais complexo.

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