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244522 Poluição das Águas

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Poluição da Água 
 
Dezembro - 2010 
IRLA VANESSA ANDRADE DE SOUSA RIBEIRO 
Engenheira Civil e Licenciada em Matemática 
Doutora em Recursos Hídricos 
Pós-doutoranda em Engenharia Mecânica 
 
 
Usos da água: 
 Consuntivos: abastecimento humano e 
industrial, irrigação, dessedentação de 
animais. 
 Não consuntivos: recreação, harmonia 
paisagística, geração de energia elétrica, 
conservação da flora e da fauna, 
navegação, pesca, diluição, assimilação e 
afastamento de despejos. 
 
USOS MÚLTIPLOS DAS ÁGUAS 
Controle da poluição 
Qualidade da água 
disponível 
Quantidade 
de água disponível 
A importância de água para a manutenção da vida 
Conceito de poluição 
Água 
 
Água no corpo humano 
A água representa 70% da massa do 
corpo humano. 
Sintomas de desidratação: 
Perda de 1% a 5% de água 
Sede, pulso acelerado, fraqueza 
Perda de 6% a 10% de água 
Dor de cabeça, fala confusa, visão turva 
Perda de 11% a 12% de água 
Delírio, língua inchada, morte 
Uma pessoa pode suportar até 50 dias sem 
comer, mas apenas 4 dias sem beber água. 
 
Propriedades da água 
Na natureza a água pode ser encontrada em todas as fases de 
agregação: sólida, líquida e gasosa. 
Substância CH4 NH3 H2O HF H2S 
Ponto de fusão/°C 
Ponto de ebulição/°C 
-182 -78 0 -83 -86 
-164 -33 100 +19 -61 
Sua capacidade de conduzir calor (condutividade térmica) e de 
estocar calor (capacidade calorífica) também é única. 
É necessário 1 caloria para elevar de 1 °C a temperatura de 1 g de água 
líquida. 
São necessários 540 calorias para evaporar 1 g de água. 
Propriedades da água 
gelo 
gelo 
4 °C 
A densidade da água na fase líquida é maior que na fase sólida. 
A água é um solvente universal. 
É o destino final de todo poluente que tenha sido lançado, não apenas 
diretamente na água, mas também no ar e no solo 
 
Propriedades da água: 
 
 
 Peso específico: 800 ᴕar, fauna e flora típicos em suspensão; 
 Viscosidade: organismos em suspensão; 
 Tensão superficial: organismos sobre a superfície ; 
 Calor específico e temperatura: absorve grande 
quantidade de calor sem elevações bruscas de 
temperatura (clima, sobrevivência); 
 Oxigênio dissolvido (OD): sobrevivência de 
organismos aeróbios; 
 Transparência, gás carbônico e sais minerais: 
fotossíntese; 
 Matéria orgânica: fonte de nutrientes para heterótrofos e de 
sais nutrientes e gás carbônico para autótrofos. 
 
Quantidade de água disponível 
A quantidade de água doce disponível para consumo 
é extremamente escassa 
Distribuição da água no planeta A cada 1000 L 
97,5% nos oceanos 
1,8% em geleiras 
975 L 
18 L 
0,6% nas camadas subterrâneas 6 L 
0,015% nos lagos e rios 
0,005% de umidade no solo 
150 mL 
50 mL 
0,0009% em forma de vapor na atmosfera 9 mL 
0,00004% na matéria viva 0,4 mL 
Quantidade de água disponível 
1000 L de água 6,15L (para consumo humano) 
69 % = 4,24 L 23 % = 1,42 L 8 % = 0,49 L 
Quantidade de água disponível 
Nos últimos 15 anos a oferta de água limpa disponível/habitante diminuiu @ 40%. 
O uso da água na agricultura deverá aumentar nos próximos anos. 
Em 20 anos deverá ocorrer uma crise relacionada a disponibilidade de água. 
2,4% no resto do país 9,6% na região amazônica 
O Brasil possui 12 % da água 
doce disponível no mundo 
Atende 95% da população Atende 5% da população 
Estima-se que 50% da população brasileira não tenha acesso a água tratada. 
Quantidade de água disponível 
Estados Unidos: 
600 L por habitante 
dia 
Sertão: 
10 L por habitante 
dia 
Quantidade de água disponível 
 
Os oceanos contêm a maior parte da água do planeta (975 litros a cada 1.000 l). 
Uma molécula de água passa 98 anos a cada 100 em meio ao oceano. 
A água do mar apresenta @ 3,3% de sais dissolvidos (principalmente NaCl(aq)). 
Uma pessoa pode beber água com até 5g de sal/kg de água. 
Os oceanos contêm 35 g de sal/kg de água (7 vezes mais). 
osmose 
Uma pessoa que bebe apenas água do mar acabará morrendo. 
A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria. 
O excesso de sal mataria as plantações (também por osmose); 
deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras. 
Quantidade de água disponível 
Para que a água dos oceanos possa ser usada é necessário que o sal seja retirado. 
Todos os métodos de dessalinização consomem grandes quantidades de energia. 
Só podem ser usados em regiões secas próximas ao litoral. 
Custo nos Estados Unidos 
4.000 L de água doce 
a partir da água do mar 
4.000 L de água doce 
a partir de mananciais 
} 
} 
@ 1 dólar 
@ 0,30 dólar 
termômetro 
saída de água 
de resfriamento 
entrada 
de água 
de resfriamento entrada 
de gás 
balão 
de destilação 
bico 
de Bunsen 
condensador 
erlenmeyer 
Qualidade da água disponível 
A poluição das águas devido as atividades humanas aumentou vertiginosa-
mente nos últimos 50 anos. 
De acordo com a legislação, a poluição da água pode ser: 
ou Pontual 
Descarga de efluentes a partir 
de indústrias e de estações 
de tratamento de esgoto 
São bem localizadas, fáceis 
de identificar e de monitorar 
Difusa 
Escoamento superficial urbano, 
escoamento superficial de áreas 
agrícolas e deposição atmosférica 
Espalham-se por toda a cidade, 
são difíceis de identificar e tratar 
Qualidade da água disponível 
As principais formas de poluição que afetam as 
nossas reservas de água são: 
Reservas de água 
Poluição 
Biológica Sedimentar Térmica Despejo de substâncias 
EXTRAÇÃO MINERAL 
Poluição sedimentar 
 Acúmulo de partículas em suspensão 
 (solo, produtos químicos insolúveis) 
Qual a origem O que causam 
Extração mineral 
Desmatamentos 
Erosões 
Interferem na fotossíntese 
e na capacidade dos animais 
encontrarem alimentos 
Extração mineral 
Esgotos efluentes 
 
Adsorvem e concentram os 
poluentes biológicos e os 
poluentes químicos 
 
Partículas do solo 
 
Produtos químicos 
insolúveis 
 
Poluição biológica 
 Presença de microorganismos patogênicos, especialmente na 
água potável. 
4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável 
tratada 
2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento 
de esgoto 
Controle simples 
Apesar disso 
250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide, 
diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano 
10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças) 
Adição de NaClO 
Ou Ca(OH)2 
Fervura da água 
Poluição térmica 
 Descarte de grandes volumes de água aquecida em rios e 
oceanos 
Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido 
(43,39 mg de O2/kg de H20 a 20 °C) 
Diminui o tempo de vida de algumas espécies aquáticas 
Altera os ciclos de reprodução 
Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água 
Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera 
(0,86 L de CO2/L de H2O a 20 °C) 
Potencializa a ação nociva dos poluentes 
Contaminação e Poluição da água 
Poluição tem um conceito mais amplo e se refere a adição de 
qualquer substância física, química ou biológica que, direta ou 
indiretamente, altere a natureza do corpo d’água de uma maneira 
que prejudique os legítimos usos que dele são feitos. 
 
Contaminação é a alteração da qualidade do corpo d’água pela 
adição de uma determinada substância causando as doenças de 
veiculação hídrica 
 
 
 
Qualidade Física: cor, turbidez, temperatura, sabor e odor; 
 
Qualidade Química: pH, alcalinidade, dureza, cloretos,ferro e manganês, 
nitrogênio (orgânico, nitrato, nitrito e amônia), fósforo, sulfatos e 
sulfetos, fluoretos, OD, matéria orgânica (DBO, DQO) e componentes 
orgânicos e inorgânicos diversos. 
 
Indicadores de qualidade da água: 
Qualidade Biológica: 
 
Coliformes: indicam possível presença de microrganismos patogênicos; 
 
Algas: produção de oxigênio / inconvenientes – sabor e odor, 
 matéria orgânica após decomposição, interferência no tratamento das 
águas, aspecto estético, toxicidade. 
 
Fixados por entidades públicas; 
 
- Variam segundo o uso (potabilidade – portaria 518/2004 MS, 
balneabilidade ). 
 
- Enquadramento dos corpos d’águas: classes (res. 357/2005 – 
CONAMA). 
 
Padrões de qualidade da água: 
Poluição 
 
Local certo Local errado 
? 
Contaminação e Poluição da água 
 
 As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de 
resíduos: os orgânicos - normalmente têm origem animal 
ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos 
processos industriais ou agropecuários. São 
biodegradáveis – exemplos: o detergente, inseticidas, 
fertilizantes, petróleo, etc. 
Contaminação da água 
 Os resíduos inorgânicos ou poluentes persistentes vêm de 
indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e 
não podem ser decompostos naturalmente. Eles são 
produtos químicos que se mantém por longo tempo no meio 
ambiente e nos organismos vivos. Exemplos - chumbo, 
câdmio e mercúrio. 
 
 Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente 
cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, 
lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais. 
 
 Os oceanos recebem poluentes dissolvidos nos rios, e lixo 
dos centros industriais e urbanos próximo do litoral. 
 
 O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação 
descontrolada de microrganismos, que matam peixes e 
deixam os frutos do mar impróprios para o consumo do 
homem. 
Contaminação da água - Poluentes 
 Esgotos - em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam 
seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d'água que 
passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um 
sistema de coleta. 
 Resíduos químicos - descartados por indústrias e pela 
mineração, são difíceis de degradar. São os metais pesados - 
chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Mercúrio é o mais 
tóxico, comumente descartado por garimpeiros. 
 Se um peixe contaminado por mercúrio for ingerido por 
pessoas, este peixe pode levar estas pessoas até a morte. 
 Os rios geralmente conseguem "diluir" uma certa quantidade 
de poluentes químicos, se ultrapassar desenvolve-se no rio 
algas verde-azuladas, que o fazem cheirar mal. 
Contaminação da água - Poluentes 
 Detergentes - Os detergentes e sabões em pó 
comercalizados atualmente contêm fosfatos, substâncias 
que podem promover um crescimento acelerado de algas 
nos rios. 
 
 Chorume - líquido contaminado que escorre de aterros 
de lixo e também de cemitérios (necro-chorume). 
 
 A agropecuária contamina as águas de duas formas: 
quando utiliza fertilizantes e agrotóxicos e quando 
descarta efluentes com altas concentrações de nitrogênio, 
sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. 
 
Poluição por despejo de substâncias 
Os poluentes mais comuns das águas são: 
Fertilizantes agrícolas 
Esgotos doméstico e industrial 
Compostos orgânicos sintéticos 
Plásticos 
Petróleo 
Metais pesados 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Fontes - atividades: 
 Urbanização 
 Industrialização 
 Mineração 
 Irrigação 
 Uso desordenado 
Fontes – tipos: localizadas (pontuais), não 
localizadas (difusas ou dispersas) 
 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Fontes - águas superficiais: 
 Esgotos domésticos e industriais; 
 Águas pluviais (carreamento de impurezas 
no solo, esgotos lançados nas galerias e 
precipitação de poluentes atmosféricos); 
 Resíduos sólidos; 
 Erosão nas margens de mananciais 
(carreamento do solo); 
 Pesticidas, fertilizantes, detergentes, etc. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Fontes - águas subterrâneas: 
 Infiltração de esgotos (sumidouros, valas 
de infiltração, fossas sépticas, sistemas 
de tratamento de esgotos e sistemas de 
irrigação, quando há reúso); 
 Percolação de chorume (depósitos de 
resíduos sólidos); 
 Infiltração de águas poluídas com 
impurezas, pesticidas, fertilizantes, 
detergentes, poluentes atmosféricos, etc.; 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – elevação da temperatura: 
 Alterações nas reações químicas e 
biológicas 
 Elevação da ação tóxica de elementos e 
compostos químicos 
 Redução de teor de OD (ruim para a vida 
aquática aeróbia) 
 Diminuição da viscosidade da água 
(afundamento de organismos) 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – sólidos: 
 
 Aumento da turbidez da água (diminuição 
da atividade fotossintética) 
 Depósitos de lodo 
 Problemas estéticos 
 Salinidade (inorgânicos dissolvidos) 
 Toxicidade (inorgânicos dissolvidos) 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – mat. org. biodegradável: 
 
 Redução de OD 
 Mortandade de peixes 
 Maus odores (decomposição anaeróbia) 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – mat. org. não-biodegradável: 
 Toxicidade (vários) 
 Espumas, redução da transferência de 
oxigênio (detergentes) 
 Maus odores (fenóis) 
 Redução da tensão superficial e viscosidade 
 Danos à fauna 
 Sabor 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – nutrientes: 
 Crescimento excessivo de algas 
(eutrofização) 
 Toxicidade aos peixes (amônia) 
 Doença em recém-nascidos (nitratos) 
 Poluição de águas subterrâneas 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – microrganismos patogênicos: 
 Doenças ao homem 
- Substâncias radioativas 
 Danos à saúde humana 
 Danos aos animais 
- Corantes 
 Cor; redução da transparência (diminuição da 
atividade fotossintética); prejuízos aos usos 
(manchas) 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – metais pesados e outros 
compostos tóxicos 
 Toxicidade 
 Inibição do tratamento biológico 
 Problemas de disposição de lodo para a 
agricultura 
 Contaminação da água subterrânea 
 Danos à saúde humana e aos organismos 
aquáticos 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – mais importantes: 
 
 Consumo de oxigênio; 
 Eutrofização; 
 Contaminação por microrganismos. 
 
Importante: auto-depuração 
 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – eutrofização; 
 Problemas estéticos e recreacionais 
 Condições anaeróbias 
 Mortandade de peixes (eventualmente) 
 Mudanças na qualidade e na quantidade de 
peixes de valor comercial 
 Toxicidade das algas 
 Maior dificuldade e elevação nos custos de 
tratamento da água 
 Altas concentrações de matéria orgânica 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Conseqüências – eutrofização; 
 Efeitos sobre a saúde humana (alterações 
crônicas e agudas 
 Problemas com o abastecimento industrial 
 Redução na navegação e na capacidade de 
transporte 
 Desaparecimento gradual de um 
reservatório como um todo 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Medidas de controle: 
 Ações de caráter corretivo: visam eliminar 
ou reduzir uma carga poluidora existente; 
 Ações de caráter preventivo: trabalham de 
forma a evitar que o problema da poluição 
ocorra, sendo, portanto, mais eficazes e 
ainda apresentam menores custos. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Medidas de controle - caráter corretivo: 
 Implantação de sistema de coleta e 
tratamento de esgotos domésticos e 
industriais; 
 Desativação de depósito de lixo a céu 
aberto (lixões); 
 Controle do tipo de pesticidaou 
fertilizante utilizado, etc. 
 PRAD 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Medidas de controle - caráter preventivo: 
 Execução de sistema de coleta e tratamento 
de esgotos antes do funcionamento de uma 
indústria ou de outra atividade poluidora; 
 Disciplinamento do uso e ocupação do solo, 
segundo características e usos definidos 
para os recursos hídricos; 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Medidas de controle - caráter preventivo: 
 Realização de estudos prévios de impacto 
ambiental de empreendimentos e atividades 
que tenham efeito degradante em potencial; 
 Coleta e destino final adequados de resíduos 
sólidos, incluindo coleta e tratamento do 
lixiviado (aterros sanitários), etc. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle – caráter corretivo 
emergencial (processos mecânicos): 
 Aeração do hipolímnio (camada profunda) 
 Desestratificação 
 Retirada das águas profundas 
 Adução de água de melhor qualidade 
 Remoção do sedimento 
 Cobertura do sedimento 
 Remoção de macrófitas aquáticas 
 Remoção de biomassa planctônica 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle – caráter corretivo 
emergencial (processos biológicos): 
 Utilização de peixes que se alimentam de 
plantas: reduz a comunidade vegetal, em 
função da atividade de peixes herbívoros; 
 Manipulação da cadeia alimentar: reduz a 
comunidade fitoplanctônica, em função do 
incentivo ao aumento da população 
zooplanctônica. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
 Diagnóstico da situação existente 
 Definição da situação desejável 
 Estabelecimento e desenvolvimento das 
medidas de controle 
 Programas de acompanhamento 
 Suporte institucional e legal 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Diagnóstico da situação existente: 
 Estudo das condições do corpo d’água e 
de sua bacia hidrográfica (dados 
fisiográficos, comportamento hidráulico, 
meio biológico, risco de erosão, 
uso/ocupação do solo, usos múltiplos da 
água, diagnóstico da qualidade, 
caracterização sócio-econômica); 
 Identificação e quantificação das cargas 
poluidoras existentes. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Diagnóstico da situação existente: 
Ex.: diagnóstico de qualidade 
 IQA (índice de qualidade da água) 
 OD, DBO, coliformes, temperatura, pH, 
nitrogênio, fósforo, sólidos e turbidez. 



n
i
w
i
iqIQA
1
Onde: 
IQA: índice de qualidade da água (de 0 a 100); 
qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, obtido da respectiva "curva média de variação de 
qualidade", em função de sua concentração ou medida (de 0 a 100); 
wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, atribuído em função da sua importância 
para a qualidade (entre 0 e 1). 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
 
- Definição da situação desejável 
 Depende dos usos a que se destina; 
 Segundo Resolução 357/2005 do CONAMA. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Medidas de Controle 
 Implantação de sistemas de coleta e 
tratamento de esgotos; 
 Coleta e destino adequado do lixo; 
 Disciplinamento do uso/ocupação do solo 
(plano de utilização, faixas de proteção às 
margens – Lei 4771/65 e Lei 7803/89, Res. 302 
e 303 - CONAMA; 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Medidas de Controle 
 Controle da erosão do solo; 
 Reúso de água; 
 Afastamento das fontes de poluição; 
 Modificações no processamento industrial. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Programas de Acompanhamento 
 Monitoramento: levantamento sistemático de 
dados com freqüência; 
 Vigilância: avaliação contínua da qualidade 
da água (com medição automática); 
 Estudo especial (situação momentânea para 
rápida tomada de decisão). 
 
POLUIÇÃO DA ÁGUA 
Programas de controle - etapas: 
- Suporte Institucional e Legal 
 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 
Federal 6.938/81): responsável pela execução 
da política é o IBAMA; 
 Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA): responsável pelas diretrizes e 
políticas governamentais, deliberando sobre 
normas e padrões. 
 
Poluição por fertilizantes agrícolas 
Poluição por fertilizantes agrícolas 
Usados sem critério Excesso é levado pela chuva 
Lençóis subterrâneos, lagos e rios 
Reprodução acelerada 
Fitoplâncton Algas macroscópicas 
Ao morrerem são decompostos 
por microrganismos aeróbios 
Cobrem a superfície isolando a 
água do oxigênio do ar 
Eutrofização 
Íons NO3(aq) (0,3 mg/L), NO2(aq), HPO4(aq) (0,02 mg/L) e H2PO4(aq) 
1- 1- 2- 1- 
Poluição por esgotos doméstico 
e industrial 
Poluição por esgotos doméstico 
e industrial 
Poluição por esgotos doméstico 
e industrial 
Matéria orgânica biodegradável 
Explosão na população 
de microrganismos 
Consumo de oxigênio 
Bactérias, vírus, larvas e parasitas 
Coliformes fecais  doenças 
Brasil: 30% das praias 
são impróprias 
Poluição por compostos 
orgânicos sintéticos 
Poluição por compostos orgânicos sintéticos 
Plásticos, detergentes, solventes, tintas, inseticidas, herbicidas e etc. 
 
Poluição por plásticos 
 Alta produção 
Longo tempo para degradação 
Causam a morte de animais por sufocamento 
Alta velocidade de uso e descarte 
Poluição por petróleo 
Grandes acidentes 
Vazamentos em poços 
de petróleo, superpetroleiros, 
rompimentos de dutos 
Exxon Valdez: 42 milhões de litros 
Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico 
Rio Barigüi: 4 milhões de litros 
Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros 
5% dos danos 
Pequenos acidentes 
Vazamentos de óleo 
de motor de barcos 
e de carros 
Somente no Canadá: 
300 milhões de litros/ano 
95% dos danos 
Poluição por petróleo 
 O petróleo vaza e se espalha no mar ou no rio 
A mancha recobre a superfície das águas e mata o 
fitoplâncton e o zooplâncton 
Sem a luz do sol as algas param de fazer 
fotossíntese 
Poluição por petróleo 
A quantidade de oxigênio diminui e outras espécies 
acabam morrendo 
Os peixes da superfície 
morrem por intoxicação 
e falta de oxigênio 
Peixes que vivem no 
fundo e se alimentam 
de resíduos, morrem 
envenenados 
Poluição por petróleo 
 As aves marinhas ficam com 
o corpo impregnado de óleo 
Deixam de reter o ar entre as 
penas e morrem afogadas ao 
mergulhar 
O óleo penetra no bulbo 
causando intoxicação 
Mesmo as aves tratadas 
acabam morrendo 
Poluição por petróleo 
 
No mangue o óleo impede as árvores de 
captar o oxigênio do ar causando sua morte 
Os crustáceos morrem pela falta de alimento 
(folhas decompostas) 
Além disso, o óleo fecha as 
brânquias, por onde respiram, 
e superaquece a lama, seu 
hábitat. 
No acidente da baía de 
Guanabara espécies como o 
caranguejo-uça podem ter sido 
extintas 
Poluição por petróleo 
 Com o ecossistema comprometido milhares 
de pessoas ficam sem trabalho 
Famílias de pescadores perdem 
sua fonte de sustento 
O comércio local acaba falindo 
com o fim do turismo na região 
Poluição por metais pesados 
Poluição por metais pesados 
Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn 
Bioacumulação  danos ao SNC 
Mineração (garimpo) Pilhas e baterias 
Rios e mares Aterro sanitário 
Os oceanos recebem por ano 
400.000 t de metais pesados 
80.000 t só de mercúrio 
Contaminação de águas 
subterrâneas, córregos 
e riachos 
Controle da poluição 
 
Despoluição do meio ambiente 
Conservação dos Recursos Hídricos 
Uso e Ocupação da B.H. e os Rec. Hídricos 
B.H. – Área geográfica que drena suas águas para um determinadorecurso hídrico. 
• Programa de proteção deve considerar : 
 
 R.H. + Solo+ Vegetação 
 
 
Depende do disciplinamento do Uso e Ocupação do Solo 
A ocupação de uma área deve causar o menor impacto ambiental possível. 
Os condicionantes naturais do meio físico que devem ser analisados: 
•Características climáticas ; 
•Cobertura vegetal; 
•Tipo de solo; 
•Características geológicas; 
•Sistema de drenagem natural das águas; 
•Os próprios recursos hídricos 
 
ZONEAMENTO 
São definidos os usos adequados ou não para as diversas áreas de uma bacia hidrográfica 
(Suetônio Mota). 
 
•Qualidade desejada para os r.h. – enquadramento que depende dos usos definidos; 
•Capacidade dos mananciais de receber carga poluidora : situação existente, capacidade de 
autodepuração, carga poluidora que pode ser adicionada; 
•Fontes de poluição existentes: tipos, estimativa das cargas poluidoras, reduções que podem ser 
obtidas; 
•impactos ambientais que podem resultar dos diversos usos: consumos de água; produção de 
esgotos, estimativa da carga poluidora, alterações no ambiente físico (exemplos: desmatamento, 
impermeabilização, erosão etc.), impactos sobre os recursos hídricos (poluição, assoreamento, 
reduções nas vazões etc.); 
•Condicionantes naturais do meio físico: clima, solo, cobertura vegetal, topografia, geologia; 
• Áreas ambientais especiais, cuja ocupação tem reflexos sobre os recursos hídricos: áreas de 
vegetação, encostas, áreas mais sujeitas à erosão, áreas de nascentes, áreas de recarga de 
aqüíferos; 
•Áreas de importância ecológica, paisagística, ou de valor histórico-cultural; - existência, ou não, de 
infra-estrutura sanitária para receber os efluentes líquidos de origem, principalmente, urbana e 
industrial; 
• Produção de resíduos sólidos ou gasosos cuja destinação possa causar impactos sobre os recursos 
hídricos 
 
Proteção de Áreas Especiais 
 
Cuidados especiais devem ser observados no uso-ocupação de algumas áreas 
ambientais. 
 
São as chamadas áreas ambientais "críticas", cuja ocupação desordenada resulta 
sempre em problemas para os recursos hídricos. Estas áreas, são: 
 
- áreas marginais aos recursos hídricos superficiais 
- terrenos de encostas 
- áreas de vegetação 
- áreas alagadas 
- áreas de recarga de aqüíferos 
- outras áreas especiais: estuários, manguezais, dunas, terrenos com solos 
problemáticos etc. 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
BRASIL. FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Manual 
Prático de Análise de Água. 2ª Ed. Brasília: FUNASA, 2006. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. 
Resolução Nº 357, de 17 de Março de 2005. Ministério do Meio 
Ambiente. 23 p. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legi.cfm>. Acesso em: 27 
abr. 2007. 
MACÊDO, J. A. B. Águas & Águas. 2ª ed. Belo Horizonte-MG: 
CRQ - MG, 2004. 
MOTA, S. Introdução à Engenharia Ambiental. 4ª Ed. Rio de 
Janeiro: ABES, 2006. 
VON SPERLING, M. Introdução à Qualidade das Águas e ao 
Tratamento de Esgotos. V. 1. 3ª Ed. Belo Horizonte - MG: 
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; 
Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.

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