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DIREITOS FUNDAMENTAIS – PROF. SÔNIA - Prova B1 CORRIGIDA 
Questão 1: (Prova ENADE 8/11/2009)
Texto 1
Diadorim vinha constante comigo. Que viesse sentido, soturno? Não era, não, isso eu é que estava crendo, e quase dois dias enganoso cri. Depois, somente, entendi que o emburro era mesmo meu. Saudade de amizade. Diadorim caminhava correto, com aquele passo curto, que o dele era, e que a brio pelejava por espertar. Assumi que ele estava cansado, sofrido também. Aí mesmo assim, escasso no sorrir, ele não me negava estima, nem o valor de seus olhos. Por um sentir: às vezes eu tinha a cisma de que, só de calcar o pé em terra, alguma coisa nele doesse. Mas, essa ideia, que me dava, era do carinho meu. Tanto que me vinha a vontade, se pudesse, nessa caminhada, eu carregava Diadorim, livre de tudo, nas minhas costas.” ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Nova Fronteira, 1985. 
Texto 2
“É neste sentido que se afirma que a moralidade que o Direito visa garantir e promover no Estado Democrático de Direito não é a moralidade positiva – que toma os valores majoritariamente vigentes como um dado inalterável, por mais opressivos que sejam – mas a moralidade crítica. É a moral que não se contenta em chancelar e perpetuar todas as concepções e tradições prevalecentes numa determinada sociedade, mas propõe-se à tarefa de refletir criticamente sobre elas, a partir de uma perspectiva que se baseia no reconhecimento da igual dignidade de todas as pessoas”. (Petição inicial da ADPF 178) 
Os textos acima, de diferente natureza (literário, o de Guimarães Rosa; técnico-jurídico, o da petição na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 178), tratam das possiblidades de relação amorosa entre os seres humanos, da ordenação dessas relações pelo Direito, que hoje referenda as relações heterossexuais e nega reconhecimento às homossexuais, e do impacto desse reconhecimento, ou desse não reconhecimento, na autoestima das pessoas. 
Quais dos argumentos manejados na ADPF atuam para superar a rigidez da fórmula jurídica que só reconhece a união estável entre homem e mulher” (CRFB, art. 226, §3º)?
A) O argumento da eficácia jurídica, que afirma a necessidade de o Direito refletir a sociedade.
B) O argumento da dignidade humana, que impõe reconhecimento da igual dignidade de todas as pessoas.
C) O argumento majoritário, que impõe ao Direito acompanhar o comportamento da maioria das pessoas.
D) O argumento do positivismo jurídico, que considera a lei como moral positiva.
E) O argumento da moral, que deve chancelar as tradições prevalecentes na sociedade.
Questão 2: (Prova ENADE 8/11/2009)
A eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas é fenômeno percebido tanto no direito brasileiro quanto no direito comparado. O Supremo Tribunal Federal proferiu decisão da qual se extrai a seguinte ementa:
Sociedade civil sem fins lucrativos. União Brasileira de Compositores. Exclusão de sócio sem garantia da ampla defesa e do contraditório. Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas (…).
Recurso Extraordinário 201.819-8/RJ, Relator para acórdão Ministro Gilmar Mendes, publicado em 27 de outubro de 2006.
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que
(A) os direitos fundamentais não podem ser, em princípio, condicionados e limitados por interesse da coletividade e/ou por outros interesses individuais dignos de proteção.
(B) apenas a liberdade de expressão é direito fundamental ilimitado; logo, todos os outros direitos fundamentais podem sofrer, em princípio, limitações e condicionamentos.
(C) a autonomia privada como garantia fundamental é amplamente reconhecida no Brasil e no direito estrangeiro.
(D) a Constituição Federal de 1988 assegura o direito de associação como manifestação da autonomia privada irrestrita desde que não constitua infração penal.
(E) a autonomia privada garantida pela Constituição às associações está imune à incidência dos princípios constitucionais que asseguram o respeito aos direitos fundamentais de seus associados. 
Questão 3:
Nem sempre a intervenção federal nos Estados implica a nomeação de um interventor
PORQUE
é possível que o decreto interventivo baste para o restabelecimento da normalidade, como no caso de se repelir a invasão de uma unidade da Federação em outra.
 (A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
 (B) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
 (C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
 (D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
 (E) se as duas são falsas
Questão 4: (Prova Enade 2012)
Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, 
devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 226, § 3.º.
É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. BRASIL. Código Civil. Lei n.º 10.406, de 10/01/2002, art. 1.723.
Pelo que dou ao art. 1.723 do Código Civil interpretação conforme a Constituição, para dele excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como “entidade familiar”, entendida esta como sinônimo perfeito de “família”. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI n.º 4.277, Revista Trimestral de 
Jurisprudência, v. 219, jan./mar. 2012, p. 240.
Considerando os textos apresentados acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. No plano jurídico, inclusive no que concerne a processos judiciais de natureza cível, ganhou força a interpretação de que deve ser reconhecida a união estável entre pessoas do mesmo sexo, em razão da decisão proferida na ADI n.º 4.277.
PORQUE
II. O Supremo Tribunal Federal é o intérprete máximo da Constituição Federal, por exercer o controle de constitucionalidade, o que ocorre, entre outras hipóteses, quando julga uma ação direta de inconstitucionalidade.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 5: (Prova Enade 2003)
Consoante o sistema de controle de constitucionalidade adotado na Constituição brasileira,
(A) somente no exercício do controle concentrado de constitucionalidade pode ser examinada a questão da inconstitucionalidade de lei lesiva a um direito fundamental, sendo que a decisão proferida neste controle valerá inter partes ou erga omnes conforme
o caso.
(B) qualquer juiz pode apreciar lesão a direito fundamental violado por lei inconstitucional, em decisão que opera efeito inter partes.
(C) todos os tribunais podem, por maioria absoluta de votos, afastar a aplicação de uma lei inconstitucional lesiva a um direito fundamental, produzindo sua decisão efeito erga omnes.
(D) somente o Supremo Tribunal Federal pode apreciar a questão da inconstitucionalidade de uma lei lesiva a direito fundamental e sua decisão terá sempre efeito erga omnes e vinculante.
(E) qualquer lesão a direito fundamental pode provocar o exercício do controle de constitucionalidade difuso ou concentrado, perante qualquer juiz ou tribunal, e a respectiva decisão terá sempre efeito erga omnes.
Questão 6:
A argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) foi finalmente regulada pelo legislador federal por meio da Lei n.º 9.882/1999, provocando diversas polêmicas e motivando o questionamento de sua constitucionalidade por meio da ADInn.º 2.231-8, proposta pelo Conselho Federal da OAB, relator o ministro Néri da Silveira. Acerca do delineamento inicial do instituto, julgue os itens abaixo.
I Tanto a ADPF como a ADIn e a ADC são instrumentos do controle concentrado de constitucionalidade. Nada obstante, o parâmetro de fiscalização é distinto: no caso dessas duas últimas, é a Constituição da República de 1988, ao passo que na ADPF são apenas algumas de suas normas.
II A ADPF somente poderá ser proposta pelos legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade, mas qualquer interessado poderá solicitar ao procurador-geral da República a sua propositura.
III O princípio da subsidiariedade condiciona o ajuizamento dessa especial ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor.
IV Podem constituir objeto da ADPF atos concretos emanados de qualquer um dos três poderes; atos de particulares, ainda que violadores dos direitos fundamentais, não estão abrangidos nas hipóteses de cabimento da argüição. Estão corretas as alternativas:
I, II, III
II, III e IV
I e III
II e III
Questão 7:
"Chega de ação. Queremos promessas". Assim protestava o grafite, ainda em tinta fresca, inscrito no muro de uma cidade, no coração do mundo ocidental. A espirituosa inversão da lógica natural dá conta de uma das marcas dessa geração: a velocidade da transformação, a profusão de idéias, a multiplicação das novidades. Vivemos a perplexidade e a angústia da aceleração da vida. Os tempos não andam propícios para doutrinas, mas para mensagens de consumo rápido. Para jingles, e não para sinfonias. O Direito vive uma grave crise existencial. Não consegue entregar os dois produtos que fizeram sua reputação ao longo dos séculos. De fato, a injustiça passeia pelas ruas com passos firmes e a insegurança é a característica da nossa era. Na aflição dessa hora, imerso nos acontecimentos, não pode o intérprete beneficiar-se do distanciamento crítico em relação ao fenômeno que lhe cabe analisar. Ao contrário, precisa operar em meio à fumaça e à espuma. Talvez esta seja uma boa explicação para o recurso recorrente aos prefixos pós e neo: pós-modernidade, pós-positivismo, neoliberalismo, neoconstitucionalismo. Sabe-se que veio depois e que tem a pretensão de ser novo. Mas ainda não se sabe bem o que é. Tudo é ainda incerto. Pode ser avanço. Pode ser uma volta ao passado. Pode ser apenas um movimento circular, uma dessas guinadas de 360 graus. (L. R. Barroso. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do direito. O triunfo tardio do direito constitucional no Brasil).
a) O neoconstitucionalismo tem como marco filosófico o pós-positivismo, com a centralidade dos direitos fundamentais. No entanto, não permite uma aproximação entre direito e ética.
b) A democracia, como vontade da maioria, é essencial na moderna teoria constitucional, de forma que as decisões judiciais devem ter o respaldo da maioria da população, sem o qual não possuem legitimidade.
c) No neoconstitucionalismo, a Constituição é vista como um documento essencialmente político, um convite à atuação dos poderes públicos, ressaltando que a concretização de suas propostas fica condicionada à liberdade de conformação do legislador ou à discricionariedade do administrador.
d) O constitucionalismo pode ser definido como uma teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. Nesse sentido, o constitucionalismo moderno representa uma técnica de limitação do poder com fins garantísticos.
e) O neoconstitucionalismo não autoriza a participação ativa do magistrado na condução das políticas públicas, sob pena de violação do princípio da separação dos poderes.
DISCURSIVAS
Questão 08 (OAB 2008.3)
A associação dos moradores de determinado município da Federação ajuizou, perante o Supremo Tribunal Federal, arguição de descumprimento de preceito fundamental em face de lei municipal que instituiu tributo que previa três tratamentos distintos aos contribuintes, de acordo com a base de cálculo para a aferição do valor que seria recolhido: a primeira referia-se a imóveis edificados e não-edificados; a segunda, a imóveis residenciais e não residenciais; e a terceira, ao maior ou menor consumo de energia elétrica. A requerente alegou ofensa ao preceito fundamental da isonomia, presente tanto na Constituição Federal quanto na Estadual. O relator da arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), monocraticamente, não conheceu do pedido e determinou o arquivamento do processo.
Considerando essa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação, duas razões para o não-conhecimento da referida ADPF.
POSSÍVEIS RESPOSTAS (OBTIDAS NA WEB)
Cita-se em guisa inicial, que as duas razões para o não conhecimento da ADFP em voga foram a ilegitimidade da Requerente e à inépcia da causa de pedir, vez que o princípio da isonomia não está ameaçado pela lei tributária municipal em questão.
A associação de moradores de município carece de legitimidade ativa para a propositura da ADPF, uma vez que não se encontra presente no rol taxativo, nos incisos, do art. 103 da CF/88. Entendo, portanto, que a razão principal para o não-conhecimento da referida ADPF foi a falta de condição da ação, qual seja a legitimidade ad causam que brota, incólume, dos nove incisos do art. 103 da Carta Maior.
Quanto ao princípio da isonomia, este não está ameaçado pela lei municipal em análise. Isto porque leciona JOSÉ MAURÍCIO CONTI em seu livro – Sistema Constitucional Tributário interpretado pelos tribunais –, na página 23, que “o princípio da capacidade contributiva está expresso no art. 145, § 1º da CF/88, e exige que os impostos sejam graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.” Portanto, vê-se claramente que a lei ora justificada não ofende o principio da isonomia, porquanto está fundamentada no princípio da capacidade contributiva.
A expressão capacidade contributiva pode ser vista sob dois ângulos – estrutural e funcional –, gerando conceitos distintos. Sob o ângulo estrutural, a capacidade contributiva pode ser definida como a aptidão para suportar o ônus tributário, a capacidade de arcar com a despesa decorrente do pagamento de determinado tributo. Sob o ângulo funcional, “o princípio da capacidade contributiva pode ser visto como critério destinado a diferenciar as pessoas, de modo a fazer com que se possa identificar quem são os iguais, sob o aspecto do Direito Tributário, quem são os desiguais, e em que medida e montante se desigualam, a fim de que se possa aplicar o princípio da igualdade com o justo tratamento a cada um deles”. Logo, temos que a lei municipal que ora confirmamos não pressupõe a existência de controvérsia constitucional nem lesiona o preceito fundamental da isonomia. E, portanto, não é passível de ser atacada por ADPF.
Questão 09
Com relação ao processo legislativo e ao controle de constitucionalidade, julgue (SE FALSO OU VERDADEIRO) o item seguinte. (JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA)
Considere que o TJ do Estado tenha julgado procedente ADI que teve por objeto lei municipal, sob o fundamento de afronta a dispositivo inserto na Constituição Estadual, o qual se limitou a reproduzir preceito da CF de observância obrigatória pelos estados. Nessa hipótese, segundo entendimento do STF, não é viável a utilização de qualquer espécie recursal contra a referida decisão para fins de submissão do tema à jurisdição da corte suprema, por tratar-se de decisão proferida no âmbito do controle abstrato de normas e por ter tido como objeto lei municipal.
POSSÍVEL RESPOSTA (Encontrada na web)
Falso (Errado) – A jurisprudência do STF tem admitido a interposição de Recurso Extraordinário - RE contra decisão proferida por Tribunal de Justiça em sede de representação de inconstitucionalidade (controle concentrado-abstrato no âmbito do Estado-membro) quando a norma parâmetro,constante da Constituição Estadual, for de observância obrigatória.
DIREITOS FUNDAMENTAIS – PROF. SÔNIA - Prova B2 CORRIGIDA
Questão 1: (Prova ENADE 8/11/2009)
Montesquieu, na sua clássica obra “O Espírito das Leis”, elaborou a ideia da Separação de Poderes, com base na experiência política inglesa. 
Esse princípio, presente na Constituição brasileira sob a forma de cláusula pétrea, consiste: 
 
I. na absoluta e necessária independência dos poderes, de modo que apenas o Poder Judiciário possa fiscalizar os demais. 
II. no esquema de independência equilibrada entre os poderes, que constitui o sistema de freios e contrapesos. 
III. no regime presidencialista, já que no parlamentarismo o chefe do executivo é determinado pelo poder legislativo e, portanto, não há separação entre os poderes. 
IV. na atribuição das diversas competências do Estado a cada um dos poderes.  
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas 
 
A) I e III. 
B) I e IV. 
C) II e IV. 
D) II e III. 
E) I, II e III. 
Questão 2: (Prova ENADE 2012)
É ou não ético roubar um remédio cujo preço é inacessível, a fim de salvar alguém, que, sem ele, morreria? Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia Antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Ética. Brasília, 2012. Disponível em: <portal.mec.gov.br>. Acesso em: 16 jul. 2012 (adaptado).
Com relação a ética e cidadania, avalie as afirmações seguintes.
I.	Toda pessoa tem direito ao respeito de seus semelhantes, a uma vida digna, a oportunidades de realizar seus projetos, mesmo que esteja cumprindo pena de privação de liberdade, por ter cometido delito criminal, com trâmite transitado e julgado.
II.	Sem o estabelecimento de regras de conduta, não se constrói uma sociedade democrática, pluralista por definição, e não se conta com referenciais para se instaurar a cidadania como valor.
III.	Segundo o princípio da dignidade humana, que é contrário ao preconceito, toda e qualquer pessoa é digna e merecedora de respeito, não importando, portanto, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, grau de instrução e orientação sexual.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Questão 3: (Prova ENADE 2012)
O Estado de direito contrapõe-se ao Estado absoluto, porquanto, baseado na lei (que rege governantes e governados), reconhece aos indivíduos a titularidade de direitos públicos subjetivos, ou seja, de posições jurídicas ativas com relação à autoridade estatal.
GRINOVER, A. P. Liberdades públicas e processo penal. 2 ed. São Paulo: RT, 1982, p. 5 (adaptado).
Os direitos fundamentais do indivíduo representam limites objetivos à atuação do ente estatal. Esses direitos estabelecem, portanto, um padrão ético a ser seguido pelo Estado. Nessa perspectiva, conclui-se que, em um Estado de direito,
A) o indivíduo é detentor de uma série de direitos fundamentais protegidos por garantias normativas que asseguram sua plena efetivação no plano prático.
B) a restrição da atuação do Estado está baseada no fato de o indivíduo ser titular de direitos indisponíveis e, ao mesmo tempo, detentor de prerrogativas processuais.
C) o agente estatal deve agir, na sua relação com o indivíduo, com base na ética, tendo em vista que os direitos públicos subjetivos exigem do Estado um compromisso moral com o cidadão.
D) a efetividade das garantias fundamentais é proporcional à liberdade concedida pelo Estado de direito ao indivíduo para o exercício de direitos fundamentais.
E) os limites encontrados pela autoridade estatal, em uma relação processual com um indivíduo, são estabelecidos em normas de cunho ético contempladoras de garantias fundamentais
Questão 4: (Prova OAB 2008.1)
No que diz respeito aos direitos políticos, assinale a opção incorreta.
a)	O plebiscito e o referendo podem ser convocados tanto pelo Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, quanto mediante lei de iniciativa popular.
b)	Reconhecida a incapacidade civil absoluta, mediante sentença que decrete a interdição, ocorre a suspensão dos direitos políticos, mas, não, a perda de tais direitos.
c)	O conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio da pessoa natural regulado no Código Civil, pois, naquele, leva-se em conta o lugar onde o interessado tem vínculos políticos e sociais e, não, o lugar onde ele reside com animus definitivo.
d)	A Constituição Federal determina que as eleições dos deputados federais, dos deputados estaduais e dos vereadores devam efetivar-se pelo critério proporcional.
Questão 5: (Prova OAB 2008.2)
Sobre a participação do Senado no sistema de controle de constitucionalidade das leis no Brasil, assinale a alternativa CORRETA:
a)	A competência do Senado para suspender lei declarada inconstitucional surge após decisão definitiva de inconstitucionalidade, proferida pelo S.T.F. ou pelos T.J.'s.
b)	O Senado só pode suspender a execução de lei federal declarada inconstitucional, cabendo às Assembléias Legislativas a suspensão de leis estaduais declaradas inconstitucionais.
c)	A competência do Senado para suspender leis federais, estaduais, distritais ou municipais surge após decisão incidental, que declara definitivamente a inconstitucionalidade da norma. 
d)	Não há dúvida doutrinária ou jurisprudencial quanto à natureza vinculada da atribuição conferida ao Senado de suspender lei declarada inconstitucional definitivamente.
Questão 6: (PROCURADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO/PE - 2009 – CESPE)
José, candidato a deputado federal pelo estado de Pernambuco, registrou sua candidatura no dia 2 de julho. A eleição ocorreu no dia 3 de outubro, e o resultado que o declarou eleito foi divulgado no dia 6 de outubro. José foi diplomado pelo TRE do Estado de Pernambuco no dia 17 de dezembro e tomou posse no cargo de deputado federal no dia 2 de fevereiro do ano seguinte. 
No caso hipotético apresentado acima, a imunidade formal de José deve ser contada a partir:
a) do registro de sua candidatura, no dia 2 de julho.
b) do dia da divulgação do resultado das eleições, no qual foi declarado eleito, no dia 6 de outubro. 
c) do dia da eleição, no dia 3 de outubro.
d) da diplomação, no dia 17 de dezembro. 
e) da data da posse, no dia 2 de fevereiro do ano seguinte.
Questão 7: (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário - Área Judiciária)
Tendo em vista os aspectos constitucionais da nacionalidade, é correto afirmar que
 A) é considerado brasileiro nato, o estrangeiro de qualquer nacionalidade residente na República Federativa do Brasil há mais de dez anos e que tenha idoneidade moral.
 B) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade no caso de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira.
 C) os cargos de Governadores dos Estados e Deputados Federais são privativos de brasileiro nato, enquanto que os de Prefeito e Vereadores podem ser de brasileiros naturalizados.
 D) aos portugueses residentes no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos, em qualquer hipótese, os direitos inerentes aos brasileiros.
 E) o brasileiro também será nato quando nascido no estrangeiro, de pai brasileiro, desde que este esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
II – DISCURSIVAS (1,5 cada)
2.1 (OAB - 2008.1) Pedro de Tal cumpriu dois mandatos consecutivos de governador de estado, tendo renunciado ao segundo mandato seis meses antes do próximo pleito. Com a renúncia, Pedro decidiu apoiar, como candidata a governadora,uma senhora que vive maritalmente há dez anos com o irmão dele. Na situação hipotética descrita, é possível admitir que a candidatura da referida senhora esteja de acordo com o que estabelece a Constituição Federal? Justifique a sua resposta.
RESPOSTA:
Não, ela é inelegível para este cargo, neste momento e na jurisdição do titular, uma vez que como cunhada, é parente por afinidade de 2º grau do governador, ferindo o que preceitua o Art. 14 § 7º da C.F.
2.2 (OAB - 2009.3) Rui, servidor público federal, foi surpreendido por agentes da administração tributária que adentraram sua residência, durante o dia, para apreender documentos e objetos considerados necessários em procedimento investigatório. A decisão de efetuar tal procedimento foi tomada por autoridade administrativa que considerou imprescindível a operação de busca e apreensão domiciliar, fundada na prerrogativa de autoexecutoriedade, inerente à atuação administrativa. Inconformado com o fato, Rui procurou o auxílio de profissional da advocacia.
 
Diante dessa situação hipotética e na condição de advogado(a) contratado(a) por Rui, exponha, de forma fundamentada, os argumentos a serem suscitados, em medida judicial, contra o ato administrativo que determinou a referida busca e apreensão domiciliar.
RESPOSTA
A Constituição Federal concede proteção especial ao domicílio. Assim, a denominada invasão domiciliar somente pode ser considerada legítima se for praticada em observância aos limites estabelecidos pelo legislador constituinte originário. De acordo com o art. 5.º, XI, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
Assim, não se coaduna com o comando constitucional a invasão domiciliar mediante ordem da autoridade administrativa. A ordem judicial é imprescindível para efeito da medida de busca e apreensão domiciliar, como forma de concretização da garantia constitucional relativa à inviolabilidade do domicílio.

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