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AD 2 2016.1 Legislação Comercial – Curso de Administração Profa. Débora Lacs Sichel Aluno: Ernandes Severo dos Santos – Matrícula Nº 15215060820 – Pólo: Rocinha A sociedade empresarial Marco e Marcos Ltda, sediada na Rua das Rosas, n. 11 ap. 21 Bl.B no bairro de Vila Bela, na cidade de São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo emitiu uma letra de câmbio no valor de duzentos reais em favor de Alberto Roberto da Silva, com vencimento à dois dias da vista. Alberto pergunta a você: 1. O que significa a dois dias da vista? R: Este termo tem a ver com o vencimento da Letra, da espécie “Letra com dia certo” – Quando por ocasião do vencimento, a data é preestabelecida pelo sacador. E, na Letra de Câmbio em questão significa que vencerá no 2º dia que o sacado aceitá-la ou assiná- la. 2. Se o responsável pela Marco e Marcos Ltda não aceitar o título, o que Alberto deve fazer? R: Como a letra de câmbio é ordem de pagamento, o sacador do título (Alberto) está ordenando que o seu destinatário pague a terceiro a importância assinalada no documento. Desse modo, o devedor principal do título não será ele, sacador, mas sim o sacado, caso venha a praticar o aceite. Isto é, o sacador garante, em princípio, a aceitação e o pagamento da letra de câmbio (LU, art. 9º). Se o sacado (Marco e Marcos) não aceitar a ordem que lhe foi dirigida ou, tendo-a aceito, não a cumprir no vencimento, o credor poderá cobrar o sacador, uma vez atendidas as condições próprias do regime cambial. O aceite na letra de câmbio é facultativo, porém irretratável. A recusa do aceite produz efeitos relevantes para o sacador e para o tomador, uma vez que ocorrerá o vencimento antecipado do título. Desta forma, pode o tomador exigir do sacador – codevedor da letra – o seu pronto pagamento (artigo 43, da Lei Uniforme). Porém, o que Alberto deve fazer, é se prevenir quanto ao vencimento antecipado da letra, colocando no título a cláusula não aceitável. Tal cláusula impõe ao tomador a obrigação de só procurar o sacado para o aceite na data do vencimento. Outra solução intermediária prevista pela lei é a proibição, pelo sacador, de apresentação da letra para aceite, antes de uma determinada data. Antes dessa data, portanto, é vedada a apresentação do título para aceite do sacado. 3. Em caso de protesto, onde e como ocorrerá? R: O protesto nada mais é do que a prova literal de que o portador apresentou o título para aceite ou para pagamento e que nem uma nem outra providência foi tomada por parte do sacado ou aceitante, respectivamente. Assim, com o protesto, o portador prova os demais coobrigados que não recebeu por parte do devedor principal do título a quantia nele inserida, razão pela qual tem o direito de contra eles voltar-se para pagamento da quantia descrita na cártula. Por conseguinte, se não for feito o protesto por falta de aceite ou de pagamento, ou se for ele efetuado fora do prazo legal, a conseqüência será a perda desse direito de regresso por parte do portador contra os demais coobrigados cambiários, sacador, endossantes e seus respectivos avalistas. Assim se o possuidor perder o prazo de protesto por falta de aceite, ao credor somente restará a possibilidade de receber de algum avalista antecipado do sacado, uma vez que não poderá cobrar deste, que não protestou. Por outro lado, efetuado o protesto por falta de aceite, o credor poderá acionar o sacador ou qualquer outro coobrigado posterior. O protesto é um documento solene e extrajudicial, levado a efeito pelo oficial público do Tabelionato de Protestos (Cartório), que identifica e discrimina o título de crédito, seu devedor principal, e ainda a situação que justifica sua feitura, que pode ser: a) Falta ou recusa de aceite; b) Falta ou recusa de pagamento; c) Falta ou devolução do título. Ou seja, quando um título não está aceito, poderá ser protestado, a fim de que o devedor seja notificado a comparecer em Cartório para realizar o aceite. Contudo, esse protesto não gera nenhuma obrigação para o sacado, uma vez que, se o título não foi aceito, não se pode considerar como devedor o sacado não-aceitante, razão pela qual seu nome não poderá integrar o rol dos inadimplentes (Serasa, SPC, etc). Não haverá, portanto, publicidade, apenas a notificação do sacado não-aceitante pelo Tabelionato de Protesto. Por sua vez, o cancelamento do protesto pode ser feito em virtude do pagamento posterior do título. Para tanto, basta que se entregue, no próprio Tabelionato de Protesto, o título protestado, uma vez que a posse da cártula faz presumir a quitação. O Tabelionato arquiva cópia do título. Se o título original, por alguma razão, não puder ser exibido, o interessado poderá cancelar o protesto mediante anuência daquele que nele figura como credor originário, com firma reconhecida. Cumpre frisar que o protesto indevido de título de crédito constitui lesão à honra, já que acarreta perda de crédito na praça pelo empresário, ensejando ação de danos morais. Fonte: http://www.cartorioayres.com.br/servico/o-que-e-protesto http://charlesvarelo.jusbrasil.com.br/artigos/151946180/titulos-de-credito http://www.ceap.br/material/MAT15082013112918.pdf http://mariacelesteadv.com.br/titulos-de-credito/topicos-de-aula/letra-de-cambio/ Livro Legislação Comercial – Volume Único – Débora Lacs Sichel
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