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Metabolismo Hepático
O fígado é um dos mais complexos órgãos e possui funções essenciais em todas as fases do metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e hormônios. Além disso, exerce papel indispensável na filtração e armazenamento de sangue, degradando xenobióticos (compostos estranhos ao organismo, por exemplo medicamentos e drogas tóxicas) e sintetizando e excretando a bile. Armazena, ainda, vitamina D, A e B12 (por 4, 10 e 12 meses, respectivamente) e ferro (ligado à proteína ferritina) e atuam na síntese das proteínas plasmáticas e fatores da coagulação.
A quantidade de sangue que flui para o fígado é muito alta (cerca de 1.450 ml/min), embora a sua resistência física a este fluxo seja relativamente baixa, o que faz com que qualquer problema que aumente a pressão sangüínea hepática acarrete em lesão hepática, bem como uma diminuição do fluxo por processos obstrutivos obriga com que haja desvio do sangue destinado ao fígado para circulações colaterais. 
Os capilares sinusóides do fígado são bastante permeáveis o que permite um grande fluxo para os dutos linfáticos, sendo responsável por cerca da metade da linfa existente no ser humano. Logo, um aumento da pressão sangüínea hepática induz aumento da formação de linfa.
Ações do Fígado no Metabolismo Energético
Lipídios da Dieta: O fígado capta os nutrientes hidrossolúveis através da veia porta hepática e procede a primeira ação metabólica sobre eles. Os lipídios da dieta são drenados para o duto linfático e captados pela corrente sangüínea a altura da veia subclávia a qual conecta-se à veia cava e então ao coração para serem distribuídos junto com o sangue oxigenado para todos os tecidos não passando pelo fígado. Este "drible" ao processamento hepático faz com que os triglicerídeos da dieta sejam primariamente captados pelos adipócitos (ou músculos, caso haja necessidade energética) restando quase que exclusivamente o colesterol alimentar a ser processado pelo fígado após o retorno venoso dos tecidos, através da veia hepática. Este colesterol é excretado na bile após ser convertido em sais biliares ou na forma livre.
 
Lipídios Endógenos: O fígado sintetiza principalmente colesterol e triglicerídeos como desvio do metabolismo energético da glicose. A liproteína VLDL (Very Low Density Lipoprotein) encarrega-se do transporte, convertendo-se em VLDL remanescente após a perda do conteúdo de triglicerídeos para o adipócito e cerca de 80% da VLDL remanescente sendo absorvida pelo fígado e o conteúdo de colesterol excretado pela bile na forma livre ou como sais biliares. Cerca de 20% da VLDL remanescente converte-se em LDL que é absorvida por tecidos extra-hepáticos ou pelo próprio fígado. 
 
Glicose: assim como os demais nutrientes hidrossolúveis, são captados diretamente pelo fígado após a digestão e imediatamente metabolizados, seja produzindo energia no ciclo de Krebs ecadeia respiratória, seja a síntese de glicogênio ou na via da pentoses. Outros carboidratos (p.ex.: galactose, frutose) são convertidos em glicose durante a digestão, o que garante um aporte muito grande de glicose para o metabolismo hepático.O fígado é o único órgão que permite a saída de glicose de dentro da célula, o que faz liberando glicose para da veia cava (algumas células tubulares renais também são capazes dessa proeza, apesar de ser pouco significativa para o metabolismo). Isto só é possível graças à existência da enzima glicose-6-fosfatase o que permite que a glicose da alimentação ou aquela produzida por neoglicogênese ou pela glicogenólise estabeleça um aumento na concentração da glicose plasmática (hiperglicemia)
 
Proteínas: o catabolismo dos aminoácidos possui passo fundamental no fígado com a síntese de uréia evitando um acúmulo de amônia. Porém, é na síntese de proteínas plasmática que reside a principal função hepática. As principais proteínas sintetizadsa no fígado são:
Albumina: é uma proteína de transporte sintetizada exclusivamente no fígado
O fígado é responsável pela síntese da maior parte dos fatores da coagulação: fibrinogênio (fator I) e protrombina (fator II), além dos fatores V, VII, IX, XII, XII, XII.
Ceruloplasmina: transportadora de cobre fundamental para a liberação de ferro das reservas hepáticas.
Ferritina: armazenadora de ferro hepático.
Transferrina: transportadora plasmática de ferro.
Alfa1-tripsina: inibidor de proteases.
Haptoglobina: ligante de hemoglobina livre no plasma evitando a perda urinária de hemoglobina em casos de hemólise intravascular.
Lipoproteínas: a HDL e o VLDL são os principais transportadores plasmáticos de lipídios. Uma liproteínas anormal (Lp-X) é produzida em pacientes com obstrução biliar.

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