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Concurso de Pessoas

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Concurso de Pessoas 
Antes da reforma penal de 1984 o concurso de pessoas era conhecido por codelinquência, concurso de agentes ou concurso de delinquentes; depois passou a denominar concurso de pessoas. Essa expressão adotada pela nova legislação é bem mais adequada, pois abrange tanto a co-autoria quanto a participação. Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas - Monossubjetivos: consistem nos crimes que podem ser cometidos por uma ou mais pessoas. Por exemplo, o homicídio. - Plurissubjetivos: são os que só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso. Por exemplo, a quadrilha. 
 E ainda nos crimes plurissubjetivos eles subdividem-se em delitos de condutas paralelas: as condutas se auxiliam, quando os agentes se unem em um prol de objetivo idêntico, para se obtiver do melhor resultado; convergentes: as condutas tendem a se encontrar para surgir o resultado; ou contrapostas: as condutas são praticadas umas contra as outras, quando os agentes são autores e vitimas ao mesmo tempo. Espécies de concurso de pessoas - Concurso necessário: refere-se aos crimes plurissubjetivos. - Concurso eventual: refere-se aos crimes monossubjetivos. Análise das teorias sobre autoria - Teoria unitária: não existe o partícipe, todos são considerados autores. Não é mais adotada no Brasil. - Teoria extensiva: tem como base que todos são autores. Porém essa teoria admite as causas de diminuição de pena, visa os diferentes graus de autor. Nela surge o cúmplice, que é o autor menos importante, aquele que contribuiu de modo menos significativo. O conceito restritivo de autor se divide em três critérios: Objetivo-formal somente é considerado autor aquele que realiza a conduta principal (pratica o verbo) e o partícipe é aquele que sem realizar a conduta, concorreu para o resultado. Então nesse critério, o mandante de um crime não é considerado autor, aquele que planeja a conduta é considerado partícipe; Objetivo-material autor não é aquele que realiza o verbo do tipo, mas a contribuição objetiva mais importante. Não é adotado; E o Domínio do fato nessa teoria o autor é aquele que domina toda a realização delituosa. Não importa se o agente pratica ou não o verbo descrito. Então, nessa teoria o mandante é considerado autor, o chamado “autor intelectual” (aquele que não realiza o verbo, mas planeja e coordena toda a ação) é considerado autor. Formas de concurso de pessoas - Coautoria: são todos os agentes que em colaboração visam o mesmo resultado, realizando a conduta principal. Conforme Hans Welzel, a coautoria funda-se ao princípio da divisão de trabalho, quando cada autor colabora com a sua parte no fato na totalidade do delito. - Participação: o partícipe é aquele que sem praticar o verbo, concorre de algum modo para a produção de resultado. A diferença entre autor e partícipe é que o autor é aquele que realiza a conduta principal e o partícipe é aquele que sem realizar a conduta descrita no tipo, concorre para a sua realização. Natureza jurídica do concurso de agentes O Código Penal adotou a teoria unitária que determina que todos, coautores e partícipes, respondam por um único delito. Artigo 29 CP. - Teoria unitária: também conhecida como monista. Todos respondem por um único crime. - Teoria dualista: há dois crimes, um cometido pelo autor e o outro pelo partícipe. - Teoria pluralista: cada participante responde pelo seu delito próprio, havendo pluralidade de fatos típicos. Cada um vai ser punido por um crime diferente. Requisitos do concurso de pessoas - Pluralidade de condutas: para ter concurso de pessoas, exigem-se duas condutas, duas principais pelos autores/co-autoria ou uma principal e uma acessória, sendo por autor e partícipe. - Relevância causal de todas elas: se a conduta não contribuiu em nada para a eclosão do resultado, não pode ser considerada como integrante do concurso de pessoas. - Liame subjetivo ou concurso de vontades: a vontade de todos de contribuir para a produção de resultados, sendo o crime produto de uma cooperação desejada e recíproca. - Identidade de infração para todos: teoria unitária, todos devem responder por um único crime. Formas de participação - Moral: instigação (reforço da ideia) e induzimento (dar a ideia). - Material: auxílio, cumplicidade (participação secundária). Tipos de autoria e participação - Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que um conheça o outro. Assim, cada um vai responder pelo crime que cometeu. Nesse tipo não se aplica a teoria unitária. - Autoria incerta: na mesma situação da autoria colateral, porém sem saber quem foi o causador do resultado. Uma autoria incerta. - Autoria desconhecida: não se sabe nem quem praticou a conduta. Por isso neste caso terá como consequência o arquivamento do inquérito policial. - Participação de participação: quando ocorre uma conduta acessória de outra conduta acessória. É o auxílio do auxílio. - Participação sucessiva: ocorre numa relação direta entre partícipe e autor, quando o partícipe concorre para a conduta principal mais de uma forma. - Conivência: ocorre quando o sujeito omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de evitar. Sem dever jurídico. - Participação por omissão: ocorre quando o sujeito omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de evitar. Com dever jurídico. - Participação em crime omisso: consiste em uma atitude ativa do agente, que auxilia, induz ou instiga outrem a omitir a conduta devida. - Co-autoria parcial: os atos executórios do caminho do crime são distribuídos entre os diversos autores, cada um é responsável por uma parte para a que haja a consumação. - Multidão delinquente: os agentes responderão pelo crime em concurso, tendo direito à atenuante genérica prevista no art. 65, III, e, do CP. - Participação impunível: ocorre quando o fato principal não chega a fase de execução, assim não pode ser punido

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