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Princípios do Controle da Infecção Fisioterapia em UTI Introdução • Entre 5 a 10% dos pacientes admitidos em hospitais adquirem uma infecção durante sua permanência • Entre 10 a 40% de todas as infecções hospitalares afetam o sistema respiratório • A proteção dos pacientes e profissionais da saúde contra infecções exige adesão estrita aos procedimentos de controle da infecção • O objetivo é a eliminação das fontes de agentes infecciosos, a criação de barreiras contra sua transmissão e a monitorização e a avaliação da eficácia do controle 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 2 Disseminação da infecção • Para que uma infecção dissemine é necessário a pre- sença de: 1. Uma fonte de patógeno 2. Um hospedeiro suscetível 3. Uma via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 3 Fonte de patógeno • Pessoas Pacientes Colaboradores Visitantes • Objetos contaminados Equipamentos Roupa de cama Medicamentos 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 4 Fonte de patógeno • Pessoas Apresentar uma doença aguda Estar no período de incubação da doença Estar colonizada por patógenos sem sintomas Servir como sua própria fonte de infecção através da flora endógena 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 5 Fonte de patógeno • Microrganismo Virulência • Infecção acontece em caso de: Pequena quantidade, alta virulência Grande quantidade, baixa virulência Imunocomprometimento 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 6 Hospedeiro • A presença de microrganismos em um hospedeiro é denominada colonização • Infecção ocorre quando estes microrganismos causam danos celular ou tecidual • Para um hospedeiro tornar-se infectado ou não depende da virulência do microrganismo e da resistência do hospedeiro 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 7 Hospedeiro • Alguns indivíduos podem ser imunes à infecção ou capazes de resistir à colonização • Outros indivíduos expostos ao mesmo microrganismo podem se tornar portadores e não apresentar sintomas • Outros podem desenvolver uma doença clinicamente manifesta 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 8 Hospedeiro • Propensão em desenvolver infecções Diabete melito Linfoma, Leucemia, Neoplasia Uremia Uso de alguns antimicrobianos e corticóides Irradiação ou agentes imunossupressores Idade Doença crônica Choque, coma Lesão traumática Procedimentos cirúrgicos 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 9 Hospedeiro • Pneumonias nosocomiais Procedimentos torácicos e abdominais Comprometimento da deglutição Comprometimento da defesa (tosse deficitária, intuba- ção, anestesia, dor cirúrgica, uso de narcóticos e se- dação) Idade avançada, obesidade, tabagismo, via aérea arti- ficial de longa permanência 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 10 • Existem cinco formas principais de transmissão de patógenos Contato Perdigotos Transmissão aérea Veículo comum Transmissão por vetor Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 11 • Transmissão por contato Via mais importante e freqüente de disseminação de in- fecções hospitalares Ocorre de forma direta ou indireta Direta – transferência de superfície corpórea para su- perfície corpórea entre um hospedeiro e uma pessoa infectada ou colonizada (HIV, sífilis, hepatite A) Indireta – envolve o contato entre um hospedeiro sus- cetível e um objeto contaminado (fomitos) Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 12 • Transmissão por perdigoto Eliminação no ar de grande quantidade de perdigotos pela tosse, espirro ou durante a fala Aspiração ou broncoscopia também podem produzir grande quantidade de perdigotos Podem percorrer distância de cerca de 90 cm e depositam-se na conjuntiva, mucosa nasal ou boca Pneumonia, epiglotite, influenza e rubéola são as patologias de maior incidência causadas por essas vias de transmissão Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 13 • Transmissão pelo ar Ocorre através da disseminação de núcleos de per- digotos ou de partículas de poeira contaminados Núcleos de perdigotos são os resíduos de perdigotos evaporados que em razão de seu pequeno tamanho podem permanecer no ar durante longos períodos Os organismos transmitidos pelo ar podem ter ampla dispersão pela corrente de ar, necessitando de controle do ar e ventilação para combater a transmissão Tuberculose e sarampo são exemplos de núcleos de perdigotos e infecções fúngicas de doenças transmitidas em partículas de poeira Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 14 • Transmissão por veículos comuns Ocorre por exposição do hospedeiro a patógenos em alimentos ou água contaminados Salmonelose e hepatite A são exemplos de infecções transmitidas por alimentos Shigelose e cólera de infecções transmitidas pela água contaminada Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 15 • Transmissão por vetores Ocorre quando um animal, especialmente um inseto, transfere um agente infeccioso de um hospedeiro a outro São responsáveis pela incidência de muitas infecções na comunidade, porém no ambiente hospitalar possui menor ocorrência Malária e dengue são exemplos infecções transmitidas por vetores (mosquito) Via de transmissão 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 16 • Os agentes infecciosos podem penetrar nos pulmões por três mecanismos 1. Aspiração de secreções orofaríngeas ou gástricas contaminadas 2. Inalação de perdigotos ou partículas de poeiras contendo patógenos 3. Via hematogênica, disseminação no pulmão de um local de infecção distante através do sangue Disseminação da Infecção nos Pulmões 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 17 • Destes mecanismos o maior responsável pela ocorrência de pneumonias nosocomiais é a aspiração • Ocorre com maior frequência em pessoas com difi- culdade de deglutição • Fatores de risco: Depressão do nível de consciência Disfagia Sonda nasogástrica e nasoentérica mal posicionadas Procedimentos endoscópicos Disseminação da Infecção nos Pulmões 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 18 • Objetivo é romper a cadeia de eventos que causam a disseminação da infecção • Pode-se então: Diminuir a suscetibilidade do hospedeiro Eliminar a fonte de patógenos Interromper as vias de transmissão Estratégias de controle da infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 19 • Diminuição da suscetibilidade do hospedeiro É a abordagem mais difícil e menos realizada no contro- le de infecção Esforço mais é na imunização dos colaboradores Pode ser feita a imunização contra influenza, hepatite, difteria, tétano e tuberculose Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 20 • Eliminação da fonte de patógenos Controle é tentado através de medidas gerais de limpeza e pelo processamento de equipamentos especializados As medidas gerais de limpeza têm por objetivo reduzir a quantidade dos patógenos a um nível seguro Isso é feito através da lavagem sanitária, do preparo da alimentação e da limpeza do ambiente Complemento é feito tambémpor controle ambiental do ar e água O processamento de equipamentos envolve a limpeza, desinfecção e esterilização de equipamentos capazes de disseminar infecções Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 21 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 22 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 23 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 24 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 25 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 26 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 27 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 28 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 29 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 30 • Eliminação da fonte de patógenos Limpeza envolve a remoção de sujeira e de material orgânico do equipamento, usualmente através da lava- gem Desinfecção destrói a forma vegetativa de micror- ganismos patogênicos, mas não consegue matar os esporos bacterianos.Envolve métodos físicos (pas- teurização) e químicos Esterilização é a destruição completa de todas as formas de vida microbiana. Envolve meios físicos (calor e radiação ionizante) e químicos (gás óxido de etileno e soluções líquidas) Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 31 • Interrupção das vias de transmissão • Medidas tomadas pela equipe de profissionais de saúde para impedir a disseminação de infecções • Envolve: Procedimentos de manipulação de equipamentos especializados Barreiras / precauções de isolamento Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 32 • Procedimentos de manipulação de equipamentos • Incluem: Processamento dos equipamentos em uso Processamento de equipamentos reutilizáveis Uso de materiais descartáveis Precauções com líquidos e medicamentos Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 33 • Medidas gerais de barreira Lavagem das mãos Luvas Máscaras, óculos, protetores faciais e proteção respi- ratória Aventais, guarda-pós e vestimentas de proteção Acomodação do paciente Transporte de pacientes infectados Manipulação de artigos e equipamentos contaminados Utilização de agulhas e seringas Manipulação de amostras laboratoriais Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 34 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 35 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 36 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 37 • Precauções de isolamento • Representam combinações específicas de métodos de barreira • Precauções padrões • Precauções baseadas na transmissão Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 38 • Precauções padrões • Primeiro nível e o mais genérico, são utilizadas pelos profissionais de saúde em todos os pacientes, independente do diagnóstico ou da suspeita de uma condição infecciosa • Auxiliam na redução do risco geral de infecção tanto por fontes reconhecidas quanto não reconhecidas • São aplicadas ao sangue, a todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções (exceto suor), à pele não intacta e às membranas mucosas • Devem ser utilizadas ao tratar qualquer paciente Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 39 • Precauções padrões • Lavagem das mãos • Luvas • Máscaras • Proteção ocular e facial • Capotes • Equipamentos para o tratamento do paciente • Saúde ocupacional e patógenos transmitidos pelo sangue • Acomodação do paciente (isolamento) Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 40 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 41 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 42 • Precauções baseadas na transmissão Segundo nível de medidas de isolamento, são utilizadas para pacientes com pacientes com doenças infecciosas graves confirmadas ou suspeitas e para as quais as precauções padrões isoladamente são ineficientes Assim, são sempre aplicadas em adição às medidas padrões São em três tipos, que podem ser combinadas em casos de múltiplas vias de transmissão: Aérea Por perdigotos Por contato Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 43 • Precauções baseadas na transmissão • Precauções Aéreas Acomodação individual para o paciente, mantendo a porta fechada e o paciente restrito ao quarto Proteção respiratória adequada, inclusive se necessário, com máscara N95 Transporte do paciente somente quando essencial, minimizando a dispersão de perdigotos colocando máscara cirúrgica no paciente Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 44 • Precauções baseadas na transmissão • Precauções em Relação aos Perdigotos Acomodar o paciente de preferência em quarto privativo, não sendo possível, separá-lo dos outros pacientes e visitantes a pelo menos 90 cm. A porta pode ser mantida aberta Usar máscara cirúrgica quando estiver a menos de 90 cm do paciente Limitação do transporte do paciente em casos essenciais, fazendo o paciente utilizar máscara cirúrgica Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 45 • Precauções baseadas na transmissão • Precauções em relação ao contato Acomodação do paciente em quarto privativo Usar luvas ao entrar no quarto, trocá-las durante o atendimento após ter tido contato com material infectado e removê-las antes de sair do quarto Utilizar capote durante o atendimento do paciente e removê-lo antes de sair do quarto Limitar transporte do paciente e minimizar riscos de contaminação de outros pacientes ou do ambiente Tentar destinar equipamentos exclusivos ao paciente ou assegurar adequada limpeza e desinfecção antes de utilizar em outro paciente Estratégias de controle da Infecção 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 46 27 de agosto de 2015 Tema da Apresentação 47