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MICROCEFALIA


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Faculdade Anhanguera Educacional Campinas – Unidade 3
Curso Fisioterapia
Carlos Marques RA: 5664135217
Francis Matos RA:
Fernanda Geromel RA:
Fernanda Parmegianni RA:
Janaina Souza RA: 5822154632
Karina Marques RA:
Larissa RA:
Renata Carvalho RA:
Fisioterapia Pediátrica e Neonatal
Microcefalia
Luciana Machado
Campinas, ____de ___de 2016.
Definição
Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal.
Definições de limites para essa anomalia variam de acordo com a finalidade do que se
quer avaliar, na medida em que se estabelecem parâmetros de classificação mais sensíveis ou específicos para uma determinada ação. Observa-se que, a definição da anomalia apenas pelo PC é incompleta, sendo necessários exames de neuroimagem para afastar malformação primária do SNC. Entretanto, o referencial para microcefalia definida como um PC com circunferência occiptofrontal (COF) 2 desvios-padrão (DP) abaixo da média para uma determinada idade, sexo e gestação pode ser considerado como uma medida sensível para captar tal evento.
Etiologia
De origem genética pode decorrer de diversas outras síndromes, como a: Síndrome de Cornelia de Lange; Síndrome Cri-du-chat (míado de gato); Síndrome de Down (Trissomia 21); Síndrome de Seckel; Síndrome de Edwards (trissomia 18).
De origem ambiental ou externa as causas mais comuns são: alterações vasculares; desordens sistêmicas e metabólicas; exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez, desnutrição grave na gestação ( desnutrição intraútero), infecções do Sistema nervosa central no período pré-natal, perinatal e pós-natal ( ex. Rubéola congênita na gravidez, infecção congênita por citomegalovírus).
Diagnóstico
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Também é possível diagnosticar a microcefalia no pré-natal. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado. 
Ao nascimento, os bebês com suspeita de microcefalia serão submetidos a exame físico e medição do perímetro cefálico. São considerados microcefálicos os bebês a termo com perímetro cefálico menor de 32 centímetros. Serão submetidos também a exames laboratoriais (hemograma completo), exames neurológicos e de imagem, sendo a Ultrassonografia Transfontanela a primeira opção indicada, e, a tomografia, quando a moleira estiver fechada. Entre os prematuros, são considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico menor que dois desvios padrões.
Site: www.bolsademulher.com
Tratamento
Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Para orientar o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, o Ministério da Saúde desenvolveu o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O documento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
O Protocolo define também as diretrizes para a estimulação precoce dos nascidos com microcefalia. Todas as crianças com esta malformação congênita confirmada deverão ser inseridas no Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade, período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente.
A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.
Os nascidos com microcefalia receberão a estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o país, nos Centros Especializado de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos.
Site: http://combateaedes.saude.gov.br
Estimulação Precoce
O desenvolvimento infantil é um processo multidimensional que se inicia com o
nascimento e que engloba o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança.
Crianças com microcefalia e prejuízos do desenvolvimento neuropsicomotor se
beneficiam de Programa de Estimulação Precoce, que objetiva estimular a criança e ampliar suas competências, abordando os estímulos que interferem na sua maturação, para favorecer o desenvolvimento motor e cognitivo. A criança deve ser inserida nesse programa, que deve ter seu início tão logo o bebê esteja clinicamente estável e se estender até os trêsanos de idade.
Esta é a fase em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente, constituindo uma
oportunidade para o estabelecimento das funções que repercutirão em uma maior
independência e, consequentemente, melhor qualidade de vida no futuro.
É imprescindível o envolvimento dos pais e familiares no programa, considerando que
o ambiente social é o mais rico em estímulos para a criança. A equipe deve informar a
família sobre a doença e seus desdobramentos, orientando-os a utilizar momentos como o banho, vestuário, alimentação, autocuidado e, principalmente, as brincadeiras para
estimular.
Objetivos gerais de um Programa de Estimulação Precoce:
1- Maximizar o potencial de cada criança inserida no programa por meio da
estimulação em âmbito ambulatorial e também em seu ambiente natural,
estabelecendo o tipo, o ritmo e a velocidade dos estímulos e designando, na
medida do possível, um perfil de reação;
2- Potencializar a contribuição dos pais ou responsáveis, de modo que eles
interajam com a criança de forma a estabelecer mutualidade precoce na
comunicação e afeto, prevenindo o advento de distúrbios emocionais e
doenças cinestésicas;
3- Promover um ambiente favorável para o desempenho de atividades que são
necessárias para o desenvolvimento da criança;
4- Oferecer orientações aos pais e à comunidade quanto às possibilidades de
acompanhamento desde o período neonatal até a fase escolar da criança;
5- Promover um modelo de atuação multiprofissional e interdisciplinar; e
6- Disseminar informações incentivando e auxiliando a criação de programas de
estimulação precoce.
Atuação da Fisioterapia em Pacientes com Microcefalia
Todos os profissionais que estiverem envolvidos na assistência a esses bebês vão contribuir direta ou indiretamente para uma melhor qualidade de vida destas crianças e suas famílias. O fisioterapeuta vai atuar desde a avaliação fisioterapêutica, com a aplicação de protocolos padronizados de avaliação, de acordo com o quadro clínico e a faixa etária de cada criança, até a assistência hospitalar e ambulatorial. Muitas crianças deverão necessitar de visitas semanais ao fisioterapeuta durante longos anos.
Existem várias áreas de atuação do fisioterapeuta, que podem contribuir na assistência a estas crianças. Porém, como sendo esta uma patologia de acometimento neurológico, o fisioterapeuta especializado em neuropediatria será o mais indicado para atuar nestes casos. A maioria dos pacientes irá necessitar de atendimento fisioterapêutico individualizado em consultório, ginásio ou piscina com diversos recursos pertinentes à área. Estes atendimentos individualizados têm duração média de 30 a 40 minutos, onde o profissional deverá enfatizar a aquisição dos marcos motorespara cada idade, bem como traçar objetivos que priorizem a independência funcional da criança dentro de suas possibilidades”.
Objetivos:
Evitar atrofias muscular; aumentar a força muscular; aumentar equilibrio e melhorar a marcha.
Condutas:
Hidroterapia; alongamentos musculares; reeducação postural
Zika Vírus
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Sintomas
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. 
Os principais sintomas são:
dor de cabeça;
febre baixa;
dores leves nas articulações; 
manchas vermelhas na pele;
coceira e vermelhidão nos olhos. 
Outros sintomas menos frequentes são:
inchaço no corpo; 
dor de garganta, tosse e vômitos. 
No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês.
Prevenção 
 Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
 Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
 Busque uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente.
Vá às consultas às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê.
 Tome todas as vacinas indicadas para gestantes.
Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.
Tratamento 
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.
Zika Vírus e a relação com Microcefalia 
O estudo, feito por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, confirmou a presença do vírus zika no líquido amniótico de duas mulheres que tiveram sintomas da doença durante a gravidez e cujos fetos tinham microcefalia.
De acordo com os cientistas, isso sugere que o vírus pode atravessar a placenta e infectar os fetos.
Os casos confirmados de Microcefalia chegam à 1.168, segundo ministério da saúde, deste total, 192 casos tiveram teste positivo para o vírus da zika. O número de casos confirmados no Brasil chegou a 1.168. Ao todo, foram 7.150 notificações desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, até 16 de abril de 2016. Segundo a pasta, 2.241 casos foram descartados e outros 3.741 casos ainda estão sendo investigados.
Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira 20 de abril de 2016. 
O estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 333 casos, seguido da Bahia, com 219, Paraíba, com 109, e do Maranhão, com 90.
Desde 22 de outubro de 2015, houve 240 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto. Deste total, 51 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 30 foram descartados e 165 continuam sob investigação.
O Ministério da Saúde orienta às gestantes que adotem medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteção contra a exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida, além de repelentes permitidos para gestantes.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos anunciou a confirmação da relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus. O estudo realizou uma revisão rigorosa das evidências já existentes e concluiu que o Zika é a causa da microcefalia e outros danos cerebrais identificados em fetos.
Para embasar o estudo norte-americano, foram analisadas pesquisas da comunidade médica e científica de diversos países, entre eles o Brasil, que é pioneiro no estudo do vírus Zika associado à microcefalia. O CDC é parceiro do Brasil nas investigações, como parte do esforço mundial para as descobertas relacionadas ao tema.
Referências 
http://portalsaude.saude.gov.br/images/PROTOCOLO%20DE%20ATENDIMENTO%20PARA%20MICROCEFALIA.pdf
http://combateaedes.saude.gov.br/noticias/595-microcefalia-1-168-casos-foram-confirmados-em-todo-o-pais-2
http://crefito12.org.br/fisioterapia-e-essencial-para-a-qualidade-de-vida-das-criancas-com-microcefalia/
http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#zika-microcefalia
http://www.bbc.com/
Boletim Sociedade Brasileira de Infectologia ed nº52 Out/Nov/Dez de 2015.
www.infectologia.org.br