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PREMATURIDADE

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Pediatria 
Recém–Nascido Prematuro 
 
PREMATURIDADE 
Não é um organismo a termo inade-
quado, e, sim, um organismo normal em 
um ambiente para o qual ele não está de-
senvolvido 
- Seu programa biológico foi requisitado 
prematuramente, assim a sequência nor-
mal de diferenciação e integração dos 
sistemas não foi atingida 
 
Principal causa de mortalidade e morbi-
dade neonatal 
Nascimento antes de 37 semanas: 
50:1.000 partos 
- Queda da mortalidade 
- Aumento da morbidade 
 
Atualmente, lactantes entre 22 e 23 se-
manas já são viáveis, com boas chances 
de sobrevivência 
 
Prematuridade não é uma patologia – 
risco para o desenvolvimento; nem todo 
prematuro terá sequelas 
 
OMS: aquele que nasce antes de 37 se-
manas (< 259 dias) 
Academia Americana de Pediatria: 
aquele que nasce antes de 38 semanas 
(< 266 dias) 
 
 
 
 
FATORES DE RISCO PARA O PARTO 
PREMATURO 
Etiologia é conhecida em aproximada-
mente 50% dos casos 
- Estresse: 
• Estado civil, 
• Nível socioeconômico básico, 
• Eventos como morte, divórcio, se-
paração 
• Ansiedade, 
• Depressão, 
• Cirurgias abdominais durante a 
gravidez 
- Fadiga ocupacional: 
• Trabalho em pé, 
• Uso e manejo de máquinas in-
dustriais, 
• Excesso de atividade física, 
• Estresse ambiental 
- Distensão uterina excessiva 
• Gestações múltiplas, 
• Anomalias uterinas, 
• Miomas, 
• Polidrâmnio (excesso de líquido 
amniótico) 
- Fatores cervicais 
• História do aborto no 2° trimes-
tre, 
• Cirurgias cervicais, 
• Dilatação e esvaecimento cer-
vical prematuro 
- Infecções 
• Doenças sexualmente transmissí-
veis, 
• Pielonefrite, 
• Apendicite, 
• Pneumonias, 
• Infecções sistêmicas, 
• Bacterúria assintomática, 
• Doenças periodontais 
- Patologias placentárias 
• Placenta prévia, 
• Descolamento prematuro da pla-
centa, 
• Sangramento vaginal, 
• Parto pré-termo anterior, 
• Uso de substâncias, 
• Fumo, 
• Idade materna (< 18 ou > 40), 
• Nutrição pobre ou básica IMC, 
• Pré-natal inadequado, 
• Anemia (hemoglobina < 10 g/dL), 
• Contração uterina exagerada, 
• Baixo nível educacional, 
• Genótipo, 
- Fatores fetais 
• Anomalias congênitas, 
• Restrições de crescimento 
 
INCIDÊNCIA 
Taxa de prematuridade brasileira: 11,5% - 
quase duas vezes superior à observada 
nos países europeus 
 
AMBIENTE INTRA-ÚTERO 
• Controle respiratório/ cardíaco/ di-
gestivo 
• Suspenção da ação da gravidade 
• Estímulos cutâneos 
• Manutenção do padrão flexor 
• Movimentos controlados 
• Regulação do estado de consci-
ência 
 
AMBIENTE EXTRA-ÚTERO 
• Controle médico e aparelhagem 
• Sistema motor sem controle 
• Interação gravitacional 
• Ausência dos limites uterinos 
• Luminosidade intensa 
• Ruídos desagradáveis e constan-
tes 
• Estímulos táteis adversos 
• Problemas com a termorregulação 
• Intervenção médica invasiva 
Prematuros são submetidos a um ex-
cesso de manipulação durante a interna-
ção, fazendo-se necessária a avaliação 
crítica 
 
A gravidade e a prevalência dos proble-
mas relacionados a prematuridade são 
diretamente relacionados à IG da criança 
- Alguns podem se resolver dentro do pri-
meiro ano de vida da criança e outros 
persistem como sequelas 
 
CÁLCULO DA IG 
Auxilia na interpretação dos achados 
neurológicos e comportamentais relativos 
ao desempenho esperado pelos bebês 
Idade Corrigida (I.Cor.): referente a 40 
semanas subtraindo IG 
 
Ex.: IG: 32 semanas/ Idade Real: 5 me-
ses 
*1 MÊS = 4 SEMANAS 
Cálculo: 40 – 32 = 8 semanas = 2 meses 
5 meses – 2 meses = I.Cor 3 meses 
 
Ex.: Rosa nasceu em 18/02/2023 com IG 
de 28 semanas, segundo método de Ca-
purro. Filha de pais adolescentes, esteve 
hoje, em seu consultório para avaliação 
de desenvolvimento. Determine a idade 
real e a idade corrigida de Rosa. 
Data de nascimento: 18/02/2023 
Data de atendimento: 18/08/2023 
 
Rosa tem IG de 6 meses, porém de 28 
semanas 
 
40 – 28 = 12 semanas = 3 meses 
6 meses – 3 meses = I.Cor. 3 meses 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DO 
RNPT 
• Rosto fino, nariz achatado, olhos 
salientes, cabeça relativamente 
grande em relação ao corpo, pes-
coço curto 
• Ausência de cartilagem nas ore-
lhas 
• Pele fina, transparente e enru-
gada, com veias aparentes 
• Ossos do crânio finos e maleáveis 
• Movimentos espasmódicos 
• Reflexos do desenvolvimento hi-
poativos 
• Dorme a maior parte do tempo, 
porém com sono agitado e inqui-
eto 
• Hiperexcitável frente aos estímu-
los sensoriais excessivos 
• Amadurecimento insuficiente 
 
MENOR TÔNUS MUSCULAR 
• Flacidez à mobilização passiva 
• Ausência de hipertonia flexora fisi-
ológica 
• Posição de abandono dos mem-
bros 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESNVOLVIMENTO DO SNC 
Terceiro Trimestre Gestação – período 
crítico para o crescimento e desenvolvi-
mento cerebral 
• 34 a 40 semanas: aumento expo-
nencial na substância cinzenta e 
na mielinização da substância 
branca, o volume cortical aumenta 
50% e o cerebelo aumenta 25% 
IU (Intra-Útero) 
• Neurulação 
• Desenvolvimento do prosencéfalo 
• Proliferação neural 
UTI (Extra-Útero) 
• Migração 
• Organização 
• Mielinização 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS VIAS MOTO-
RAS 
• Sistema Subcorticoespinal: in-
cia e termina na fase fetal entre 
24-34 semanas de IG 
- Responsável: manter a postura 
antigravitacional 
 
• Sistema Corticoespinal: inicia 
com 32 semanas de IG prosse-
guindo até 12 anos 
- Responsável: controle da pos-
tura ereta e dos movimentos das 
extremidades, incluindo coordena-
ção motora fina 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SO-
FRIMENTOS MAIS FREQUENTES DOS 
RNPT 
 
PREMATURIDADE LÍMITROFE 
35 a 36 semanas 
Principais problemas: 
• Controle irregular da temperatura 
corpórea, da sucção, deglutição 
• Hiperbilirrubinemia 
• Síndrome do desconforto respira-
tório (menos frequente) 
• Infecções neonatais (menos fre-
quente) 
 
PREMATURIDADE MODERADA 
31 a 34 semanas 
Principais problemas: 
• Problemas respiratórios: doença 
da membrana hialina – quantida-
des inadequadas de surfactante 
→ colabamento vascular 
• Asfixia perinatal: ocorre 10x mais 
RN 1.000 a 2.500g que nos 
+2.500g 
 
PREMATURIDADE EXTREMA 
Inferior a 30 semanas 
Principais problemas: 
• Asfixia perinatal 
• Dificuldade na manutenção de 
temperatura corpórea 
• Insuficiência respiratória – doença 
da membrana hialina, displasia 
broncopulmonar 
• Crises de apneia 
• Hiperbilirrubinemia 
• Infecções adquiridas 
• Hipo e hiperglicemia 
• Hipocalcemia precoce 
• Enterocolite necrosante 
• Hemorragia intracraniana 
• Persistência de canal arterial 
(PCA) 
• Retinopatia da prematuridade 
• Doença metabólica óssea 
• Anemia 
• Malformação congênita 
• Iatrogenias – infusão de líquidos e 
eletrólitos 
• Efeitos adversos de drogas 
 
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS DA 
PREMATURIDADE 
Síndrome da Angústia Respiratória 
(SAR) ou da Doença das membranas 
hialinas 
• Quantidades inadequadas de sur-
factante (agente tensoativo) → co-
labamento alveolar → hipoxemia 
Apneia e bradicardia 
• Devido a imaturidade da região do 
cérebro que controla a respiração 
(centro respiratório) 
Displasia Broncopulmonar 
• Ventilação mecânica em RN → 
pressão alta do ar e alto teor de 
O2 → inflamação e lesão pulmo-
nar → cicatriz residual 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SO-
FRIMENTOS MAIS FREQUENTES DOS 
RNPT 
 
Persistência do Canal Arterial (PCA) 
Comunicação entre a artéria aorta e o 
ramo esquerdo da artéria pulmonar, onde 
embriologicamente, se situa o ductus ar-
teriosus (DA) 
• Incidência PCA relacionado a IG 
(70-90% RN 28-30 semanas) 
 
 
Hemorragia Intraventricular 
Ocorre pela associação entre: 
• Baixa oxigenação cerebral; 
• Alterações na pressão arterial; 
• Pouco apoio estrutural para os va-
sos 
Pode acarretar lesão cerebral e sequelas 
neurológicas resultantes,com melhor 
prognóstico nas hemorragias entre grau 1 
a 3 
Classificação da Hemorragia Intraven-
tricular (segundo Papile): 
• Grau 1: hemorragia localizada na 
matriz germinativa; 
 
 
• Grau 2: quando ocorre a hemorra-
gia intraventricular sem dilatação 
ventricular; 
 
 
 
• Grau 3: ocorre a hemorragia intra-
ventricular com dilatação ventricu-
lar; 
 
 
• Grau 4: ocorre o infarto hemorrá-
gico periventricular (hemorragia 
intraparenquimatosa) 
 
 
Hemorragia PeriIntraventricular 
 
Correlação Clínica Patológica: hemipare-
sia espástica (ou tetraparesia assimé-
trica) e déficit intelectual 
 
 
Leucomalácia Periventricular (LPV) 
Áreas de necrose celular da substância 
branca em localização específica do cé-
rebro fetal, adjacente aos ângulos exter-
nos dos ventrículos laterais 
• Diagnóstico: ultrassom 
 
 
Correlação Clínica Patológica: diplegia 
espástica 
 
 
Hidrocefalia 
Ocorre quando a hemorragia intraventri-
cular bloqueia a circulação do líquor, que 
se acumula nos ventrículos 
• Os ventrículos se expandem e 
pressionam os tecidos circundan-
tes ocasionando em lesão 
 
 
Enterocolite Necrosante 
Inflamação de partes da parede intestinal 
causando necrose, acarretando dor, in-
fecção e desnutrição 
• Pode levar a perfuração da pa-
rede intestinal causando infecção 
generalizando e risco de morte 
• Quando mais velha, a criança 
pode necessitar de colostomia 
 
 
Retinopatia da Prematuridade 
Ocorre devido a exposição prolongada à 
altas concentrações de oxigênio 
• Leva a proliferação de vasos san-
guíneos na retina ocasionando em 
deficiência visual ou cegueira 
 
 
Hiperbilirrubinemia 
Ocorre devido as funções hepáticas ima-
turas causando dificuldade de metaboli-
zar altas concentrações de bilirrubina 
• Pode acarretar encefalopatia por 
hiperbilirrubinemia 
• Icterícia no RNPT: o pico entre o 
4°-6° dias de vida com duração 
até o 10°-14° dia 
 
 
PROGNÓSTICO 
Está relacionado à gestação e ao peso 
ao nascer 
• 5-10% dos bebês com peso ao 
nascer inferior a 1.500g têm 
grande deficiência, como paralisia 
cerebral, atraso no desenvolvi-
mento, cegueira ou surdez 
• O risco aumenta com a diminui-
ção da IG e do peso 
 
TRATAMENTO PREMATURIDADE 
Prematuro necessita de equipe multipro-
fissional para seu cuidado integral; 
Fisioterapeuta tem importante (72h de 
vida): 
• Posicionamento adequado; 
• Fisioterapia respiratória: técnicas 
específicas → condição clínica, 
idade, fatores anatômicos, coope-
ração, aderência ao tratamento 
• Fisioterapia motora → estimula-
ção cinestésica, tátil e vestibular 
 
 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
Manter integridade do sistema respira-
tório: 
• Manter a higiene brônquica 
→ Manobras de higiene brônquica 
→ Aspiração Endotraqueal 
 
• Favorecer a ventilação pulmo-
nar 
→ Posicionamento adequado 
→ Uso de suporte ventilatório 
→ Favorecendo a posição prona 
 
Evitar os efeitos da permanência pro-
longada no leito 
Prover estímulos sensório-motores 
adequados: 
• Posicionamento adequado: po-
sicionamento favorável ao desen-
volvimento de bebês na UTI re-
força o alinhamento esquelético 
normal e oferecer oportunidades 
para padrões normais de movi-
mento → evitar posturas viciosas, 
impedir hiperextensão cervicais, 
promover mudança frequente de 
postura 
→ Favorecendo a flexão: 
 
→ Proporcionando flexão em decú-
bito ventral: 
 
→ Proporcionando flexão em decúbito 
dorsal 
 
→ Proporcionando flexão em decúbito la-
teral 
 
 
• Favorecer o contato das crian-
ças com os pais: menor tempo 
de internação do bebê; oxigena-
ção adequada; aumento da tem-
peratura do corpo e estabilidade; 
menos episódios de apneia (para-
das respiratórias durante o sono); 
diminuição do choro; aumento do 
aleitamento materno; aumento do 
vínculo pai-mãe-bebê-família 
→Método Canguru: 
 
 
• Estimular habilidades motoras: ini-
ciar quando o quadro respiratório 
estiver estável; estar atento a si-
nais de estresse e cansaço como 
choros, soluços, espirros e cia-
nose 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Todas as intervenções dependem da es-
tabilidade clínica do lactente 
• A família merece atenção e parti-
cipação especial nesse processo, 
uma vez que serão os responsá-
veis pela continuidade da estimu-
lação quando a criança for para 
casa

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