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Senso comum: É um sentido dado coletivamente as coisas vividas, um conhecimento passado como certeza, porém sem nenhuma comprovação. Fica no lugar comum, não se aprofunda. A opinião é baseada em hábitos, preconceito, pensamentos. Pensamento Cientifico: É a ciência, uma forma de conhecimento, comprovada pelo método cientifico. Investigação especifica, metódica e Tipos de conhecimento: Conhecimento Mítico: Busca explicar o mundo a partir da ação de entidades, forças, energias, criaturas e personagens que transcendem o mundo natural. Ex: Mitologia grega, com seus Deuses. - O mito é uma narrativa, que contém em si diversas ideias, simbologias e personagens sobrenaturais, para explicar fatos da realidade Não é objetivo, trata de tempos fabulosos. Os mitos dão forma e aparência explícita a uma realidade que as pessoas sentem intuitivamente. Conhecimento Religioso: Esse tipo de conhecimento do mundo se dá a partir da separação entre o sagrado e o profano. As religiões também apresentam, de forma geral, uma narrativa sobrenatural para o mundo, sendo condição fundamental crer ou ter fé nessa narrativa. E a fé é essencial para a crença religiosa. Fé no fato de que esse conhecimento pode proporcionar uma garantia de salvação a quem crê, bem como prescrever formas de obter e conservar essa garantia (ritos, sacramentos e orações). Conhecimento Filosófico: Pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. O saber filosófico trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. Não se preocupa com particularidades. A Filosofia é especulativa. Não demanda experimentações ou prova das suas conclusões. Não apresenta soluções definitivas para as questões que formula. Conhecimento de Senso Comum: É a compreensão do mundo baseada no aprendizado acumulado de gerações anteriores. É uma espécie de herança cultural. É fruto da tentativa do homem em solucionar problemas cotidianos, por meio de juízos pessoais (muitas vezes equivocados) acerca das situações vivenciadas. Conhecimento Cientifico: É aquele que resulta de conhecimentos adquiridos metodicamente, fruto de uma observação sistemática da realidade (baseada e fatos verificáveis e controláveis por experimentação) que contenham validez universal, pela certeza de seus dados e resultados. Porém, sabemos que as formulações científicas mudam bastante e podem representar interesses políticos econômicos e sociais. Ciências Naturais ou Exatas - estudam fatos simples, eventos que, presumivelmente, têm causas simples e são facilmente isoláveis, recorrentes e sincrônicos. Mudam muito devagar. Podem ser vistos, isolados e reproduzidos dentro de condições de controles razoáveis, num laboratório. Nas ciências naturais há uma distância irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa Ciências Sociais - Entende-se o conjunto de saberes relativos às áreas da Sociologia, da Antropologia e da Ciência Política. A ciência social propõe conhecer o homem enquanto elemento integrante de grupos organizados. Assim, o objeto de estudo das Ciências Sociais é a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas e políticas. Ao contrário das Ciências Naturais, as Ciências Sociais não lidam apenas com a realidade (fatos exteriores aos homens), mas com as interpretações que são feitas sobre a realidade. não usam métodos/técnicas rígidas e rigorosas, nem fórmulas que garantam a obtenção de resultados objetivos e exato (importa a interpretação dos fatos) As ciências sociais estudam fatos complexos, que mudam muito rapidamente. Problema Social Problema Sociológico Algo que atinge um grupo ou uma categoria de indivíduos, uma situação que afeta um número significativo de pessoas São o objeto de estudo da Sociologia, estuda os fenômenos sociais, sendo eles percebidos como problemas sociais ou não • Todo problema social pode ser um problema sociológico, mas nem todo problema sociológico é um problema social Objeto das ciências sociais - estudam as culturas humanas, sua história, suas realizações, seus modos de vida e seus comportamentos individuais e sociais. Elas “limpam a lente” para que possamos identificar e compreender os diferentes grupos sociais, contextualizando seus hábitos e costumes na estrutura de valores que rege cada um deles. 1) Sociologia: estuda o homem e o universo sociocultural, analisando as inter-relações entre os diversos fenômenos sociais. Tem como objeto de estudo a sociedade, com ênfase nas suas diferentes formas de organização, bem como nos processos que interligam os indivíduos em grupos e instituições. o pesquisador social se envolve com os fenômenos que investiga, dificultando a objetividade e a neutralidade científica. A partir dessas matrizes teóricas, estudam-se: • fatos sociais - ações sociais - classes sociais • relações sociais - relações de trabalho • relações econômicas - instituições religiosas • movimentos sociais etc. 2) Antropologia: Privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. O olhar antropológico privilegia os aspectos culturais da sociedade, como costumes, crenças e valores morais dos diferentes de grupos e comunidades. Sua abordagem possui um caráter integrativo, cujo propósito é não “parcelar o homem”. Questões como diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural são tratadas por essa ciência. Sistemas de parentesco, linguagens, sistemas de crenças, estilos de vida, orientação sexual, ideologia, estilos de vida etc. são temas de interesse. Os antropólogos buscam transformar o exótico e o distante em algo familiar. • A prática etnográfica:próprio antropólogo vai ao campo, entra no grupo, vivencia esta cultura diferente, deixa-se fazer parte deste dia a dia, registra esta vivência, retorna para sua própria cultura e finaliza seu trabalho de escrita que é o registro final desta experiência. • Antropologia de gabinete: O século XIX chega e os antropólogos estudam culturas “exóticas” buscando descrever seus hábitos, costumes e sua forma de ver o mundo (cosmovisão), tudo isso sem ir ao campo. Eram enviados viajantes, pessoas comuns, que eram deslocados para essas “tribos” e ali ficavam registrando tudo que viam e ouviam, a fim de entregar este material aos antropólogos. Relatos na maioria das vezes parciais poluidos com visões etnocêntricas 3) Ciência Politica: Analisam-se as questões ligadas às instituições do poder, como a sua origem, manutenção, distribuição, transferência ou perda e os conceitos de dominação e autoridade. Cultura - “cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade” • E é isso que os torna diferentes: hábitos alimentares, formas de se vestir, de formar família, de acessar o sagrado... Diversidade Cultural - A essa multiplicidade de formas de vida dá-se o nome de diversidade cultural. A partir da descoberta do “Novo Mundo” a diversidade ficou mais evidente, pois os europeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus. Aliás, os dois lados foram impactados. Etnocentrismo - É quando pensamos que nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo devem ser os mesmos para todos. Que são superiores a outros hábitos. Que é padrão e parametro que deve ser seguido por ser o melhor. • Eurocentrismo: é uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como sua cultura, seu povo, suas línguas, etc.) como o elemento fundamental na constituição da sociedade moderna, sendo necessariamente a protagonista da história do homem. Resumidamente, trata-se da ideia de que a Europa é o centro da cultura do mundo. Os demais são seres limitados que precisavam ser “civilizados” pela cultura europeia. No plano intelectual, pode servisto como a dificuldade de pensarmos a diferença No plano afetivo, temos os sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc. As diferenças genéticas ou biológicas, como as decorrentes da raça, não determinam diferenças culturais Relativismo Social: Determinismo Geográfico e Biológico: Um acredita que a geografia influencia no intelecto “tal sociedade é ignorante por causa do calor em que vive”. A outra acredita que é por razões biológicas “tal pessoa é inferior, pois é de determinada raça (cor de pele) ou é mestiço, então tem uma Mito das 3 raças: a cor da pele só serve para uma identidade que vem da ancestralidade segundo Roberto da Matta. Diversidade Cultural: multiplicidade de formas de ver, sentir e se inserir no mundo. Se manifesta pelas diferentes tradições. Como consequência da expansão do processo de globalização nas últimas décadas, o mundo tornou-se menor, cada vez mais, marcado pela aproximação de culturas e pela diversidade. Globalização: A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política, que foi impulsionada pelo barateamento e acessibilidade aos meios de transporte e comunicação dos países do mundo. Não é um fenômeno novo. É só lembramos das Grande Navegações. Assiste-se à difusão mundial de valores, hábitos e modos de vida. E a aproximação dos povos pode levar à mistura de elementos culturais, ou seja, à aculturação... Globalização => Aculturação => Mutação das culturas => Integração de elementos de diferentes culturas Antiglobalização: propõe novas formas de organização do mundo, com base na valorização das diferenças étnicas e culturais entre os povos do planeta. Muitas vezes é antiamericano. Multiculturalismo: interação entre as diferentes culturas, sem hierarquização de saberes e modos de vida. A igualdade que se objetiva é igualdade material (e não formal), com o respeito às diferenças e consequente ajuda às minorias. Iluminismo: Ideia de valorizar o conhecimento e a racionalidade. Surgiu no século XVII, na França, e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica do mundo que dominava o mundo desde o período medieval. Recusava a todas as formas de dogmatismo, especialmente o das doutrinas políticas e religiosas tradicionais. Características: • Uso da razão. • Crença nas leis naturais. • Existência do direito natural (a vida, a liberdade, a bens). • Crítica ao absolutismo, mercantilismo (que exercia forte intervenção do Estado na economia), à Igreja Católica e privilégios de classe. • Defesa da igualdade jurídica e da liberdade política, econômica e de expressão. Contratualismo: Todas as teorias politicas, que entre o século XVI e XVIII, veem a origem da sociedade, o fundamento do poder político num contrato. 1. Thomas Hobbes: acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante. Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, ou seja, para que o instinto destrutivo do homem seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem. 2. John Locke: parte do princípio de que o Estado existe não porque o homem é o lobo do homem, mas em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembleia e não fruto da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, colocando-se contra toda tese que defenda a ideia de um poder inato dos governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por exemplo, a monarquia). 3. Rousseau: considera que o ser humano é essencialmente bom, porém, a propriedade o corrompe (o egoísmo, quando se diz que algo lhe pertence). Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a questão da democracia direta e da democracia representativa. A democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora de tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de gerenciamento das atividades comuns do Estado. Hobbes Locke Rousseau Estado de Natureza Estado de Guerra: “O homem é o lobo do homem” Direitos naturais O homem é essencialmente bom Problema Insegurança gerada pelo estado de guerra Vingança em excesso Egoísmo do homem: “propriedade privada” Contrato Cede todo direito a um Cede à alguns Vontade geral Governo Absolutista Liberal Democrata Obras (livros) Leviatã Tratado sobre o governo civil O contrato social Revolução Francesa - É o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, em 1789, alteraram o quadro político e social da França. Foi influenciada pelos ideais do iluminismo e pela independência americana. No mundo ocidental marca o início da chamada idade contemporânea. Os princípios são liberdade, igualdade e fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité) Revolução Industrial - Teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ela marca o início da mecanização dos sistemas de produção. O termo revolução é usado para expressar um movimento de transformação que, na visão dos seus protagonistas, traz transformações significativas, positivas e benéficas para a sociedade. Consequências: • Transição do feudalismo para o capitalismo. • O desenvolvimento industrial se fez acompanhar pelo desenvolvimento científico, que impulsionou ainda mais a industria com suas descobertas e invenções. • A indústria cresceu e com esse crescimento vieram as crises de produção porque a superprodução não era acompanhada pelo consumo, ou seja, a oferta era superior à demanda. Neocolonialismo - A solução para a crise de consumo foi encontrada no neocolonialismo (ou imperialismo do século XIX). Diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, o neocolonialismo representou nova etapa do capitalismo caracterizada pela busca de matérias-primas para sustentar as indústrias, de mercados consumidores para os produtos europeus e de mão de obra barata. Esse colonialismo se direcionou para a África e a Ásia,que foram partilhadas entre as nações europeias. Já que a maioria da América já estava independente. Charles Darwin - Naturalista britânico, que desenvolveu a teoria da evolução em seu livro “A Origem das Espécies”. O livro introduzia a ideia de evolução a partir da seleção natural, princípio se tornaria a explicação científica dominante para a diversidade das espécies no mundo natural. “Sobrevivencia do mais forte”. A noção de evolução gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de modificações pequenas, sucessivas e favoráveis, e não por modificações extraordinárias, surgidas repentinamente. O núcleo da sua concepção evolutiva:a seleção natural, ou a persistência do mais capaz. Essas teses de Darwin passaram a ser discutidas em todo o meio científico e o próprio liberalismo econômico adotou o pressuposto da competição. Ao defender a propriedade privada, o liberalismo postula que todo homem compete em igualdade no acesso à propriedade privada. Aquele que não a conquista, não o faz porque é vicioso ou preguiçoso. Essa tese, presente em nossas mentes até hoje, interessava à manutenção do domínio da classe burguesa. A dita “meritocracia”. Darwinismo Social: Dizia que as sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres vivos. As transformações nas sociedades representam a passagem de um estágio inferior para outro superior, onde o organismo social se mostra mais evoluído, adaptado e complexo. Se na natureza a competição gera a sobrevivência do mais forte, também na sociedade favorece a sobrevivência de sociedades e indivíduos mais fortes e evoluídos. As sociedades foram divididas em raças superiores e inferiores, cabendo aos mais fortes e desenvolvidos dominar e levar o desenvolvimento aos mais fracos e não desenvolvidos. “A civilização deveria ser levada a todos os homens”. Ou seja, serviu para justificar a ação imperialista das nações europeias. Que foi o que justificou o Neocolonialismo.
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