Buscar

Licopeno

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Licopeno (C40H56) 
Características: 
É um hidrocarboneto insaturado, lipossolúvel, que possui 11 arranjos lineares 
conjugados por duplas ligações não conjugadas, quando aquecido e associado a um 
lipídeo tem seu desempenho melhorado, participa da família dos carotenóides, 
apresentando maior efeito antioxidativo comparado aos outros componentes, tem meia 
vida de 2 à 3 dias, é encontrado no plasma sanguíneo e nos tecidos humanos sendo este 
adquirido apenas por meio da dieta, tornando-se um alimento essencial. 
O licopeno também é o responsável pela atraente coloração avermelhada das frutas e ao 
contrário de outros carotenóides, não se transforma no organismo em vitamina A 
(Ferreira, 1997apud Vianna, 2010). 
Função/ Efeito: 
Literaturas demonstram que a ingesta de alimentos contendo licopeno, atuam na 
prevenção de algumas doenças como: hipertensão, diabetes, doenças 
neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson, Esclerose lateral amiotrófica), infertilidade 
masculina, osteoporose, doenças cardiovasculares, diversos tipos de câncer, entre 
outros. Sua ação antioxidante é o principal responsável por controlar ou inibir o avanço 
de doenças, o mesmo atua como quimioprotetor, devido fazer interferências no 
metabolismo da célula tumoral e proteger o ADN contra danos oxidativos, por meio do 
aumento de junções GAP e indução de apoptose. 
O licopeno aparece atualmente como um dos mais potentes antioxidantes, sendo 
sugerido na prevenção da carcinogênese e aterogênese por proteger moléculas como 
lipídios, lipoproteínas de baixa densidade (LDL), proteínas e DNA. A chave principal 
do mecanismo de ação do licopeno, encontrado em tomates, é sua capacidade de atuar 
como um antioxidante, combatendo os radicais livres que alteram o DNA das células e 
desencadeiam o processo cancerígeno, apresentando um poder antioxidante 8 a 10 vezes 
maior que o beta- caroteno. A atividade antioxidante poderosa do licopeno confere um 
alto grau de proteção contra a oxidação do colesterol, um processo que pode influenciar, 
por exemplo, no câncer de próstata. Isto explica porque o licopeno pode conferir 
benefícios contra doenças coronárias, pois evita a oxidação da LDL- colesterol, que 
seria o primeiro passo para a formação da arteriosclerose. Outro ponto a favor do 
licopeno é o fato dessa substância fortalecer o sistema imunológico, aumentando a 
resistência do organismo, dando-lhe forças para combater células malignas (Agarwal S. 
et al. 2000; GiovannuciI, 1999; Clinton, 1998; Rao, 2000; Life enhancement, 2002; 
Salgado, 2002 apud Shami. 2004). 
Existem evidências de que o consumo de tomates e de seus produtos está associado a 
uma redução do risco de câncer e doenças cardiovasculares. Sua proteção recai sobre 
lipídios, lipoproteínas de baixa densidade (LDL), proteínas e DNA. O consumo de 
licopeno também está sendo inversamente associado com risco de infarto do miocárdio. 
A oxidação da molécula de LDL é o passo inicial para o desenvolvimento do processo 
aterogênico e consequente doença coronária; embora exista um limite na evidência de 
que uma suplementação de licopeno possa reduzir os níveis de LDL-colesterol (Rao 
AV. et al. 1998, Kris- Etherton PM. et al 2002, Rao AV. et al. 2000, Arab L. et al. 2000 
apud Shami. 2004). Partículas oxidadas de LDL disparam uma série de eventos que 
conduzem a processos inflamatórios, formação de células espumosas, estrias gordurosas 
e placa, lesões ateroscleróticas e ruptura de placa. Além disso, partículas de LDL 
oxidadas prejudicam a função endotelial pela inibição da liberação de óxido nítrico, um 
importante relaxante dos vasos sanguíneos e isso influencia a pressão arterial (Agarwal 
S. et al 2000, Ried K. et al 2011 apud Trindade 2011). 
O licopeno apresenta maior eficiência na proteção das membranas celulares contra as 
lesões causadas pelo radical dióxido de nitrogênio (encontrado no fumo); e, desta forma, 
despontou como tendo um papel especial na prevenção do câncer de pulmão (Bohm F. 
et al. 1995 apud Shami. 2004). 
Um estudo com mais de 47.000 homens demonstrou que aqueles que consumiram 
produtos a base de tomates 10 vezes ou mais por semana tiveram menos da metade do 
risco de desenvolver câncer de próstata avançado. Curioso é ser o licopeno o 
carotenóide mais abundante na glândula prostática. Outros cânceres, cujo risco tem sido 
inversamente associado com os níveis sangüíneos ou teciduais do licopeno, incluem o 
de mama, trato digestivo, colo uterino, bexiga, pele e possivelmente o de pulmão 
(Giovannucci, 1999; Clinton et al, 1996; Clinton, 1998 apud Pelassari. et al 2008). 
 
 Metabolismo 
O processo de absorção ocorre de forma passiva, ou seja, sem gasto de energia, mas 
pouco se sabe sobre o aproveitamento do licopeno no interior da mucosa. Estudos 
sugerem que o licopeno seja transportado entre as células por proteínas específicas ou 
migre agregado a gotas lipídicas. No enterócito, o licopeno não é transformado em 
vitamina A, como ocorre com outros carotenóides, mas metabólitos oxidativos do 
licopeno têm sido encontrados no soro humano, embora pouco se saiba sobre os locais e 
mecanismos envolvidos em sua formação (Gartner, 1997 apud Vianna, 2010). O 
licopeno sai do enterócito carreado por quilomícrons que, pela ação da enzima lipase 
lipoprotéica, vão sendo retirados e absorvidos de forma passiva por vários tecidos, 
incluindo os adrenais, renais, adiposos, esplênicos, dos pulmões e dos órgãos 
reprodutivos. Esses carotenóides podem se acumular no fígado ou ser envolvido pela 
lipoproteína de muita baixa densidade (VLDL) e levados novamente ao sangue (Ferreira 
et al.1997 apud Vianna. 2010). 
 
Recomendações: 
Não foram apresentadas quantidades diárias, pois, tudo dependerá do quadro que se 
mostra o paciente. 
Fontes: 
Tomate e seus derivados, mamão papaia, goiaba e seus derivados, pitanga, melancia, 
cenoura... 
O tomate contribui com cerca de 80% do total de licopeno ingerido/dia, assim como 
seus derivados (ketchup, molho, pasta, suco). Esses alimentos merecem atenção devido 
à oferta durante o ano todo e ao preço acessível (Tavares, Rodriguez-Amaya, 1994; 
Bramley, 2000 apud Pelassari. et al. 2008). 
Além da concentração de licopeno variar de acordo com o tipo de alimento, é preciso 
ressaltar que o conteúdo de licopeno pode oscilar em um mesmo alimento, sofrendo 
influência de diversos fatores, como: estágio de amadurecimento do fruto, variedade, 
estação do ano, condições de cultivo, características climáticas e manejo pós-colheita. 
Frequentemente, a intensidade de coloração vermelha do alimento está diretamente 
ligada à sua concentração de licopeno. As cascas dos alimentos também apresentam 
maiores teores de licopeno em relação à polpa, assim como os alimentos produzidos em 
regiões com clima quente, quando são comparados àqueles cultivados em locais de 
clima mais frio (Moritz. et al, 2006; Silva. et al., 2009 apud Shami, 2004). 
Conteúdo de licopeno de alguns alimentos vegetais 
Alimento Licopeno (µg/g peso fresco) 
Tomate 8,8 – 42,0 
Suco de tomate 50,0 – 110,6 
Pasta de tomate 50,4 – 1500,0 
Catchup 90,0 – 130,0 
Pitanga 9,0 – 80,0 
Goiaba 47,0 – 90, 
Melancia 23,0 – 72,0 
Mamão papaia 20,0 – 53,0 
Fonte: Adaptado de: Omoni e Aluko (2005); Rao e Rao (2007); Silva et al. (2009) 
De acordo com o Pesquisador Steven Schwartz, da Universidade de Ohio, o licopeno 
presente no tomate fresco tem forma linear e depois de aquecido sua estrutura torna-se 
circular, idêntica à encontrada no plasma humano, entendendo-se que, em virtude doaquecimento, sua parede celular é quebrada resultando na saída do cromoplasto, com 
isso, haverá maior disponibilidade do licopeno e será melhor absorvida se aderida a um 
lipídeo. 
A absorção do licopeno é também significantemente maior no suco ou molho de tomate, 
ou quando associado à presença de gorduras nos alimentos, devido a maior solubilidade 
dos isômeros cis nas micelas de ácidos biliares que são, portanto, mais facilmente 
incorporados nos quilomícrons (Papas, 1999; Bramley, 2000 apud Pelassari. et al 2008). 
A biodisponibilidade do licopeno é uma importante questão a ser avaliada, pois prediz a 
capacidade do organismo de aproveitar sistemicamente este composto bioativo. 
Inúmeras condições podem afetar a biodisponibilidade do licopeno, incluindo: matriz 
alimentar, tipo de processamento térmico, presença de lipídeos e fibras na dieta, 
interação com outros carotenóides e forma isomérica (Bhuvaneswari e Nagini, 2005; 
Porrini e Riso, 2005; Rao e Rao, 2007 apud Inocêncio. 2011). 
Alguns tipos de fibras, encontradas nos alimentos, como a pectina podem reduzir a 
biodisponibilidade do licopeno, diminuindo a sua absorção devido ao aumento da 
viscosidade (Shi J. et al. 2000 apud Shami. 2004). Alguns carotenóides, como a luteína 
e o β caroteno, são capazes de minimizar a absorção de licopeno, uma vez que 
competem pelo mesmo sítio de absorção intestinal. (Moritz e Tramonte. 2006 apud 
Inocêncio. 2011). 
 
Referências: 
TRINDADE, Michelle. Efeito do licopeno na saúde cardiovascular. Revista Hospital 
Universitário Pedro Ernesto. – Vol. 10, N. 3. Jul/Set 2011. 
SHAMI, Najua Juma Ismail Esh. Licopeno como agente antioxidante. Rev. De 
Nutrição. Vo17 no. 2 Campinas Apr/June 2004. 
VIANNA, Wania. Princípios e fundamentos do licopeno Lyscopersicon esculentum e 
sua função no combate aos radicais livres e o câncer de próstata. 
Artigonal.<http://www.artigonal.com/biologia-artigos/principios-e-fundamentos-do-
licopeno-lycopersicon-esculentum-e-sua-acao-no-combate-aos-radicais-livres-e-o-
cancer-de-prostata-3724335.html>. Acessado em: 04 maio 2015. 
INOCÊNCIO, Daniela Spínola Antunes. LICOPENO E PREVENÇÃO DE 
CÂNCER. GANEP NUTRIÇÂO HUMANA. Belo Horizonte – 2011 
PELISSARI Fm, Rona MSS, Matioli G. O licopeno e suas contribuições na 
prevenção de doenças. Arq Mudi. 2008; 12(1):5-11..

Continue navegando

Outros materiais