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RR EE DD AA ÇÇ ÃÃ OO PP AA RR AA CC OO NN CC UU RR SS OO SS (( MM óó dd uu ll oo II )) Prof. ª Eliane Vieira Aula 07 Português em Foco www.portuguesemfoco.com portuguesemfoco@portuguesemfoco.com 1 Português em Foco www.portuguesemfoco.com portuguesemfoco@portuguesemfoco.com A Conclusão Teoria Objetiva É a parte final do texto, um resumo claro de tudo o que já foi dito. Além desse resumo, que retoma e condensa o conteúdo anterior do texto, a conclusão deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido. Nessa parte, também se podem fazer propostas de ação. Observe que cada uma dessas três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) que compõem o texto dissertativo se relaciona com as outras, preparando-as ou retomando-as. O texto se tece acrescentando àquilo que já foi dito o que se vai dizer. Ainda, quanto à conclusão, existem dois defeitos gravíssimos a evitar: não finalizar (é o principal defeito) e avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo" Algumas dicas importantes • Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, não use a 1ª pessoa do plural. • Dependendo do que a banca cobrar, seu texto pode ser expositivo ou argumentativo. Contudo, as ideias- núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas. • Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. • Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos. • Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas, tais como: “a pureza das crianças”, “a sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as abreviações. • Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e informativas. • Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao tema proposto. • Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia. 2 Português em Foco www.portuguesemfoco.com portuguesemfoco@portuguesemfoco.com • Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes culturais diversas. � Tipos de Conclusão a) Proposta de Solução É inegável, portanto que a prática do trote constitui mais uma vertente da banalização da violência a que estamos submetidos. Sua reversão é papel da própria Universidade, seja proibindo essa prática – decisão indiscutível - , seja cumprindo sua missão social, que é a de formar seres pensantes. Afinal, um estudante que reflete sobre o que faz sequer imagina cometer um ato de agressão. b) Ironia É inegável, portanto que a prática do trote constitui mais uma vertente da banalização da violência a que estamos submetidos. A permanecer o atual quadro, em pouco tempo o vestibular poderá dispensar as provas discursivas e medir os bíceps dos candidatos. Será, no mínimo, mais adequado à lógica imperante. c) Reflexão É inegável, portanto que a prática do trote constitui mais uma vertente da banalização da violência a que estamos submetidos. A lógica de quem raspa o cabelo de um calouro é a mesma de quem xinga o motorista ao lado. Assim, ao condenar tal hábito, é preciso pensarmos sobre o quanto dele praticamos nas mínimas atitudes cotidianas. EXERCÍCIOS 1. O seguinte parágrafo constitui a conclusão de uma dissertação sobre os problemas das grandes cidades brasileiras. Pode-se concluir que o caos urbano das grandes cidades brasileiras deve-se, em grande parte, à omissão da própria sociedade. Por isso, é imprescindível que todos os cidadãos se conscientizem de que cada um deve tentar minimizar os problemas urbanos, diminuindo os índices de poluição, racionalizando o trânsito e participando ativamente em suas comunidades. Só assim se conseguirá viver humanamente nas cidades modernas. 3 Português em Foco www.portuguesemfoco.com portuguesemfoco@portuguesemfoco.com a) O que está equivocado quanto ao primeiro período da conclusão? Sugira uma forma de corrigir essa fala. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) Além de confirmar a tese desenvolvida, o que mais a conclusão apresentou? Comente. _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ GABARITO 1. A) É redundante utilizar o verbo “concluir” na conclusão, da mesma forma que não utilizaríamos “introduzir” na introdução ou “desenvolver” no desenvolvimento. 2. O candidato usou a conclusão-reflexão. 4 Português em Foco www.portuguesemfoco.com portuguesemfoco@portuguesemfoco.com REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. rev. e ampl., Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela Análise Sintática. 18ª ed. rev. e ampl., Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. CÂMARA JR, J. Mattoso. Dicionário de Filologia e Gramática. 4ª ed. rev. e ampl. J.OZON, editor, 1970. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do Português Contemporâneo. 3ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. Positivo. LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática Normativa da língua portuguesa. 27ª ed., Rio de janeiro: José Olympio, 1986. LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Manual de Redação. 5ª ed., Rio de janeiro: FAE, 1994. CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em Construção. 1ª ed., São Paulo: Moderna, 1993. AQUINO. Renato. Redação para Concursos. 11ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
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