Buscar

Resumo Cirurgia I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 
Faculdade de Odontologia – FOUFMG 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA ODONTOLÓGICA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Primeiro semestre de 2013 
2 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Sumário 
Matéria Página 
CÍNICA CIRÚRGICA ONDONTOLÓGICA I DCPC 4 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIO 4 
Pré-operatório 7 
Trans-operatório 8 
Pós-operatório 8 
PRINCÍPIOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS 9 
Diérese 10 
Exérese 10 
Osteotomia 10 
Curetagem 10 
Avulsão 11 
Síntese 11 
Incisões – ver Definição do retalho cirúrgico 12 
Métodos de hemostasia 12 
Orientação à reparação tecidual 14 
FISIOLOGIA DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR E 
CICATRIZAÇÃO 
14 
Fases do reparo alveolar 15 
Proliferação celular 15 
Cronologia 16 
Alterações morfológicas/clinicas 18 
Complicações da reabsorção 18 
EXODONTIA – PRINCÍPIOS E TÉCNICA 19 
Indicações das exodontias 19 
Contra indicações das exodontias 20 
Avaliação 21 
TÉCNICA CIRÚRGICA 21 
Tipos de exodontia 22 
Fórceps 23 
Alavancas 24 
Cuidados pós-operatórios imediatos 24 
EXODONTIAS NÃO-ALVEOLAR 25 
Técnicas de exodontias 25 
Indicações para cirurgia a retalho (não alveolar) 26 
Definição de Retalho 26 
Tipos de retalho 28 
Técnica cirúrgica 29 
Técnicas específicas 29 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA 30 
Analgésicos (não opióides) 31 
Dipirona 31 
Paracetamol 32 
Agentes anti-inflamatórios (AINEs) 32 
Fatores de risco para efeitos indesejáveis de anti-inflamatórios não-
esteroidais 
33 
Agentes antiinflamatórios (corticoides) 34 
3 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Antibioticoterapia: Antibióticos Antissépticos 34 
BIOSSEGURANÇA 37 
Higienização das mãos 39 
Paciente 40 
Término do atendimento desmontando a mesa 42 
Acidentes com materiais perfuro cortantes 42 
INCLUSÃO DENTAL 43 
Classificação clássica de Pell e Gregory 45 
Classificação de Winter 47 
O que considerar em uma inclusão dental 47 
Transtornos da inclusão dental 48 
Técnica cirúrgica 49 
Tracionamento cirúrgico 50 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM EXODONTIAS 52 
Fratura radicular 53 
Luxação do dente vizinho 53 
Fratura do dente cizinho 53 
Fratura do processo alveolar 53 
Extração do dente errado 53 
Lesão de tecidos moles 53 
Comunicações oroantrais 54 
Penetração do dente no seio maxilar 55 
Lesão de nervos 55 
Fratura de instrumento 55 
Penetração do dente em espaços teciduais 55 
Luxação da mandíbula 55 
Fratura de mandíbula 56 
Ingestão do dente 56 
Bronco-aspiração do dente 56 
Sangramento 56 
Hematoma 57 
Alveolite 57 
Infecção 57 
Trombose do Seio Cavernoso 58 
Dor 59 
Edema 59 
Trismo 59 
Enfisema 59 
Lipotímia 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
08-03-2013 Marcelo Drummond Naves 
CÍNICA CIRÚRGICA ONDONTOLÓGICA I DCPC 
Áreas de atuação: 
 Cirurgia bucal 
 Infecções 
 Implantodontia 
 Enxertos e Reconstruções 
 Patologia Maxilofaciais 
 ATM 
 Trauma Maxilofacial 
 Cirurgias Ortognáticas 
 Microcirurgias – utiliza-se 
microscópio, lupas, fios muito finos para fazer anastomose de estruturas como 
veias que possam ter sido lesionadas durante a cirurgia ou em algum acidente. 
(cirurgia extensa) 
Cirurgia bucal 
 Exodontia – considerada de média a alta complexidade pela presença de tecido 
ósseo 
 Remoção de dentes inclusos 
 Hiperplasias gengivais 
 Plásticas 
 Biópsias 
 Frenectomia 
 Raspagem subgengival 
 Ancoragem ortodôntica 
 Paraendodôntica 
 Retalhos – fechamento de fistula buco-nasal ou buco-sinusal 
 
Tudo que entra no campo cirúrgico tem que sair, por isso deve-se tomar cuidado com a 
utilização de gazes e algodão. 
5 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIO 
Uma avaliação e planejamento bem sucedido é o principal passo para um prognóstico 
bom. Caso isso não seja respeitado ha possibilidade de insucesso ou mesmo o óbito 
venha a acontecer. 
Conhecimento
 
Cirurgia conceituação geral 
Propedeutica Diagnóstico 
Tratamento cirurgico 
Pré-operatório 
Transoperatório 
Anestesia 
Anatomia 
Pós-operatório 
Imediato Tardio 
Fisiopatologia Técnica cirúrgica 
Ato operatório 
Indicação 
Estudar 
Paciente Cirurgia 
6 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Princípios filosóficos cirúrgicos 
 Estudo constante 
 Auto avaliação 
 Humildade e sinceridade 
 Reciclagem 
 Estar equipado 
“Para executar bem você tem que ver bem” – Técnica cirúrgica – Aperfeiçoar 
Passos cirúrgicos 
1. Ficha clínica 
2. Pré-operatório 
3. Trans-operatório 
4. Pós-operatório 
5. Alta 
Ficha clínica 
 É pessoal 
 Tem que estar completa → Com assinatura do paciente!!! 
 Legível e compreensível após 20 anos 
 Respaldo legal 
 Segurança para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente 
 Marketing – uma boa ficha e conversa com o paciente promove mais 
proximidade. 
 Prevenção das complicações 
 Gravidez – anamnese 
o A cirurgia é essencial no momento? 
 Adiar sempre que necessário 
o Entrar em contato com o médico responsável 
 Discutir qual a melhor forma para conduzir o tratamento – 
terapêutica, tempo da cirurgia, monitoramento da paciente. 
o Cuidado: adrenalina (adianta o parto) 
Não partir para o próximo passo sem ter certeza! 
Exodontias 
 Diagnóstico integral 
o Doença cárie 
o Doença periodontal 
o Lesões de mucosa e estruturas anexas 
o Disfunção de ATM e oclusão 
o Condições clínicas 
7 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Plano de tratamento 
 Diagnóstico correto 
 Ser claro e objetivo com o paciente 
 Dividir a responsabilidade com o paciente 
 Quando possível, dar opções ao paciente 
 Estudar o caso 
Evolução 
 Desde a primeira consulta 
o O paciente deverá assinar!!! 
 Diagnóstico, plano de tratamento, prognóstico 
 Se discutir com outro colega e ou o médico do paciente, anotar na ficha 
 Orçamento, pagamentos efetuados 
Outros 
 Tudo que for emitido para o paciente, deverá ser com cópia carbonada 
o Receita, atestado, relatórios, orientação pós-operatória, 
encaminhamentos. 
 Todo encaminhamento de outro colega ou avaliações médicas deverão ser 
mantidas na ficha original 
Pré-operatório 
 Critérios e ordenado 
 Tipo de cirurgia e tempo cirúrgico 
 Trabalho em equipe (?) 
 Terapêutica 
 Avaliar limitações – do paciente e do cirurgião 
 Eliminar variáveis – instrumental, equipamentos, acompanhante, etc. 
Terapêutica 
 Antibiótico 
o Profilático 
o Diante de alterações sistêmicas, infecção crônica, extensão da cirurgia 
 Terapêutico – em comunicação com seio maxila 
 Antiinflamatório 
o Não esteroidal 
 Profilático e terapêutico 
 Extensão da cirurgia, trauma cirúrgico e dor associada 
 Analgésico 
o Sempre 
 Sedação 
8 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Tipo de cirurgia, tempo cirúrgico, queixas e alterações sistêmicas do paciente. 
 
Trans-operatório 
 Tranquilidade 
 Qual é o próximo passo? 
o Visão ampla – da cirurgia e do paciente 
 Tempo de cirurgia 
o Interrompera cirurgia? 
o Chamar outro colega? 
o Cirurgia X sangramento 
 
Pós-operatório 
 Manter a medicação prescrita rigorosamente nos horários 
 Por 24horas: 
o Fazer compressas com gelo 15 minutos com intervalo de 30 minutos 
(proteger a pele com vaselina ou creme). 
o Pode-se usar hidratante para evitar queimaduras com o gelo. 
 Por 48 horas: 
o Não bochechar – uso de fio dental e escovação devem ser mantidos, na 
hora de retirar a espuma da boca com os detritos da mastigação, coloca-
se água na boca e movimenta a cabeça de forma a fazer com que a água 
movimente de um lado para o outro na cavidade oral sem promover 
pressão. Deixe a água sair da boca passivamente após este movimento. 
o Manter a cabeça mais elevada que o corpo 
o Repouso (não ficar ao sol, não fazer esforço, evitar conversar, cuspir, 
álcool e fumo) evitar bebidas alcoólicas e fumo de duas a três semanas 
antes e após o tratamento cirúrgico. 
o Alimentação liquida, pastosa e fria (sorvete, gelatina sopa, caldo, iogurte, 
suco) 
o Em caso de sangramento, morder levemente uma compressa de gaze por 
15 ou 30 minutos. Se persistir, entre em contato. 
 Após 48 horas 
o Fazer bochechos com água morna e solução antisséptica (proporção de 
1:1), 6 vezes ao dia. Ou Digluconato de Clorexidina 0,12% em torno de 
10ml, bochechar 3 vezes por dia por 7 dias, após a higienização 
o Manter higiene local rigorosa (escovação, fio dental e cotonete). 
o Retorno entre 5 e 7 dias para CURATIVO – remoção de sutura, 
avaliação da higienização, cicatrização ou processo inflamatório. 
 
9 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Complicações 
o Abscesso pós-operatório 
o Abscesso tardio – após um mês (limpeza incorreta do alvéolo) 
o Alveolite – perda do coágulo formado durante a cirurgia. 
o Fratura de mandíbula – movimentos e forças incorretas aplicadas durante 
o procedimento cirúrgico. 
Se estiver pensando em se esconder do seu paciente, pense seriamente em não ser 
profissional de saúde. 
 
 
PRINCÍPIOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS 
“... a meta fundamental do bom cirurgião deve ser uma técnica atraumática, o cuidadoso 
controle da hemorragia, a delicadeza no manejo dos tecidos e uma absoluto respeito 
para com a assepsia cirúrgica.” Theodore Lesney 
Necessidades básicas em cirurgia 
 Visibilidade: 
o Acesso adequado 
o Iluminação adequada 
o Campo cirúrgico limpo – manter a aspiração constante 
 Técnica asséptica – não tocar em áreas contaminadas fora do campo, evitar 
infecção cruzada 
 Auxilio – um auxiliar eficiente leva á uma cirurgia mais fácil. 
Atributos de um bom cirurgião 
Conhecimento do caso, das melhores técnicas a serem utilizadas, prever o que pode dar 
certo ou errado e saber aplicar a técnica com experiência. 
Atos cirúrgicos fundamentais 
 Anestesia 
 Diérese – entrar 
 Exérese 
 Hemostasia – manutenção do controle da hemorragia 
 Síntese – reconstrução e fechamento 
 Tamponamento 
 Orientação à reparação tecidual 
 
 
10 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Diérese 
Métodos utilizados pelo cirurgião para penetrar através dos tecidos e atingir a área 
anatômica de interesse cirúrgico. 
 Incisão = corte dos tecidos 
 Divulsão – separação dos tecidos 
 Exérese – remoção do elemento 
 
Exérese 
É uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a totalidade de um órgão ou 
tecido visando a finalidade terapêutica. 
 
Osteotomia 
 Instrumentos: 
o Instrumentos rotatórios e fresa 
o Cinzéis e martelos 
o Pinça goiva e osteótomos ela é para fazer cortes ósseos, não pode ser 
usada para fazer luxação de dentes, nem para fazer acerto gengival. 
o Limas (usadas para fazer adequação local – o organismo não gosta de 
pontas agudas no processo de cicatrização, porque todo processo de 
cicatrização passa por contração e se tiver pontas agudas vão criar 
fenestrações). 
 Propriedades: 
o Em linha única 
o Uso de instrumentos cortantes 
o Resfriamento contínuo de instrumentos rotatórios 
o Adequada visualização 
o Suficiente acesso 
 
Curetagem 
Manobra cirúrgica pela qual se remove formações estranhas patológicas ou não, 
presentes no campo operatório ou ainda decorrentes do desdobramento do ato cirúrgico. 
 Instrumentos: 
o Curetas 
 Características: 
o Remoção de tecidos patológicos no interior dos tecidos ósseos 
o Complementação do tratamento da loja óssea 
o Perigo de dano de estruturas vásculo-nervosas 
 
 
 
11 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Avulsão 
 Instrumentos: 
o Fórceps e extratores (alavancas), pinça mosquito (apreendendo um tecido 
de granulação) 
 Remoção de um elemento dentário 
 
Síntese 
Manobra que visa manter reposicionadas as estruturas anatômicas que foram rompidas 
ou interrompidas durante o ato cirúrgico: 
 Função: 
o Imobilização da ferida: Manter imóveis os tecidos para permitir a 
cicatrização, 
o Redução dos espaços anatômicos 
o Estabilização do coágulo. Evita o desenvolvimento de uma infecção, 
acelerando o processo de cicatrização. 
Instrumentais 
 Bisturi (lâminas 15 e 15C) 
o Montagem → segure com a lâmina com o porta-agulha próximo da ponta 
ativa e encaixe nos dois trilhos cabo de bisturi. 
o Empunhadura 
 Como lápis 
 Como Faca 
 Como Arco de violino 
 Bisturi elétrico – cicatrização é um pouco mais demorada 
 Tesouras 
o Tamanhos → longas, médias e curtas. 
o Curvatura → retas (partes externas) e curvas (dentro de cavidades) – 
Metzenbaum (16) 
o Formato ... 
 Descoladores – Utilizados para separar o periósteo do tecido ósseo subjacente 
o Espátula n° 7 
o Molt 
o Seldin 
o Freer 
o Hurd 
o Mead 
o Ruginas 
 Cinzel e martelo/brocas 
 Pinças 
o Kelly (reta e curva) 
o Halted “mosquito” (reta e curva) 
 
 
 
12 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Incisões 
 
Como iniciar uma incisão: segure o bisturi (15 ou 15c) como uma caneta. Enquanto 
o indicador, polegar e anelar estão segurando o bisturi, os outros dedos estão dando o 
apoio da mão para o movimento. Nunca faça nada sem o apoio da mão para evitar 
acidentes. Depois inclinamos a mão e encostamos uma maior parte da ponta ativa, 
primeiro fazemos uma penetração a 90º e depois deitamos a ponta a 45º. A incisão é 
sempre de trás para frente (de distal para mesial). Ao incisar você cria uma área de 
sangramento e vai para frente, de modo que o sangramento não atrapalhe sua 
visibilidade. Para terminar a incisão com todos os tecidos incisados por igual em toda a 
extensão inclina-se o bisturi a 90º novamente e retira-o do campo. 
 Intrabucais 
o Sobre mucosa aderida ao osso 
o Sobre mucosa sem apoio ósseo 
Condição importante: boa irrigação do retalho para boa e rápida cicatrização 
o Formas 
 Retas 
 Curvas 
 Mistas 
 Compostas por 2 ou mais traços 
Cuidado com as papilas interdentais 
 Extrabucais 
o Preocupação estética 
o Incisos devem ser nítidas, ampla.... 
1. Pressão 
2. Deslizamento 
3. Final 
 Tipos 
o Elipsoide 
 
Métodos de Hemostasia 
Visa à interrupção da perda de sangue. 
 Ligadura simples → nó 
 Eletrocauterização 
 Compressão digital ou por gaze – até 10 minutos ao 
retirar, cuidado para não remover o coágulo 
formado. 
 Sutura em massa 
13 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Outros métodos mecânicos 
o Maceração óssea 
o Obliteração dos vasos 
o Métodos químicos e biológicos 
 Trombina solúvel 
 Esponjade fibrina 
 Anti-hemorrágicos sistêmicos. 
 Cera para osso – atrapalha na cicatrização óssea 
“Conjunto de manobras que visa aproximar ou reunir as paredes de vasos” 
Instrumentais de síntese 
 Porta-agulhas 
o Mayo-Hegar 
o Mathieu 
o Fazem o papel das mão do cirurgião 
Classificação das agulhas 
 Curvatura 
o Curvas 
o Semirretas 
o Retas 
 Comprimento 
o Curtas 
o Longas 
Pinças 
 Auxiliares na preensão e na síntese 
 Empunhadura em forma de caneta com pressão bidigital 
Tipos de nós 
 Simples 
 Cirurgião – 2 voltas + 1 volta 
 Triplo 
 Bimanuais 
 Não devem ser cruzados 
 Forças iguais em ambos os braços 
 Indicadores acompanham e direcionam o fio 
 
 
14 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Orientação à reparação tecidual 
Manobras usadas em circunstancias bem diversas e com múltiplas finalidades, mas com 
o objetivo comum de favorecimento da reparação tecidual. 
Tipos: 
 Punção – procedimento que consiste em ter acesso ao interior de uma estrutura 
ou cavidade (por agulhas e seringas) com a finalidade de: 
o Colher material para posterior identificação 
o Injetar substancias 
o Aliviar tensões internas advindas de exudação 
o Orientação inicial para procedimentos cirúrgicos subsequentes mais 
amplos. 
 Drenagem: tratamento de abscessos – procedimento que possibilita o acesso a 
uma exudação intesticial, por meio do qual ocorre o escoamento do líquido de 
forma contínua e em suficiência para o seu esvaziamento. 
o Tipos de drenos: 
 Rígicos: mangueira de silicone, é maleável. 
 Não rígidos: dedo de luva (látex) 
 
15-03-2013 Sergio Monteiro Lima Jr 
FISIOLOGIA DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR E CICATRIZAÇÃO 
Objetivos do reparo alveolar 
 Formação de tecido conjuntivo no interior do alvéolo → substituído por osso 
 Formação de tecido conjuntivo e eptelial para recobrir o defeito ósseo 
Características do reparo alveolar 
 Intenção: 
o Primeira intenção – bordas do retalho de tecido se tocam com a sutura. 
o Segunda intenção – bordas do retalho de tecido não se tocam 
 Selamento da ferida através de coágulo – impede a entrada de saliva e 
contaminação dentro do osso 
 Padrão concêntrico de deposição óssea – osso é depositado de dentro para fora 
da lâmina dura. 
 Conceitos: 
o Regeneração – formação de tecido semelhante ao tecido original 
o Cicatrização – formação de tecido diferente do tecido original 
 
15 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Fases do reparo alveolar 
 
1. Proliferação celular – o coágulo é substituído por tecido conjuntivo frouxo 
desorganizado. 
2. Desenvolvimento do tecido conjuntivo – organização do tecido 
3. Maturação do tecido conjuntivo – há uma grande formação de colágeno 
4. Diferenciação óssea – maturação – 
Epitelização 
Processo em que o epitélio recobre o tecido conjuntivo 
 É necessário tecido de granulação dentro do alvéolo (só cresse sobre tecido 
conjuntivo) 
 Após 21 dias o alvéolo já está coberto pelo epitélio 
 Inibição por contato – durante o crescimento quando as bordas da lesão se tocam 
há a inibição do crescimento. 
 Migração do epitélio 
 Necessita de leito vascular 
 
Proliferação celular 
Fases: 
1. Formação de coágulo sanguíneo. 
a. O processo de reparo se inicia imediatamente após a extração dental 
b. Invasão de células a partir do ligamento periodontal 
c. Proliferação das células endoteliais 
d. Formação do tecido de granulação (termina em aproximadamente 7 dias) 
Proliferação Celular 
crescimento das células 
par dentro do coágulo 
Desenvolvimento do 
tecido conjuntivo 
Maturação do tecido 
conjuntivo 
Diferenciação óssea - 
maturação 
16 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
2. Grande quantidade de células – presença de muitas células inflamatórias, 
muito sangue. 
a. Fibroblastos e capilares 
b. Formação do tecido conjuntivo – exibe uma grande quantidade de 
células normalmente fibroblastos, e capilares neoformados 
3. Maturação do tecido Conjuntivo 
a. Orientação das fibras colágenas – o tecido conjuntivo frouxo 
desorganizado é substituído por um TC organizado formando uma matriz 
colágena. 
b. Redução das células e vasos 
4. Diferenciação óssea 
a. Deposição de matriz orgânica 
b. Osteóide / maturação → osso 
c. Inicia a partir do 7º dia 
d. Reabsorção da crista alveolar – nos sentidos ápico-coronal e buco-lingual 
(3D) 
 
 
Cronologia 
Etapas Cronologia 
Formação do coágulo sanguíneo Pós-operatório 
Inicio da proliferação tecidual ao nível gengival 4 dias 
Formação do tecido de granulação 7 dias 
Substituição do tecido de granulação por tecido conjuntivo 20 dias 
Fusão epitelial até o espessamento da fibromucosa 24 a 35 dias 
Preenchimento de 2/3 alveolares por trabéculas ósseas (o. imaturo) 40 dias 
Preenchimento total do alvéolo por trabéculas ósseas (o. maduro) 64 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
1º dia após exodontia 
 Clinico/radiográfico 
o Formação do coágulo 
o Radiolucidez local 
 
7 dias após exodontia 
 Histologia – mitoses, tecidos de granulação, fibroblastos, neoformação de 
capilares sanguíneos e presença de macrófagos. 
 Clinico/radiográfico 
o Crescimento do tecido epitelial 
o Formação do tecido de granulação 
o Contornos nítidos da lamina dura. 
 
20 dias após exodontia 
 Histologia 
o Osteóides nas paredes do alvéolo 
o Maior organização das fibras 
o Migração dos vasos sanguíneos 
 Clinico/radiográfico 
o Recobrimento epitelial 
o Remodelação da tábua 
ósseas vestibular 
40 dias após exodontia 
 Histologicamente 
o Tecido ósseo imaturo 
o Diminuição do numero 
de celular e vasos 
o Matriz colágena formada 
 Clinico/radiográfico 
64 dias após exodontia 
 Histologia 
o Tecido ósseo maduro no interior do alvéolo 
 Clinico/radiográfico 
o Radiopacidade 
o Remodelação óssea concluida 
o Alvéolo tomado por osso. 
18 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Alterações morfológicas/clínicas 
 Reabsorção óssea 
o Dimensão buco-lingual 
o Dimensão ápico-coronal 
 3 a 4 mm de reabsorção óssea seis meses após extração. 
 Maior reabsorção por vestibular (tábua óssea mais fina) 
 Reabsorção na maxila é maior em espessura V-P, que em altura. 
 Perda óssea/tempo 
o Perda em altura de até 1mm 
o 5 a 7mm de perda de V-P (2/3 dela nos primeiros 3 meses) 
o 12 meses após tem no mínimo 50% de perda em largura V-P 
Complicações da reabsorção 
Perda de estrutura – pode-se fazer enxerto ósseo no local, para que a reabsorção 
diminua. Locais: 
 Corpos estranhos 
o Pedaço de dente 
o Pedaço de raiz 
o Algum material restaurador 
 Tecidos necróticos 
o Isquemia 
 Isquemia/Tensão 
 Procedimentos cirúrgicos 
o Anestésico pode ser tóxico matando as células locais 
o Curetar as paredes do alvéolo 
o Fragmentos de osso que permanecem no interior do alvéolo (corpo 
estranho) 
o Sutura – pode ajudar no reparo ósseo, pode ajudar na manutenção do 
coágulo dentro do alvéolo (quando o coágulo sai do alvéolo pode ocorrer 
um processo de alveolite.) 
o Implantes intra-alveolares 
 Esponjas de colágenos – atrasa o processo (a formação do tecido 
de granulação) 
 Tecido ósseo sintético – atrasa o processo, porem mantém a 
espessura do alvéolo. 
 Complicações do processo de reparo 
o Alveolite (alveolite seca dolorosa, osteíteseca, osteomielite focal, 
alveoloalgia) – processo doloroso devido à falta de tecido de granulação. 
 Perda do coágulo e dor forte 
 Dor pulsátil e intensa, não controlável, alvéolo seco e vazio, 
hiperemia gengival, halitose, 3 a 4 dias após a cirurgia. 
19 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
15-03-2013 
EXODONTIA – PRINCÍPIOS E TÉCNICA 
Princípios cirúrgicos 
 Estudo constante 
 Aperfeiçoar sempre 
 Reciclagem 
 Auto avaliação 
 Humildade e sinceridade 
 Estar equipado 
Acidente: Trans-operatório / complicação: Pós-operatório 
Prontuário clínico 
 Tem que estar completo!!! 
o Com assinatura do paciente!!! 
 Legível e compreensível após 20 anos 
 Respaldo legal 
 Espaço para anotar 
o Diagnóstico 
o Tratamento 
o Acompanhamento do paciente 
 Exame físico 
o Anamnese, QP, ... 
 Tudo o que for emitido para o paciente deve ter cópia carbonada 
 Pós-operatório 
o Manter a medicação prescrita, por escrito rigorosamente nos horários. 
Indicações das exodontias 
1. Cárie severa – lesão que impossibilita o tratamento conservador 
2. Necrose pulpar – geralmente associada a falta de recursos 
3. Doença periodontal – não tem osso de suporte para manter o dente na boca. 
4. Dentes mal posicionados – 
5. Razões ortodônticas – pré-molares 
6. Patologia – associados à patologia como cistos e tumores. 
7. Dentes fraturados – 
8. Extrações protéticas – para confecção de próteses total, parcial... 
9. Dentes impactados – dentes inclusos, todos os dentes inclusos devem ser 
extraídos, a menos que tenha um contra indicação válida. 
10. Dentes supranumerários – 
11. Terapia pré-radiação – dentes com prognóstico duvidoso 
12. Fraturas de mandíbula – dentes associados a esta região podem infeccionar ou 
dificultar o processo de recuperação, sendo assim indicado a remoção. 
13. Estética – alguns não permitem tratamento estético adequado 
20 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
14. Motivos econômicos – paciente não tem recursos pra pagar um tratamento 
conservador. 
15. Por indicação sistêmica - Pacientes diabéticos, cardiopatas (regurgitação, 
possibilidade de migração de bactérias via hematogênica, com colonização de 
uma área distinta do coração), tumor maligno, transplantados e endocardite 
bacteriana. 
a. Considerar a necessidade de remover dentes parcialmente 
comprometidos. 
Contra indicações das exodontias 
 Contraindicações locais 
 Sistêmicas 
 Absolutas 
 Relativas 
Contra indicação local 
 Por outras alterações bucais 
o Aftas, herpes, lesões malignas, má higiene local, Desordem Têmporo-
Mandibular (DTM). 
 Pacientes irradiados na região de cabeça e pescoço - Podem desenvolver 
osteoradionecrose, por isso deve ser removido antes da radioterapia. Paciente 
que sofreu radioterapia: quanto tempo? Qual fatores inerente? Evolução dos 
processos de reparo 
 Por limitação cirúrgica do cirurgião – dente atrapalha durante o procedimento de 
uma cirurgia maior. 
Fatores sistêmicos 
 Alterações sistêmicas descompensadas 
o Diabetes – causa 
o Hipertenção – aumenta o sangramento, acidente vascular na retina 
(paciente pode ficar cego) 
o Insuficiência renal 
o Discrasias sanguíneas 
o Febre – sinais prodrômicos, sinais que mostram que o organismo está 
lutando contra alguma infecção. 
o Infecções – urinárias, pulmonares 
 Gravidez 
o 1º - formação do feto (01 a 11 semanas) – não realizar tratamento 
(formação do feto) 
o Procedimentos no 2º trimestre (12 a 20 semanas) 
o 3º dificuldade de posicionamento na cadeira e parto prematuro (a partir 
da 21ª semana) 
 Senilidade 
 Uso de medicamentos 
 Psicoses e neuroses – pacientes 
devem estar controlados 
21 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Avaliação 
Determina a dificuldade da cirurgia 
 Clínica 
o Acesso ao dente 
o Mobilidade 
o Condição da coroa 
 Radiográfica 
o Estruturas nobres 
o Estrutura radicular 
 Posição 
 Forma 
 Número 
o Estrutura óssea 
 Paciente adulto – mais calcificado 
 Paciente jovem – mais elástico 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
Material cirúrgico 
 Bandeja clínica e cirúrgica organizada 
 Elevadores periapicais (alavancas – Quinelato) e Elevadores angulados (seldin) 
o Princípios mecânicos 
 Alavanca 
 Interfixa 
 Cunha 
 Roda e eixo (mais prático) 
 Fórceps 
o Região de presa e de ponta ativa 
o Princípios para uso do fórceps 
 Expansão do osso alveolar 
 Remoção do dente 
 Movimentos 
 1º apical 
 2º pressão vestibular 
 3º pressão lingual 
 Dentes uniradiculares – rotação 
 Avulsão 
o Mandíbula: 151 (uniradiculares pré a pré), 17(molares) 69 (remoção de 
resto radicular) 
Como a tábua óssea vestibular é mais fina, é preferível que a força para este lado 
 Pinças 
 Afastador, descolador e tesouras (minessota) 
 
22 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Preparação pré-operatória 
 Biossegurança 
 Antissepsia 
 Posição da cadeira 
o Plano oclusal da mandíbula paralelo ao solo 
o Plano oclusal da maxila perpendicular ao solo 
Tipos de exodontia 
 Simples – via alveolar, fechada, fórceps, técnica 1ª 
 Complicada – não alveolar, a retalho 
Qual utilizar? 
 Fórceps 
 Alavancas 
 Retalho 
Exodontia via alveolar 
 Sem odontosecção 
o Mais simples 
o Dentes com coroa total ou parcialmente integra. 
o Raízes com ponto de aplicação de fórceps ou alavancas 
 Dentes 
 Com odontosecção 
o Requer uso de brocas 
o Com raízes normais ou expulsivas 
o Por alveolectomia parcial 
 Broca ou cinzel 
o Por alveolectomia total 
 Broca ou cinzel 
o Dentes com anomalias de posição 
o Raízes sem ponto de sustentação 
Exodontia simples 
 
Descolamento primeiramente pelas papilas por vestibular e lingual Avulsão 
 
 
 
Anestesia Descolamento 
Luxação 
elevador 
Adaptação do 
Forceps 
23 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Fórceps 
Devemos segurar o 
fórceps com toda a mão. Os 
dedos médios apoiam o cabo 
e o polegar fica no eixo de 
articulação do fórceps para 
poder direcionar o mesmo. 
Adaptamos o lado palatino 
ou lingual do fórceps 
primeiramente na região do 
colon, observando o local de 
inserção do mordente (ponta 
ativa) que deve estar paralelo 
ao longo eixo do dente, não 
devendo lesionar gengiva ou dentes vizinhos durante o movimento. 
Devemos ter controle sobre a força aplicada ao dente, assim como efetuar proteção 
bidigital no dente. O fórceps deve ser selecionado corretamente uma vez que para cada 
dente existe um instrumento específico. No caso dos fórceps para molar superior, este 
tem duas garras para as raízes vestibulares e uma maior para a raiz lingual. Para dentes 
inferiores, como tem duas raízes, uma mesial e uma distal, os dois lados do fórceps são 
com garras. Os dos incisivos tem uma garra de cada lado mais curtas e dos caninos tem 
uma garra de cada lado mais ampla. 
 5 – Dentes decíduos inferiores 
 16, 17 ou 23 – Molares inferiores, birradiculares, (não pode fazer rotação) 
 16, 89 – “Chifre de vaca” penetra na furca do dente e avulsiona o dente. 
Birradiculares 
 18R(direito)/18L(esquerdo) – Molares superiores – dentes trirradiculares 
(apical, vestibular, lingual e avulsão) 
 69 – Restos radiculares 
 101 – Dentes decíduos superiores 
 150 – Incisivos, caninos e pré-molares superiores (movimentos: todos, menos no 
1º pré-molar pois este tem 2 raízes) – dentes unirradiculares 
151 – Todos os dentes unirradiculares inferiores, (os incisivos centrais e caninos 
não devem sofre rotação, pois suas raízes são achatadas) 
Sentido de luxação dos dentes 
 ICS: sentido vestíbulo-palatino e rotação 
 ILS: sentido vestíbulo-palatino e rotação 
 CS: sentido vestíbulo-palatino e rotação 
 PMS e MS: sentido vestíbulo-palatino 
 ILI: sentido vestíbulo-lingual e rotação 
24 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 CI: sentido vestíbulo-lingual e rotação 
 PMI: sentido vestíbulo-lingual e rotação 
 MI: sentido vestíbulo-lingual 
Usar apenas uma mão para promover a luxação do dente, com firmeza e sem força. Por 
palatino (nos superiores) e vestibular (nos inferiores) devido à maior quantidade de osso 
há maior resistência durante a luxação. 
Alavancas 
Indicação para uso de alavancas 
 1R: 3º molares superiores direitos 
 1L: 3º molares superiores esquerdos 
 Seldin reta nº1 
 304 
 Remoção de dentes que não podem ser 
apreendidos pelo mordente do fórceps. 
 Luxação de dentes para posterior 
utilização do fórceps. Introduz a alavanca perpendicular ao longo eixo do dente. 
A alavanca pode ser girada no sentido horário ou anti-horário. 
 Clivagem de dentes sob pressão manual: 
Empunhadura correta 
Apreende com todos os dedos e utiliza o indicador para auxiliar na direção da alavanca. 
Princípios de trabalho no uso das alavancas: 
 Princípios da roda e eixo 
o A ponta ativa da alavanca tem que ficar perpendicular ao longo eixo do 
dente (90°). Deve girar a alavanca no sentido horário quando a alavanca 
está na mesial e anti-horário quando a alavanca está na distal. Para 
proteger os tecidos do paciente na lingual você protege com o dedo, 
enrolado numa gaze. 
 Princípio de Cunha 
o Entra entre a crista óssea e o dente, paralela ao longo eixo do 
dente (no espaço do ligamento periodontal). Entra em movimentos laterais. Além das 
alavancas pode entrar com um periótomo para aumentar o espaço 
 Princípio de alavanca 
o Apoie o dedo na alavanca e a posiciona, pode ser na vestibular, criando 
um fulcro no elemento dentário realizando sua avulsão. 
Cuidados pós-operatórios imediatos 
 Lavagem 
 Curetagem – deve-se ter apenas tecido ósseo no e coágulo no alvéolo 
 Limagem – remover todos os pontos cortantes, espículas ósseas. Pode-se usar a 
pinça goiva ou a lima para osso. 
 Sutura 
 Tamponamento 
25 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 05-04-2013 
EXODONTIAS NÃO-ALVEOLAR 
Técnicas de exodontias 
 Via alveolar 
 Via alveolar com odontosecção 
 Via não alveolar 
 Via não alveolar com 
odontosecção 
Definição: exodontia via não alveolar 
 Técnica cirúrgica em que o dente é 
removido do alvéolo utilizando-se 
um retalho mucoperiósteo e por 
vezes ressecção do osso alveolar. 
Objetivo 
 Diminuir resistência à avulsão 
o Ostectomia – remoção do osso em torno da raiz 
o Odontosecção – corte do dente em fragmentos 
o Ostectomia e odontosecção podem ser usadas juntas. 
Vantagens 
 Desconforto pós-operatório menor – melhor visibilidade, menor agressão às 
estruturas 
 Lesão de tecidos moles menor 
 Fratura óssea reduzida 
 Fratura dental reduzida 
 Tempo cirúrgico e reparo diminui 
 Retalhos cirúrgicos 
o Visão 
o Ostectomia – desgaste ósseo, pode ser usado cinzel ou brocas de forma a 
não lesar os tecidos moles. 
o Lesão de tecidos moles 
 
26 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Indicações para cirurgia a retalho (não alveolar) 
1. Força excessiva para remover o dente 
a. Risco de fratura do alvéolo/raiz 
b. Várias tentativas de remoção 
c. Osso vestibular denso/calcificado (idoso/bruxismo) 
2. Destruição coronária extensa – não há apoio para o fórceps 
3. Hipercementose – restrição mecânica da raiz (diâmetro maior que a saída do 
alvéolo. 
4. Raízes divergentes – pode fraturar a tábua óssea alveolar 
a. Expansão do seio maxilar 
5. Dilaceração radicular 
6. Dentes com coroas-pinos intra radiculares – provocam fraturas na raiz 
7. Absorção radicular interna/externa 
8. Fraturas radiculares 
9. Dentes inclusos/semi 
10. Lesões periapicais – que não se pode realizar via alveolar 
11. Anquilose 
Indicação para odontosecção 
1. Divergência radicular acentuada 
2. Septo inter-radicular volumoso 
 
Definição de Retalho 
Divisão dos tecidos moles que: 
 É demarcada por incisão cirúrgica 
 Possui seu próprio suprimento sanguíneo 
 Permite acesso cirúrgico aos tecidos subjacentes 
 Pode ser recolocada em sua posição inicial 
 Pode ser mantida com suturas 
Princípios do retalho cirúrgico 
1. Visibilidade 
a. Acesso adequado 
b. Iluminação adequada 
c. Campo cirúrgico limpo 
2. Técnica asséptica 
3. Auxilio 
“É extremamente difícil de se realizar uma boa cirurgia com auxiliar deficiente” 
27 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Incisão 
 Lâmina afiada de tamanho apropriado – 15 ou 15C 
 Corte firme e contínuo (apoiando-se sobre o osso) 
 Evitar estruturas vitais (como o forame mentoniano) 
 Incisão perpendicular à superfície 
 Planejamento – osso saudável e 
gengiva inserida (a incisão 
deve ficar sobre osso sadio 
longe da área a ser operada) 
Comece a incisão com o bisturi a 90º 
com o assoalho até tocar o osso, gire o 
bisturi e posicione-o a 45º prossiga 
toda a extensão do corte planejada, 
volte o bisturi a 90º e retire-o do 
campo. 
Prevenção de necrose 
 Irrigação sanguínea do retalho 
 Incisões convergentes para o ápice 
 X>2Y (bem ampla na base e convergente para o retalho) 
 Inclusão de vaso sanguíneos 
 Técnica atraumática 
Prevenção de Deiscência 
Inserção irregular que provoca afastamento das bordas da incisão. 
 Técnica atraumática 
 Manipulação suave das bordas 
 Evitar tensão nas bordas. 
Não machuque as bordas do retalho, do contrario o tecido pode sofrer necrose e abrir. 
Prevenção de dilaceração 
Incisão 
 Insuficiente 
 Ideal: 
o Tamanho adequado 
o Incisão relaxante – vertical. A incisão relaxante evita dilacerações 
 
Y = 10 
X= 5 
28 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Tipos de retalho 
1. Envelope – acesso bem constrito e pequeno somente no osso alveolar 
2. Newmann – união de uma incisão intrasulcular + uma incisão relaxante 
3. Novak-Peter – união intrasulcular + 2 incisões relaxantes 
4. Partsch – marsupialização, incisão semilunar na gengiva alveolar, fora da 
gengiva inserida feita para acessar as regiões apicais do dente 
5. Wassmund – duas incisões verticais e uma horizontais na gengiva inserida, o 
paciente deve ter no mínimo 4mm de gengiva para a incisão. 
Trapezoidal 
 
 
 
 
 
Envelope 
 
 
 
 
Semilunar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Como escolher o retalho??? 
 Favorecer a reparação tecidual 
 Anatomia da região 
Na região do forame mentoniano – apenas a intrassulcular 
Para prevenir a laceração – incisão relaxante 
Manipulação do retalho cirúrgico 
 Força excessiva 
 Extremos de temperatura 
 Danos químicos 
Tipos de sutura 
1. Pontos isolados (simples) 
2. Pontos contínuos – apenas em incisões longas, onde não há dentes 
1ª sutura sempre na quina do retalho, 2ª o rebordo alveolar e 3ª a incisão relaxante. 
Espaço morto 
Modos de evitar 
 Suturar a ferida por planos 
 Curativo compressivo 
 Colocação docurativo dentro do espaço até cessar o sangramento. 
Técnica cirúrgica 
 
Técnicas específicas 
Dentes unirradiculares 
 Necessidade de acesso 
 Necessidade de retalho 
 Fórceps/extrator 
 Realizar ponto de apoio 
 Técnica em envelope 
Anestesia Incisão Descolamento 
Ostectomia - 
odontosecção 
Remoção 
do dente 
30 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Caso necessário retirada de osso – retira-se toda a extensão mesial-distal e 2/3 de osso 
na vertical. 
Dentes multirradiculares 
 Mecessidade de acesso 
 Conhecer anatomia radicular 
 Odontosecção 
Fragmentos radiculares 
 Critérios de permanecia 
o Comprimento < 4 ou 5mm 
o Inserida em osso 
o Livre de infecção 
o Risco < Benefício 
o Proservação 
 
05-04-2013 Vladimir Noronha 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA 
“Protocolo básico para controle da dor” 
 Analgésicos 
o Não opióides (mais usados) 
o Opióides (usado com mais cautela) 
 Anti-inflamatórios 
o Aines (mais usados) 
o Corticoides 
“Grande parte dos trabalhos sobre controle da dor no pós-operatório preconizam o uso 
de medicamentos pré-operatórios.” Lund, et al., 2001 
“A oferta de medicamentos vem aumentando e uma comparação entre os mais recentes 
lançamentos com os mais conhecidos da comunidade médica/odontológica faz-se 
necessário.” 
Fármacos mais usados 
 Analgésicos (não opióides/opióides) 
 Anti-inflamatórios (AINES/corticoides) 
 
 
31 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Analgésicos (não opióides) 
 Ação analgésica, antitérmica e anti-inflamatoria 
 Paracetamol e Dipirona: efeitos antinflamatórios. 
 Indicação correta do analgésico. 
o (avaliação do estado geral do paciente e histórico de uso da droga adm) 
 Avaliação correta do medicamento de acordo com o procedimento realizado 
 Presecrição dentro das doses habituais 
o Exemplo 
 Paracetamol 1g de 6/6 horas 
 Dipirona 500mg de 6/6 horas 
Dipirona 
 A dipirona é um analgésico utilizado no Brasil há 
mais de meio século, sendo empregado como 
analgésico e antipiréticos. (Fernandes, et al., 1995) 
 A meia-vida de eliminação é de 7 horas e duração 
de analgesia clinica varia de 4 a 6 horas. 
Posologia 
 Pré-operatória 
o 500mg (1 comprimido ou 35 gotas) 1 hora 
antes da cirurgia 
 Pós-operatório 
o 500mg logo após a cirurgia e manter 500mg de 6/6 horas por 24 horas – 
podendo ser mantido de 4/4 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metamizol sódico ou dipirona sódica é um medicamento que é utilizado 
principalmente como analgésico e antitérmico. 
 
Indicação 
 Indicado como analgésico e antipirético e está indicado no tratamento das 
manifestações dolorosas e febre. A dipirona ou metamizol tem como ação 
primaria anti-piretica e secundaria analgésica e anti-inflamatória. 
Contra indicações 
 O uso deste fármaco está contraindicado em pacientes com alergia à 
dipirona sódica ou a qualquer um dos componentes da formulação; 
 Pacientes que apresentem porfiria aguda do fígado intermitente e 
deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase; função da 
medula óssea insuficiente. 
 Pacientes que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações 
anafiláticas com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, 
diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, não devem ingerir 
dipiorna sódica. 
 Este medicamento é contraindicado durante a gravidez e lactação e em 
crianças na faixa etária inferior a 3 meses ou pesando menos de 5 kg. 
32 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Paracetamol 
 A dose de manutenção deve ser de 6-8 
horas, com a dose máxima diária em 60 
a 90 mg/kg. (Camu e Vanlersberhe, 
2002) 
 O paracetamol tem um grande emprego 
com antipirético e analgésico. Em caso 
de overdose ele pode causar necrose 
hepática, mas nas doses terapêuticas 
usuais este é um fármaco muito seguro. 
(Van Staden e Tsanwani, 2002) 
Posologia 
 Pré-operatório 
o 1,0 (1 blister com 2 comprimidos de 500mg) 1 hora antes da cirurgia 
 Pós-operatóio 
o 1,0g logo após a cirurgia e manter 1,0g de 6/6 horas por 24 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes anti-inflamatórios (AINEs) 
 Um dos medicamentos mais prescritos em odontologia 
 O efeito dos AINES é sintomático, inespecífico, não interfere na história natural 
dos processos inflamatório. 
 Indicado em processos inflamatórios clinicamente relevantes. 
 Não deve ser escolhidos quando ao procedimento odontológico acarreta apenas 
dor. 
 Cuidado ao administrar AINEs em pacientes com história de alterações 
gástricas. 
 A duração do uso do AINE não deve exceder 3 dias 
 Procurar privilegiar os AINEs de menor custo 
Paracetamol ou acetaminofeno é um fármaco com propriedades 
analgésicas, mas sem propriedades antiinflamatórias clinicamente 
significativas. 
Indicações de Paracetamol 
 Analgésico e antitérmico. Gripes; febre; dor pós-cirúrgica 
(odontologia) 
Contraindicações de Paracetamol 
 Hipersensibilidade à droga. 
 Pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase. 
 Gravidez risco B; 
33 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 AINEs mais usados: 
o Derivado do acido Heteroarilacético 
 Diclofenaco 
o Derivado do acido arilpropionico 
 Ibuprofeno 
o Derivados do ácido enólico 
 Piroxicam 
o Inibidores seletivos de Cox 2 
 Etoricoxibe (Arcoxia - ?) 
o Nimesulida 
 
Fatores de risco para efeitos indesejáveis de anti-inflamatórios não-esteroidais 
 Idade superior a 60 anos 
 Historia previa de doença gastrintestinal 
 Hipertensão arterial 
 Insuficiência cardíaca congestiva 
 Insuficiência renal 
 Insuficiência hepática 
 Depleção de volume 
 Uso concomitante de diuréticos 
 
Posologia diclofenaco 
 Pré-operatório – 50mg 1 hora antes da cirurgia 
 Pós-operatório - ... 
Estimulos na membrana libera Fosfolípides 
Fosfolipase 
Ácido aracdonico 
Aines atua - 
cicloxigenase 
Prostaglandinas 
pró-inflamtória 
Tromboxanos 
pró-inflamatório 
Lipoxigenase 
Leucotrienos Lipotoxinas 
34 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Posologia Nimesulida 
 Pré-operatório – 100mg 1 hora antes da cirurgia 
 Pós-operatório – 100mg de 12/12 horas por 48 horas. 
Refecoxib – retirado do mercado 
Há necessidade de usar um protetor gástrico? 
 Omeprasol 
 Pantoprazol 
 Ranitidina* 
 ...* 
Agentes antiinflamatórios (corticoides) 
 ... 
 
Antibioticoterapia: Antibióticos Antissépticos 
Quando devo usar ATB em cirurgia bucal? 
 Cirurgias potencialmente contaminadas? 
 Cirurgias demoradas? 
 Pacientes com deficiências sistêmicas? 
o Imunossupressão, diabetes, uso crônico de corticoides, idade 
 
Estimulos na membrana libera Fosfolípides 
Caorticosteróide atua 
- fosfolipase 
Ácido aracdônico 
AINEs atua - 
cicloxigenase 
Protaglandinas 
pró-inflamtória 
Tromboxanos 
pró-
inflamatorio 
Llipoxigenase 
Leucotrienos Lipotoxinas 
35 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Infecções pós-operatórias, são geralmente associadas à: 
 Técnica cirúrgica excessivamente traumática 
 Tempo operatório muito acima do habitual, 
 Dificuldades técnicas 
 Negligência deliberada de cuidados na assistência cirúrgica. 
“O profissional deve bloquear possibilidades de fontes adicionais de contaminação e 
minimizar a quantidade de microorganismos.” 
Descontaminaçãoda área a ser operada 
 Profilaxia 
 Bochecho com clorexidina a 0,12% 
 Degermação com clorexidina a 2% 
 
 O emprego rotineiro de antimicrobianos estabeleceu-se como pratica 
amplamente adotada. 
 Antibioticoterapia indiscriminada → resistência bacteriana → superinfecção → 
novas drogas → maior potencia e custo. 
 Edema, dor e limitação funcional, tem .............. 
Qual devo usar? 
 Amoxicilina 
 Cefalosporina 
 Azitromicina 
Como devo usar? 
 Profilaticamente? 
 Terapeuticamente? 
Antimicrobianos 
 Mecanismo de ação 
o Bactericidas 
o Bacteriostáticos 
 Escolha do antibiótico 
o Historia clinica 
o Diagnóstico 
o Efetividade 
o Espectro 
o Toxicidade 
o Custo 
36 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Indicações do uso 
 Tratamento de infecção 
 Prevenção de infecção da ferida cirúrgica 
o Melhora na cicatrização??? 
 Prevenção de infecção à distancia. 
Princípios para a prescrição de antibióticos: 
 Prescreva doses adequadas 
 Não use com substituto de uma drenagem... 
 Prescreva por uma duração adequada 
 Escolha a droga mais barata 
 Escola a droga com menores efeitos colaterais 
Endocardite Bacteriana 
 Profilaxia recomendada 
o Alto risco 
 Próteses valvulares 
 História de endocardite prévia 
 Doença cianótica congênita 
 Reconstrução cirúrgica (Shunts) 
o Médio risco 
 Mal-formações cardíacas congênitas 
 Disfunção valvular adquirida 
 Cardiopatia hipertrófica 
 ... 
o Procedimentos 
 Exodontias 
 Cirurgias periocontais 
 ... 
 ... 
 Profilaxia não recomendada 
o .. 
o .. 
Resistência Bacteriana 
Antibioticoterapia indiscriminada → resistência bacteriana → super infecção → ... 
 
 
 
37 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
12-04-2013 Marcelo Naves 
BIOSSEGURANÇA 
Cada tipo de prática clinica tem suas especificações de biosegurança, no entanto, ela 
deve estar presente em todos os tipos de intervenções, desde um exame clinico à uma 
cirurgia extensa. 
Caso a biossegurança não seja adequada, podem-se ocorrer várias sequelas. 
Nos primeiros sete dias é o período de maior possibilidade de infecções, diminuindo 
gradativamente até aproximadamente 30 dias. Por isso nessa primeira semana deve-se 
ter cuidado rigoroso com a assepsia do local. E evitar locais com altas cargas 
microbiológicas. Deve-se acompanhar o paciente semanalmente neste período de 30 
dias, ao fim deste período, fazemos nova avaliação e caso tudo esteja bem, 
acompanhamos o paciente periodicamente. 
Princípios de Biossegurança 
 Prontuário odontológico 
 Controle da infecção cruzada 
 Radio proteção 
 Ergonomia 
 Tratamento do resíduo de saúde 
Infecção cruzada 
 
A biossegurança é universal!!! 
“O risco potencial de transmissão de doença existe em todo consultório odontológico e 
deve ser evitado.” 
Samaranayake (1991) 
38 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
BEDA 
 Barreiras 
 Esterilização 
 Desinfecção 
 Anti-sepsia 
 
Cadeia Asséptica 
 
Aplicação da biossegurança 
 Consultório 
 Cirurgião e auxiliar 
 Paciente 
 Equipo e instrumental 
 Lixo cirúrgico 
Cirurgião e Auxiliar 
 Paramentação completa: EPI 
o Avental (gramatura 30 / núcleo de cirurgia – gramatura 50) 
o Gorro 
o Mascara 
o Óculos de proteção – limpos a cada uso 
o Luvas 
 Cuidado com a cadeia asséptica 
 
 
39 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Higienização das mãos 
 O termo engloba 
o A higienização simples 
o A higienização antisséptica 
o A fricção antisséptica 
o A antissepsia cirúrgica das mãos 
 Conceito: 
o É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a 
propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. 
LARSON, E. L. ( 2001) 
Produtos químicos para higienização das mãos 
 
Técnicas de higienização das mãos: 
1. Higienização simples 
2. A higienização antisséptica 
3. A fricção antisséptica 
4. Antissepsia cirúrgica das mãos 
a. Finalidade 
i. Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota 
residente, além de proporcionar efeito residual na pele do 
profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos 
devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não 
40 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e 
subungueal. 
ii. Para este procedimento, recomenda-se: 
1. Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com 
antisséptico degermante. 
iii. Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira 
cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes 
(sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo 
fabricante). 
b. Escovar unhas, dedos, palmas, dorso das mãos e antebraços, até o 
cotovelo. Enxaguar as mãos com água corrente, mantendo-as mais altas 
que o cotovelo. 
c. Para secar: Enxugar as mãos com toalha estéril. Calçar as luvas 
assepticamente. 
Paciente 
 Extra bucal: Sítios cirúrgicos ou áreas peribucais que serão tocadas pelo 
cirurgião e auxiliar. 
 Intra bucal: sítios cirúrgicos infectados ou não que devem ter sua microbiota 
diminuída 
(*) CIRURGIAS CONTAMINADAS OU POTENCIALMENTE CONTAMINADAS 
 Adequação de meio bucal 
 Preparo pré-operatório 
 Antissepsia intra bucal 
 Antissepsia extra bucal 
 Aposição de campos cirúrgicos 
 Controle pós-operatório 
 
Preparo das bandejas 
 
41 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Preparo do equipamento 
 Equipamento (Manutenção) 
 Micro motor 
 Alta rotação 
 Sugador (só para saliva)/ Aspirador (bomba à vácuo) 
 Ultra som (periodontia) 
 Fotopolimerizador 
 Amalgamador 
Preparo das pontas 
 Acionamento por 30 segundos para eliminar o que é aspirado. 
 Desconectar e lubrificar. 
 Proceda à limpeza com água e sabão. 
 Desinfecção com álcool iodado por 2 min. e posterior limpeza com álcool 
comum por 2 min.(por fricção). 
 Proteja com filme plástico (PVC) em cada atendimento. 
 Antes de cada atendimento, acionar a seringa tríplice e a alta-rotação por 30 
segundos contra a cuspideira. 
Instrumental 
 Esterilização ou desinfecção 
 Preferência ao uso de materiais descartáveis 
 Manuseio e tratamento do material não descartável 
Destino do material 
 Material pérfuro-cortante 
 Instrumental 
 Rouparia 
 Lixo contaminado 
 
 
 
 
 
 
 
Fio de sutura vicril 4-0 gastrointestinal. 
Cera para osso (cera de abelha estéril) 
42 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Término do atendimento desmontando a mesa 
Expurgo – preparo / Esterilização – Guarda 
 
Acidentes com materiais perfuro cortantes 
 Precauções: 
 Manipulação cuidadosa de instrumentos perfuro cortantes em campo de 
trabalho organizado e iluminado; 
 Os materiais perfuro cortantes (agulhas, lâminas de bisturi) devem ser 
descartados em local apropriado (recipientes de paredes rígidas), 
localizados nos expurgos das clínicas. 
Protocolo: 
1. Tomar os cuidados locais: lavagem exaustiva com água e sabão (perfuro 
cortantes) e soro fisiológico (mucosas). 
2. Determinar a fonte de contaminação: fonte conhecida: se o paciente estiver 
presente, solicitar que ele vá junto para o Hospital; fonte desconhecida: adotar 
mesma conduta abaixo.43 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
3. Notificar ao professor supervisor/coordenador do projeto. 
4. Preencher a Ficha de Notificação de Exposição (FINEXO). A FINEXO é o 
documento de encaminhamento para o atendimento no HRTN e pode ser 
encontrada nas Clínicas, no Núcleo de Cirurgia e na CME. 
5. Solicitar ao Setor de Serviços Gerais da FO-UFMG transporte para Hospital 
Universitário Risoleta Tolentino Neves (HRTN). Endereço: Rua das Gabirobas, 
01, Bairro Laranjeiras, Belo Horizonte/MG. A FOUFMG disponibilizará o 
transporte de 2ª a 6 ª feira no horário de 8:00 às 18:00 horas. Nos outros 
horários, o transporte para o HRTN deverá ser providenciado pelo professor 
coordenador da atividade (projeto de extensão, cursos, dentre outros). 
6. Entrar em contato com o HRTN. Ligar para o Coordenador Médico de Plantão 
do HRTN no telefone celular (98195226) e avisar que um caso de exposição 
acidental da FOUFMG está se deslocando para o Pronto Atendimento. 
7. Seguir as orientações dadas pelo HRTN para o acompanhamento após exposição 
acidental a material biológico; 
Ocorre em maior parte durante a lavagem do material. 
 Central de esterilização da FOUFMG - 34092461 
 Serviços Gerais da FOUFMG - 34092460 
 Hospital Risoleta Tolentino Neves – 98195226 
 
10-05-2013 – Tadeu 
INCLUSÃO DENTAL 
 > 
 . 
 
 
 
 
 . 
Fator sistêmico 
 Desnutrição 
 Desindocrinias 
 Síndromes 
 Metabolismo de cálcio e fósforo 
44 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Diagnóstico 
 Anamnese (queixa principal) 
 Exame clinico 
 Visível 
 Não visível 
 Exames imaginológicos (RX, Tomografia computadorizada) 
 Radiografias 
 Bitewing 
 Periapical 
 Oclusal 
 Panorâmica 
 Extraoral 
 Tomografia computadorizada – mais detalhada (usada em casos mais 
complexos/custo) mostra 3D. 
Técnicas de localização 
 Técnica de Clark 
 Técnica de Parma 
 Técnica de Donovan 
Classificação 
 Tipo de inclusão 
 Posição dental (Pell-gregogy) 
 Angulagem (Winter) 
Tipo de inclusão 
 Total: o dente não aparece na boca 
 Total óssea 
 Parcial óssea (coroa) 
 Submucosa (coroa) 
 Parcial: parte do dente aparece na boca 
 Parcial óssea (coroa) 
 Submucosa (coroa) 
 
 
 
 
 
45 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Classificação clássica de Pell e Gregory 
 
46 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 
3º molar inferior 
 Posição: profundidade do dente no tecido ósseo 
 Classe: distância entre a distal do 2º molar e o ramo ascendente da mandíbula 
 Classe I: 
 A coroa do 3º molar cabe entre a distal do 2º molar e o ramo ascendente 
(à frente) 
 Classe II: 
 A coroa do 3º molar cabe parcialmente entre a distal do 2º molar e o 
ramo ascendente. 
 Classe III: 
 A coroa do 3º molar está totalmente dentro do ramo ascendente. 
 Posição A: 
 A parte mais alta da coroa do terceiro molar está acima ou ao nível 
oclusal 
 Posição B: 
 A parte mais alta da coroa do terceiro molar está entre o nível oclusal e 
cervical 
 Posição C: 
 A parte mais alta da coroa do terceiro molar está abaixo ou ao nível 
cervical 
 
 
47 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
3° molares superiores 
 Posição 1: a parte mais baixa da coroa do 3º molar está abaixo ou ao nível 
oclusal 
 Posição 2: a parte mais baixa da coroa do 3º molar está entre os níveis oclusal e 
cervical 
 Posição 3: a parte mais baixa da coroa do 3º molar está acima ou ao nível 
cervical 
Classificação de Winter 
Todos os 3ºs molares – relação do longo eixo dos dentes 
 Vertical 
 Horizontal 
 Mesioangular 
 Distoangular 
 Vestíbulo-vertido 
 Linguo ou palato-vertido 
 Invertidos 
Classificação dos demais dentes 
 Quanto à posição no arco 
 Quanto à profundidade no arco 
 Quanto à presença ou não de dentes 
 Quanto à quantidade 
 Quanto à angulagem 
O que considerar em uma inclusão dental 
 Idade do paciente 
o Melhor época do 3º molar: antes da formação das raízes 
 Classificação 
 Tipo de inclusão 
 Presença de cárie 
 Presença ou formação de bolsa periodontal 
 Presença de infecção 
 Tamanho do saco pericoronário 
 Tamanho da coroa 
 Dentes adjacentes 
 Estruturas nobres adjacentes 
o Nervos – NAI 
o Seio maxilar 
 Forma das raízes 
o Quanto menor a formação das raízes melhor 
 Formação das raízes 
 Dificuldades inerentes do paciente 
o Pouca abertura bucal 
o Boca pequena 
48 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Transtornos da inclusão dental 
 Mecânico – posição dos dentes, alinhamento dos dentes, apinhamento dos 
dentes, mais comuns nos incisivos inferiores. 
 Inflamatório 
 Neural reflexo 
 Tumoral 
Transtornos mecânicos 
 Apinhamento dental 
 Reabsorção do dente adjacente 
 Distúrbios de ATM 
 Transtorno protético 
o Paciente começa uso de prótese precocemente, os terceiros molares 
começam a erupcionar e atrapalhar a adaptação da prótese. 
 Transtorno para implantes 
 
Transtornos inflamatórios e infecciosos 
 Pericoronarite 
 Abscessos 
 Osteomielite 
 Angina de Ludwig 
 Fasceíte necrosante 
Transtorno neural reflexo 
 Cefaleia 
 Dor gatilho 
 Trigeminalgias 
 Alopecia – falta de cabelo no couro cabeludo ou barba 
 Distúrbios visuais 
 Parestesia – compressão da fibra nervosa 
Transtornos tumorais 
 Cisto dentígero (mais comum) 
 Ceratocisto 
 Ameloblastoma 
 Tumores malignos (muito raros) 
 
 . 
 . 
 . 
 . 
49 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Técnica cirúrgica 
 Assepsia 
 Anestesia 
 Incisão 
 Descolamento de retalho mucoperiósteo 
 Osteotomia – irrigação 
 Odontosecção 
 Luxação do dente 
 Exodontia 
 Curetagem acerto de tecido ósseo 
 Acerto de tecidos moles 
 Irrigação, hemostasia 
 Sutura 
Incisão 
 Única, com contato ósseo em toda a sua extensão. 
 Sempre sobre tecido ósseo sadio 
 Devem-se evitar estruturas anatômicas vitais 
 Envelope X Relaxante 
 Feito sempre por vestibular devido às estruturas vasculares da lingual, de distal 
para mesial. 
Retalho mucoperiosteal 
 Objetivo – garantir acesso adequado e visibilidade da área cirúrgica 
 Dimensão adequada para permitir posicionamento e estabilização de afastadores 
e instrumentos para osteotomia. 
Osteotomia 
 Irrigação constantemente 
 A quantidade de osso a ser removida varia com a profundidade da impactação, a 
morfologia das raízes e a angulação do dente. 
 Realizada com peça de mão e brocas esféricas ou tronco-cônicas 
 Os ossos nas faces oclusal, distal e vestibular até o nível cervical do dente 
impactado devem ser removidos. 
 Não remover osso na superfície lingual da mandíbula (artéria ou nervos linguais) 
Odontosecção 
 Permite que partes do dente sejam removidas separadamente com alavancas 
através de uma abertura fornecida pela osteotomia 
 A direção da odontosecção depende da angulação do dente 
50 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Curetagem 
 Retirar o saco folicular completamente, pois estas células são potenciais 
formadoras de cistos. Devendo o alvéolo se preenchido apenas pelo coágulo. 
Acerto de tecido ósseo 
 Limas para osso 
 Brocas esféricas 
Acerto de tecido mole 
 Quando necessário,para uma melhor adaptação dos tecidos. 
Sutura 3º molar inferior 
Depende das características da incisão e da preferência do profissional. 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 . 
 
 
 
 
Tracionamento cirúrgico 
 Conceito 
 Indicações – dente incluso que possa ser aproveitado 
 Contraindicações – casos inviáveis, quando o paciente não deseja, possibilidade 
de sucesso pequena. 
 Diagnóstico – da posição e localização do dente 
 Avaliação do dente – possibilidade, estrutura formada. 
 Prognóstico – 
51 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Relacionamento 
 
Preparo do paciente 
 Consulta prévia 
 Orientação do paciente 
 Expectativa 
 Ansiedade 
 Sucesso e insucesso 
Documentação 
 Modelos 
 Fotografias 
 Radiografias 
 Ficha clinica 
Cirurgia 
 Tracionamento ortodôntico 
o Pino 
o Bracket (mais usado) 
o Laçada 
o Perfuração (em ultimo caso) 
o Exposição (ulectomia) 
 Dentes quase erupcionados 
 
 
 
 
 
 
Cirurgia 
Cirurgião 
Pais e 
paciente 
Ortodontista 
52 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
24-05-2013 Felipe Baires 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM EXODONTIAS 
Se acontecer: 
 Não perca a cabeça 
 Pense 
 A solução pode ser fácil 
 
Prevenção 
1. Exame do paciente – diagnóstico 
2. Planejamento 
3. Execução da técnica 
Exame do paciente 
 Anamnese 
 Avaliação psíquica 
 Exame físico 
o Geral 
o Local 
 Exame imaginológico 
 Exame complementares 
 Avaliação médica 
Execução da técnica cirúrgica 
 Avaliar a possibilidade de fratura coronária durante a cirurgia. 
o Destruição coronária extensa 
o Dente tratado endodonticamente 
 Mais friável 
o Decidir qual instrumental a ser utilizado 
 Alavancas / Molt n°9 
 
Quebra do 
Planejamento 
Acidentes - 
Trans-operatório 
Complicações - 
Pós-operatório 
53 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Fratura radicular 
 Avaliar idade do paciente e condição óssea 
 Apoio bidigital 
 Sempre utilizar inicialmente o movimento de cunha. 
 Causas 
o Espessura 
o Hipercementose 
o Dilaceração radicular 
 Pode ser necessário uma osteotomia para remoção do resto radicular fraturado. 
 Avaliar a necessidade da retirada do fragmento radicular. 
Luxação do dente vizinho 
 Pode ser intencional em caso de exodontias múltiplas 
 Pode ocorre durante uma má execução do trabalho ou erro da técnica 
Fratura do dente vizinho 
 Excesso de força na extração 
 Instrumental escapa das mãos do cirurgião e bate em outro dente 
Fratura do processo alveolar 
 Tábua óssea muito fina 
 Fratura do túber – caso ocorra, a loja cirúrgica pode ser suturada normalmente. 
 Excesso de força durante a exodontia 
Extração do dente errado 
 Relato errado do paciente 
 É preciso de uma indicação por escrito em caso de ortodontia, assinada pelo 
ortodontista. 
 Erro de posicionamento da radiografia – radiografia virada 
Lesão de tecidos moles 
 Laceração do retalho 
o Não foi feita incisão relaxante 
o A incisão não teve extensão suficiente 
 A broca da peça reta pega os tecidos moles (gengiva, língua, lábio) durante a 
osteotomia. O paciente está anestesiado e não sente, o cirurgião está concentrado 
na loja cirúrgica. Neste caso a responsabilidade de observação é do auxiliar. 
 
 
54 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Comunicações Oroantrais 
 
 Cuidados Respiratórios 
o Espirrar de boca aberta por 30 dias (não segurar – evitar pressão) 
o Tomar líquidos sem usar canudinho (pressão intraoral) 
o Evitar diferenças de pressão 
o Utilização de vaporizadores 
o Não assuar o nariz por no mínimo 30 dias 
 Antibiótico Terapia Profilática 
o Clavulin 500 mg/ml (amoxicilina com ácido clavulânico) tomar 1 
comprimido de 8/8 horas por 7 dias. Ou 2 comprimidos de 12/12 horas 
por 7 dias. 
 Descongestionante: 
o Loratadina 10mg/ml, tomar 1 comprimido ao dia (à noite, pois pode dar 
sono) por 7 dias 
Manobra de Valsalva: prender o nariz com os dedos e tentar soltar pelo nariz. Não é 
indicado, pois caso exista uma membrana separando os dois meios, esta pode ser 
rompida gerando uma comunicação. 
Em caso de comunicação pode-se inserir gordura endógena no local, esta necessita de 
nutrição, porem o aporte nutricional é pequeno, com isso vai se formando um tecido 
fibroso extenso, que se torna uma barreira mecânica fechando a comunicação. 
 
 
 
Pequena 
Até 2 mm 
Cuidados Respiratórios 
Média 
Entre 2 e 6 mm 
Cuidados 
Respiratórios 
+ ATB e 
Desongestionantes 
Grande 
Maior que 7 mm 
Cuidados 
Respiratórios + ATB e 
Desongestionantes 
 + Retalho para 
Fechamento 
55 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Penetração do dente no seio maxilar 
 Devido à pressão apical pelos instrumentos durante as manobras 
 Parede alveolar muito delgada 
 Neste caso basta remover o dente 
 
Lesão de nervos 
 Avaliar bem a distância do dente das estruturas adjacentes 
 Nervo Alveolar Inferior / Mentoniano 
 Nervo Lingual (3° molar) 
 Nervo Bucal 
 Nervo Nasopalatino 
Terapêutica medicamentoda 
 Citoneurin 5000 
o Duas drágeas ao dia 
 Dexa Citoneurin 
o 1 ampola a cada 2 a 3 dias (3 ampolas) 
Fratura de instrumento 
 Força bruta – totalmente desnecessário. 
 Instrumento muito velho e fadigado. 
Penetração do dente em espaços teciduais 
 O dente entra nos tecidos adjacentes. 
Luxação da mandíbula 
 Processo condilar da mandíbula fica à frente da eminência articular 
(normalmente o paciente fica com boca aberta) paciente sente muita dor. 
 Para voltar a mandíbula para o lugar: 
o Vai à região retromolar ou na linha obliqua externa, pressiona-se a 
mandíbula para baixo, e logo para traz. Com isso o côndilo é levado 
novamente para a fossa articular. 
o Em alguns casos pode ser necessário cirurgia 
 Não passar relaxante muscular 
 Pode ser prescrito antiinflamatório e analgésico. 
 
 
56 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Fratura de mandíbula 
 Força bruta 
 Mandíbula frágil 
o Osteoporose 
o Cavidades idiopáticas 
o Lesões associadas 
o Síndromes 
Ingestão do dente 
 Durante o ato de remoção do dente do alvéolo o paciente aspira o dente e o 
engole. 
Bronco-aspiração do dente 
 Neste caso o dente é aspirado para as vias aéreas, pode ser necessário cirurgia. 
Sangramento 
 História médica 
 Uso de 
o AAS 
o Anticoagulante 
o Antibióticos de largo espectro 
o Álcool 
o Quimioterápicos 
 Trans-operatório 
o Lesão de vaso 
o Quadro hipertensivo 
 Pós-operatório 
o Quadro hipertensivo 
o Falha na formação do coágulo 
o Perda do coágulo – pode levar à alveolite 
 Exames que devem ser solicitados 
o TPA + RNI (1 a 1,5) transplantados (2 a 3) 
o TTPA 
o Tempo de coagulação (2 a 3 minutos) 
o Contagem de plaquetas 
 Tratamento 
o Compressão direta – com gaze 
o Ligadura de vasos (se aplicável) 
 Normalmente em cirurgias maxilofaciais 
o Esmagamento de forames ósseos 
o Esponja de gelatina (Gelfoam) 
57 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Matriz de fibrina 
 Criam uma matriz de retenção mecânica para o coágulo. 
o Celulose Oxidada (Surgicel) 
o Solução de Trombina tópica 
o Colágeno 
o Cera para osso Feita a partir de cera de abelha, purificada e esterilizada. 
 Ultima opção pois inibe a formação óssea 
Hematoma 
 Comum devido ao trauma sofrido durante o ato cirúrgico 
Alveolite 
 Normalmente no 3° dia do pós-operatório – dor incontrolável mesmo com 
analgésico. É ocorrido devido à perda do coágulo. 
 Não tem secreção purulenta 
 O osso está seco. 
 As terminações nervosas estão expostas ao meio bucal 
Tratamento 
 
Infecção 
 Abscesso tardio 
 Osteomielite 
 Trombose do seio carvenoso 
 Angina de Ludwing 
Angina de Ludwing 
Angina de Ludwig é um processo infeccioso que consiste em uma celulite do tecido 
conectivo cervical e assoalho da boca, normalmente de origem dentária. 
Sintomas 
 Dor 
 Febre 
 Edema difuso e face e pescoço 
 Ausência de pontos de flutuação 
Alveolite 
Gaze com pomada 
anestésica 
(3minutos) 
Gaze com pomada 
anestésica, 
eugenol e vazelina 
(trocar 
diariamente) 
 Remoção da causa 
 Antibiótico? 
 Internação? 
58 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Trismo 
 Prostração 
 Protrusão da língua 
 Dispneia 
 Disfagia 
 Dislaria – alteração na fala 
 Linfadenopatia 
Tratamento 
 Internação hospitalar 
 Manutenção das vias aéreas (traqueostomia) 
o Em caso de urgência: cricotireotomia 
 Antibioticoterapia 
 Drenagem dos espaços comprometidos 
 Remoção da causa 
 Terapia de suporte 
Trombose do Seio Cavernoso 
Sintomas 
 Proptose 
 Edema periorbital 
 Trombose da veia retinal 
 Alterações sensoriais supraorbitárias 
 Blefaroptose – impossibilidade de abrir os olhos 
 Pupila dilatada 
 Quemose – edema conjuntival ao redor do globo ocular 
 Distúrbios visuais 
 Oftalmoplegia – perda da mobilidade ocular 
 Perda dos reflexos corenais 
 Tomografia computadorizada de crânio ou IRC 
Tratamento 
 Internação hospitalar 
 Antibioticoterapia 
 Drenagem dos espaços comprometidos 
 Remoção da causa 
 Terapia de suporte 
 
 
59 
Caderno de Cirurgia Odontológica I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Dor 
 Transoperatória 
o Falha na técnica 
o Anestesia incorreta 
o Quantidade de anestésico usado foi pequena 
 Pós-operatória 
o Medicação AINES 
Livro: Eduardo Dias de Andrade “Terapêutica medicamentosa” 
 
Edema 
 Normal devido ao trauma 
 Aplicar hidratante - gelo sob compressão nas 48 primeiras horas. 
 Para evitar: Dexametazona 
 
Trismo 
 Contratura dolorosa da musculatura da mandíbula 
Enfisema 
 Deslocamento de ár entre os espaços faciais 
Lipotímia 
 Perda mais ou menos completa da consciência, acompanhada da abolição das 
funções motrizes e/ou motoras, que lembram efeito extra-piramidal, com 
integral conservação das funções respiratória e cardíaca 
 Posição de Trendelenburg 
 Posição de Trendelenburg modificada

Continue navegando