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Classificação das Obrigações

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OBRIGAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
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CLASSIFICAÇÃO BÁSICA:
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CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL DAS OBRIGAÇÕES:
	
Quanto ao elemento subjetivo (os sujeitos):
Fracionárias;
Conjuntas;
Disjuntivas;
Solidárias.
Quanto ao elemento objetivo (a prestação):
alternativas;
Facultativas;
Cumulativas;
Divisíveis e indivisíveis;
Líquidas e ilíquidas
	
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Quanto ao elemento acidental:
Obrigação condicional;
Obrigação à termo;
Obrigação modal.
Quanto ao conteúdo:
Obrigações de meio;
Obrigações de resultado;
Obrigações de garantia.
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OBRIGAÇÃO DE DAR ( COISA CERTA, INCERTA E DE FAZER)
OBRIGAÇÃO DE DAR:
	- É aquela em que o devedor compromete-se a entregar uma coisa ou imóvel ao credor, quer para constituir novo direito, quer para restituir a mesma coisa a seu titular;
	- inclui-se na definição a obrigação de restituir, como modalidade da obrigação de dar, disciplinada nos Arts. 238 e seguintes do CC
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OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA:
O credor pode ser obrigado a receber prestação diversa do avençado, ainda que mais valiosa, não pode este mesmo credor exigir outra prestação, ainda que menos valiosa ( Art. 313 do CC).
	
	Art. 313 do CC “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”.
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RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORIZAÇÃO DA COISA NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA:
Perda ou deteriorização da coisa são separadas em momento anterior e posterior à tradição da coisa (Art. 234 CC).
	Art. 234 do CC “Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos”.
- Com culpa do devedor, art. 234, segunda parte;
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Deteriorização da coisa sem culpa do devedor, no art. 235 CC ( perda parcial);
	
	Art. 235 do CC “Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu”.
Deteriorização da coisa com culpa do devedor, na leitura do Art. 236 do CC;
	Art. 236do CC “Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos”.
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MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA:
- Até a tradição, efetiva entrega da coisa, esta pertence ao devedor com os melhoramentos e acréscimos, conforme o Art. 237 do CC;
 	
	Art. 237 do CC “Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
	Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes”.
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OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR:
	É a obrigação que tem por objeto uma devolução de coisa certa, por parte do devedor, coisa essa que, por qualquer título, encontra-se em seu poder, como ocorre, por exemplo, no comodato ( empréstimo de coisas infungíveis), na locação e no depósito.
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RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORIZAÇÃO DA COISA NA OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR:
	- Perda sem culpa do devedor, Art. 238 do CC:
	Art. 238. “Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda”.
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MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS NA OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR:
Art. 241 do CC: “Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização”. 
Se a coisa sofre melhoramento ou aumento em decorrência de trabalho ou dispêndio do devedor, o regime será o das benfeitorias ( Art. 242 do CC).
	“Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
	Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé”
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O direito de retenção do devedor de boa-fé;
Conforme Art. 241 do CC, quando o melhoramento ou acréscimo decorreu de atividade do devedor, ele terá direito de retenção, se agiu com boa-fé.
Conforme o princípio disposto no Art. 1.221 do CC, o melhoramento ou acréscimo é compensado com eventual dano e só haverá direito de ressarcimento se, no momento do pagamento, ainda existirem;
O credor, ao indenizar as benfeitorias, tem direito de optar entre o valor atual e seu custo;
O parágrafo único do Art. 242 do CC diz quanto aos frutos recebidos, observar-se-á o disposto acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé;
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O devedor de boa-fé tem direito, enquanto a boa-fé durar, aos frutos percebidos ( Art. 1.214 do CC);
	Art. 1.214 do CC “O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos”.
	
Art. 1.214 do CC, parágrafo único, dispõe também que devem ser deduzidas despesas para impedir o injusto enriquecimento;
	
	Parágrafo único do Art. 1214 do CC “Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação”.
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O Art. 1.216 do CC estipula que o devedor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos.
	Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
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EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA:
- 	Regulada no art. 621 e seguintes do CPC, a execução específica ou in natura só deve ser banida, substituindo-se por perdas e danos, “ quando a execução direta for possível ou dela resultar constrangimento físico à pessoa do devedor ”.
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OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS:
É a que tem como objeto certa quantia em dinheiro;
O Art. 315 do CC dispõe a regra geral: as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal;
Art. 316 do CC estabelece ser lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas;
Art. 317 do CC instrumentaliza o juiz de molde a que possa conceder a correção do poder aquisitivo da moeda no caso concreto;
Art. 318 do CC, reitera o princípio da nulidade da chamada cláusula-ouro ou da convenção do pagamento em moeda estrangeira.
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OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA:
Obrigação de dar coisa incerta tem por objeto a entrega de uma quantidade de certo gênero e não uma coisa especificada, conforme o Art. 243 do CC;
	
	Art. 243 do CC “A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”.
-	Concentração: momento precedente à entrega da coisa que é o ato de escolher o que vai ser entregue
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A responsabilidade é maior par ao devedor nesta obrigação, conforme o Art. 246 do CC;
	Art. 246do CC “ Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito”.
Dispõe o Art. 245 do CC, que, após a escolha, os princípios aplicáveis são os da obrigação de dar coisa certa;
Na falta de convenção a escolha ou concentração caberá ao devedor (Art. 244);
	Art. 244 do CC “ Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”.
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Processualmente, a entrega de coisa incerta vem regulada pelos arts. 629, 630 e 631 do CPC:
	Art. 629. Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e quantidade, o devedor será citado
para entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicará na petição inicial.
	Art. 630. Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
	Art. 631. Aplicar-se-á à execução para entrega de coisa incerta o estatuído na seção anterior.
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OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER:
OBRIGAÇÃO DE FAZER:
É uma “atividade” do devedor, no sentido mais amplo;
Pertence à classe das obrigações positivas, pode ser contraída, tendo em vista a figura do devedor (Art. 247CC):
	Art. 247 do CC “ Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível”.
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OBRIGAÇÃO DE DAR E FAZER:
Espécies que se constituem nas obrigações positivas;
O dar ou entregar em consequência ou não do fazer;
Na obrigação de dar imprescindível à tradição;
Numa mesma avença a coexistência das duas espécies;
A importância do momento da execução nas duas espécies. 
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OBRIGAÇÕES DE FAZER : FUNGÍVEIS E NÃO FUNGÍVEIS:
Obrigações de fazer infungíveis são contraídas exclusivamente pela fama ou habilidades próprias da pessoa do obrigado;
No Art. 249, dispõe a atual lei quanto as obrigações fungíveis:
	Art. 249 do CC “Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
	Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido”.
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DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER:
	Razões em que podem ocorrer descumprimento:
A prestação tornou-se impossível por culpa ou sem culpa do devedor;
O devedor manifestamente se recusa ao cumprimento delas;
- 	Disposições processuais acerca da obrigação de fazer complementam os Arts. 247 a 249 do CC.
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Art. 247 do CC: Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
	Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
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OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER:
Obrigações negativas que implicam numa abstenção;
O compromisso do devedor a não realizar algo que normalmente, na ausência de proibição, poderia fazer;
A obrigação será ilícita se envolver restrição sensível à liberdade individual.
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MODO DE CUMPRIR E EXECUÇÃO FORÇADA DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER:
-	Praticando o devedor ato sobre o qual se abstivera, fora da hipótese do Art.250 do CC, vigorará o disposto no Art.251;
 	Art. 250 do CC “ Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar”.
	Art. 251do CC “Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
	Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido”.
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Possibilidade de tutela específica das obrigações de não fazer, bem como de sua antecipação e a imposição de multa diária quando viável o desfazimento, conforme Art. 461 do CPC;
	
	Art. 461 do CPC: Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
	§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
	§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). 
	§3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
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	§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
	§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
	§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.
	Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 
	§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. 
	§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. 
	§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.
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A execução das obrigações negativas, são aplicáveis conforme o Arts.642 e 643 do CPC:
Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo.
Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.
	Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos.
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OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS E FACULTATIVAS:
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS E ALTERNATIVAS:
-Obrigação conjuntiva ou cumulativa; possui objeto composto ligado pela partícula. Ex. devemos um cavalo e um carro;
-Obrigação alternativa: o objeto da obrigação é disjuntivo ou alternativo quando ligado pela partícula. Ex. pagaremos um cavalo ou um automóvel;
- A obrigação alternativa tem regime especial disciplinado nos arts. 252 a 256 do CC.
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Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas
e danos que o caso determinar.
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
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OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA:
É a que fica cumprida com a execução de qualquer das prestações que formam seu objeto (Art. 252 do CC);
Partes podem convencionar que a escolha (tecnicamente denominada concentração) caiba ao credor ou mesmo a um terceiro;
Somente após a concentração o credor pode exigir o pagamento;
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Características das obrigações alternativas:
a)Seu objeto é plural ou composto;
b) As prestações são independentes entre si;
c) Concedem um direito de opção que pode estar a cargo do devedor, do credor ou de um terceiro;
d) Feita a escolha, a obrigação concentra-se na prestação escolhida.
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Concentração e cumprimento da obrigação alternativa:
Na obrigação alternativa, efetuada a escolha, quer pelo devedor, quer pelo credor, individualiza-se a prestação liberando as demais;
O devedor não pode desincumbir-se da obrigação dando parte de uma e parte de outra (Art. 252, § 1º do CC);
Nas prestações periódicas anuais, haverá direito do devedor de exercer cada ano sua opção (Art. 252,§2º );
Na pluralidade de optantes deverá prevalecer a vontade da maioria, qualificada pelo valor das respectivas quotas-partes, conforme o disposto no Art. 252, § 3º CC);
Hipótese de opção deferida a terceiro, que poderá ser o juiz (Art. 252, § 4º do CC) 
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As partes podem optar pelo sorteio para cumprir a obrigação alternativa;
Caso pereça ou não possa ser executada alguma das prestações, sem culpa do obrigado, o direito do credor fica circunscrito às coisas restantes;
Restando apenas uma das prestações, a disposição será dos Arts. 253 e 254 do CC;
Perecimento de todas as prestações sem culpa, há extinção da obrigação (Art. 256 do CC);
Culpa do devedor, na perda ou impossibilidade de todas obrigações, sendo ele o encarregado da escolha, a solução é a exposta no Art. 255 do CC;
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A escolha pertencendo ao credor:
e ocorrer o perecimento de ambas as prestações, por culpa do devedor (art. 255, segunda parte);
uma das prestações se tornar impossível por culpa do devedor, o credor terá o direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra com perdas e danos ( art. 255, primeira parte).
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Retratabilidade da concentração:
- Haverá retratabilidade se o devedor, ignorando ser a obrigação alternativa, efetuar o pagamento sem exercer seu direito;
- Retratabilidade pela anulação do negócio por erro e o interesse negativo
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Acréscimos sofridos pelas coisas na obrigação alternativa:
Por aplicação dos princípios gerais, o credor pode pagar os acréscimos ou a extinção da obrigação do devedor;
O devedor pode cumprir a obrigação entregando a de menor valor.
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OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS:
São obrigações de objeto plural ou composto;
As obrigações têm uma relação de dependência correspondente ao conceito de principal e acessório;
Possuem um direito de opção em benefício do devedor.
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Efeitos da obrigação facultativa:
A perda da coisa principal, sem culpa do devedor, extingue a obrigação;
A perda ou a impossibilidade de cumprir a obrigação ocorreu depois da constituição em mora; o credor poderá reclamar perdas e danos;
A perda ou impossibilidade ocorrendo por fato imputável ao devedor, o credor pode pedir o preço da coisa que pereceu mais perdas e danos;
Nulidade da obrigação principal extingue também a acessória;
A perda ou deteriorização do objeto da prestação acessória, com ou sem culpa do devedor, em nada influencia a obrigação principal.

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