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aula11 controleaduaneiro legislacaotributaria Concurso de Analista do Comércio Exterior

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Comércio Internacional p/ ACE 
Teoria e Questões 
Prof. Ricardo Vale – Aula 11 
 
Prof. Ricardo Vale www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 71 
 
AULA 11: CONTROLE ADUANEIRO / LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 2 
2- Controle Aduaneiro 3 - 33 
3- Legislação Tributária 33 – 61 
4- Lista de Questões e Gabarito 62 - 71 
Olá, amigos, tudo bem? 
Grande satisfação encontrar novamente com vocês! 
Antes de qualquer coisa, vamos aqui à nossa errata! Alguns de vocês 
podem ter feito o download do arquivo já com as correções feitas. No entanto, 
alguns podem estar ainda com a versão antiga. Vamos lá! 
1)- Aula 07- Questão nº 77: 
Depois de um recurso apresentado pela nossa colega Natália, vi que o 
enunciado dessa questão não foi bem formulado!  Assim, considerem o 
seguinte enunciado (os comentários continuam os mesmos!): 
77- (Questão Inédita)- As medidas antidumping e as 
medidas compensatórias obedecem ao princípio da 
seletividade em razão da origem, o que não se aplica às 
medidas de salvaguarda. 
Comentários: 
As medidas antidumping e medidas compensatórias são 
seletivas em razão da origem, isto é, possuem um “alvo” 
determinado. Já as medidas de salvaguarda incidem sobre um 
produto, independentemente de sua origem (são não-seletivas). 
Questão correta. 
2)- Aula 10-Questão nº 59: 
Repito! É bem provável que você deva ter feito o download do 
arquivo correto. Mas se não o fez, por favor, faça as correções! 
Os comentários precisos dessa questão são os seguintes (agradeço 
ao amigo João!) 
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59- (CODESP-2011) Uma empresa habitualmente, não 
exportadora, vendeu para o exterior, via remessa postal, 
mercadoria no valor de US$ 40.000,00 (quarenta mil 
dólares dos Estados Unidos) para pagamento em dois 
anos a juros de 10% a.a. e está dispensada de inscrição 
no REI. 
Questão muito difícil! As exportações via remessa postal, com ou 
sem expectativa de recebimento, realizadas por pessoa física ou 
jurídica até o limite de US$ 50.000,00 estão dispensadas de 
inscrição no REI. No entanto, de acordo com o art. 9º, inciso IV, 
da Portaria SECEX nº 23/2011 a dispensa de inscrição no REI 
não alcança as exportações sujeitas a registro de 
operações de crédito. Considerando-se que na situação 
apresentada trata-se de exportação financiada, ela se sujeita a 
registro de crédito e, portanto, haverá necessidade de inscrição 
no REI. Questão errada. 
Feitas essas correções, vamos em frente! 
Na aula anterior, nós estudamos o controle administrativo, cuja 
responsabilidade é da Secretaria de Comércio de Exterior (SECEX). O controle 
administrativo, como vimos, é um dos três pilares do controle governamental 
sobre o comércio exterior. Os outros dois são, respectivamente, o controle 
aduaneiro (competência da Receita Federal) e o controle cambial (competência 
do Banco Central) 
Na aula de hoje, estudaremos o controle aduaneiro no comércio 
exterior brasileiro e, ainda, os principais aspectos dos tributos incidentes sobre 
o comércio exterior. Essa é uma aula que vai permitir aos futuros Analistas de 
Comércio Exterior (ACE’s) conhecer um pouco mais da nossa querida Receita 
Federal do Brasil. No meu caso, como minha esposa é Auditora da RFB, posso 
dizer que a aula irá lhes permitir conhecer um pouco mais da minha amada 
RFB!  
Preparados? Então “vamo simbora”! 
Um abraço a todos, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://twitter.com/#!/RicardoVale01 
http://www.facebook.com/rvale01 
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo!” 
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1-O CONTROLE ADUANEIRO: 
1.1-Introdução: 
O controle aduaneiro é competência da Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (SRFB), sendo regulamentado, fundamentalmente, pelo Decreto nº 
6759/2009 e, ainda, por diversas Instruções Normativas da RFB. De início, 
cumpre destacar que o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6759/2009) é uma 
norma infralegal, isto é, não constitui-se norma primária. Ao contrário, ele 
reproduz diversos dispositivos de leis esparsas, consolidando em um só 
documento os pontos centrais da legislação aduaneira. Trata-se de verdadeiro 
roteiro em matéria aduaneira para exportadores, importadores, órgãos 
anuentes e órgãos gestores do SISCOMEX. Entretanto, faz-se necessário 
destacar que a legislação aduaneira não se esgota nesse diploma normativo, 
estando prevista em diversas outras normas infralegais, como é o caso das 
inúmeras instruções normativas da RFB. 
A atividade desempenhada pela RFB tem por objetivo realizar o 
controle de tudo o que entra e sai do território aduaneiro, tutelando bens 
jurídicos importantes para o Estado, como a segurança nacional e a saúde de 
pessoas e animais. Além disso, visa a impedir delitos transfronteiriços, como o 
tráfico ilícito de entorpecentes, o contrabando, o descaminho e a importação 
de produtos com violação aos direitos de propriedade intelectual. 
 
1.2-A Jurisdição Aduaneira e o Controle Aduaneiro sobre veículos: 
1.2.1- Jurisdição Aduaneira: 
Para iniciar nosso estudo sobre controle aduaneiro, precisamos fazer 
uma breve explanação sobre o conceito de jurisdição! Afinal, o que significa 
jurisdição aduaneira? 
Jurisdição aduaneira é o poder que detém a autoridade aduaneira 
para submeter à sua fiscalização e controle todas as operações de comércio 
exterior, ainda que após a entrada dos bens no país. Em outras palavras, a 
jurisdição aduaneira é a autoridade conferida à Receia Federal do Brasil (RFB) 
para exercer a fiscalização e o controle sobre o comércio, o que reflete o 
comando constitucional do art. 237 da CF/88. 
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, 
essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão 
exercidos pelo Ministério da Fazenda 
Nos termos do art. 3º do Decreto nº 6759/2009, a jurisdição dos 
serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro, que, 
por sua vez, compreende todo o território nacional. Destaque-se que o 
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território aduaneiro pode ser dividido em zona primária e zona secundária, as 
quais, somadas, formam o território nacional. 
A zona primária compreende os locais por onde entram e saem as 
mercadorias e pessoas do território nacional. Dessa forma, integram a zona 
primária as áreas ocupadas pelos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados. Também são consideradas como zona primária, para fins de 
controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportações. 
A zona secundária, por sua vez, compreende o restante do 
território nacional, inclusive o espaço aéreo e as águas territoriais. 
Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O controle fiscal sobre a entrada de bens no país se manifesta, ainda, 
na existência das chamadas zonas de vigilância aduaneira. As zonas de 
vigilância aduaneira são áreas demarcadas por ato do Ministro da Fazenda, na 
orla marítima ou na faixa de fronteira, em que a permanência de mercadorias 
ou sua circulação e a de veículos, pessoas e animais ficam sujeitas a 
exigências fiscais, proibições e restrições especiais. O objetivo das zonas de 
vigilânciaaduaneira é, justamente, estabelecer um controle mais cerrado 
sobre áreas propícias à realização de operações clandestinas. 
Art. 4o O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla 
marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, 
nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de 
veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, 
proibições e restrições que forem estabelecidas. 
§ 1o O ato que demarcar a zona de vigilância aduaneira poderá: 
I - ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, ou 
específico em relação a determinados segmentos delas; 
II - estabelecer medidas específicas para determinado local; e 
TERRITÓRIO ADUANEIRO 
TERRITÓRIO NACIONAL 
- ZONA PRIMÁRIA 
 
- ZONA SECUNDÁRIA 
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III - ter vigência temporária. 
§ 2o Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância aduaneira 
levará em conta, além de outras circunstâncias de interesse fiscal, a 
existência de portos ou ancoradouros naturais, propícios à realização 
de operações clandestinas de carga e descarga de mercadorias. 
§ 3o Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do 
Município atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele 
fique fora da área demarcada. 
O controle da entrada de mercadorias, veículos e pessoas no 
território aduaneiro ocorrerá nos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados. Esses locais são alfandegados por meio de ato declaratório 
da autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possam, sob 
controle aduaneiro: 
 - estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele 
destinados; 
 - ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou 
passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e 
 - embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do 
exterior ou a ele destinados. 
Em outras palavras, somente após o alfandegamento torna-se 
possível a entrada de mercadorias, pessoas e veículos por um porto, aeroporto 
ou ponto de fronteira. Assim, não é lícito que uma mercadoria, pessoa ou 
veículo provenientes do exterior adentrem o território nacional sem passar por 
um porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. 
Esse é exatamente o entendimento do art. 8º do Regulamento 
Aduaneiro, que dispõe que somente nos portos, aeroportos e pontos de 
fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de 
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. A exceção fica 
por conta da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de 
transmissão ou por dutos ligados ao exterior. Seria o caso, por exemplo, da 
exportação ou importação de gás natural ou energia elétrica. 
A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários 
determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e 
recintos alfandegados. Cabe à administração aduaneira determinar os horários 
e as condições de realização dos serviços aduaneiros nesses locais. Destaque-
se que, na área de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos 
alfandegados, bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e 
descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, 
procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem 
precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições. 
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1.2.2- Recintos Alfandegados: 
Há recintos alfandegados na zona primária e na zona secundária. 
O alfandegamento é condição sine qua non para que possam ocorrer, no 
referido recinto, sob controle aduaneiro, operações de movimentação, 
armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias, bagagem de viajantes e 
remessas postais internacionais. 
Os recintos alfandegados localizados na zona secundária são 
os chamados portos secos, denominação essa que se refere a todos os tipos 
de terminais, à exceção dos aeroportuários e portuários. Na definição do art. 
11 do Regulamento Aduaneiro, portos secos são recintos alfandegados de uso 
público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem 
e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. 
Destaque-se que os portos secos não podem ser instalados na zona primária 
de portos ou aeroportos alfandegados. 
A existência dos portos secos facilita muito a logística das 
operações de comércio exterior. Imagine que você seja o proprietário de 
uma empresa situada em Feira de Santana-BA. E aí você está importando 
mercadorias que entram no território aduaneiro pelo Porto de Salvador. Nessa 
situação, você concorda comigo que seria mais interessante realizar o 
despacho aduaneiro de importação em Feira de Santana ao invés de realizá-lo 
em Salvador? Se o despacho fosse realizado em Salvador, haveria necessidade 
de que você ou algum de seus funcionários se deslocassem até aquela cidade 
para acompanhar os procedimentos. Com o despacho ocorrendo em Feira de 
Santana, as coisas ficam bem mais fáceis... 
 
1.2.3- Controle Aduaneiro de veículos: 
A entrada ou saída de veículos procedentes do exterior ou a 
ele destinados somente poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto 
de fronteira alfandegado. Esse controle será exercido desde o ingresso do 
veículo no território aduaneiro até a sua saída, estendendo-se também às 
mercadorias e outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagem de 
viajantes. Excepcionalmente, desde que justificado, o titular da unidade 
aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou saída de veículo por 
porto, aeroporto ou ponto de fronteira não-alfandegado. 
Para visualizarmos melhor isso, vejamos o exemplo de um avião de 
passageiros vindo da França com destino ao Brasil. Esse avião não pode entrar 
no Brasil por qualquer aeroporto, mas apenas por aqueles que sejam 
alfandegados (aeroportos internacionais). Entretanto, caso este avião tenha 
que fazer um pouso de emergência e, em virtude disso, não possa aterrissar 
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em um aeroporto alfandegado, a autoridade aduaneira poderá autorizá-lo a 
entrar no país por meio de um aeroporto não-alfandegado. 
Sempre que um veículo entra ou sai do território aduaneiro, o 
transportador deverá prestar informações à Receita Federal do Brasil (RFB) 
sobre as cargas transportadas, assim como sobre sua chegada ou saída para o 
exterior. Uma vez prestadas as informações e tendo ocorrido, efetivamente, a 
entrada do veículo no País, será emitido o termo de entrada pela RFB. 
Destaque-se que as empresas de transporte internacional (quer operem por 
via aérea ou marítima) também deverão prestar informações à RFB a respeito 
de seus tripulantes e passageiros. 
A autoridade aduaneira poderá realizar buscas em qualquer 
veículo com o objetivo de prevenir e reprimir a ocorrência de infrações à 
legislação aduaneira, inclusive antes da prestação das informações referentes 
ao veículo. A busca pela autoridade aduaneira deverá, entretanto, ser 
precedida de comunicação verbal ou por escrito ao responsável pelo 
veículo. 
É, meus amigos! O Auditor Fiscal da RFB tem poder mesmo... Aqui, 
em casa, no entanto, quem dá a última palavra é o Analista de Comércio 
Exterior: “Sim, senhora!”  
Há algumasoperações proibidas ao condutor de veículos 
procedente do exterior ou a ele destinado. Segundo o art. 27 do R/A, não 
é autorizado ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado: 
a) estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de 
mercadoria, inclusive transbordo, fora de local habilitado. 
b) trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às 
normas reguladoras do transporte internacional correspondente à sua espécie. 
c) desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem 
motivo justificado. 
Um documento essencial para o controle aduaneiro de veículos é o 
manifesto de carga. Mas o que vem a ser esse tal manifesto de carga? 
Para compreendermos o que é o manifesto de carga, precisamos, 
antes, saber o que é o conhecimento de carga. O conhecimento de carga é 
um documento que materializa o contrato de frete, servindo como prova de 
posse da mercadoria. É emitido pelo transportador em nome do importador. 
Para cada contrato de frete, haverá um conhecimento de carga. 
O manifesto de carga, por sua vez, é um documento no qual estão 
consolidados vários conhecimentos de carga. Cada trajeto corresponde a um 
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manifesto de carga. A título de exemplo, imagine que um navio está trazendo 
cargas provenientes dos EUA, Canadá e México, as quais serão descarregadas 
no Porto de Santos e no Porto de Paranaguá. Nessa situação, teríamos 6 
manifestos de carga: 
- Manifesto 1: referente ao trecho EUA-Porto de Santos 
- Manifesto 2: referente ao trecho EUA-Porto de Paranaguá 
- Manifesto 3: referente ao trecho Canadá-Porto de Santos 
- Manifesto 4: referente ao trecho Canadá-Porto de Paranaguá 
- Manifesto 5: referente ao trecho México- Porto de Santos 
- Manifesto 6: referente ao trecho México-Porto de Paranaguá. 
Cada um desses manifestos de carga consolida todos os 
conhecimentos de carga referente ao trecho específico. Esse é o entendimento 
que se tem a partir da leitura do art. 43 do R/A, que dispõe que, “para cada 
ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer 
tantos manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver 
recebido carga.” 
Ao ingressar no território nacional, o responsável pelo veículo deverá 
apresentar à autoridade aduaneira o manifesto de embarque, com cópia dos 
conhecimentos de carga correspondentes, a lista de sobressalentes e as 
provisões de bordo. A não apresentação de manifesto de carga (ou de 
declaração com efeito equivalente) será considerada declaração negativa de 
carga. 
A Receita Federal irá verificar se as mercadorias previstas no 
manifesto de carga efetivamente chegaram ao país. Para isso, basta que sejam 
comparados o manifesto de carga e os registros de descarga 
(documento no qual constam os volumes que efetivamente foram 
descarregados). Tal procedimento é chamado de conferência final de 
manifesto e está previsto no art. 53 do R/A: 
Art. 658- A conferência final do manifesto de carga destina-se a 
constatar extravio ou acréscimo de volume ou de mercadoria entrada 
no território aduaneiro, mediante confronto do manifesto com os 
registros de descarga. 
O objetivo da conferência final de manifesto é apurar eventual 
extravio ou acréscimo de mercadoria. Se, na conferência final de manifesto, for 
apurado extravio ou acréscimo de volume ou de mercadoria, serão exigidos do 
transportador os tributos e multas cabíveis. 
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É possível que as mercadorias importadas sofram avaria ou 
extravio. Mesmo sobre essas mercadorias (avariadas ou extraviadas) haverá 
incidência do imposto de importação. Entretanto, a responsabilidade pelo 
pagamento dos tributos caberá àquele que deu causa à avaria ou ao extravio. 
Para determinar a responsabilidade pelo pagamento dos tributos nessa 
situação, a RFB realiza um procedimento administrativo denominado vistoria 
aduaneira. 
Segundo o art. 650 do R/A, “a vistoria aduaneira destina-se a 
verificar a ocorrência de avaria ou de extravio de mercadoria 
estrangeira entrada no território aduaneiro, a identificar o responsável 
e a apurar o crédito tributário dele exigível.” 
Mas como é que a Receita Federal consegue apurar a 
responsabilidade pela avaria ou extravio? 
Não é tão complicado assim... 
Quando as mercadorias são entregues pelo transportador ao 
depositário, este deverá, caso constatada avaria ou extravio, lavrar um termo 
em que registre a ocorrência. Se o depositário não fizer qualquer registro e, 
posteriormente, verificar-se extravio ou avaria da mercadoria, a 
responsabilidade pelo pagamento dos tributos recairá sobre ele. Em sentido 
oposto, caso seja lavrado pelo depositário termo constatando a avaria ou 
extravio, a responsabilidade será do transportador. O art. 652 do R/A é 
esclarecedor quanto a isso: 
Art. 652. Cabe ao depositário, logo após a descarga de volume 
avariado, ou a constatação de extravio, registrar a ocorrência em 
termo próprio, disponibilizado para manifestação do transportador, na 
forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil 
A formalização da exigência do crédito tributário decorrente de 
vistoria aduaneira será feita por meio de auto de infração instruído com o 
termo de vistoria. Destaque-se que o importador, por ser o maior beneficiado 
pelo processo de vistoria aduaneira, poderá dispensá-la nos termos do art. 
655 do R/A. Entretanto, nesses casos, ele assume a responsabilidade pelo 
pagamento do imposto de importação e penalidade cabíveis. 
Art. 655. Poderá ser dispensada a realização da vistoria se o 
importador assumir a responsabilidade pelo pagamento do imposto de 
importação e das penalidades cabíveis. 
Parágrafo único. A desistência implicará perda de benefício de isenção 
ou de redução do imposto, na proporção das mercadorias contidas em 
volumes extraviados. 
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A vistoria aduaneira é acompanhada pelo depositário, importador 
e transportador (que são as pessoas que têm interesse direto no processo). 
Outras pessoas que comprovem legítimo interesse no caso (e.g, empresas 
seguradoras) também poderão acompanhar a vistoria aduaneira. 
Nos termos do art. 660 do R/A, caberá ao responsável 
(transportador ou depositário) indenizar a Fazenda Nacional no valor do 
imposto de importação que, em consequência do extravio ou avaria, deixou 
de ser recolhido. Além disso, a Receita Federal irá aplicar multa de 50% no 
caso de extravio de mercadoria. 
 
1.3- O Controle Aduaneiro de Mercadorias: 
1.3.1- Despacho de Importação: 
O despacho de importação é regulamentado pela IN SRF nº 680/2006 
e, ainda, por dispositivos do Regulamento Aduaneiro. Desde já, cumpre 
esclarecer que todas as mercadorias importadas se submetem ao despacho 
aduaneiro de importação, estejam elas ingressando no país a título definitivo 
ou em caráter temporário. 
Entende-se por despacho de importação o procedimento fiscal 
mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo 
importador em relação à mercadoria importada, aos documentos 
apresentados e à legislação específica. Trata-se de procedimento 
mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de uma mercadoria 
importada.Há três tipos de despacho aduaneiro de importação: 
-Despacho para consumo: aplicável às mercadorias 
nacionalizadas, isto é, importadas a título definitivo. 
Também se submetem a despacho para consumo as 
mercadorias importadas ao amparo do regime aduaneiro 
especial de drawback. Da mesma forma, o despacho para 
consumo é aplicável às mercadorias que ingressem na ZFM 
sem o benefício de isenção tributária. 
- Despacho para admissão: aplicável às mercadorias 
importadas ao amparo de regimes aduaneiros especiais e 
regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais, quando, 
nessa última hipótese, receberem isenção tributária. 
- Despacho para internação: aplicável às mercadorias 
que saem da Zona Franca de Manaus com destino ao 
restante do território nacional. 
 
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O documento base do despacho de importação é a Declaração de 
Importação (DI), cujo registro no SISCOMEX materializa o início do 
despacho aduaneiro. A Declaração de Importação (DI) consiste na prestação 
de informações de natureza comercial e fiscal pelo importador, sendo um 
documento instrutivo do despacho. Registre-se que, em determinadas 
situações, o despacho aduaneiro é realizado com base em Declaração 
Simplificada de Importação (DSI). 
 
A Declaração de Importação consiste na prestação de informações 
pelo importador à autoridade aduaneira. Não será admitido agrupar, em 
uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior e mercadoria que 
já esteja no País submetida a algum regime aduaneiro especial. 
Imaginemos, por exemplo, que a empresa Alpha Bética possui 3 (três) 
guindastes no Brasil em admissão temporária e está comprando mais 2 (dois) 
guindastes do exterior. Nesse caso, se ela desejar nacionalizar os 3 (três) 
guindastes, ela deverá fazê-lo por meio de DI diversa àquela que se referir à 
compra (nacionalização) dos outros dois guindastes. 
Ainda sobre os limites ao registro de DI, é possível que seja 
formulada uma única DI para o despacho de mercadorias que, 
procedendo diretamente do exterior, tenham uma parte destinada a 
consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de 
admissão temporária ou a ser reimportada. Suponha, por exemplo, que a 
empresa Strategus Ltda esteja comprando 200 geladeiras e admitindo 
temporariamente outras 100 geladeiras. Essa operação como um todo poderá 
ser objeto de uma única declaração. 
O registro da DI no SISCOMEX somente será efetivado após o 
cumprimento dos requisitos elencados no art. 15 da IN SRF nº 680/2006, 
quais sejam: 
- verificação da regularidade cadastral do importador; 
- após o licenciamento de importação (quando exigível) e a 
verificação do atendimento às normas cambiais; 
- após a chegada da carga; 
 
Se a banca disser que o despacho aduaneiro de 
importação sempre irá se processar com base em 
uma DI, ela estará tentando te enganar!  O 
despacho aduaneiro de importação também 
pode ter como base uma DSI! 
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- confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, 
contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do Siscomex; 
- não ter sido constatada qualquer irregularidade impeditiva do 
cadastro. 
Destaque-se que, em algumas situações, não é necessário que seja 
confirmada a presença de carga, isto é, que a mercadoria seja descarregada 
na unidade da SRF de despacho. Isso é o que ocorre nas hipóteses em que a 
IN SRF nº 680/2006 autoriza o registro antecipado da DI. 
Art. 17. A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do 
exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade 
da SRF de despacho, quando se tratar de: 
I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar 
diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, 
ou veículos apropriados; 
II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente 
características de periculosidade; 
III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos 
facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes 
exteriores; 
IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos; 
V - órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, 
estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas; e 
VI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre. 
A DI deve ser instruída com os seguintes documentos: i) via 
original do conhecimento de carga ou documento equivalente; ii) via original 
da fatura comercial, assinada pelo exportador; iii) romaneio de carga (packing 
list), quando aplicável; e iv) outros, exigidos exclusivamente em decorrência 
de Acordos Internacionais ou de legislação específica 
Vejamos o que são cada um desses documentos... 
O conhecimento de carga, também chamado conhecimento de 
transporte, é um documento que materializa o contrato de frete internacional. 
Ele é emitido pelo transportador assim que é celebrado o contrato de frete e 
constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. A cada 
conhecimento de carga corresponde uma única declaração de importação, 
salvo algumas exceções estabelecidas pela RFB. 
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A fatura comercial, por sua vez, é o documento comprobatório da 
transação comercial, sintetizando o contrato de compra e venda celebrado 
entre o exportador e o importador. O art. 557 do R/A define as informações 
que deverão estar presentes na fatura comercial: 
Art. 557. A fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: 
I - nome e endereço, completos, do exportador; 
II - nome e endereço, completos, do importador e, se for caso, do 
adquirente ou do encomendante predeterminado; 
III - especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial 
do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, 
acompanhada de tradução em língua portuguesa, a critério da 
autoridade aduaneira, contendo as denominações próprias e 
comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a sua 
perfeita identificação; 
IV - marca, numeração e, se houver, número de referência dos 
volumes; 
V - quantidade e espécie dos volumes; 
VI - peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o da 
mercadoria com todos os seus recipientes, embalagens e demais 
envoltórios; 
VII - peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e 
qualquer envoltório; 
VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido 
produzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformação 
substancial; 
IX - país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria 
foi adquirida para ser exportada para o Brasil, independentemente do 
país de origem da mercadoria ou de seus insumos; 
X - país de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava 
a mercadoria no momento de sua aquisição; 
XI - preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver, 
o montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos; 
XII - custo de transporte a que se refere o inciso I do art. 77 e demais 
despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura; 
XIII - condições e moeda de pagamento; e 
XIV - termo da condição de venda (INCOTERM).Parágrafo único. As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na fatura 
deverão ser autenticadas pelo exportador. 
 
O conhecimento de carga aéreo equipara-se à fatura comercial, desde 
que nele constem as indicações de quantidade, espécie e valor das 
mercadorias que lhe correspondam. 
 
A fatura comercial poderá ter validade mesmo 
com emendas, ressalvas ou entrelinhas. No 
entanto, para isso, será necessária a autenticação 
pelo exportador. 
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O romaneio de carga, também conhecido como packing list, é um 
documento que descreve o conteúdo e as características específicas de cada 
volume (peso, dimensões, tipo). O art. 553 do R/A não relacionou o romaneio 
de carga como um documento instrutivo da DI. Isso foi feito apenas pela IN 
SRF nº 680/2006. 
Pronto! Já sabemos quais são os documentos instrutivos da 
Declaração de Importação! 
Mas aí eu te pergunto: o importador pode verificar a mercadoria 
antes do registro da DI? 
Sim, pode. O importador poderá requerer, previamente ao registro 
da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do 
exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, 
inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação 
fiscal e à descrição detalhada. Destaque-se que essa verificação por parte do 
importador não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, 
por ocasião do despacho de importação. Com efeito, a verificação prévia é 
realizada com o acompanhamento de qualquer servidor, que não 
necessariamente é uma autoridade aduaneira (Auditor da RFB). 
Vejamos agora o que acontece a partir do registro da DI! 
Após o registro da DI, esta é submetida a uma análise fiscal e, com 
base em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um) 
entre 4 (quatro) canais disponíveis. Os canais para os quais a DI poderá ser 
direcionada são os seguintes: 
a) Canal Verde: a mercadoria é desembaraçada automaticamente, 
isto é, a mercadoria é liberada sem qualquer exame documental ou físico. Ter 
a DI direcionada para o canal verde é o que todo importador quer!  
b) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o exame 
documental da importação. 
c) Canal Vermelho: a autoridade aduaneira realizará, além do 
exame documental, a verificação física da mercadoria. 
d) Canal Cinza: a autoridade aduaneira irá submeter a mercadoria a 
procedimento de valoração aduaneira, além, é claro, de realizar o exame 
documental e a verificação física. 
A seleção de uma DI será realizada por intermédio do SISCOMEX, 
com base em uma série de critérios, os quais estão relacionados no art.21, § 
1º, da IN SRF nº 680/2006. 
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Art. 21. Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e 
selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: 
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da 
mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da 
mercadoria; 
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não 
sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, 
dispensada a verificação da mercadoria; 
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada 
após a realização do exame documental e da verificação da 
mercadoria; e 
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação 
da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle 
aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no 
que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme 
estabelecido em norma específica. 
§ 1o A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do 
Siscomex, com base em análise fiscal que levará em 
consideração, entre outros, os seguintes elementos: 
I - regularidade fiscal do importador; 
II - habitualidade do importador; 
III - natureza, volume ou valor da importação; 
IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; 
V - origem, procedência e destinação da mercadoria; 
VI - tratamento tributário; 
VII - características da mercadoria; 
VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e 
IX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo 
importador. 
Mesmo que uma DI seja direcionada para o canal verde 
(desembaraço automático), é possível que ela seja objeto de 
conferência física ou documental. Isso irá acontecer quando o Auditor da 
RFB responsável por essa atividade identificar elementos que evidenciem 
irregularidade na importação. Assim, é possível que, à sua discricionariedade, 
o Auditor da RFB agrave o nível do exame a ser realizado no despacho de 
importação. 
As DI’s direcionadas para o canal verde, conforme vimos, são 
automaticamente desembaraçadas. Já as DI’s direcionadas para os outros 
canais (amarelo, vermelho e cinza) serão objeto da conferência aduaneira. As 
DI”s selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas entre os 
Auditores-Fiscais da RFB. 
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Segundo o art. 564 do R/A, a conferência 
aduaneira na importação tem por finalidade 
identificar o importador, verificar a mercadoria e a 
correção das informações relativas a sua natureza, 
classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar 
o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e 
outras, exigíveis em razão da importação. 
Cuidado para não confundir com o conceito de 
despacho aduaneiro!  
A conferência aduaneira pode ser realizada em zona primária ou 
zona secundária. A conferência aduaneira em zona secundária poderá 
ocorrer em recintos alfandegados (portos secos), no estabelecimento do 
importador ou, excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia anuência 
da autoridade aduaneira. 
Na conferência aduaneira, poderá ser realizada inspeção documental, 
verificação física ou procedimento especial de controle aduaneiro. 
A inspeção documental é procedimento fiscal tendente a verificar: 
i) a integridade dos documentos; ii) a exatidão e correspondência das 
informações prestadas na declaração em relação àquelas constante dos 
documentos que a instruem, inclusive origem e valor aduaneiro; iii) o 
cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes 
aos regimes aduaneiros e de tributação solicitados; iv) o mérito de benefício 
fiscal pleiteado; e v) a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a 
verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua 
correta classificação fiscal. 
Um bom exemplo de situação em que a inspeção documental é 
importante é a importação de bens sujeitos a medidas de defesa comercial. 
Imagine que estejam sendo importados ferros de passar roupa! Atualmente, 
existe uma medida antidumping aplicada contra esse tipo de produto, quand 
originários da China. Aí, o Auditor da RFB olha a DI e aparece pra ele a 
informação de que os ferros importados são originários do Japão. Como bom 
Fiscal, ex-aluno do Prof. Ricardo Vale, ele desconfia...  Ao pedir o certificado 
de origem na inspeção documental, ele vê que os ferros de passar roupa são, 
na verdade, originários da China! Ih, o importador se deu mal! Só pode ser um 
“brincante” mesmo pra tentarenganar um Auditor da RFB!  
 A verificação física, por sua vez, é, segundo o art. 29 da IN SRF nº 
680/2006, o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a 
mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para 
confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, 
assim como verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis. 
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A autoridade competente para proceder à verificação física é o 
Auditor Fiscal da RFB. Entretanto, é possível que esta seja realizada por um 
Técnico ou Analista Tributário da RFB, sob a supervisão de um Auditor Fiscal 
da RFB 
 A verificação da mercadoria deve ocorrer na presença do 
importador ou de seu representante, na data e horário previstos. Caso não 
compareça o importador ou seu representante, a verificação poderá ser 
realizada na presença do depositário ou de seu preposto, que, nessa situação, 
representará o importador. 
Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação, 
independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, do 
canal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar os 
elementos verificados ao setor competente, para avaliação da 
pertinência de aplicação de procedimento especial de controle 
aduaneiro. 
Ao final da conferência aduaneira, a importação poderá ser liberada. 
Diz-se que a importação foi liberada quando a DI é desembaraçada. O 
desembaraço aduaneiro é, portanto, o ato final do despacho aduaneiro 
de importação, por meio do qual é registrada a conclusão da 
conferência aduaneira. Após o desembaraço aduaneiro, poderá ser emitido 
pelo importador o comprovante de importação, mediante transação específica 
do SISCOMEX. 
A entrega da mercadoria ao importador, após o desembaraço 
aduaneiro, fica condicionada à comprovação do pagamento do AFRMM 
(Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do ICMS, conforme 
preveem o art. 575 e 576 do R/A. A verificação da regularidade do pagamento 
ou exoneração do AFRMM é realizada mediante consulta eletrônica do 
SISCOMEX ao Mercante (sistema de controle da arrecadação do AFRMM). No 
caso do ICMS, o importador deverá apresentar declaração por meio de 
transação própria do SISCOMEX. 
 
1.3.2- Despacho de Exportação: 
O despacho aduaneiro de exportação é regulamentado pela IN SRF nº 
028/1994 e suas diversas alterações. Entende-se por despacho de 
exportação o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos 
dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos 
apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço 
aduaneiro e a sua saída para o exterior. São objeto de despacho de exportação 
as mercadorias nacionais ou nacionalizadas destinadas ao exterior, seja a título 
definitivo ou não. Também sofrem despacho de exportação as mercadorias que 
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entram no país em caráter temporário e depois retornam ao exterior, isto é, 
mercadorias que são reexportadas.1 
Cabe destacar, por tratar-se de exceção à regra geral, que a mala 
diplomática e consular é dispensada do despacho de exportação, o que 
está em perfeita sintonia com a Convenção de Viena de 1961 e a Convenção 
de Viena de 1963, que tratam, respectivamente, das imunidades diplomáticas 
e consulares. Importante ressaltar que a mala diplomática ou consular deverá 
conter sinais exteriores que indiquem seu caráter e serem entregues a 
pessoa formalmente credenciada pela missão diplomática ou consular. 
O despacho aduaneiro de exportação será processado por meio do 
SISCOMEX e somente terá início após o registro de exportação (RE). O início 
do despacho de exportação ocorre com o registro da Declaração de 
Exportação (DE)2, isto é, na data em que essa declaração receber numeração 
específica. 
Segundo o art. 16 da IN SRF nº 028/94, o despacho de exportação 
será instruído com os seguintes documentos: i) primeira via da Nota 
Fiscal; ii) via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, 
nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; iii) outros, indicados em 
legislação específica. 
Uma mesma Declaração de Exportação (DE) poderá conter um 
ou mais registros de exportação, desde que estes se refiram, 
cumulativamente: i) ao mesmo exportador; ii) a mercadorias negociadas na 
mesma moeda e na mesma condição de venda; iii) ás mesmas unidades da 
SRF de despacho e de embarque. Assim, estaria errada a afirmativa que 
dissesse que a cada Declaração de Exportação associa-se apenas um RE. Por 
outro lado, cada Registro de Exportação somente poderá ser utilizado 
em uma única Declaração para Despacho Aduaneiro. 
O despacho de exportação poderá ser realizado: 
a) em recinto alfandegado de zona primária: esse é o caso em 
que o despacho de exportação é realizado em um porto, aeroporto ou ponto de 
fronteira alfandegado. 
 
1 Reexportação é uma operação comercial que fica caracterizada pelo retorno ao exterior de 
um bem que ingressou no país a título temporário. Por analogia, podemos conceituar 
reimportação como a operação comercial em que um bem exportado temporariamente retorna 
ao país. 
2 A Declaração de Exportação (DE) também é conhecida por Declaração de Despacho de 
Exportação (DDE). Optamos por utilizar a primeira denominação em virtude de esta ser a que 
aparece no “Manual de Despacho de Exportação”, elaborado pela Receita Federal do Brasil. 
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b) em recinto alfandegado de zona secundária: é o caso em que 
o despacho de exportação ocorre em um porto seco. 
c) em qualquer outro local não-alfandegado de zona 
secundária, inclusive no estabelecimento do exportador: nessa hipótese, 
o recinto em que ocorre o despacho de exportação não é alfandegado. 
Nas duas últimas situações (despacho realizado em recinto 
alfandegado de zona secundária e despacho realizado em recinto não-
alfandegado de zona secundária), a mercadoria deverá ser submetida ao 
regime de trânsito aduaneiro de exportação, seguindo até a unidade da RFB 
que jurisdiciona o local de saída do país. Trata-se de hipótese de antecipação 
do despacho aduaneiro de exportação. 
Para visualizar melhor tudo o que explicamos até agora, vamos a um 
exemplo! 
Imagine que você possui uma empresa que exporta produtos têxteis 
para o exterior. Pois bem, o primeiro passo de toda exportação será 
providenciar o registro de exportação (conforme já estudamos, a regra é 
que toda exportação necessita do RE!). Ok! Até aqui tudo bem! 
Após o registro de exportação, caberá a você, na condição de 
exportador, registrar a Declaração de Exportação, que é o documento base do 
despacho aduaneiro de exportação. O registro da DE marcará, então, o início 
do despacho. Você possui três opções: i) levar a mercadoria a um porto, 
aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado; ii) levar a mercadoria a um porto 
seco; iii) chamar a RFB para que realize o despacho em seu próprio 
estabelecimento. 
Uma vez iniciado o despacho de exportação por meio do registro da 
DE, será realizada a parametrização pelo SISCOMEX, que determinará, então, 
o nível de conferência aduaneira. A conferência aduaneira na exportação 
tempor finalidade identificar o exportador, verificar a mercadoria e a 
correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, 
quantificação e preço, e confirmar o cumprimento de todas as 
obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação.] 
A Declaração de Exportação pode ser direcionada para três canais de 
conferência diferentes: 
a) Canal verde: desembaraço de exportação é automático, sem 
qualquer exame físico ou documental. 
b) Canal laranja: será realizado o exame documental. 
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c) Canal vermelho: será realizado o exame documental e a 
verificação física da mercadoria. 
Mas quais documentos devem instruir a declaração de exportação? 
Nos termos do art. 588 do R/A, a declaração de exportação será 
instruída com os seguintes documentos: i) a primeira via da nota fiscal; ii) 
a via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, nas 
exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; e iii) outros documentos 
exigidos na legislação específica. Tais documentos deverão ser entregues à 
autoridade aduaneira, na forma, prazo e condições estabelecidos pela SRFB. 
Aqui é preciso chamar sua atenção para um detalhe importante! 
Não é porque a DE foi direcionada para o canal verde ou laranja que 
ela não poderá ser redirecionada, pela autoridade aduaneira, para o canal 
vermelho. Sempre é possível que a autoridade aduaneira, à sua 
discricionariedade, decida agravar o nível da conferência aduaneira. 
Assim, suponha que uma DE foi direcionada para o canal verde (desembaraço 
automático!), mas o Auditor Fiscal da RFB tenha certa desconfiança quanto aos 
dados informados. Ela poderá, então, simplesmente redirecionar a DE para o 
canal vermelho, realizando exame documental e físico da mercadoria. 
Em situações especiais, o registro da declaração de exportação 
poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria ou sua saída do território 
nacional. Trata-se de situações em que ocorre o chamado despacho a 
posteriori, as quais estão relacionadas no art. 52 da IN nº 028/1994. 
O ato final do despacho de exportação é a averbação, que consiste 
na confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque ou da transposição 
de fronteira da mercadoria. Após a averbação, é emitido o comprovante de 
exportação. 
 
1.3.3- Revisão Aduaneira: 
O imposto de importação e o imposto de exportação são tributos cujo 
lançamento é realizado por homologação. Por meio da Declaração de 
Importação (DI), o importador presta informações à Receita Federal do Brasil 
(RFB), com base nas quais é calculado o montante do imposto devido. O 
importador faz o recolhimento tributário com base nas informações que ele 
mesmo apresentou, cabendo à RFB homologar ou não o lançamento. 
E em quanto tempo deve ocorrer a homologação? 
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O prazo para homologação é de cinco anos contados da data da 
ocorrência do fato gerador. Findo esse prazo sem a manifestação da Receita 
Federal, considera-se que ocorreu homologação tácita. 
Durante esse prazo de 5 (cinco) anos, no entanto, o Fisco poderá 
realizar, especificamente quanto aos tributos incidentes sobre o comércio 
exterior, o procedimento de revisão aduaneira. Nos termos do art. 638 do 
R/A, revisão aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço 
aduaneiro, a regularidade do pagamento dos impostos e dos demais gravames 
devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da exatidão das 
informações prestadas pelo importador na declaração de importação, ou pelo 
exportador na declaração de exportação. Trata-se, portanto, do exercício, pelo 
Fisco, do direito de exigir os tributos incidentes sobre o comércio exterior, que 
podem ter sido recolhidos a menor ou mesmo não recolhidos. 
A revisão aduaneira deverá estar concluída, no prazo de 5 (cinco 
anos) contados da data do registro da declaração de importação (no caso de 
importação) ou da data do registro de exportação (no caso de exportação). 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
1-(Analista dos Correios – 2011)- O despacho aduaneiro de importação 
ocorre sob as modalidades de despacho para consumo, admissão e 
internação, sendo a modalidade definida de acordo com o tipo de 
regime aduaneiro aplicado à mercadoria em questão. 
Comentários: 
Existem três modalidades de despacho aduaneiro: despacho para 
consumo, despacho para admissão e despacho para internação. Cada uma 
delas é aplicada segundo o tipo de regime aduaneiro aplicado na mercadoria 
em questão. 
O despacho para consumo se aplica às mercadorias importadas ao 
amparo do regime comum de importação. O despacho para admissão se aplica 
às mercadorias importadas ao amparo de regimes aduaneiros especiais, à 
exceção do drawback (ao qual se aplica o despacho para consumo). Por fim, o 
despacho para internação se aplica às mercadorias que sem da ZFM com 
destino ao restante do território nacional. Questão correta. 
2-(Analista dos Correios – 2011)- A conferência aduaneira é etapa 
central do despacho aduaneiro e envolve o exame da documentação, a 
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verificação da mercadoria e, se constatadas inconsistências ou fraude, 
a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro. 
Comentários: 
A conferência aduaneira é a fase do despacho aduaneiro em que a 
autoridade aduaneira identifica o importador, verifica a mercadoria e a 
correção das informações relativas à sua natureza, classificação fiscal, 
quantificação e valor, e confirma o cumprimento de todas as obrigações, fiscais 
e outras, exigíveis em razão da importação. Questão correta. 
3-(Analista dos Correios – 2011)- O despacho aduaneiro consiste na 
verificação da exatidão dos dados declarados pelo importador em 
relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à 
legislação aplicável; seu objetivo é o desembaraço aduaneiro da 
mercadoria. 
Comentários: 
O despacho aduaneiro é o procedimento que tem por objetivo o 
desembaraço aduaneiro de mercadoria importada. Nele, verifica-se a exatidão 
das informações declaradas pelo importador em comparação com a mercadoria 
e os documentos apresentados. Questão correta. 
4-(TRF-2002.2)- A jurisdição dos serviços aduaneiros, exercida 
atualmente, compreende a zona primária e a zona secundária. 
Comentários: 
A jurisdição dos serviços aduaneiros abrange todo o território 
nacional. O território nacional, por sua vez, se divide em zona primária e zona 
secundária. Logo, está correto dizer que a jurisdição dos serviços aduaneiros 
compreende a zona primária e a zona secundária. 
5-(TRF-2002.2)- Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na 
faixa de fronteira terrestre é proibida a presença ou circulação de 
mercadorias, animais e veículos em viagem internacional. 
Comentários: 
Não é que seja terminantemente proibida a presença ou circulação de 
mercadorias, animais e veículos nas zonas de vigilância aduaneira. Na 
verdade, a permanência e circulação mercadorias, veículos, pessoas e animais 
ficam sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem 
estabelecidas. Questão errada. 
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6-(TRF-2002.2)- As operações de despacho aduaneiro nos portos, 
aeroportos e pontos de fronteira alfandegados a título permanente 
serão efetuados nos horários, locais e condições determinados pela 
autoridade aduaneira. 
Comentários: 
Os serviços aduaneiros são realizados nos horários, locais e condições 
determinados pela autoridade aduaneira. Questão correta. 
7-(TRF-2002.2)- A busca aduaneira, para prevenir ou reprimir a 
ocorrência de extravios ou de acréscimos de volumes ou de 
mercadorias, deve ser precedida da lavratura do termo de entrada do 
veículo e da comunicação ao responsável, que poderá ser verbal. 
Comentários: 
A busca aduaneira tem como objetivo prevenir e reprimir a ocorrência 
de infrações à legislação aduaneira (e não a ocorrência de extravios ou 
acréscimos de volumes de mercadorias). Destaque-se que essas buscar 
deverão ser precedidas de comunicação verbal ou por escrito ao responsável 
pelo veículo. Questão errada. 
8-(ACE-2002)- O documento, com força contratual, emitido por uma 
companhia de transporte, que atesta o recebimento de uma 
mercadoria a ser exportada, suas características, as condições de 
transporte e os compromissos quanto à entrega da mesma ao 
destinatário legal, denomina-se conhecimento de embarque. 
Comentários: 
O conhecimento de embarque materializa o contrato de frete. Ele 
atesta que o transportador recebeu a mercadoria a ser exportada e, além 
disso, define as peculiaridades do transporte a ser efetuado. Questão correta. 
9-(AFRF-2003)- O importador pode verificar as mercadorias recebidas 
do exterior, previamente ao início da conferência aduaneira, para 
dirimir dúvidas quanto à sua perfeita identificação, na presença da 
autoridade aduaneira e do representante do depositário. 
Comentários: 
O importador pode verificar as mercadorias recebidas do exterior, 
com o objetivo de dirimir dúvidas quanto ao correto tratamento tributário e 
aduaneiro, antes do registro da DI. A verificação prévia é realizada com o 
acompanhamento de qualquer servidor. Questão errada. 
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10-(AFRF-2003)- A verificação da mercadoria compreende o exame 
documental e a conferência física e será realizada por Auditor Fiscal ou 
por Técnico da Receita Federal, sob supervisão do AFRF. 
Comentários: 
A conferência aduaneira é que abrange o exame documental e a 
verificação física. Quando se fala em “verificação da mercadoria”, a referência 
que se faz é tão somente à verificação física. Questão errada. 
11- (AFTN-1991)- Conferência aduaneira é o procedimento fiscal 
destinado a verificar a ocorrência de avaria ou falta de mercadoria 
estrangeira ou desnacionalizada, entrada no território aduaneiro, a 
identificar o responsável e a apurar o crédito tributário dele exigível. 
Comentários: 
O procedimento fiscal destinado a verificar a ocorrência de extravio 
ou falta de mercadoria estrangeira ou desnacionalizada, identifica o 
responsável e apurar o crédito tributário dele exigível é a vistoria aduaneira. 
Questão errada. 
12-(AFRF-2003)- A conferência aduaneira é feita de acordo com a 
seleção da declaração de importação para os canais verde 
(desembaraço automático) ou vermelho (verificação pela fiscalização), 
sendo feito exame de valor no canal cinza. 
Comentários: 
Existem quatro canais para os quais uma Declaração de Importação 
pode ser direcionada: canal verde, canal amarelo, canal vermelho e canal 
cinza. Por fazer menção apenas a dois canais (verde e vermelho), a questão 
está errada. 
13- (AFTN-1991)- Despacho de importação é o procedimento que tem 
por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria, 
determinar seu valor e classificação fiscal e constatar o cumprimento 
de todas as obrigações, fiscais ou não fiscais, para fins de 
desembaraço da mercadoria. 
Comentários: 
Cuidado para não confundir! O conceito apresentado pela questão é o 
de conferência aduaneira. Questão errada. 
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14- (AFRF-2002.1)- Estão dispensadas de despacho aduaneiro de 
importação mercadorias que, tendo sido exportadas em regime de 
consignação, retornem ao país. 
Comentários: 
Todas as mercadorias estão sujeitas a despacho aduaneiro de 
importação. Excetuam-se dessa regra apenas a mala diplomática e a mala 
consular. Questão errada. 
15-(AFRF-2003)- Havendo indícios de fraude na importação, o 
despacho será interrompido e a declaração encaminhada ao setor 
incumbido das consultas e registros no RADAR (Ambiente de Registro 
e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros). 
Comentários: 
O despacho não é interrompido diante de indícios de fraude na 
importação. Diante de indícios de fraude, o servidor deverá encaminhar os 
elementos verificados ao setor competente, para avaliação da pertinência de 
aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro. Questão errada. 
16-(AFTN-1991)- Conferência aduaneira é o procedimento fiscal 
destinado a constatar falta ou acréscimo de volume ou mercadoria, 
estrangeira ou desnacionalizada, entrada no território aduaneiro, 
mediante confronto do manifesto com os registros de descarga. 
Comentários: 
A assertiva descreve o procedimento fiscal denominado conferência 
final de manifesto. Nesse procedimento, compara-se o manifesto de carga com 
os registros de descarga. Questão errada. 
17- (AFTN-1991)- Despacho de importação é o procedimento fiscal que 
deverá ser instruído com a Declaração de Importação, substituível 
apenas pelo conhecimento de carga original ou pelo conhecimento 
aéreo original. 
Comentários: 
A Declaração de Importação é documento essencial ao despacho 
aduaneiro de importação. Ela não pode ser substituída pelo conhecimento de 
carga ou pelo conhecimento aéreo. Questão errada. 
18- (TRF-2000)- O procedimento destinado a verificar a ocorrência de 
avaria ou falta de mercadoria estrangeira, após a conclusão da 
operação de trânsito, em recinto alfandegado de zona secundária, a 
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identificar o responsável e a apurar o crédito tributário dele exigível, 
identifica a vistoria aduaneira. 
Comentários 
A vistoria aduaneira é procedimento fiscal que visa a apurar a 
responsabilidade pelo extravio ou avaria de mercadoria, exigindo do 
responsável o correspondente crédito tributário. Questão correta. 
19- (AFRF-2003)- A verificação prévia da mercadoria efetuada a 
pedido do importador, realizada sob acompanhamento da fiscalização 
aduaneira, não dispensa a verificação física por ocasião do despacho 
aduaneiro. 
Comentários: 
A verificação prévia pelo importador, realizada antes do registro da 
DI, não dispensa a verificação física por ocasião do despacho aduaneiro. 
Questão correta. 
20- (AFTN-1994)- O procedimento administrativo, mediante o qual se 
processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria, em que se 
identifica o contribuinte e a mercadoria, apura-se o valor tributável, 
calcula-se o montante dos tributos devidos, define o que seja 
conferência aduaneira. 
Comentários: 
Novamente a banca examinadora tentou confundir os conceitos! A 
assertiva descreve o conceito de despacho aduaneiro.Questão errada. 
21- (AFTN-1991)- Despacho de importação é o procedimento fiscal 
mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria 
estrangeira, nacional ou nacionalizada, procedente do exterior ainda 
que não se trate de importação a título definitivo. 
Comentários: 
De fato, despacho de importação é o procedimento fiscal que tem por 
objetivo proceder ao desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do 
exterior. O despacho aduaneiro de importação aplica-se a todas as 
mercadorias, mesmo que a importação não tenha caráter definitivo. O que 
muda é apenas a modalidade de despacho aplicável: despacho para consumo 
ou despacho para admissão. Questão correta. 
22- (AFTN-1994)- O procedimento administrativo que se destina a 
constatar a ocorrência de falta ou acréscimo de volume ou de 
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mercadoria entrada no território aduaneiro, em que se comparam os 
registros de descarga com os dados constantes no manifesto, refere-se 
à atividade atinente à revisão aduaneira. 
Comentários: 
A revisão aduaneira é procedimento por meio do qual, após o 
desembaraço aduaneiro, a autoridade aduaneira verifica a regularidade da 
operação de importação efetuada. Trata-se de uma espécie de reexame da 
operação. O conceito apresentado pela questão é o de conferência final de 
manifesto. Questão errada. 
23- (AFTN-1991)- Despacho de importação é o procedimento 
dispensado na reentrada de mercadorias que comprovadamente 
retornem ao País por defeito técnico que exija sua devolução para 
reparo ou substituição. 
Comentários: 
O despacho de importação se aplica a todas as mercadorias que 
ingressem no território aduaneiro. Ele somente é dispensado na entrada no 
País de mala diplomática ou mala consular. Questão errada. 
24- (CODESP-2011)- Previamente ao registro da declaração de 
importação, o importador poderá requerer a verificação das 
mercadorias efetivamente recebidas do exterior. 
Comentários: 
Antes do registro da DI, o importador poderá requerer a verificação 
das mercadorias com vistas a dirimir dúvidas sobre o correto tratamento 
tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificação 
com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada. Questão correta. 
25- (CODESP-2011)- O registro da declaração de importação (DI) 
ocorrerá sempre após a descarga da mercadoria na unidade da 
Secretaria da Receita Federal de despacho. 
Comentários: 
A IN SRF nº 680/2006 autoriza que, em certos casos, ocorra o 
despacho antecipado. Nessas situações, o registro da Declaração de 
Importação ocorre antes da descarga da mercadoria no território aduaneiro. 
Questão errada. 
26- (CODESP-2011)- Para fins de autorização de entrega ao 
importador, pela SRF, de mercadoria importada por via marítima, 
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deverá o importador exibir guia de recolhimento, ou comprovante de 
exoneração de pagamento, do Adicional ao Frete para Renovação da 
Marinha Mercante (AFRMM). 
Comentários: 
O importador não precisa apresentar guia de recolhimento ou 
comprovante de desoneração. A verificação da regularidade do pagamento do 
AFRMM é feito mediante consulta eletrônica do SISCOMEX ao Mercante. 
Questão errada. 
27- (AFTN-1991)- Conferência aduaneira é o procedimento fiscal que 
tem por finalidade identificar o importador, a mercadoria, determinar 
seu valor e classificação fiscal, bem como constatar o cumprimento 
das obrigações, fiscais ou não fiscais, exigíveis em razão da 
importação. 
Comentários: 
Exatamente conforme a definição prevista no art. 564 do R/A: “A 
conferência aduaneira na importação tem por finalidade identificar o 
importador, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua 
natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento 
de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação.” 
Questão correta. 
28- (AFTN-1991)- Despacho de importação é o procedimento fiscal 
necessariamente efetuado com base na Declaração de Importação e 
instruído com o conhecimento de carga original ou documento 
equivalente, não podendo ser dispensada nessa instrução a fatura 
comercial, contendo todas as indicações especificadas na lei e 
assinada pelo exportador, salvo se substituída pelo conhecimento 
aéreo, se este contiver as mesmas indicações. 
Comentários: 
O despacho de importação também pode ser realizado com base em 
uma Declaração Simplificada de Importação (DSI). Questão errada. 
29- (AFTN-1991)- A conferência aduaneira é o ato final do despacho 
aduaneiro através do qual se confere a identidade do importador e se 
verifica a mercadoria, sua classificação na nomenclatura, o 
cumprimento das obrigações fiscais para fins de desembaraço 
aduaneiro, que será concedido se não houver exigência fiscal. 
Comentários: 
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O ato final do despacho aduaneiro de importação é o desembaraço 
aduaneiro. Questão errada. 
30- (CODESP-2011)- O despacho de exportação poderá ser realizado 
em recinto alfandegado de zona primária ou secundária, em qualquer 
outro local não alfandegado de zona secundária, inclusive no 
estabelecimento do exportador. 
Comentários: 
Exatamente o que prevê o art. 11 da IN SRF nº 028/94! 
Art. 11. O despacho de exportação poderá ser realizado: 
I - em recinto alfandegado de Zona Primária; 
II - em recinto alfandegado de Zona Secundária; e 
III - em qualquer outro local não alfandegado de Zona Secundária, 
inclusive no estabelecimento do exportador. 
Questão correta. 
31- (CODESP-2011)- Com exceção dos produtos sujeitos a 
procedimentos especiais, constantes na Portaria SECEX nº 23/2011, o 
despacho aduaneiro de exportação será instruído com a primeira via 
da nota fiscal e o certificado de origem, emitido de acordo com a 
destinação da exportação. 
Comentários: 
O despacho de exportação será instruído com: i) a primeira via da 
nota fiscal; ii) via original do conhecimento e manifesto internacional de carga, 
no caso de exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre e; iii) outros 
documentos exigidos na legislação específica. O certificado de origem não é 
documento exigível no despacho aduaneiro de exportação. Questão errada. 
32-(CODESP-2011)- Não será admitido agrupar, numa mesma 
declaração de importação, mercadorias que, procedendo diretamente 
do exterior, tenha uma parte destinada a consumo e outra a ser 
submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária. 
Comentários: 
 
É possível agrupar, em uma mesma DI, mercadorias que, procedendo 
diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo e outra a ser 
submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária. Questão 
errada. 
33- (CODESP-2011)- No caso de mercadorias sujeitas a licenciamento, 
o registro da declaração de importação no SISCOMEX poderá ser 
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efetuado antes do licenciamento, mas sempre após a chegada da 
carga. 
Comentários: 
No caso de mercadorias sujeitas a licenciamento, o registro da 
Declaraçãode Importação é sempre efetuado após o licenciamento. Questão 
errada. 
34-(CODESP-2011)- Previamente à declaração de exportação é 
necessário efetuar para todas as exportações de mercadorias o 
registro de venda (RV), o registro de crédito (RC) e o registro de 
exportação (RE). 
Comentários: 
Conforme estudamos na aula sobre controle administrativo: i) 
algumas exportações são dispensadas de RE; ii) o RC somente é exigível no 
caso de exportações financiadas; iii) não existe mais, na legislação brasileira, a 
previsão de RV. Questão errada. 
35-(CODESP-2011)-Uma declaração para despacho aduaneiro de 
exportação somente poderá conter um registro de exportação (RE). 
Comentários: 
Uma declaração para despacho aduaneiro de exportação pode conter 
vários registros de exportação (RE). Questão errada. 
36- (AFTN-1989)- A fatura comercial é substituível pelo conhecimento 
aéreo, se este contiver as indicações de quantidade, espécie e valor 
das mercadorias que lhe correspondam. 
Comentários: 
Se o conhecimento aéreo contiver as indicações de quantidade, 
espécie e valor das mercadorias, ele poderá substituir a fatura comercial como 
documento instrutivo do despacho aduaneiro. Questão correta. 
37- (AFTN-1989)- Apurando-se dano ou avaria o responsável, 
identificado em processo próprio, estará sujeito a multa no valor do 
tributo que, em conseqüência, deixar de ser recolhido. 
Comentários: 
A autoridade aduaneira, ao constatar, por meio de vistoria aduaneira, 
que houve dano ou extravio de mercadoria, irá formalizar a exigência do 
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crédito tributário mediante auto de infração. Caberá ao responsável 
(transportador ou depositário) indenizar a Fazenda Nacional no valor do 
imposto de importação que, em consequência do extravio ou avaria, deixou de 
ser recolhido. Além disso, será aplicada multa pela RFB. 
Perceba, caro amigo, que o erro da questão é dizer que a multa é no 
valor do tributo. No caso de extravio, a multa será de 50% do valor aduaneiro. 
Questão errada. 
38- (TTN-1997)- A vistoria aduaneira é o procedimento pelo qual a 
autoridade aduaneira, após o desembaraço aduaneiro, reexamina o 
despacho aduaneiro, com a finalidade de verificar a regularidade da 
importação quanto aos aspectos fiscais e outros, inclusive o cabimento 
do benefício fiscal aplicado. 
Comentários: 
O conceito apresentado pela questão foi o de revisão aduaneira (e 
não o de vistoria aduaneira!). Questão errada. 
39- (AFTN-1989)- A fatura comercial em nenhuma hipótese será 
aceita, para efeitos fiscais, quando contiver emendas, ressalvas ou 
entrelinhas. 
Comentários: 
Se as emendas, ressalvas ou entrelinhas em uma fatura comercial 
forem autenticadas pelo exportador, esta terá validade, sendo plenamente 
aceita. Questão errada. 
40- (AFTN-1989)- A fatura comercial deve indicar o país de origem da 
mercadoria, como tal entendido aquele em que tiver realizado seu 
embarque. 
Comentários: 
Pegadinha!  De fato, a fatura comercial deve indicar o país de 
origem da mercadoria. No entanto, país de origem da mercadoria é aquele 
onde ela foi produzida ou onde sofreu a última transformação substancial. 
Questão errada. 
41- (TTN-1997)- A vistoria aduaneira verifica a mercadoria, identifica 
o importador, determina seu valor e classificação, e constata o 
cumprimento de todas as obrigações fiscais e outras, exigíveis em 
razão da importação. 
Comentários: 
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A assertiva descreve a conferência aduaneira (e não a vistoria 
aduaneira!). A vistoria aduaneira é o procedimento fiscal cujo objetivo é apurar 
a responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria. Questão errada. 
42- (TTN-1997)- A conferência final de manifesto em confronto com os 
registros de descarga da mercadoria dos veículos transportadores feita 
pela fiscalização aduaneira tem por finalidade constatar a falta ou 
acréscimo de volume ou de mercadoria entrada no território aduaneiro 
e adoção de procedimento fiscal adequado contra o transportador. 
Comentários: 
A conferência final de manifesto consiste na comparação entre os 
registros de descarga e o manifesto de carga. Trata-se de procedimento cujo 
objetivo é apurar a falta ou acréscimo de volume ou de mercadoria entrada no 
território aduaneiro e, se for o caso, responsabilizar o transportador. Questão 
correta. 
43- (TTN-1998)- A não apresentação de manifesto de carga ou de 
documento equivalente em relação a qualquer ponto de escala no 
exterior será objeto de apuração de responsabilidade por eventuais 
diferenças quanto a falta ou acréscimo de mercadoria por ocasião da 
conferência final dos manifestos relativos a toda a carga descarregada 
do veículo transportador. 
Comentários: 
A não apresentação de manifesto de carga ou de documento 
equivalente será considerado como declaração negativa de carga. Questão 
errada. 
44- (TTN-1998)- A formalização da exigência de crédito tributário 
decorrente de vistoria aduaneira será feita através de notificação de 
lançamento instruída pelo termo de vistoria. 
Comentários: 
A vistoria aduaneira é procedimento fiscal tendente a apurar a 
responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria. Apurando-se a avaria 
ou extravio, o crédito tributário será exigível mediante auto de infração 
instruído com o termo de vistoria. Questão errada. 
45- (AFTN-1998)- Caracteriza o início do despacho aduaneiro de 
importação o registro da declaração de importação. 
Comentários: 
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O registro da Declaração de Importação marca o início do despacho 
aduaneiro de importação. Questão correta. 
 
2- LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: 
2.1- Imposto de Importação: 
2.1.1- Introdução: 
O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente 
extrafiscal, isto é, visa a permitir que o governo exerça a função de regulação 
econômica por meio do controle das importações. Assim, está incorreto afirmar 
que o imposto de importação possui finalidade arrecadatória, embora a 
arrecadação de recursos para os cofres públicos seja um efeito da imposição 
desse tributo. 
Mas como assim o governo exerce controle das importações? 
Simples. Ao aumentar o imposto de importação, o governo confere 
proteção à indústria nacional em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o 
imposto de importação, por outro lado, o governo estimula a entrada de bens 
estrangeiros no território nacional. Assim, se a indústria nacional de têxteis 
está enfrentando forte concorrência externa e, em razão disso, acumulando 
prejuízos, o governo poderá aumentar a alíquota do I.I para produtos têxteis. 
Por outro lado, o governo pode reduzir a alíquota do I.I incidente para um 
determinado tipo de máquina / equipamento que não possua produção 
nacional, estimulando, assim, os investimentos produtivos no país. Da mesma 
forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, é interesse do 
governo estimular a entrada de produtos, o que é feito por meio da redução da 
alíquota do imposto de importação. 
Diante de todas essas hipóteses, é fácil perceber que o governo 
brasileiro precisaria de flexibilidade para poder alterar as alíquotas do imposto 
de importação de forma rápida.