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apostila_de_exerccio_custeio_varivel_e_preo_de_venda

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1 
 
MÉTODO DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
Como vimos anteriormente, os custos fixos, existem e mantêm-se sempre no mesmo montante (dentro de 
certo limite), independente do volume de produção. Observamos assim que o montante de custo fixo a ser alocado a 
uma unidade de determinado produto, tende a variar conforme as oscilações no volume total de produção, já que os 
estes não oscilam na mesma proporção e são distribuídos em função do volume total produzido. 
Resumindo, podemos dizer que os custos fixos apresentam uma característica mais de “encargo” para 
que a empresa possa produzir do que propriamente um custo de fabricação deste ou daquele produto. 
Como os custos fixos, normalmente são distribuídos aos produtos com base em critérios de rateios, 
podemos incorrer em alguns erros conforme afirma Joel J. Santos, (1995). “Caso as “partes certas” dos custos não 
sejam bem levantadas, a empresa poderá correr o risco de desequilibrar os produtos, alocando mais custos em um 
produto em detrimento do outro, com reflexos diretos nos preços de vendas”, afirmando ainda que “para evitar esse 
tipo de distorção, recomenda-se distinguir os custos que pertencem ao produto, os chamados marginais, e os custos 
estruturais, pertencentes à empresa, que estão relacionados a sua capacidade instalada, chamados de fixos.” 
Os rateios de custos, por serem arbitrários, muitas vezes podem distorcer o custo real de um determinado 
produto e consequentemente levar o administrador a tomar uma decisão equivocada sobre este produto. 
Levando-se em conta as distorções que o custo fixo pode causar no custo de um determinado produto, foi 
criado o Método de Custeio Variável, (também conhecido como Método de Custeio Direto), o qual consiste em alocar 
como custo do produto, somente os custos variáveis, que estão diretamente ligados ao produto, enquanto que os 
custos fixos são levados diretamente ao resultado do período, evitando assim que se use de arbitrariedades 
(“Rateios”) no cálculo do custo do produto. 
Pode-se verificar melhor o tratamento dado aos custos fixos no exemplo do demonstrativo de resultados 
abaixo: 
 
Demonstrativo de Resultados 
Companhia Exemplo S/A 
Receitas de vendas $ 15.000 
(-) Custos variáveis das vendas $ -10.000 
(=)Margem de contribuição $ 5.000 
(-)Custos fixos $ -3.000 
Resultado do período $ 2.000 
 
O Sistema de Custeio Variável, surgiu nos Estado Unidos no ano de 1936 através de J. Harris e hoje é 
uma importante arma na administração de empresas, justamente pelo fato acima exposto, não necessita de nenhum 
tipo de rateio, ficando assim o custo do produto livre de possíveis erros na escolha do critério de rateio utilizado. 
Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal para apuração do resultado tributável , o método de 
custeio direto, conforme afirma Eliseu Martins (1987, pg. 203) “do ponto de vista decisorial, (...) tem condições de 
propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa; também o resultado medido dentro do seu critério 
 
2 
 
parece ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente, como se fossem 
despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes do diversos produtos e unidades”. 
Há de ressaltar-se ainda que o método de custeio variável, fere alguns Princípios Contábeis, 
principalmente o Princípio da Competência e o da Confrontação, segundo os quais, devemos apropriar as receitas e 
delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção. Este fato, justifica a não aceitação do custeio variável 
para efeitos de resultados e balanços, ficando as empresas livres para a utilização do custeio variável, apenas para 
controles internos. 
EXEMPLO 
 
A empresa “Doce sabor Ltda.”, trabalha com produção e venda de balas. No período X1, foi registrada produção de 
6.000 Kg de balas de coco e 9.000 Kg de balas de banana. 
Sabe-se que na empresa, as balas são produzidas em tachos, sendo que em cada batida, são produzidas 20 Kg de 
balas. O chefe de produção utiliza-se da seguinte formulação para cada batida de balas produzidas. 
 
Balas de coco 
Coco ralado - 3,0 Kg 
Açúcar - 15,0 Kg 
Essência de coco - 50 ml 
Embalagem - 5,0/Kg 
Glucose - 2,0 Kg 
 
Balas de banana 
Banana - 7,0 Kg 
Açúcar - 12,5 Kg 
Essência de banana - 40 ml 
Embalagem - 5,0/Kg 
Glucose - 2,5 Kg 
No início do período existiam os seguintes registros de estoques: 
Descrição Volume Un. Custo médio - $ 
Balas de banana 250,0 Kg 0,7800 
Balas de coco 120,0 Kg 0,9200 
Açúcar 830,0 Kg 0,4800 
Glucose 280,0 Kg 1,3000 
Essência de banana 3,0 Litros 30,0000 
Coco ralado 15,0 Kg 2,5000 
Essência de coco 2,0 Litros 25,0000 
Embalagens 5.500 Unid. 0,0200 
 
As compras do período foram efetuadas no primeiro dia útil do mês com os seguintes preços líquidos. 
Bananas $ 0,4200/Kg 
Coco ralado $ 2,3000/Kg 
Açúcar $ 0,4500/Kg 
Glucose $ 1,3500/Kg 
Essência banana $ 28,0000/L 
Essência coco $ 26,0000/L 
Embalagens $ 0,0230/Un. 
 
 
3 
 
Estoques no final do período X1 
Descrição Volume Un. 
Balas de banana 145,0 Kg 
Balas de coco 228,0 Kg 
Açúcar 625,0 Kg 
Glucose 342,0 Kg 
Essência de banana 6,0 Litros 
Coco ralado 85,0 Kg 
Essência de coco 5,0 Litros 
Embalagens 6.250,0 Unid. 
 
No período X1 ainda foram contabilizados: 
Custos fixos = $ 4.800,00 
Despesas fixas = $ 1.300,00 
 
As balas de banana foram vendidas no final do período X1, ao preço de $ 1,32/Kg e as balas de coco ao preço de $ 
1,45/Kg. 
Pede-se que se demonstre a movimentação dos estoques no período pelo método Media Ponderada. 
Calcule os custos de produção e o resultado do período, sabendo-se que a empresa utiliza-se do Custeio Variável. 
Resolução 
1) Calculo do consumo de matérias primas. 
Descrição Bala banana Bala coco Total 
Banana 
Coco ralado 
Essência coco 
Essência banana 
Glucose 
Açúcar 
Embalagens 
 
 
2) Movimentação dos estoques de matérias primas 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Banana Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Coco Ralado Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
 
4 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Essência de Coco Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Essência de Banana Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Embalagens Espécie: U nidades 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Açúcar Espécie: Kg 
Data Entrada Saída SaldoQtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Glucose Espéci e: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
 
3) Cálculo dos custos variáveis de produção 
 
Mat. Prima B. Banana B. Coco 
Banana $ 
Coco Ralado 
Essência Banana $ 
Essência Coco 
Glucose $ 
Açúcar $ 
Embalagens $ 
Total $ 
 
 
5 
 
 
 
4) Movimentação dos estoques de produtos acabados 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Bala de Banana Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: Bala de Coco Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
5) Demonstrativo de Resultados do Exercício 
Companhia Doce Sabor Ltda. 
Descrição Bala Banana Bala Côco Total 
Receita Bruta 
Custo Variável Venda 
Contribuição Marginal 
Custo Fixo 
Lucro Bruto 
Despesas 
LAJIR 
 
RESOLVA OS EXERCÍCIOS 
1) A Indústria “Saborosa Ltda.”, trabalha com produção de Presuntos e Mortadelas, utilizando como matéria prima, 
carnes adquiridas de terceiros. 
No período X1, foram produzidos 4.000,0 Kg de Mortadelas e 5.500,0 Kg de Presuntos. 
Para cada Kg de Mortadela produzido, são necessários: 
 
Retalho de carne suína 500,0 gramas 
Retalho de carne de gado 350,0 gramas 
Toucinho 100,0 gramas 
Temperos 50,0 gramas 
Embalagens 1,00 Unid. 
 
Para cada Kg de Presunto produzido, são necessários: 
Pernil desossado 900,0 gramas 
temperos 100,0 gramas 
Embalagens 1,00 Unid. 
 
Todas as compras foram efetuadas no primeiro dia do período X1, com os seguintes preços líquidos. 
Retalho de carne suína $/Kg 2,00 
Retalho de carne de gado $/Kg 1,70 
Toucinho $/Kg 0,90 
Temperos $/Kg 3,50 
Embalagens $/Unid 0,05 
Pernil desossado $/Kg 2,50 
 
6 
 
No final do período X0, existiam os seguintes registros de estoques. 
Produto Volume Un Vlr. Unit. Vlr. Total 
Mortadelas 420 Kg 1,80476 758,00 
Presuntos 590 Kg 2,75322 1.624,40 
 
Os volumes constantes no estoque no final do período X1, eram os seguintes: 
Produto Volume Un 
Mortadelas 345 Kg 
Presuntos 960 Kg 
 
Todas as vendas foram feitas no final do período X1. 
Foram registrados ainda os seguintes gastos durante o período X1: 
Aluguel da fábrica $ 1.000,00 
Energia elétrica da fábrica $ 300,00 
Depreciação das máquinas $ 1.000,00 
Salários da produção $ 3.000,00 
Encargos sobre salários % 65 % 
Honorário do diretor de produção (Custo) $ 800,00 
Salários da administração $ 1.600,00 
Honorário do diretor financeiro $ 800,00 
Encargos sobre H. da diretoria % 25 % 
Os preço de venda das mortadelas é de $ 2,50/Kg e dos presuntos é de $ 3,80/Kg. 
Calcule o resultado do período, demonstrando a movimentação dos estoques, sabendo-se a empresa utiliza-se do 
método de Custeio Variável para valorizar a produção e do método do custo médio ponderado para valorizar os 
estoques. 
 
Resolução 
1) Calculo do consumo de matéria prima 
Mortadelas 
Retalho carne suína = = Kg 
Retalho de carne de gado = = Kg 
Toucinho = = Kg 
Temperos = = Kg 
Embalagens = = Unid. 
 
 
Presuntos 
Pernil desossado = = Kg 
Temperos = = Kg 
Embalagens = = Unid. 
 
2) Cálculo do custo de produção (em $) 
Mortadelas 
Retalho carne suína = 
Retalho carne de gado = 
Toucinho = 
Temperos = 
Embalagens = 
Total = 
 
 
7 
 
Presuntos 
Pernil desossado = 
Temperos = 
Embalagens = 
Total = 
 
3) Movimentação dos estoques de produtos acabados. 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: MORTADELAS Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES 
Descrição: PRESUNTOS Espécie: Kg 
Data Entrada Saída Saldo 
 Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total Qtd. Vr. Unit. Total 
 
 
 
 
 
4) Resultado do período 
Saborosa Ltda. 
Demonstrativo de resultados 
 
Descrição Mortadelas Presuntos Total 
Receita de vendas 
Custo das vendas 
Margem de contribuição 
Custo fixo 
Lucro bruto 
Despesas fixas 
LAJIR 
 
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL 
Roberto Vatan dos Santos, no IV Congresso Internacional de Custos (pg. 39), citando a National 
Association of Accoutants, enumera as seguintes vantagens do custeio variável. 
a) O custeio variável identifica de forma clara o relacionamento custo-volume-lucro, informação esta essencial 
para o planejamento da lucratividade; 
b) O lucro de um período não é afetado pelas flutuações causadas pela absorção maior ou menor dos custos 
fixos aos produtos. De acordo com o custeamento variável, os resultados respondem somente pelas 
variações nas vendas; 
c) Os demonstrativos de resultado e dos custos de manufatura gerados pelo custeio variável são mais 
compreensíveis e acompanham melhor o pensamento dos administradores; 
d) O impacto dos custos fixos nos lucros é melhor apresentado, porque o valor desse custo, para o período, já 
está na demonstração de resultado; 
 
8 
 
e) A contribuição marginal facilita a análise de desempenho dos produtos, dos territórios, dos tipos de clientes 
e dos outros segmentos da empresa sem que os resultados fiquem obscurecidos pela apropriação dos custos 
fixos comuns; 
f) O custeamento variável facilita a preparação imediata dos instrumentos de controle, como os custos-padrão, 
os orçamentos flexíveis e a análise custo-volume-lucro; 
g) O custeio variável tem estreita relação com os conceitos de custos desembolsáveis, custos financeiros, isto 
é, que passam por caixa; isso faz com que seus resultados sejam mais efetivos para a compreensão dos 
executivos no processo de tomada de decisões. 
ADMINISTRANDO ATRAVÉS DO VARIÁVEL 
 
 
“Não há nada melhor que despertar o prazer e o amor pelo 
estudo; caso contrário só se formam bons carregadores de 
livros” 
 (Michel de Montaigne) 
 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
Segundo Joel José dos Santos (Formação do Preço e do Lucro, 1995), “Margem de Contribuição é a 
diferença entre o preço líquido de vendas e o custo unitário variável do produto. A margem de contribuição deve 
contribuir tanto para absorção dos custos fixos como para a obtenção do lucro total da empresa”. 
Eliseu Martins em seu livro Contabilidade de Custos, diz que “Margem de Contribuição por Unidade é a 
diferença entre a receita e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa 
de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.” 
Horngrem, no seu livro Contabilidade de Custos (1986) sendo citado também por Roberto Vatan dos 
Santos no IV Congresso Internacional de Custos (1995),relaciona as seguintes vantagens na utilização da Margem de 
Contribuição. 
a) Os índices de margem de contribuição podem auxiliar a administração a decidir sobre quais produtos 
devem merecer maior ou menor esforço de vendas; 
b) As margens de contribuição são essenciais às decisões de se abandonar ou não uma linha de produto; 
c) As margens de contribuição podem ser usadas para avaliação de alternativas de preços de vendas; 
d) Quando se concorda quanto aos lucros desejados, pode-se avaliar prontamente seu realismo pelo 
cálculo do número de unidades a vender para conseguir os lucros desejados; 
e) A abordagem da contribuição fornece dados para se decidir sobre como utilizar um determinado 
grupo de recursos limitados da maneira mais lucrativa; 
f) A abordagem da contribuição é útil nos casos em que os preços de venda estão firmemente 
estabelecidos no ramo, porque o problema principal da empresa é quanto ela se pode permitir em 
matéria de custos variáveis e o volume que se pode obter; 
g) A utilização do custeio variável permite compreender a relação entre custos, volume, preços e lucros 
e, portanto, leva a decisões mais sábias sobre preços. 
 
Os diversos conceitos ou vantagens apresentadas pelos renomados escritores citados, deixa claro que o 
estudo da margem de contribuição é uma derivada dos conceitos do custeio variável, ou seja, a margem de 
 
10 
 
contribuição é um das vantagens que encontramos na utilização do custeio variável em relação ao custeio por 
absorção. 
Veremos a seguir, um exemplo onde a margem de contribuição auxilia na tomada de decisão sobre cortar 
ou não um produto da linha de vendas da empresa e a seguir a decisão sobre qual o melhor mix de produção em caso 
de limitação na capacidade de produção. 
Exemplo De Utilização Do Conceito De Margem De Contribuição 
 
A empresa “Rateada S/A” trabalhava com três produtos distintos: produto A, produto B e produto C. 
O desempenho dos produtos no período findo em 31/12/x foi o seguinte, no que se refere aos custos e 
receitas: 
Produto Receita $ Custo Total 
$ 
Lucro $ Custos 
Variáveis $ 
Custos Fixos 
Rateados $ 
A 260.000 187.500 72.500 150.000 37.500 
B 220.000 250.000 (30.000) 200.000 50.000 
C 140.000 62.500 77.500 50.000 12.500 
 620.000 500.000 120.000 400.000 100.000 
 
Informações Adicionais: 
Não existem estoques iniciais e finais. 
Foram Produzidas e vendidas: 
 10.000 unidades de A 
 7.500 unidades de B 
 2.500 unidades de C 
A capacidade máxima de produção da empresa, medida em horas de mão-de-obra direta, foi totalmente 
utilizada e não ultrapassa 150.000 horas anuais. 
Não existem problemas de mercado no que se refere a vender o produto isoladamente ou em conjunto 
(problema de imagem). As quantidades máximas que o mercado absorveria de cada produto são: A, 12.000; B, 9.500; 
C, 3.000. 
 Uma unidade de A demora 5 horas para ser produzida. 
 Uma unidade de B demora 2 horas para ser produzida. 
 Uma unidade de C demora 34 horas para ser produzida. 
Os custos fixos são alocados aos produtos na base do valor da matéria prima, mais mão-de-obra direta, 
mais outros custos variáveis incorridos para cada produto. 
Aceitando as informações da contabilidade e utilizando o critério de absorção, seríamos levados a cortar 
o produto “B”, por apresentar prejuízo. 
 
11 
 
Entretanto, vamos apenas fazer uma listagem dos produtos em ordem decrescente de desempenho, 
segundo o custeio por absorção. 
 1.o - Produto C 
 2.o - Produto A 
 3.o - Produto B 
 
A abordagem do custeamento variável puro analisaria os dados de maneira diferente, senão vejamos: 
Produto Receita $ Custos Variáveis 
$ 
Margem De 
Contribuição $ 
A 
B 
C 
 
(-) Custos fixos 
(=) Lucro Líquido 
O “ranking” dos produtos seria o seguinte: 
 1.
o
 - Produto A 
 2.
o
 - Produto C 
 3.
o
 - Produto B 
 
AFINAL QUEM ESTARÁ CERTO? 
 
Não estamos, ainda em condições de dizer quem está absolutamente certo. Apenas, o critério utilizado 
em segundo lugar é menos enganoso, no sentido de uma decisão do tipo: “qual produto cortar”, pois demonstra 
claramente que os três produtos apresentam uma margem de contribuição positiva para a cobertura dos custos fixos. 
Se deixarmos de vender qualquer um deles, nem por isso os custos fixos baixarão (em alguns casos isto pode ocorrer, 
todavia preferimos utilizar a definição simples de custo fixo). Entretanto, se com base na tabela efetuada pelo 
processo tradicional resolvemos eliminar o produto “B”, os efeitos líquidos da decisão, na premissa do caso serão: 
 
Margem de contribuição de A 
Margem de contribuição de C 
 
(-) Custos Fixos 
(=) Lucro líquido 
 
O Lucro Líquido diminuiu após deixarmos de vender o produto “B”. Portanto, mesmo que 
conseguíssemos evitar alguma parcela de custo fixo, provavelmente seria menor do que $ 20.000. 
A solução dada pelo custeamento variável puro é melhor do que a fornecida pelo custeamento por 
absorção puro, pelo fato de ter chamado a atenção para a circunstância de que enquanto um produto tiver uma 
margem de contribuição positiva (maior que a economia de despesas fixas que eventualmente obteríamos retirando o 
produto de linha), vale a pena continuarmos oferecendo o produto. 
 
12 
 
Entretanto, não estamos certos, ainda, de que tenhamos escolhido o melhor “mix”, ou a melhor 
combinação de produtos. 
O conceito de margem de contribuição total ou unitária tem suas vantagens, mas precisa estar acoplado a 
outro conceito: o fator limitativo de capacidade. 
Procurar o produto que tem maior margem não é, muitas vezes, suficiente. Precisamos investir insumos 
no produto que apresente a melhor margem por fator limitativo de capacidade. 
Neste aspecto, o que vai interessar, no caso, é a margem de contribuição por hora de cada produto, já que 
horas-homem é o nosso fator limitativo. 
 
Produto Margem de Contribuição 
Unitária $ 
Margem de Contribuição 
por Hora $ 
A 
B 
C 
 
Pela margem de contribuição unitária, isto é, dividindo-se a margem de contribuição total pelo número 
de unidades vendidas, o “ranking” é o seguinte: 
 1.o - Produto C 
 2.o - Produto A 
 3.o - Produto B 
 
A colocação é igual, no caso, à do conceito de lucro total por absorção. 
A análise pela margem de contribuição unitária ainda pode levar-nos a erro, pois podemos ter um 
produto que apresente grande contribuição ao lucro total, mas baixa margem unitária. 
QUAL O MELHOR PRODUTO? 
A margem de contribuição por fator limitativo da capacidade dá sempre a resposta certa ao nosso 
problema. 
Interessa produzir e vender (desde que haja condições de mercado) o produto no qual ganhamos mais 
para cada unidade de fator limitativo empregado. O fator escasso, no caso, são horas (poderia ser matéria-prima em 
outro caso etc.); logo dentro daquilo que o mercado nos permite, deveríamos produzir o produto que melhor aproveite 
o fator limitado. 
Pela margem de contribuição por hora (obtida dividindo-se o valor da margem de contribuição total pelo 
produto entre unidades e número de horas para produzir uma unidade), o melhor “ranking” final é o seguinte: 
 1.o - Produto A 
 2.o - Produto B 
 3.o - Produto C 
O exemplo, dramatizado em seus contornos, é claro, foi de uma evidência espetacular sobre os enganos 
que podemos cometer se utilizarmos qualquer critério que não seja o de fator limitativo de capacidade. 
Analisemos (dentro das hipóteses simplificadas de mercado admitidas) a composição ótima (a que 
maximiza o lucro) para a empresa: Teríamos de produzir o máximo do produto “A” que no mercado possa absorver. 
(em seguida , de “B” e o que sobrarde “C”.) 
 
 
13 
 
A 
B 
C 
 
 
A composição acima resultaria no lucro máximo possível dentro das condições apresentadas conforme 
demonstrado no resultado a seguir. 
 
Produto Receita $ Custos Variáveis $ Margem De 
Contribuição $ 
A 
B 
C 
 
(-) Custos fixos 
(=) Lucro Líquido 
 
Qualquer outra composição resultaria num lucro total menor. Aliás, este é o tipo de decisão que pode 
merecer a aplicação de técnicas de programação linear. Todavia, foi perfeitamente possível resolver adequadamente o 
problema sem utilizar esta técnica explicitamente, mas levando em conta as restrições existentes. 
Se o mercado pudesse absorver mais unidades de A e B, o lucro total seria muito maior. Note que, ao 
calcularmos o “ranking” de acordo com o fator limitativo de capacidade, conseguimos alocar as horas de forma a 
produzir tudo que o mercado pudesse absorver, do produto A e B e gastamos o que restou de horas em C. Apesar de o 
lucro total obtido não ser dramaticamente maior do que o obtido por qualquer outra tentativa, fica demonstrada a 
validade da abordagem exposta. 
 
RESOLVA OS EXERCÍCIOS 
 
1) O resultado apresentado pela indústria de doces “Delicia” no período X1 foi o seguinte: 
Doce Vol. Venda Kg Receitas 
$ 
Custos 
Variável $ 
Custo Fixo 
$ 
Lucro 
$ 
Doce de Banana 15.000,0 16.500,00 10.200,00 5.280,00 1.020,00 
Doce de Maçã 3.000.0 5.100,00 2.850,00 2.400,00 (150,00) 
Doce de Uva 7.500,0 9.000,00 5.625,00 2.250,00 1.125,00 
Total 25.500,0 30.600,00 18.675,00 9.930,00 1.995,00 
 
Considerando ainda as seguintes informações: 
1) Não existiam estoques no inicio do período e toda a produção foi vendida. 
2) O consumo de horas na produção dos doces foi: Doce de Banana 240 horas, Doce de Maçã 80 horas e Doce de Uva 
150 horas. 
3) A capacidade de venda da empresa sem que o preço de venda dos produtos sofram alteração é: Doce de Banana 
16.500 Kg, Doce de Maçã 6.000 Kg e Doce de Uva 9.000 Kg 
4) O fator limitativo de produção da empresa é o tempo, sendo que a capacidade máxima de produção é de 500 horas. 
 
14 
 
De posse dessas informações, pede-se: 
a) Demonstrar o resultado do período pelo método de custeio variável: 
b) Utilizando-se dos conceitos de custeio variável e margem de contribuição, e procurando ocupar toda a capacidade 
de produção instalada, elaborar o mix de produção otimizado para a empresa e recalcular o resultado do período, 
utilizando-se do resultado por fator restritivo. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Demonstrativo de resultado pelo custeio variável. 
Descrição Doce de Banana Doce de Maçã Doce de Uva Total 
Receita de vendas 
Custo variável de vendas 
Margem de contribuição 
Custo fixo 
Lucro bruto 
 
Margem de contribuição por fator limitativo de produção 
Doce de banana = 
Doce de maçã = 
Doce de uva = 
Calculo da capacidade de produção em Kg por hora 
Doce de banana = 
Doce de Maçã = 
Doce de Uva = 
 
Calculo do Mix de produção otimizado 
Descrição Produção Kg Horas produção 
Doce de maçã 
Doce de banana 
Doce de uva 
Total 
 
Novo demonstrativo de resultados 
Receitas de vendas 
Doce de banana = 
Doce de maçã = 
Doce de uva = 
 
Custos das vendas 
Doce de banana = 
Doce de maçã = 
Doce de uva = 
 
Descrição Doce de Banana Doce de Maçã Doce de Uva Total 
Receita de vendas 
Custo variável de vendas 
Margem de contribuição 
Custo fixo 
Lucro bruto 
 
 
15 
 
2) A indústria de balas Gostosura S/A tem os seguintes registros: 
A) Sua capacidade máxima de produção é de 9.000 Kg de bala de leite, 6.000 Kg de bala de anis e 16.500 Kg de bala 
de laranja. 
B) A capacidade de cozimento da empresa é de 26.4 Kg de bala de laranja por hora, 50,0 Kg de bala de anis por hora 
e 30,0 Kg de bala de leite por hora. 
C) Ao total, a empresa tem capacidade máxima de 550 horas de cozimento por mês e deseja ocupar toda sua 
capacidade instalada. 
 
D) O preço de venda e os custos variáveis de vendas dos produtos são os seguintes: 
Descrição Preço/Kg Custo/Kg 
Bala de laranja 4,2000 2,9500 
Bala de anis 4,2000 3,4800 
Bala de leite 4,2000 2,9667 
 
E) Os custos fixos totais da empresa somam $ 9.930,00. 
F) Não há problemas para vender os produtos da empresa, motivo pelo qual não há estoques de matéria prima ou 
produtos acabados. 
G) Pede-se que utilizando-se dos conceitos de Custeio Variável e Margem de Contribuição e dos dados acima, que 
seja elaborado um mix de produção otimizado, utilizando-se do seu fator restritivo que são as horas de cozimento e 
que seja demonstrado o resultado da empresa com base no mix calculado. 
 
3) A Autopeças Magnífica Ltda., fabrica 4 produtos: rodas, pára-lamas, pára-choques e grades. 
Seu Departamento de Niquelação não trabalha para rodas e pára-lamas e o Depto de Pintura não trabalha para a 
fabricação de pará-choques e de grades, sendo que os demais departamentos são necessários para a produção de todos 
os produtos. 
Os custos variáveis são os seguintes: 
RODA $ 150,00 p/und. 
PARA-LAMA $ 200,00 p/und. 
PARA-CHOQUE $ 150,00 p/und. 
GRADES $ 300,00 p/und. 
Os custos fixos departamentais identificados são: 
Niquelação $ 3.000.000,00/mês 
Estamparia $ 1.500.000,00/mês 
Tornos $ 900.000,00/mês 
Furadeiras $ 500.000,00/mês 
Esmeril $ 300.000,00/mês 
Montagem $ 1.600.000,00/mês 
Pintura $ 2.200.000,00/mês 
 
Os preços de venda dos quatro produtos são: 
RODA $ 280,00 p/und. 
PARA-LAMA $ 480,00 p/und. 
PARA-CHOQUE $ 400,00 p/und. 
GRADES $ 500,00 p/und. 
 
A capacidade de produção mensal da empresa é de 20.000 und. de Rodas, 20.000 und. de Pára-lamas, 10.000 und. de 
Pará-choques e 10.000 und. de Grades, toda produção e vendida. 
 
 
 
16 
 
PEDE-SE: 
 
1 - É vantajoso à empresa fechar o Departamento de Pintura e a Niquelação e mandar fazer as operações desses 
departamentos fora, quando então teria um acréscimo nos custos variáveis de $ 100,00 p/und. nas grades e nos pará-
choques, e de $ 70,00 p/und. nas rodas e pára-lamas? O que você faria? Justifique. 
 
PONTO DE EQUILÍBRIO 
Uma das conseqüências da existência de gastos variáveis e gastos fixos é que sempre existe em um 
negócio/empresa um nível mínimo de receita operacional líquida necessário para cobrir os gastos variáveis incorridos 
para aquele nível de receita e, os gastos fixos, que determina o LAJIR (Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda) 
igual a zero. Este nível de atividade é chamado Ponto de Equilíbrio Operacional ou simplesmente Ponto de 
Equilíbrio. 
No Ponto de Equilíbrio, existe um equilíbrio ou igualdade entre a receita operacional líquida e a soma de 
gastos variáveis e gastos fixos. 
Em um entendimento mais simplificado, o Ponto de equilíbrio é o ponto em que a empresa obtêm lucro 
igual a zero. 
O Ponto de Equilíbrio pode ser calculado através da fórmula 
ROL = Q x P = Q x CV + GF, 
da qual se obtém 
 GF 
Q =  
 P - CV 
 
Nesta fórmula, os símbolos representam: 
Q = Quantidade 
GF = Gastos Fixos 
P = Preço Líquido Unitário 
CV = Custo Variável Unitário 
 
O denominador, evidentemente, é a Contribuição Marginal Unitária o que permite expressar a fórmula 
do Ponto de Equilíbrio também como: 
Gastos Fixos 
Q =  
 Contribuição Marginal Unitária 
 
No exemplo onde temos: 
GF = $ 30.000 
P = $ 10 
CV = $ 4 
O ponto de equilíbrio será calculado 
 
 Q =  = 
 
O Ponto de equilíbrio demonstrado até aqui,é também conhecido como ponto de equilíbrio contábil. 
 
17 
 
Alguns autores, demonstram ainda a existência de mais dois pontos de equilíbrio: o Ponto de Equilíbrio 
Econômico e o Ponto de Equilíbrio Financeiro. 
O ponto de equilíbrio econômico, diferencia-se do contábil por exigir que as receitas obtidas pela 
empresa, além dos custos e despesas totais, cubram também uma remuneração mínima sobre o Patrimônio Líquido. 
Essa remuneração sobre o patrimônio líquido, representa a remuneração mínima exigida pelo capital próprio 
investido na empresa. 
Para o exemplo acima, considerando-se que a empresa deseje um retorno de 10% sobre o Patrimônio 
Líquido de $ 60.000,00, o calculo do ponto de equilíbrio econômico será o seguinte: 
Gastos Fixos + Rem. S/PL 
Q =  
 Contribuição Marginal Unitária 
 
 
 Q =  = 
 
Da mesma forma que o ponto de equilíbrio econômico, o ponto de equilíbrio financeiro, apresenta uma 
diferença básica sobre o ponto de equilíbrio contábil. Ao se calcular o ponto de equilíbrio financeiro, deve-se reduzir 
dos custos e despesas fixas, aquelas que não representam um desembolso de caixa. Supondo-se que entre as despesas 
fixas, esteja uma despesa de depreciação, essa despesa, não representa um desembolso de caixa, podendo então ser 
subtraída do total das despesas. O ponto de equilíbrio financeiro, busca um nível de receita total necessário para 
cobrir o total de custos e despesas que efetivamente representaram um desembolso no período. 
Novamente, utilizando-se do exemplo acima, e considerando que entre os $ 30.000,00 de gastos fixos, 
tenhamos $ 6.000,00 de depreciação dos bens, ao recalcularmos o ponto de equilíbrio, encontraríamos: 
 
 
 Gastos Fixos – Gastos não desembolsáveis 
Q = 
 Contribuição Marginal Unitária 
 
 
 Q =  = 
ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
O objetivo da utilização da Alavancagem Operacional no Processo de Planejamento e Controle 
Empresarial é a maximização da lucratividade através do preenchimento de capacidade existente de produção, 
comercialização e administração nos negócios ou na corporação. 
Esta capacidade instalada de produção, comercialização e administração gera gastos fixos que têm que 
ser cobertos pelas receitas dos negócios, independentemente do seu volume de produção e de vendas. 
A Alavancagem Operacional baseia-se na existência de gastos variáveis e gastos fixos. Como no longo 
prazo todos os gastos são variáveis, os efeitos da Alavancagem Operacional só são sentidos no curto prazo. 
 
18 
 
Como já foi visto anteriormente, a diferença fundamental entre gastos variáveis e gastos fixos é que estes 
permanecem aproximadamente constantes, no curto prazo, embora o volume de produção e vendas varie, enquanto 
que os gastos variáveis oscilam de forma aproximadamente proporcional ao volume de produção ou vendas. A 
conseqüência desta diferença é que, ao se variar o volume de produção e vendas, as variações do LAJIR são maiores 
que as variações das vendas. 
Chama-se Alavancagem Operacional a esta capacidade que um negócio ou empresa tem de alavancar os 
seus lucros através dos gastos fixos, isto é, de multiplicar os efeitos das variações das vendas sobre os lucros, pelo 
fato de os gastos fixos permanecerem aproximadamente constantes. A Alavancagem Operacional faz com que a 
Contribuição Marginal de uma venda adicional se some praticamente intacta ao LAJIR. 
A expressão matemática do GAO - Grau de Alavancagem Operacional, no curto prazo, é dada pela 
fórmula: 
Variação Percentual do LAJIR 
GAO =  
Variação Percentual nas Vendas 
 
Diz-se que um negócio ou empresa tem Alavancagem Operacional quando o seu grau de Alavancagem 
Operacional for superior a um: 
GAO > 1 
Isto ocorre sempre que existirem gastos fixos que devam ser cobertos pelas receitas independentemente 
dos volumes de vendas. 
Exemplificando: Considere-se dois negócios que apresentam o seguinte Demonstrativo de Resultados: 
 Negócio A Negócio B 
Vendas Físicas 10.000 10.000 
Faturamento Líquido 100.000 100.000 
 
Custo Variável 40.000 50.000 
Contribuição Marginal 60.000 50.000 
 
Gastos Fixos 30.000 20.000 
LAJIR 30.000 30.000 
 
Estes dois negócios apresentam a mesma margem operacional de 30% e proporcionam o mesmo lucro de 
$ 30.000 aos seus investidores. Entretanto, têm a seguinte diferença: 
A margem de contribuição do negócio A é 60%; os seus gastos fixos são $ 30.000. 
A margem de contribuição do negócio B é 50%; os seus gastos fixos são $ 20.000. 
Em resumo, para gerar o mesmo LAJIR com o mesmo faturamento, a margem de contribuição do 
negócio A é maior que do negócio B e os seus gastos fixos também são maiores. Isto significa que o negócio A tem 
maior Alavancagem Operacional que o negócio B. 
 
19 
 
Para ilustrar este fato, basta verificar o que acontece se ambos os negócios conseguirem aumentar as suas 
vendas em 10%. 
 
 Negócio A Negócio B 
Vendas Físicas 11.000 11.000 
Faturamento Líquido 
 
Custo Variável 
Contribuição Marginal 
 
Gastos Fixos 
LAJIR 
 
Para o mesmo aumento de 10% nas vendas, o LAJIR do negócio A aumentou 20% e o do negócio B 
aumentou 16,7%. 
O Grau de Alavancagem Operacional do negócio A, neste nível de faturamento, é: 
 
GAO (A) =  = 
 
E o Grau de Alavancagem Operacional do negócio B é: 
 
GAO (B) =  = 
 
Por conseguinte, quanto maior for o Grau de Alavancagem Operacional, maior será o risco econômico do 
investidor. 
No exemplo acima, podemos observar então que o risco econômico do investidor do negócio A é maior 
que o do negócio B pois o seu LAJIR apresenta maior variabilidade. 
Da mesma forma como um incremento no faturamento alavanca os lucros para cima, uma conjuntura 
desfavorável nas vendas derruba os resultados do negócio A. 
Para exemplificar, basta verificar o que aconteceria se as vendas dos dois negócios caíssem à metade: 
 Negócio A Negócio B 
Vendas Físicas 5.000 5.000 
Faturamento Líquido 50.000 50.000 
 
Custo Variável 20.000 25.000 
Contribuição Marginal 30.000 25.000 
 
Gastos Fixos 30.000 20.000 
LAJIR 0 5.000 
 
O negócio A operaria sem lucro operacional, enquanto o negócio B ainda teria um lucro de $ 5.000 para 
remunerar os seus investidores. 
 
20 
 
Usando as informações da queda das vendas e do LAJIR, podem ser agora recalculados os Graus de 
Alavancagem Operacional. O negócio A apresentou uma perda de 100% do seu LAJIR, enquanto o LAJIR do 
negócio B caiu 83,3% (de $ 30.000 para $ 5.000) quando as vendas diminuíram 50%. 
 
GAO (A) =  = 
 
 
GAO (B) =  = 
 
O Grau de Alavancagem Operacional pode igualmente ser calculado pela fórmula seguinte, que pode ser 
facilmente derivada da primeira, ao se admitir que os gastos variáveis variem de forma diretamente proporcional ao 
volume de vendas e os gastos fixos permanecem constantes embora o volume de vendas varie: 
Contribuição Marginal 
GAO =  
LAJIR 
 
No caso dos negócios A e B, esta fórmula daria: 
 
 
GAO (A) =   = 
 
 
 
GAO (B) =   = 
 
MARGEM DE SEGURANÇA 
A Alavancagem Operacional significa um risco para o negócio/empresa; este risco é tanto maior quanto 
mais próximo se encontre o volume de vendas do Ponto de Equilíbrio. 
Este risco pode ser calculado e expresso pela Margem de Segurança, que tem a seguinte fórmula: 
QV - QE 
MS =  
 QV 
Nesta fórmula, os símbolos representam: 
QV = Quantidade Vendida 
QE = Quantidade de EquilíbrioSempre que o negócio estiver operando acima do seu Ponto de Equilíbrio, o numerador será positivo e 
menor que o denominador. Logo: 
 
0 < MS < 1 
 
Quanto mais próximo de zero estiver a Margem de Segurança, maior o risco de o negócio entrar em 
prejuízo caso não consiga manter o seu volume de vendas. Quanto mais próximo de 1 a Margem de Segurança, menor 
este risco. 
 
21 
 
No exemplo do negócio A, o Ponto de Equilíbrio é de 5.000 unidades. Portanto, se o negócio estiver 
vendendo 10.000 unidades, a sua margem de Segurança será: 
 
MS =   = 
 
A Margem de Segurança, ainda na hipótese simplificadora que admite os gastos variáveis diretamente 
proporcionais ao volume de vendas e os gastos fixos constantes embora o volume de vendas varie, pode assumir uma 
outra forma: 
Margem Operacional 
MS =  
Margem de Contribuição 
 
 
No exemplo do negócio A, esta fórmula daria: 
 
MS =   = 
 
RESOLVA OS EXERCÍCIOS 
 
1) A empresa X, trabalha com produção de camisas e no período Y1, produziu 12.000 camisas. 
No período Y1, a empresa registrou os seguintes custos de produção: 
Tecidos para a produção $ 192.000,00 
Depreciação da fábrica $ 20.000,00 
Mão de obra da fábrica $ 15.000,00 
Botões para as camisas $ 12.000,00 
Custo das costureiras por camisa (terceirizadas) $ 4,50 
Linhas para as camisas $ 6.000,00 
Encargos sobre mão de obra 65,0 % 
Energia elétrica da fábrica $ 8.000,00 
 
Alem destes custos, a contabilidade registrou como despesas do período $ 7.500,00, devidamente pagas no período. 
As camisas foram vendidas com preço médio de $ 28,00 cada. 
No final do período X0 existiam em estoque, 3.000 camisas com custo variável de $ 22,00 cada e no final do período 
Y1 restaram 1.200 camisas em estoques. 
A empresa não mantém estoques de matérias primas. 
O patrimônio líquido da empresa é de $ 35.000,00 e os acionistas deixam claro que desejam pelo menos 10,0 % de 
remuneração sobre o capital investido. 
Com base nestas informações pede-se: 
a) Calcule o resultado do período Y1, e demonstre a movimentação dos estoques utilizando-se do método de custeio 
variável. 
b) Simule um novo resultado com um acréscimo de 3.000 camisas na produção mas mantendo o mesmo nível de 
estoques. 
c) Calcule o ponto de equilíbrio econômico, contábil e financeiro da empresa. 
d) Calcule o Grau de Alavancagem Operacional da empresa. 
 
2) Considerando as vendas do período X1: 
12.000 calças Jeans com preço de venda de $ 35,00 cada. 
 
22 
 
5.000 calças modelo social com preço de venda de $ 40,00 cada. 
O custo unitário variável de produção das unidades vendidas é de $ 28,00 para as calças jeans e de $ 27,00 para as 
calças modelo social. 
Os custos fixos do período foram identificados por produto e somam $ 70.000,00 para as calças jeans e $ 45.000,00 
para as calças modelo social. 
As despesas fixas do período somam $ 15.000,00, e a empresa calculou que deste total, $ 9.000 deveriam ser 
atribuídas as calças jeans e $ 6.000 deveriam ser atribuídas as calças modelo social. 
Com base nestas informações pede-se: 
a) Calcule o resultado do período utilizando-se do método de custeio variável. 
b) Calcule o ponto de equilíbrio contábil das calças modelo social e das calças jeans. 
c) Simule um novo resultado aumentando em 10 % a produção e vendas de calças jeans e em 15 % as vendas e 
produção das calças modelo social e calcule o Grau de Alavancagem Operacional. 
d) Simule um novo resultado reduzindo em 15 % a produção e vendas das calças jeans e em 10 % as vendas e 
produção das calças modelo social e recalcule o grau de alavancagem operacional 
 
 
3) Utilizando-se do Demonstrativo de Resultados em 2 instantes da empresa: 
Demonstrativo de Resultado do exercício - em $ 
Descrição Período 1 
Venda de 3.000 unidades 
Período 2 
Venda de 3.600 unidades 
Receita de vendas 4.200,00 5.040,00 
Custo variável das vendas 2.700,00 3.240,00 
Margem de contribuição 1.500,00 1.800,00 
Custo Fixo 750,00 750,00 
Lucro bruto 750,00 1.050,00 
Despesas fixas 300,00 300,00 
LAJIR 450,00 750,00 
 
Sabendo-se ainda que os custos fixos são compostos por: 
Salários com encargos $ 220,00 
Depreciação $ 150,00 
Energia elétrica $ 60,00 
Outros custos $ 320,00 
 
e que as despesas fixas são compostas por: 
Salários com encargos $ 80,00 
Depreciação $ 50,00 
Despesas com veículos $ 60,00 
Outros custos $ 110,00 
Pede-se: 
a) Demonstre o Grau de Alavancagem da empresa. 
b) Calcule o Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro da empresa, sabendo-se que seu patrimônio 
líquido é de $ 1.500,00 e que seus acionistas desejam uma remuneração mínima de 10 % sobre o capital investido. 
c) Calcule a Margem de Segurança obtida pela empresa nos 2 períodos. 
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
 
 
“É preciso que as diferenças não diminuam a amizade e que a 
amizade não diminua as diferenças” 
(Simone Weil) 
 
 
MÉTODOS DE FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
 
Em economia sujeita a inflação, a venda a preço superior aos custos de aquisição e/ou fabricação pode 
determinar a ilusão monetária de lucro; na formação do preço, como se deve partir de considerações de custo, devem 
ser tomadas precauções especiais visando à atualização dos custos de compras e/ou produção. 
São adotados pelas empresas os seguintes métodos para a formação de preços. 
 
 - Método baseado no custo da mercadoria. 
 - Método baseado nas decisões das empresas concorrentes. 
 - Método baseado nas características do mercado. 
 - Método misto. 
 
 
Método Baseado no custo da mercadoria. 
 
O método baseado no custo da mercadoria é o mais comum na pratica dos negócios. Se a base for o custo total, 
a margem adicionada deve ser suficiente para cobrir os lucros desejados pela empresa. 
Se a base for os custos e despesas variáveis, a margem adicionada deve cobrir, além dos lucros, os custos fixos. 
O processo de adicionar margem fixa a um custo-base é geralmente conhecido pela expressão mark-up. Esse 
método é muito usado no comércio atacadista e varejista. O método é simples, mas pode levar a administração a 
tomar decisões que muitas vezes não condizem com a realidade dos negócios. Quando o processo mark-up é adotado 
pela indústria, é calculado em função do custo de produção; a margem fixa serviria para cobrir os lucros e demais 
gastos. 
Método baseado nas decisões das empresas concorrentes. 
Em qualquer método de determinação de preços, o preço encontrado, deve ser comparado com os preços das 
empresas concorrentes, que porventura existam no mercado. Esse método pode ser desdobrado em: 
 
a) Método do preço corrente: É adotado para casos de produtos vendidos por um mesmo preço por todos os 
concorrentes. Essa homogeneidade no preço pode decorrer de questões de costume, ou de características 
econômicas do ramo (oligopólio, convênio de preços etc.) 
 
24 
 
b) Método de imitação de preços: Esse método prevê que os mesmos sejam adotados por uma empresa concorrente 
selecionada no mercado. Isso ocorre muitas vezes em razão da falta de conhecimento técnico para a sua 
determinação ou custo da informação. 
c) Método de preços agressivos: O método de preços agressivos ocorre quando um grupo de empresas concorrentes 
estabelece a tendência de uma redução drástica de preços até serem atingidos, em certos casos, níveis 
economicamente injustificáveis abaixo do custo das mercadorias. A redução drástica de preços, com o objetivo de 
destruir a concorrência, pode ser contestada judicialmente por caracterizar a prática de dumping, providencia 
tomada principalmente no comércio internacional. 
d) Métodode preços promocionais: O método de preços promocionais caracteriza a situação em que as empresas 
oferecem certas mercadorias (caso típico de supermercados) a preços tentadores com o intuito de atrair para o 
local de venda; dessa forma intensificando o tráfego de clientes potenciais, em função do que estimulam as vendas 
de outros artigos a preços normais. 
 
Método Baseado nas Características do Mercado 
O método baseado nas características do mercado exige conhecimento profundo do mercado por parte da 
empresa. O conhecimento do mercado permite ao administrador decidir se venderá o seu produto a um preço mais 
alto, de modo que possa atrair as classes economicamente mais elevadas, ou a um preço popular para que possa atrair 
a atenção das camadas mais pobres. 
 
Método Misto 
O método misto para a formação de preços deve observar a combinação dos seguintes fatores: 
- Custos envolvidos; 
- Decisões de concorrência; 
- Características do mercado. 
 
Seria bastante temeroso para a administração de uma empresa estabelecer preços sem a combinação desses 
fatores. Cedo ou tarde ela teria de arcar com as consequências de sérios erros que poderiam deixar de ser cometidos. 
 
 
Aspectos Gerais para a Formação do Preço de Venda 
 
O problema da formação dos preços está ligado às condições de mercado, às exigências governamentais, aos 
custos, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido (lucro). 
 
O cálculo do preço de venda deve levar a um valor: 
- que traga à empresa a maximização dos lucros; 
- que seja possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado àquele preço determinado; 
- que melhor aproveite os níveis de produção etc. 
 
Condições que devem ser observadas na formação do preço venda: 
- forma-se um preço base; 
 
25 
 
- critica-se o preço-base à luz das características existentes do mercado, como preço dos concorrentes, 
volume de vendas, prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos promocionais etc.; 
- testa-se o preço às condições do mercado, levando-se em consideração as relações custo/volume/lucro e 
demais aspectos econômicos e financeiros da empresa; 
- fixa-se o preço mais apropriado com condições diferenciadas para atender: 
 - volumes diferentes; 
 - prazos diferentes de financiamento de vendas; 
 - descontos para prazos mais curtos; 
 - comissões s/venda para cada condições. 
 
Fatores que Interferem na Formação do Preço de Venda 
 
Na missão de formar o preço de venda, devem ser levados em conta os seguintes fatores: 
- a qualidade do produto em relação às necessidades do mercado consumidor 
- a existência de produtos substitutos a preços mais competitivos; 
- a demanda esperada do produto; 
- o mercado de atuação do produto 
- o controle de preços impostos pelo CIP - Conselho Interministerial de Preços; 
- os níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar; 
- os custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto; 
- os níveis de produção e de venda desejados etc. 
 
 
Formação do Mark-up e do Preço de Venda a vista 
 
O Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. 
O confeiteiro, por exemplo, aplica o índice 2 sobre o custo de produção de um quilo de bolo para a formação 
do preço de venda. 
O dono de um bar aplica o índice 1,5 sobre o preço de compra de determinado litro de bebida, também para 
formar o preço de venda. 
Esses dois casos servem para caracterizar objetivamente o que vem a ser o mark-up. 
 
Finalidade do mark-up 
 
O mark-up tem por finalidade cobrir as seguintes contas: 
- impostos sobre vendas; 
- taxas variáveis sobre vendas; 
- despesas administrativas fixas; 
- despesas de vendas fixas; 
- custos indiretos de produção fixos; 
- lucro. 
 
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Formação do mark-up para venda a vista 
 
Vamos admitir que determinada empresa tenha incorrido nos seguintes gastos para produzir e vender 
determinado produto: 
- Matéria-prima $ 700,00 
- Outros custos (MOD + CIP variável) $ 300,00 $ 1.000,00 
Devem ser levadas em consideração as seguintes taxas hipotéticas, para a formação do mark-up do produto 
exemplificado. 
 
ICMS 17,00 % 
PIS 0,75 % 
COFINS 3,00 % 
Comissão s/vendas 3,90 % 
Impostos e taxas sobre vendas (ITV) = 24,65 % 
 
Despesas administ.fixas 2,00 % 
Despesas de vendas fixas 5,00 % 
Custos ind. prod. fixos 5,00 % 
Lucro 15,00 % 
Margem de Contribuição 27,00 % 
 
TOTAL (24,65% + 27,00%) = 51,65 % 
 
PEDE-SE: 
1º) Mark-up divisor. 
2º) Mark-up multiplicador. 
3º) Preço de venda com base no mark-up multiplicador e pelo mark-up divisor. 
4º) Comprovação da margem de contribuição de 27%. 
 
SOLUÇÃO: 
 
CONTAS COMPOSIÇÃO DAS CONTAS 
Preço de venda 100,00 % 
(-) ICMS 17,00 % 
(-) PIS 0,75 % 
(-) COFINS 3,00 % 
(-) Comissão s/vendas 3,90 % 
(-) Despesas Administrativas fixas 2,00 % 
(-) Despesas de vendas fixas 5,00 % 
(-) Custos indiretos de produção fixos 5,00 % 
(-) Lucro 15,00 % 
1º) Mark-up divisor (100 % - 51,65 %) = 48,35 % ou 0,4835 
 
2º) Mark-up multiplicador (100% / 48,35%) = 2,06825 
 
 
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3º) Preço de venda com base no: 
Mark-up multiplicador 
 Matéria-prima $ 700,00 
 (+) Outros custos diretos $ 300,00 
TOTAL $ 1.000,00 
(x) Mark-up multiplicador 2,06825 
(=) Preço de venda a vista $ 2.068,25 
 
Mark-up divisor 
 Matéria-prima $ 700,00 
(+) Outros custos diretos $ 300,00 
 TOTAL $ 1.000,00 
(/) Mark-up divisor 48,35% ou 0,4835 
 (=) Preço de venda a vista $ 2.068,25 
 
4º) Comprovação da margem de contribuição de 27%: 
 
 Demonstração de resultado ( por unidade) 
 
Preço de venda $ 2.068,25 100,00 % 
(-) ICMS $ 351,60 17,00 % 
(-) PIS $ 15,51 0,75 % 
(-) COFINS $ 62,05 3,00 % 
(=) Preço líquido de venda $ 1.639,09 80,25 % 
(-) Total custos diretos $ 1.000,00 48,35 % 
(-) Comissão s/ vendas $ 80,66 3,90 % 
(=) Margem de contribuição $ 558,43 27,00 % 
EXERCÍCIOS 
 
1) A empresa PINHO S/A, produz carteira escolar. O diretor da empresa solicitou ao Departamento de Custos para 
calcular o preço de venda reposição, a vista e 30 dias. 
 
Dados Auxiliares: 
Para produzir cada carteira utiliza-se 0,7 metro de compensado e 1 Kg de cano de ferro. 
Preço de compra das matérias primas: 
- Compensado $ 15,00 p/mt a vista 
- Ferro $ 3,00 p.kg a vista 
- O preço das matérias primas contém 12% de ICMS. 
- Demais custos variáveis de produção 30,00 p/und. 
Outros dados 
- Frete sobre venda $ 1,50 por unidade 
- ICMS 17,00% 
- PIS 0,65% 
- COFINS 3,00% 
 
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- Comissão s/ venda 3,00% 
- Despesas Adm. 2,00% 
- Despesas venda fixas 4,00% 
- Margem de Lucro 10,00% 
- Despesas financeiras 5,00% ao mês. 
 
PEDE-SE: 
- Calcular o Mark-up divisor; 
- Calcular o Mark-up multiplicador; 
- Margem de contribuição; 
- Preço de venda a vista e 30 dias. 
- Lucro com a venda a vista de 4.000 und. 
 
EXERCÍCIO 02 
 
Determinada empresa deseja alterar a sua tabela de preços para a venda do produto "A". e dispõe das seguintes 
informações: 
 Preço de compra da matéria prima vista : $13,636 p/Kg 
 ICMS da matéria prima: % 12,00 
 Financeira prazo 30 dias % 6,00 
 Impostos e taxas incidentes sobre vendas 
 para pagamento a vista: % 20,00 
 Margem de Contribuição desejada: % 16,00 
 Volume de venda previsto: 500 Kg. 
 Custos fixos do período:$ 1.000,00 
 
Pede-se: 
 
1º) Preço por Kg, para venda à vista e para pagamento em 60 dias, considerando custo financeiro (juro composto) à 
razão de 6% ao mês. 
2º) Ponto de equilíbrio contábil. 
3º) Margem de segurança operacional. 
4º) Comprovação do percentual de lucro encontrado no item anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 7. ed. rev. São Paulo: Atlas, 2000. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Custos. São Paulo, Atlas, 1988. 
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George. & DATAR, Srikant M. Contabilidade de Custos. 9
a
 ed. Rio de Janeiro, 
LTC, 2000. 
SANTOS, Joel J. Formação do Preço e do Lucro. 4
a
 ed. São Paulo, Atlas, 1995. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 5ª ed. Curitiba, Saraiva, 1997. 
VICECONTI, Paulo E.V. & NEVES, Silvério das. Contabilidade de Custos. 6
a
 ed. São Paulo, Frase, 2000. 
LEONE, George S.G. Curso de Contabilidade de Custos. 2
a
 ed. São Paulo, Atlas, 2000. 
BERNARDI, Luiz Antônio. Política e Formação de Preços. São Paulo: Atlas, 1996 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
ALLORA, Franz. UP': unidade de medida da produção para custos e controles gerenciais das fabricações. São Paulo: 
Pioneira, 1995. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARTINS, Eliseu. & GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades 
por Ações. 3
a
 ed. São Paulo, Atlas, 1991. 
HORNGREN, Charles T. Contabilidade de Custos: Um Enfoque Administrativo. São Paulo, Atlas, 1986. 2
o
 vol. 
NAKAGAWA, Masayuki. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo, Atlas, 1991. 
Anais do IV Congresso Internacional de Custos. Vol. 1 e Vol. 2, Organização da UNICAMP/USP, São Paulo, 
Gráfica Unicamp, 1995.

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