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Embargos a execução - Processo civil

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EMBARGOS À EXECUÇÃO 
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Em face do pressuposto do direito líquido e certo e exigível, o processo de execução não comporta SENTENÇA, no sentido de ato resolutório do mérito.
O CONTRADITÓRIO existente na execução é limitado, restringe-se a aspectos formais do título ou à própria execução.
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Para resguardar os interesses do executado, o CPC contempla uma ação autônoma de conhecimento, denominada EMBARGOS DO DEVEDOR (EXECUTADO) – art. 915, CPC
Não se trata de defesa ou contestação, exercitada no bojo da execução, mas sim de ação autônoma, de natureza constitutiva, cuja finalidade é a desconstituição do título executivo ou simplesmente a desconstituição do ato expropriatório.
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Qualquer executado (cônjuge, fiador, sucessor, responsável, etc.) pode opor EMBARGOS, ainda que não seja devedor.
CONCEITO: é o meio de que dispõe o executado para impugnar os limites da execução, a validade do título ou do próprio processo executivo, bem assim a validade do ato expropriatório com base em fatos supervenientes à penhora.
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Art. 914 O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
Prazo: 15 dias
A ação de embargos é incidental em relação à execução.
Assim, em geral, deve ser processada e julgada pelo mesmo juízo do processo executivo .
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Art. 914, § 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.
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EMBARGOS À EXECUÇÃO 
Matérias arguíveis nos embargos à execução fundada em título extrajudicial (art. 917):
I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II – penhora incorreta ou avaliação errônea;
III – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV – retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;
V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
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PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS
Tal como ocorre em qualquer procedimento do processo de conhecimento, também nos embargos a forma de provocar a jurisdição se dá por meio de petição inicial escrita.
Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo da execução (competência funcional). Exceção: execução por carta.
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Serão autuados em apartado, porém em apenso.
A petição inicial deverá ser instruída com cópias de peças relevantes dos autos da execução.
Peças relevantes são aquelas indispensáveis ao julgamento da lide deduzida nos embargos, tais como petição inicial da execução, procuração dos advogados do exequente e do executado e título executivo.
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Excesso na Execução:
Artigo 917, § 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
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Distribuídos (por dependência), registrados e autuados (em apenso) os embargos são conclusos ao juiz.
O juiz então procede à cognição preliminar, consistente em verificar a presença dos pressupostos processuais, condições da ação de embargos, eventual prescrição da pretensão executiva ou de decadência do direito de opor embargos.
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Art. 918 O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I – quando intempestivos;
II – nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III – manifestamente protelatórios.
Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios.
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Estando em termos a petição, o juiz recebe os embargos, podendo atribuir efeito suspensivo.
 Art. 919 - CPC
§ 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 2º Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
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Art. 920 Recebidos os embargos:
I – o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias;
II – a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
III – encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.

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