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Aula 3 de Pratica Simulada I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL - ES 
Antônio, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrita no CPF/MF sob nº..., e Maria, brasileira, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrita no CPF/MF sob nº..., ambos residentes em Vila Velha, Espirito Santo, por seu advogado, com endereço profissional na (endereço completo), para fins do artigo 106, I do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor.
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo rito comum vem, em face de Jair, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrita no CPF/MF sob nº..., e Flávia, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedido pelo IFP, inscrito no CPF/MF sob nº..., residente em Vitória, Espirito Santo, na rua (endereço completo), e Joaquim, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrito no CPF/MF sob nº..., residente na rua, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
Os autores relatam que seus pais, Jair e Flavia, venderam para Joaquim, seu filho mais novo um imóvel, sem o consentimento dos demais descendentes, causando aos mesmos, efetivo prejuízo, pois o bem imóvel foi vendido pelo valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sendo que o valor desse imóvel na época foi avaliado por R$ 450.00000 (quatrocentos mil reais).
DOS FUNDAMENTOS
É anulável a venda realizada por ascendente a descendente sem o consentimento dos demais herdeiros (no caso, descendentes), nos termos do art. 496 do CC. 
Conforme o artigo 1845 do Código Civil: 
 “São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge”
 
Somente os herdeiros necessários têm garantido 50% dos bens do de cujus, isto é, o testador somente pode dispor de, no máximo, 50% de seus bens a outras pessoas que não sejam os herdeiros necessários, como elucida o artigo 1846 do Código Civil:
 “Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima” (BRASIL, 2002).
 
 Assim, “(...) havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade de seu patrimônio. A outra metade deverá obrigatoriamente ser deixada para os herdeiros necessários” (FIUZA, 2004, p.963).
Importante salientar que “(...) os herdeiros necessários receberão obrigatoriamente quinhões iguais”, isto é, a legítima “(...) será dividida igualmente entre os herdeiros necessários” (FIUZA, 2004, p.992).
 
 Contudo, “(...) é permitido ao ascendente deixar quinhões desiguais a seus herdeiros necessários, utilizando-se da metade disponível e desde que não a ultrapasse (a legítima: 50%)” (GONÇALVES, 235).
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, conforme abaixo: 
1 - A citação do Réu para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
2 – A citação do Réu para Audiência de Conciliação, nos termos do art. 334, do CPC;
3 - Que seja julgado procedente o pedido, para o fim de decretar a anulação do negócio jurídico da ação;
4 -A condenação do réu as custas processuais e honorários advocatícios no patamar de 20% sobre o valor da causa.
 
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá–se à causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais)
Nestes Termos,	
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB nº

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