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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Saudações, prezado aluno! Em nossa aula 2, resolveremos exercícios sobre regência e crase. Regência Nominal 1. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. Comentário – O emprego da preposição a (no lugar de “para”) para reger o complemento do adjetivo “fundamentais” deve fazer surgir a crase, pois ela se aglutina com o artigo “a” que determina o substantivo “sobrevivência”: “fundamentais à sobrevivência”. Resposta – Item errado. [...] Então, o estudo classifica essa drástica redução na 43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente, impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica. [...] Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital, 26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo “da” pode ser trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu sentido no texto. Comentário – A preposição “de”, que se contraiu com o artigo definido feminino “a”, decorre da regência do substantivo abstrato “defesa” (esse é um caso de regência nominal). A troca da preposição original por a não causa PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 2 prejuízos ao texto (permanece a ideia de que a estagnação econômica é defendida) e faz surgir a crase, que deve ser indicada pelo acento grave (`): “defesa a a estagnação” = “defesa à estagnação” Lemos em Cegalla (2008:487), por exemplo, que: “Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência. A escolha desta ou daquela preposição deve, no entanto, obedecer às exigências da clareza e da eufonia e adequar-se aos diferentes matizes do pensamento.” O que podemos entender quando o pesquisador diz "admitem mais de uma regência" e logo em seguida menciona "A escolha desta ou daquela preposição"? Devemos entender que mudança de preposição tem a ver com mudança de regência. Resposta – Item certo. [...] legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem 25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida social, incluída a capacidade intelectual necessária para conceber as normas adequadas à vida coletiva. Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau. In: Jornal de Resenhas, n.º 10 (com adaptações). 3. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” (L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por “adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. Comentário – Repare que, realmente, os dois adjetivos exigem a preposição “a” (atribuíveis a quê?; adequadas a quê?) para regerem seus respectivos PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 3 complementos: “a vida social” e “a vida coletiva”. Como esses complementos se fazem acompanhar pelo artigo definido “a” (que pelo próprio nome já transmite a ideia de determinação, restrição), as condições para o surgimento da crase estão todas satisfeitas. Resposta – Item certo. 1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por 265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil, 4 Argentina, Paraguai e Uruguai. O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional mostram que a entrada do país resultará em um bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão (aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e comércio global superior a US$ 300 bilhões. [...] Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008. 4. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige preposição a. Comentário – Na verdade, a preposição a é exigida pela regência do nome “adesão” (adesão de quem a quê?): “a adesão da Venezuela ao MERCOSUL”. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 4 5. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” (l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido. Comentário – O vocábulo “a” é preposição exigida pelo nome “superior” (superior a quê?), que é seguido por complemento: “superior a U$ 1 trilhão” e “superior a US$ 300 bilhões”. Resposta – Item errado. 6. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) “o relacionamento do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente relacionado”. O emprego da preposição a em “ao qual está diretamente relacionado” é exigido pela regência de “relacionado”. Comentário – Este é mais um caso de regência nominal. O adjetivo “relacionado”, que tem seu significado complementado pelo pronome relativo “o qual” (representante do substantivo “meio”) exige a preposição “a” (relacionada a quê?) para reger seu complemento. Resposta – Item certo. Como você está indo até agora? Caso não tenha entendido alguma explicação, sugiro que volte a ela imediatamente. Não prossiga sem que as dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tópico sobre regência verbal (faremos isso nas próximas linhas), é recomendável que você esteja seguro em relação ao que acabamos de estudar. Outras informações serão acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se acumulem. Regência Verbal 1 Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 5 experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. [...] Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). 7. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações sintático-semânticas para o verbo assistir. Comentário – Vamos aproveitar esta questão de prova para conhecer as acepções do verbo ASSISTIR. a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não assiste ao professor reclamar tanto. c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige preposição A) com sentido de SOCORRER,PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima. Repare o acento grave indicativo de crase (fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero gramatical). d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco anos resido em Brasília. Observe a presença da preposição “em” exigida pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com objeto indireto). Agora já podemos dar início ao comentário da questão propriamente dito. O gabarito oficial considerou este item anulado. Por quê? A parte final da declaração traz um conceito discutível. A ocorrência da crase, muito embora dependa realmente da regência do verbo ASSISTIR, deve-se PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 6 ainda pela presença do artigo feminino A que acompanha o substantivo “dissolução”. Não obstante, a admissão do verbo ASSISTIR como transitivo direto ou indireto só faz sentido se o tomarmos com os valores semânticos indicados em c). No contexto em que surge, essa concepção alteraria o sentido do que se pretende comunicar. Portanto, melhor seria a interpretação do verbo ASSISTIR como transitivo indireto, indicando a observação do fato exposto no período em que surge. Resposta – Item realmente mal formulado, melhor foi ter sido anulado mesmo. 8. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. a) “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi alcançado às 19 h 30 min. b) Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, “sem dúvida alguma, a diferença maior de votos resulta por legitimidade para o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os representantes”. Comentário – Alternativa A: apresenta dois problemas de regência verbal. O primeiro deles é o emprego da preposição “de” para reger o complemento da forma verbal “lembrou”. É comum que algumas pessoas se atrapalhem com o uso dos verbos LEMBRAR/ESQUECER. Isso ocorre porque esses verbos apresentam variados regimes. Vamos a eles! PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 7 a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxílio do pronome (parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada detalhe. Temos aqui: I) sujeito oculto: eu e ele; II) objeto direto: “o livro” e “cada detalhe”. b) Transitivos indiretos quando conjugados com auxílio de um pronome (parte integrante do verbo): Esqueci-me do livro. Lembrou-se de cada detalhe. O que temos agora? I) parte integrante do verbo: “me” e “se”; II) objeto indireto: “do livro”; “de cada detalhe”. c) Transitivos indiretos quando em construções nas quais a coisa esquecida assume a função de sujeito e a pessoa (normalmente representada pelo pronome oblíquo) representa o objeto indireto: Esqueceu- me o livro. Lembrou-me cada detalhe. Perceba: I) sujeito: “o livro” e “cada detalhe”; II) objeto indireto: “me”. De acordo com a explicação em A, você pode entender que o verbo “lembrou” é transitivo direto e a preposição “de” que o segue está “sobrando” no enunciado. Também está “sobrando” a preposição “de” que rege a oração subordinada substantiva predicativa “chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país”. A redação correta deve ser a seguinte: “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou que a expectativa inicial era chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22h, mas o índice foi alcançado às 19h30min. Voltemos agora nossas atenções para a alternativa B, em que há três problemas de regência verbal. A primeira diz respeito ao regime do verbo RESPONDER, que pode ser empregado como: a) Transitivo direto e indireto (exige preposição A) com objeto direto representado por coisa e objeto indireto representado por pessoa: Respondi o telegrama ao amigo. b) Transitivo indireto (exige preposição A) com relação à pergunta feita: Ele respondeu ao interrogatório. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8 c) Transitivo direto com relação ao que foi respondido ou à resposta dada: Ele respondeu que não iria à praia. Note a ausência da preposição A antes do complemento do verbo “responder” na passagem em surge, indicando erroneamente seu emprego como transitivo direto. E não é só isso: o verbo RESULTAR, transitivo indireto, rege preposição EM e não “por” como está no texto. Por último, o verbo CONGRATULAR é transitivo direto, isto é, seu complemento não necessita de preposição. Mas ele foi utilizado como verbo transitivo indireto. Caso seu emprego se desse com aspecto pronominal (congratular-se), seria também transitivo indireto, porém regendo preposição COM. O emprego da preposição “a” é completamente descabido. Resposta – Itens errados. [...] Para crescer mais e de maneira 13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações) 9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do complemento de “precisa” (l.13) indica que essa forma verbal está sendo usada em função de auxiliar, como em precisar construir. Comentário – Na verdade, a preposição de existe e o verbo precisar é principal e não integra nenhuma locução. Repare que ela esta aglutinou-se (“do”) com o pronome demonstrativo “o” (= aquilo) que surgiu antes do pronome relativo “que”. Cegalla (2008:513) ensina que a anteposição da preposição ao pronome demonstrativo tem a vantagem de tornar a frase mais PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 9 leve e eufônica. Ele afirma que é opcional repetir a preposição depois do verbo ser: “Do que ele menos se lembrava era da perfídia que os inspirou.” (Machado de Assis) Atente agora para as possíveis regências do verbo precisar: – TRANSITIVO INDIRETO com sentido de ter necessidade, necessitar: O país precisa de bons professores. Quem não precisa deles? Observação: quando acompanhado de infinitivo, a língua tende a dispensar a preposição: “Precisavam ser duros, virar tatus.” (Graciliano Ramos) “Precisava ter a cabeça fria.” (Machado de Assis) – TRANSITIVO DIRETO no sentido de indicar com exatidão: A testemunha não soube precisar a hora do acidente. Resposta – Item errado. 1 O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4 isto é, de objetos físicos, psíquicos,culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. [...] Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 10. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: [...] imaginar de que o real [...]. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 10 Comentário – Não é difícil perceber que o verbo “imaginar” é transitivo direto e que, por isso mesmo, seu complemento não vem regido por preposição (quem imagina, imagina algo). Logo, a preposição “de” não tem vez no segmento. Resposta – Item errado. 1 O poder político é produto de uma convenção, não da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens. [...] Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 11. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir “consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam. Comentário – A melhor maneira de perceber o equívoco é reescrever a passagem como a banca indica: “que consubstanciam na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens”. Antes, o adjetivo-particípio exigia a preposição “em” (consubstanciados em quê?). Agora, a forma verbal consubstanciam (consubstanciam o quê?) possui regência transitiva direta e dispensa a preposição. Resposta – Item errado. 1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido. O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos nossos recursos naturais, humanos e culturais. [...] Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 11 Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no complemento de pensar, como se vê em “pensar o Brasil” (l.1), indica uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria usado: pensar no Brasil. Comentário – Esta foi de lascar! Acostumados a utilizar o verbo pensar como transitivo indireto (pensar em), muitos candidatos erraram a questão. Portanto eis aqui uma excelente oportunidade para aprendermos um pouco mais sobre os regimes desse verbo. Como verbo INTRNASITIVO, ele se equivale a analisar, refletir, raciocinar. Exemplo: Antes de decidir, pense! Como verbo TRNASITIVO INDIRETO (ocorrência muito comum entre nós), exige a preposição em para reger seu complemento (objeto indireto) e significa imaginar, cogitar. Exemplo: “Quando penso em você fecho os olhos de saudade.” (Fágner) Como verbo TRANSITIVO DIRETO (uso menos comum), é sinônimo de cuidar, tratar. Exemplo: A equipe permaneceu pensando as vítimas do terremoto. Foi com o último sentido que o verbo pensar surgiu no texto da prova. Entenda-se: Aprendemos a tratar o Brasil como se ele fosse um gigante adormecido. Portanto o emprego dele também demonstra o uso formal da linguagem. Resposta – Item errado. [...] 4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 12 futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um 7 conjunto de valores e de necessidades. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 13. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição antes dos vocábulos “antecipação” (l.4) e “voluntarismo” (l.5), com a manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao texto. Comentário – A preposição a (“à” = a [prep.]+ a [art.]; “ao” = a [pre.]+ o [art.]) é uma exigência do verbo remeter (remeter a). Suprimi-la da aglutinação existente em “à antecipação” e da combinação em “ao voluntarismo” constitui erro de regência Resposta – Item errado. [...] [...] 14. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Em “à natureza”, o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza. Comentário – Sim, é isso mesmo. O verbo conectar é bitransitivo. Os termos “a sua moralidade” e “à natureza das coisas” são, respectivamente, objeto PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 13 direto e objeto indireto. Este é regido pela preposição a, mas nada impede o emprego da preposição com. Obviamente, a estrutura com (prep.) + a (art.) não faz surgir a crase. Resposta – Item certo. 15. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) “que os acidentes de trânsito no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de reais por ano”. O acento grave indicativo de crase em “à sociedade” justifica-se pela regência de “custam” e pela presença de artigo definido feminino singular. Comentário – Funciona como objeto indireto da forma verbal “custam” o termo “ao Estado e à sociedade”. Como tal, o objeto indireto veio regido por preposição (“a” – custam a quem?). Essa preposição contraiu-se com o artigo “a” que acompanha o substantivo “sociedade” (a + a), o que ocasionou a forma “à”. Resposta – Item certo. 1 A Organização dos Estados Americanos (OEA) naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 4 nova organização de países da América Latina e Caribe, que se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado 7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA corre o risco de perder vigência. [...] Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 14 Comentário – Usou-se o particípio do verbo avisar em construção de voz passiva. Perceba que “O poder de Washington” fora avisado de algo, ou seja, “de que a OEA corre o risco de perder vigência”. Resposta – Item certo. Crase Vamos agora estudar os casos de ocorrência (ou não) de crase, um fenômeno linguístico que consiste na pronúncia de vogais idênticas e sequenciais em uma mesma sílaba. Observe como isso se dá nos versos do poeta Casemiro de Abreu: “Teu pensamento é como o Sol que morre Há de cismando mergulhar-se em mágoas Durante a noite quando o orvalho desce.” Entretanto, o que nos interessa nesta aula são apenas os casos de crase envolvendo a preposição A e a vogal A, que recebem notação gráfica específica (acento grave): À. (1) Fomos à (a + a) festa de aniversário do nosso vizinho. Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome, seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado peloartigo feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave (`), como no exemplo acima. Analise estas questões de prova: PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15 17. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011) Emprega-se o sinal indicativo de crase em “corresponde à crescente transformação histórica” (l.1-2) porque (A) a expressão “história postal” (l.1) exige complemento antecedido por artigo definido feminino. (B) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, e a expressão que a complementa é precedida do artigo definido a. (C) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida da preposição a. (D) a forma verbal “transcorrer” exige complemento regido da preposição a. (E) a forma verbal “transcorrer” (l.1) foi transformada em substantivo pela anteposição do artigo “O”. Comentário – Está clara para você a relação estabelecida entre o termo regente (a forma verbal “corresponde”) e o termo regido (“a crescente transformação histórica do próprio país”)? O verbo reclamou a preposição a; o complemento dele é iniciado pelo artigo definido feminino a. Pronto, estão satisfeitas as condições para a ocorrência a crase: a + a = à. Resposta – B. [...] [...] 18. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) O emprego do sinal indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) manteria a correção gramatical do texto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 16 Comentário – Sim. Esta foi só para confirmar o que ensinei acima sobre a relação entre o termo regente (“Sujeitado”) e o termo regido (a residência forçada. Quem se sujeita se sujeita a [preposição] alguma coisa. Residência é palavra feminina que admite o artigo definido feminino a. Resposta – Item certo. 1 O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. [...] Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 19. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem complemento regido pela preposição a. Comentário – Sim, é verdade o que foi declarado. O adjetivo-particípio “oferecidos” reclama preposição a para reger seu complemento (oferecido a quem?). Como os termos regidos admitem a presença do artigo feminino (singular no primeiro caso e plural no segundo), a crase surge naturalmente: a + a = à; a + as = às. Resposta – Item certo. 20. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho “vem causando crescente apreensão às autoridades”, a ocorrência do acento grave deve-se à regência de “apreensão”. Comentário – Na verdade, a ocorrência do acento deve-se à regência do verbo causar – que foi usado como bitransitivo (causando o quê a quem?) e exigiu a preposição “a” para reger o objeto indireto (“as autoridades”) – e à PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 17 presença do artigo definido plural “as” que acompanha o substantivo “autoridades”. Resposta – Item errado. 21. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) “os dados reforçam tendências que vêm causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”. Em “autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, por para a. Comentário – Esta questão trata de regência nominal. O adjetivo “atentas” tem seu significado complementado pelo termo seguinte. Como todo complemento nominal, este veio introduzido por preposição (“a”). Já que a regência do nome “atentas” admite tanto a preposição a quanto a preposição para, a substituição mencionada pelo examinador não prejudica o texto. Ressalte-se que o artigo que surge na forma para a também está presente na forma “à”. Resposta – Item certo. 1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívida de US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional. 4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. [...] Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 22. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 18 Comentário – É isso mesmo. O advérbio “paralelamente” requer a preposição a (paralelamente a que?), que se aglutina com o artigo singular a que determina a expressão “Cúpula da América Latina e Caribe”. Resposta – Item certo. 1 A Alemanha vai enfrentar a pior recessão desde a 2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote de estímulo à economia. [...] Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 23. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela presença de artigo definido feminino. Comentário – Aqui o motivo é outro. A regência não é do verbo “planeja” (que nem sequer pede preposição, pois é transitivo direto); mas, sim, do substantivo “estímulo” (linha 3). Resposta – Item errado. 24. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos “chegou à sala de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo “referência”. Comentário – O texto aqui é desnecessário. Tanto o verbo “chegou” como o nome “referência” requerem a preposição para regerem seus respectivos complementos (chegou a onde?; referência a que?). Mas isso é só um lado da história. A ocorrência da crase depende ainda do vem depois. Como os termos seguintes são femininos e estão acompanhados pelo artigo definido “a”, a crase ocorre. Portanto, dizer que a crase se justifica pela regência da forma PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 19 verbal “chegou” e do substantivo “referência” é o mesmo que desconsiderar a segunda condição, que é essencial. O outro problema é dizer que a crase é facultativa. Experimente, por exemplo, substituir os termos femininos “a sala de aula” e “a xepa” por outros masculinos (não precisa haver relação semântica entre os termos substitutos e substituídos): “chegou ao auditório”; “referência ao mercado”. Eis a regrinha de ouro: se usamos ao(s) para o masculino, usamos à(s) para o gênero feminino. Resposta – Item errado. 1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso da técnica, com transformações profundas das noções de espaço e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em outro momento de grandes transformações da técnica e também de grandes descobertas [...] Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre “semelhante” e “aconteceu” permitem que o trecho “ao que” seja substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção gramatical do texto. Comentário – Convém entender primeiro o que há no trecho original. O adjetivo “semelhante” exige preposição a para reger seu complemento: “semelhante ao que aconteceu” (isso é um caso de regência nominal, como visto na primeira parte desta aula). O vocábulo “o” é pronome demonstrativo (= aquilo); o “que” é pronome relativo. A substituição do “o” por “aquilo” faz PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 20 aglutinarem-se a preposição exigida pelo adjetivo “semelhante” e a letra inicial do pronome relativo: “semelhante àquilo que aconteceu”. A tal aglutinação deve ser indicada por meio do acento grave indicativo de crase. Resposta – Item certo. 26. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010) “Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato”. O acento grave em “àquele” indica que “fato” está empregado de maneira determinada e específica, comportando o artigo definido. Comentário – A crase com os pronomes demonstrativos àquele, àquela e àquilo ocorre porque o “a” inicial desses pronomes se aglutina com a preposição “a” exigida por um verbo ou por um nome. Nesta questão, a preposição foi solicitada pelo verbo “atribuirá”, que a requereu para reger o seu objeto indireto. Resposta – Item errado. [...] país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma 22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia. André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações). 27. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. Comentário – Você reparou que antes do pronome demonstrativo existe o adjetivo “semelhante”, que exige a preposição “a” (semelhante a quê?) para reger seu complemento? Portanto a fusão da preposição “a” com a letra inicial do demonstrativo “aquela” faz surgir obrigatoriamente “àquela”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 21 Resposta – Item certo. 1 Creio que há evidência contundente em favor do argumento de que os investimentos públicos em pesquisa científica têm tido um retorno bastante compensador em 4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se pode questionar, não somente quanto à aplicação de 7 conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. [...] Samuel Macdowell. Responsabilidade social dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações). 28. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em “à aplicação” (l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6). Comentário – As ocorrências da crase justificam-se por outro motivo. Na linha 6, o a final da locução prepositiva “quanto a” contraiu-se com o artigo definido feminino da expressões “a aplicação” (repare que caso semelhante corre em “quanto à distribuição”, nas linhas 7 e 8). Na linha 8, a crase surge em razão da regência do adjetivo “nocivas” (nocivas a quê?) e da presença do artigo definido feminino das expressões “a humanidade” e “a natureza”. Resposta – Item errado. [...] Enfrentam-se, teoricamente e na prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da 10 sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuição dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplicidade de PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 22 conhecimentos e de erros, às possibilidades de domínio dos 13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos conflitos. [...] Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 29. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a em “à aquisição” (l.11), “às possibilidades” (l.12) e “ao choque” (l.13) é exigida por “Enfrentam-se” (l.8); por isso, sua repetição é importante, pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático. Comentário – O erro está na indicação do termo regente. A preposição integra a locução prepositiva “devido a” (l. 10). Observe que a crase decorre da aglutinação entre a preposição a e os artigos a e as que determinam os substantivos “aquisição” e “possibilidades”. Note bem: “...devido aos efeitos..., à aquisição..., às possibilidades... e ao choque...”. Resposta – Item errado. [...] 34 O fenomenal crescimento da economia mundial no decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento global de consequências 37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de 40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para plantar. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23 Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 30. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal indicativo de crase na expressão “à espera” (l.43) é obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto. Comentário – O examinador fez duas afirmativas: uma quanto à obrigatoriedade do acento indicativo de crase e outra a respeito do prejuízo semântico causado pela sua retirada. A primeira afirmativa é verdadeira, pois estamos diante da locução prepositiva feminina “à espera de” (nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, o acento grave é empregado independentemente da relação entre termo regente e termo regido). Agora, experimente retirá-lo: “...4,8 milhões de famílias sem-terra estão a espera do chão para plantar”. A informação tem sua clareza prejudicada. É possível argumentar em favor da existência de uma espera: “a espera do chão”, com a finalidade de plantar. Assim, a passagem perderia a coesão e a coerência adequadas, ficaria inconclusa (“a espera do chão para plantar” – e daí?), e teria, repito, seu sentido prejudicado. A segunda afirmativa também é verdadeira. Resposta – Item certo. 1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoraçãodos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício do trabalho. [...] Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 31. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o acento grave na preposição a, logo depois de “visando”, porque o verbo “evitar” não admite o artigo definido feminino. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 24 Comentário – Questão fácil. A crase não ocorre diante de verbo realmente porque ele não admite artigo. O “a” é preposição. Resposta – Item certo. 32. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) “Estudos a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista”. A ausência de sinal indicativo de crase no segmento “a classes” indica que foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver emprego do artigo feminino. Comentário – Sim, é isso mesmo. Lembre-se de que não existe crase na estrutura SINGULAR + PLURAL. Nesse caso, o a que surge é apenas preposição e o substantivo não se faz acompanhar de artigo. Resposta – Item certo. 33. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) “É preciso partir da vida. Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo, frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar”. A coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se proceda à inserção do sinal indicativo de crase em “a duas”. Comentário – Mais uma vez a banca examinadora nos apresentou a estrutura SINGULAR + PLURAL, diante da qual não existe crase. O “a” é preposição que integra a locução prepositiva “frente a”. Para haver crase é preciso que haja também o artigo feminino a(s): ...frentes às duas tendências... Resposta – Item errado. 34. (Cespe/TRE-ES/Técnico – Operação de Computadores/2011 – adaptada) Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 25 Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção gramatical. A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre outros. Comentário – O Cespe não se cansa de apresentar este tipo de questão envolvendo a estrutura SINGULAR + PLURAL (“à cargos”), diante da qual não existe crase. Resposta – Item errado. [...] 35. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Seriam desrespeitadas as regras gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (l.4), o vocábulo “custa” por custas. Comentário – De novo!? Não existe crase com SINGULAR + PLURAL (à custas de). Resposta – Item certo. 36. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do termo ‘essas’, em ‘a essas intervenções externas’, provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 26 Comentário – Se você está sentindo falta do texto, digo que ele não é necessário aqui. Acabei de dizer que a crase não ocorre antes do demonstrativo essa(s). Mas vamos retirar esse pronome do trecho indicado, conforme sugere a banca: a intervenções externas. Então, você acha mesmo que a mudança provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase? É claro que não! A crase não ocorre na estrutura SINGULAR + PLURAL (a intervenções). Na dúvida, volte ao ponto 7, exemplo (46). Resposta – Item errado. [...] 16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez [...] Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In: Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações). 37. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em ‘à imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. Comentário – Belíssima questão, apesar de algumas controvérsias por parte de alguns candidatos. O nome “sujeito” rege preposição “a”; mas o seu complemento pode ser usado sem o outro “a”, ou seja, sem a outra condição para que ocorra a crase. Em outras palavras, a expressão “imediata erosão” pode ser usada em sentido genérico. Compare com os exemplos abaixo: – Ele está sujeito a multa. (que tipo de multa?) – Ele está sujeito à (a + a) multa prevista no regulamento. (está claro que se trata de uma multa específica) O eminente gramático Cegalla (2008:277-8) nos ensina claramente que não há crase diante de nomes femininos “usados em sentido geral e indeterminado”. Entre os vários exemplos que ele nos fornece, estão estes que lemos a seguir: PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 27 – Depois comprara um cone de papel com pipocas recendentes a gordura vegetal. (Érico Veríssimo) – O exército dos invasores, semelhante a serpe monstruosa... (Alexandre Herculano) Resposta – Item errado. Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical. 38. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas. Comentário – No trecho “incentivo a economia” houve omissão do acento grave indicativo de crase, que se justifica pela contração da preposição a regida pelo nome “incentivo” (incentivo a quê?) e pelo artigo definido feminino a que acompanha o substantivo “economia”. Na expressão “à partir”, a crase é desautorizada, pois o vocábulo “partir” é verbo. Diante de verbo não há crase. O verbo obrigar foi usado como bitransitivo (obrigou alguém a algo). Seu objeto direto é o termo “a chanceler Angela Merkel”; seu objeto indireto (regido pela preposição a) é a oração iniciada pelo verbo “anunciar”. Note a ausência da preposição. Resposta – Item errado. 39. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 28 Comentário – A crase não deveria ocorrer diante do nome “Merkel”. Apesar de ser nome feminino, ele se refere a uma personagem ilustre. Mas a crase tem lugar na expressão “combate a crise”. O termo regente pede preposição a e o substantivo admite o artigo a. Resposta – Item errado. Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 40. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, afirmando que “o volume depetróleo que entra no mercado continua bem acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma pressão de queda com os preços sem precedentes”. Comentário – O verbo levar é transitivo indireto no sentido de acarretar ou conduzir e requer preposição a para reger seu complemento: “a destruição da demanda”. Como esse complemento admitiu o artigo definido a, a crase deveria ter sido indicada por meio do acento grave. Resposta – Item errado. 41. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o quanto à correção gramatical. “A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos [falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel, que já mostrou toda sua eficiência na eleição norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha.” PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 29 Comentário – O Cespe novamente explorou a regência do verbo levar, como na questão anterior. O detalhe agora é que o seu objeto indireto, regido pela preposição a, contém a palavra “Casa”. Quando ela vem seguida de determinante (“Casa Branca”), a crase é obrigatória (“levou Barack Obama à Casa Branca). Veja outro exemplo: Vou à casa florida. Quando a palavra casa vem sem nenhum determinante, a crase é proibida: Vou a casa imediatamente. Resposta – Item errado. Por hoje é só. Na próxima aula, os exercícios tratarão da sintaxe dos termos da oração. Antes disso, porém, espero suas dúvidas e sugestões. Fique com Deus e bons estudos! PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 30 Pontos Importantes da Matéria PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 31 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 32 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 33 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 34 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 35 Lista das Questões Comentadas [...] Omite-se, propositadamente, 7 que o mais longo período da história da vida humana foi orientado pela cooperação e solidariedade, valores fundamentais para a sobrevivência da espécie. [...] Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 1. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. [...] Então, o estudo classifica essa drástica redução na 43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente, impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica. [...] Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital, 26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo “da” pode ser trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu sentido no texto. [...] legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem 25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida social, incluída a capacidade intelectual necessária para conceber as normas adequadas à vida coletiva. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 36 Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau. In: Jornal de Resenhas, n.º 10 (com adaptações). 3. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” (L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por “adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. 1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por 265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil, 4 Argentina, Paraguai e Uruguai. O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional mostram que a entrada do país resultará em um bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão (aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e comércio global superior a US$ 300 bilhões. [...] Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008. 4. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige preposição a. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 37 5. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” (l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido. 6. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) “o relacionamento do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente relacionado”. O emprego da preposição a em “ao qual está diretamente relacionado” é exigido pela regência de “relacionado”. 1 Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. [...] Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). 7. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações sintático-semânticas para o verbo assistir. 8. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. a) “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi alcançado às 19 h 30 min. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 38 b) Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, “sem dúvida alguma, a diferença maior de votos resulta por legitimidadepara o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os representantes”. [...] Para crescer mais e de maneira 13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações) 9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do complemento de “precisa” (l.13) indica que essa forma verbal está sendo usada em função de auxiliar, como em precisar construir. 1 O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. [...] Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 10. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 39 forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: [...] imaginar de que o real [...]. 1 O poder político é produto de uma convenção, não da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens. [...] Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 11. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir “consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam. 1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido. O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos nossos recursos naturais, humanos e culturais. [...] Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no complemento de pensar, como se vê em “pensar o Brasil” (l.1), indica uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria usado: pensar no Brasil. [...] 4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 40 futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um 7 conjunto de valores e de necessidades. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 13. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição antes dos vocábulos “antecipação” (l.4) e “voluntarismo” (l.5), com a manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao texto. [...] [...] 14. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Em “à natureza”, o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza. 15. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) “que os acidentes de trânsito no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de reais por ano”. O acento grave indicativo de crase em “à sociedade” justifica-se pela regência de “custam” e pela presença de artigo definido feminino singular. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 41 1 A Organização dos Estados Americanos (OEA) naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 4 nova organização de países da América Latina e Caribe, que se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado 7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA corre o risco de perder vigência. [...] Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6). 17. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011) Emprega-se o sinal indicativo de crase em “corresponde à crescente transformação histórica” (l.1-2) porque (A) a expressão “história postal” (l.1) exige complemento antecedido por artigo definido feminino. (B) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, e a expressão que a complementa é precedida do artigo definido a. (C) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida da preposição a. (D) a forma verbal “transcorrer” exige complemento regido da preposição a. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 42 (E) a forma verbal “transcorrer” (l.1) foi transformada em substantivo pela anteposição do artigo “O”. [...] [...] 18. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) O emprego do sinal indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) manteria a correção gramatical do texto. 1 O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. [...] Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 19. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem complemento regido pela preposição a. 20. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho “vem causando crescente apreensão às autoridades”, a ocorrência do acento grave deve-se à regência de “apreensão”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 43 21. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) “os dados reforçam tendências que vêm causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”. Em “autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, por para a. 1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívida de US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional. 4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. [...] Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 22. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige preposiçãoa, e pela presença de artigo definido feminino singular. 1 A Alemanha vai enfrentar a pior recessão desde a 2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote de estímulo à economia. [...] Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 23. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela presença de artigo definido feminino. 24. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos “chegou à sala de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 44 regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo “referência”. 1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso da técnica, com transformações profundas das noções de espaço e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada 7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em outro momento de grandes transformações da técnica e também de grandes descobertas [...] Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre “semelhante” e “aconteceu” permitem que o trecho “ao que” seja substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção gramatical do texto. 26. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010) “Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato”. O acento grave em “àquele” indica que “fato” está empregado de maneira determinada e específica, comportando o artigo definido. [...] país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma 22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 45 André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações). 27. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. 1 Creio que há evidência contundente em favor do argumento de que os investimentos públicos em pesquisa científica têm tido um retorno bastante compensador em 4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se pode questionar, não somente quanto à aplicação de 7 conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. [...] Samuel Macdowell. Responsabilidade social dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações). 28. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em “à aplicação” (l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6). [...] Enfrentam-se, teoricamente e na prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da 10 sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuição dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplicidade de conhecimentos e de erros, às possibilidades de domínio dos 13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos conflitos. [...] Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 46 29. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a em “à aquisição” (l.11), “às possibilidades” (l.12) e “ao choque” (l.13) é exigida por “Enfrentam-se” (l.8); por isso, sua repetição é importante, pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático. [...] 34 O fenomenal crescimento da economia mundial no decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento global de consequências 37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de 40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para plantar. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 30. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal indicativo de crase na expressão “à espera” (l.43) é obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto. 1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício do trabalho. [...] Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 47 31. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o acento grave na preposição a, logo depois de “visando”, porque o verbo “evitar” não admite o artigo definido feminino. 32. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) “Estudos a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista”. A ausência de sinal indicativo de crase no segmento “a classes” indica que foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver emprego do artigo feminino. 33. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) “É preciso partir da vida. Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo, frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar”. A coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se proceda à inserção do sinal indicativo de crase em “a duas”. 34. (Cespe/TRE-ES/Técnico – Operação de Computadores/2011 – adaptada) Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção gramatical. A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre outros. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br48 [...] 35. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Seriam desrespeitadas as regras gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (l.4), o vocábulo “custa” por custas. 36. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do termo ‘essas’, em ‘a essas intervenções externas’, provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. [...] 16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez [...] Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In: Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações). 37. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em ‘à imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. 38. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49 39. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise. Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 40. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, afirmando que “o volume de petróleo que entra no mercado continua bem acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma pressão de queda com os preços sem precedentes”. 41. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o quanto à correção gramatical. “A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos [falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel, que já mostrou toda sua eficiência na eleição norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha.” PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 50 Gabarito das Questões Comentadas 1. Item errado 2. Item certo 3. Item certo 4. Item errado 5. Item errado 6. Item certo 7. Item anulado 8. Itens errados 9. Item errado 10. Item errado 11. Item errado 12. Item errado 13. Item errado 14. Item certo 15. Item certo 16. Item certo 17. B 18. Item certo 19. Item certo 20. Item errado 21. Item certo 22. Item certo 23. Item errado 24. Item errado 25. Item certo 26. Item errado 27. Item errado 28. Item certo 29. Item errado 30. Item certo 31. Item certo 32. Item certo 33. Item errado 34. Item errado 35. Item certo 36. Item errado 37. Item errado 38. Item errado 39. Item errado 40. Item errado 41. Item errado
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