Buscar

Exercícios de Regência e Crase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1
Saudações, prezado aluno! 
Em nossa aula 2, resolveremos exercícios sobre regência e 
crase. 
Regência Nominal 
1. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “fundamentais para a 
sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. 
Comentário – O emprego da preposição a (no lugar de “para”) para reger o 
complemento do adjetivo “fundamentais” deve fazer surgir a crase, pois ela se 
aglutina com o artigo “a” que determina o substantivo “sobrevivência”: 
“fundamentais à sobrevivência”. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
Então, o estudo classifica essa drástica redução na 
43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às 
atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente, 
impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica. 
 [...] 
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital, 
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo “da” pode ser 
trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu 
sentido no texto. 
Comentário – A preposição “de”, que se contraiu com o artigo definido 
feminino “a”, decorre da regência do substantivo abstrato “defesa” (esse é um 
caso de regência nominal). A troca da preposição original por a não causa 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 2
prejuízos ao texto (permanece a ideia de que a estagnação econômica é 
defendida) e faz surgir a crase, que deve ser indicada pelo acento grave (`): 
“defesa a a estagnação” = “defesa à estagnação” 
Lemos em Cegalla (2008:487), por exemplo, que: 
“Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma 
regência. A escolha desta ou daquela preposição deve, no 
entanto, obedecer às exigências da clareza e da eufonia e 
adequar-se aos diferentes matizes do pensamento.” 
O que podemos entender quando o pesquisador diz "admitem 
mais de uma regência" e logo em seguida menciona "A escolha desta ou 
daquela preposição"? Devemos entender que mudança de preposição tem a 
ver com mudança de regência. 
Resposta – Item certo. 
 [...] 
legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito 
além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem 
25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida 
social, incluída a capacidade intelectual necessária para 
conceber as normas adequadas à vida coletiva. 
Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau. 
In: Jornal de Resenhas, n.º 10 (com adaptações). 
3. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego 
do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” 
(L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por 
“adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, 
nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. 
Comentário – Repare que, realmente, os dois adjetivos exigem a preposição 
“a” (atribuíveis a quê?; adequadas a quê?) para regerem seus respectivos 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 3
complementos: “a vida social” e “a vida coletiva”. Como esses complementos 
se fazem acompanhar pelo artigo definido “a” (que pelo próprio nome já 
transmite a ideia de determinação, restrição), as condições para o surgimento 
da crase estão todas satisfeitas. 
Resposta – Item certo. 
1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por 
265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela 
ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil, 
4 Argentina, Paraguai e Uruguai. 
O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, 
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria 
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. 
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 
10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um 
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão 
(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e 
 comércio global superior a US$ 300 bilhões. 
 [...] 
Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008. 
4. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao 
MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige 
preposição a. 
Comentário – Na verdade, a preposição a é exigida pela regência do nome 
“adesão” (adesão de quem a quê?): “a adesão da Venezuela ao MERCOSUL”. 
Resposta – Item errado. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 4
5. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” 
(l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido. 
Comentário – O vocábulo “a” é preposição exigida pelo nome “superior” 
(superior a quê?), que é seguido por complemento: “superior a U$ 1 trilhão” e 
“superior a US$ 300 bilhões”. 
Resposta – Item errado. 
6. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) “o relacionamento 
do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente 
relacionado”. O emprego da preposição a em “ao qual está diretamente 
relacionado” é exigido pela regência de “relacionado”. 
Comentário – Este é mais um caso de regência nominal. O adjetivo 
“relacionado”, que tem seu significado complementado pelo pronome relativo 
“o qual” (representante do substantivo “meio”) exige a preposição “a” 
(relacionada a quê?) para reger seu complemento. 
Resposta – Item certo. 
Como você está indo até agora? Caso não tenha entendido alguma 
explicação, sugiro que volte a ela imediatamente. Não prossiga sem que as 
dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tópico sobre regência 
verbal (faremos isso nas próximas linhas), é recomendável que você esteja 
seguro em relação ao que acabamos de estudar. Outras informações serão 
acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se acumulem. 
Regência Verbal 
1 Assistimos à dissolução dos discursos 
homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não 
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 
4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 5
experiência da vida, da cultura, da ciência ou da 
subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 
7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem 
 estáveis. [...] 
Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried 
Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). 
7. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de 
crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações 
sintático-semânticas para o verbo assistir. 
Comentário – Vamos aproveitar esta questão de prova para conhecer as 
acepções do verbo ASSISTIR. 
a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu 
complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. 
b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, 
TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não 
assiste ao professor reclamar tanto. 
c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, 
exige preposição A) com sentido de SOCORRER,PRESTAR ASSISTÊNCIA: O 
médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico 
assistiu à vítima. Repare o acento grave indicativo de crase (fusão da 
preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo 
gênero gramatical). 
d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco 
anos resido em Brasília. Observe a presença da preposição “em” exigida pelo 
verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo 
com objeto indireto). 
Agora já podemos dar início ao comentário da questão 
propriamente dito. O gabarito oficial considerou este item anulado. Por quê? A 
parte final da declaração traz um conceito discutível. A ocorrência da crase, 
muito embora dependa realmente da regência do verbo ASSISTIR, deve-se 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 6
ainda pela presença do artigo feminino A que acompanha o substantivo 
“dissolução”. 
Não obstante, a admissão do verbo ASSISTIR como transitivo 
direto ou indireto só faz sentido se o tomarmos com os valores semânticos 
indicados em c). No contexto em que surge, essa concepção alteraria o sentido 
do que se pretende comunicar. Portanto, melhor seria a interpretação do verbo 
ASSISTIR como transitivo indireto, indicando a observação do fato exposto 
no período em que surge. 
Resposta – Item realmente mal formulado, melhor foi ter sido anulado
mesmo. 
8. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que apresenta 
fragmento de texto gramaticalmente correto. 
a) “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que 
preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente 
lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% 
dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi 
alcançado às 19 h 30 min. 
b) Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do 
segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, 
“sem dúvida alguma, a diferença maior de votos resulta por legitimidade 
para o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos 
eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para 
exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os 
representantes”. 
Comentário – Alternativa A: apresenta dois problemas de regência verbal. O 
primeiro deles é o emprego da preposição “de” para reger o complemento da 
forma verbal “lembrou”. É comum que algumas pessoas se atrapalhem com o 
uso dos verbos LEMBRAR/ESQUECER. Isso ocorre porque esses verbos 
apresentam variados regimes. Vamos a eles! 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 7
a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxílio do 
pronome (parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada detalhe. 
Temos aqui: I) sujeito oculto: eu e ele; II) objeto direto: “o livro” e “cada 
detalhe”. 
b) Transitivos indiretos quando conjugados com auxílio de 
um pronome (parte integrante do verbo): Esqueci-me do livro. Lembrou-se de 
cada detalhe. O que temos agora? I) parte integrante do verbo: “me” e “se”; 
II) objeto indireto: “do livro”; “de cada detalhe”. 
c) Transitivos indiretos quando em construções nas quais a 
coisa esquecida assume a função de sujeito e a pessoa (normalmente 
representada pelo pronome oblíquo) representa o objeto indireto: Esqueceu-
me o livro. Lembrou-me cada detalhe. Perceba: I) sujeito: “o livro” e “cada 
detalhe”; II) objeto indireto: “me”. 
De acordo com a explicação em A, você pode entender que o 
verbo “lembrou” é transitivo direto e a preposição “de” que o segue está 
“sobrando” no enunciado. Também está “sobrando” a preposição “de” que rege 
a oração subordinada substantiva predicativa “chegar ao patamar de 90% dos 
votos totalizados em todo o país”. A redação correta deve ser a seguinte: 
“Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que 
preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente 
lembrou que a expectativa inicial era chegar ao patamar de 90% dos votos 
totalizados em todo o país às 22h, mas o índice foi alcançado às 19h30min. 
Voltemos agora nossas atenções para a alternativa B, em que 
há três problemas de regência verbal. A primeira diz respeito ao regime do 
verbo RESPONDER, que pode ser empregado como: 
a) Transitivo direto e indireto (exige preposição A) com 
objeto direto representado por coisa e objeto indireto representado por 
pessoa: Respondi o telegrama ao amigo. 
b) Transitivo indireto (exige preposição A) com relação à 
pergunta feita: Ele respondeu ao interrogatório. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8
c) Transitivo direto com relação ao que foi respondido ou à 
resposta dada: Ele respondeu que não iria à praia. 
Note a ausência da preposição A antes do complemento do 
verbo “responder” na passagem em surge, indicando erroneamente seu 
emprego como transitivo direto. 
E não é só isso: o verbo RESULTAR, transitivo indireto, rege 
preposição EM e não “por” como está no texto. Por último, o verbo 
CONGRATULAR é transitivo direto, isto é, seu complemento não necessita de 
preposição. Mas ele foi utilizado como verbo transitivo indireto. Caso seu 
emprego se desse com aspecto pronominal (congratular-se), seria também 
transitivo indireto, porém regendo preposição COM. O emprego da preposição 
“a” é completamente descabido. 
Resposta – Itens errados. 
 [...] Para crescer mais e de maneira 
13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é 
que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, 
carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 
16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de 
cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. 
Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio 
Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações) 
9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do 
complemento de “precisa” (l.13) indica que essa forma verbal está sendo 
usada em função de auxiliar, como em precisar construir. 
Comentário – Na verdade, a preposição de existe e o verbo precisar é 
principal e não integra nenhuma locução. Repare que ela esta aglutinou-se 
(“do”) com o pronome demonstrativo “o” (= aquilo) que surgiu antes do 
pronome relativo “que”. Cegalla (2008:513) ensina que a anteposição da 
preposição ao pronome demonstrativo tem a vantagem de tornar a frase mais 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 9
leve e eufônica. Ele afirma que é opcional repetir a preposição depois do verbo 
ser: 
“Do que ele menos se lembrava era da perfídia que os 
inspirou.” (Machado de Assis) 
Atente agora para as possíveis regências do verbo precisar: 
– TRANSITIVO INDIRETO com sentido de ter necessidade, 
necessitar: 
O país precisa de bons professores. Quem não precisa deles? 
Observação: quando acompanhado de infinitivo, a língua 
tende a dispensar a preposição: 
“Precisavam ser duros, virar tatus.” (Graciliano Ramos) 
“Precisava ter a cabeça fria.” (Machado de Assis) 
– TRANSITIVO DIRETO no sentido de indicar com exatidão: 
A testemunha não soube precisar a hora do acidente. 
Resposta – Item errado. 
1 O real não é constituído por coisas. Nossa 
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar 
que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 
4 isto é, de objetos físicos, psíquicos,culturais oferecidos à 
nossa percepção e às nossas vivências. [...] 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
10. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a 
correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da 
forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: [...] imaginar de que o real 
[...]. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 10
Comentário – Não é difícil perceber que o verbo “imaginar” é transitivo direto 
e que, por isso mesmo, seu complemento não vem regido por preposição 
(quem imagina, imagina algo). Logo, a preposição “de” não tem vez no 
segmento. 
Resposta – Item errado. 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
na liberdade e em outros bens. [...] 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
11. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do 
texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir 
“consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam. 
Comentário – A melhor maneira de perceber o equívoco é reescrever a 
passagem como a banca indica: “que consubstanciam na propriedade, na 
vida, na liberdade e em outros bens”. Antes, o adjetivo-particípio exigia a 
preposição “em” (consubstanciados em quê?). Agora, a forma verbal 
consubstanciam (consubstanciam o quê?) possui regência transitiva direta e 
dispensa a preposição. 
Resposta – Item errado. 
1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido. 
O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos 
 nossos recursos naturais, humanos e culturais. 
 [...] 
Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 11
Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no 
complemento de pensar, como se vê em “pensar o Brasil” (l.1), indica 
uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria 
usado: pensar no Brasil. 
Comentário – Esta foi de lascar! Acostumados a utilizar o verbo pensar como 
transitivo indireto (pensar em), muitos candidatos erraram a questão. Portanto 
eis aqui uma excelente oportunidade para aprendermos um pouco mais sobre 
os regimes desse verbo. 
Como verbo INTRNASITIVO, ele se equivale a analisar, 
refletir, raciocinar. Exemplo: 
Antes de decidir, pense! 
Como verbo TRNASITIVO INDIRETO (ocorrência muito 
comum entre nós), exige a preposição em para reger seu complemento (objeto 
indireto) e significa imaginar, cogitar. Exemplo: 
“Quando penso em você fecho os olhos de saudade.” (Fágner) 
Como verbo TRANSITIVO DIRETO (uso menos comum), é 
sinônimo de cuidar, tratar. Exemplo: 
A equipe permaneceu pensando as vítimas do terremoto. 
Foi com o último sentido que o verbo pensar surgiu no texto 
da prova. Entenda-se: Aprendemos a tratar o Brasil como se ele fosse um 
gigante adormecido. Portanto o emprego dele também demonstra o uso formal 
da linguagem. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa 
parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 12
futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um 
7 conjunto de valores e de necessidades. [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
13. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição 
antes dos vocábulos “antecipação” (l.4) e “voluntarismo” (l.5), com a 
manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao 
texto. 
Comentário – A preposição a (“à” = a [prep.]+ a [art.]; “ao” = a [pre.]+ o 
[art.]) é uma exigência do verbo remeter (remeter a). Suprimi-la da 
aglutinação existente em “à antecipação” e da combinação em “ao 
voluntarismo” constitui erro de regência 
Resposta – Item errado. 
[...] 
[...] 
14. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Em “à natureza”, o emprego do 
sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” está sendo utilizado 
com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria 
igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da 
preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de 
crase: com a natureza. 
Comentário – Sim, é isso mesmo. O verbo conectar é bitransitivo. Os termos 
“a sua moralidade” e “à natureza das coisas” são, respectivamente, objeto 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 13
direto e objeto indireto. Este é regido pela preposição a, mas nada impede o 
emprego da preposição com. Obviamente, a estrutura com (prep.) + a (art.) 
não faz surgir a crase. 
Resposta – Item certo. 
15. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) “que os acidentes de trânsito 
no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de 
reais por ano”. O acento grave indicativo de crase em “à sociedade” 
justifica-se pela regência de “custam” e pela presença de artigo definido 
feminino singular. 
Comentário – Funciona como objeto indireto da forma verbal “custam” o 
termo “ao Estado e à sociedade”. Como tal, o objeto indireto veio regido por 
preposição (“a” – custam a quem?). Essa preposição contraiu-se com o artigo 
“a” que acompanha o substantivo “sociedade” (a + a), o que ocasionou a 
forma “à”. 
Resposta – Item certo. 
1 A Organização dos Estados Americanos (OEA) 
naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento 
maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 
4 nova organização de países da América Latina e Caribe, que 
se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do 
Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado 
7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA 
corre o risco de perder vigência. [...] 
Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de 
preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6). 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 14
Comentário – Usou-se o particípio do verbo avisar em construção de voz 
passiva. Perceba que “O poder de Washington” fora avisado de algo, ou seja, 
“de que a OEA corre o risco de perder vigência”. 
Resposta – Item certo. 
Crase 
Vamos agora estudar os casos de ocorrência (ou não) de 
crase, um fenômeno linguístico que consiste na pronúncia de vogais idênticas 
e sequenciais em uma mesma sílaba. Observe como isso se dá nos versos do 
poeta Casemiro de Abreu: 
“Teu pensamento é como o Sol que morre 
Há de cismando mergulhar-se em mágoas 
Durante a noite quando o orvalho desce.” 
Entretanto, o que nos interessa nesta aula são apenas os casos de 
crase envolvendo a preposição A e a vogal A, que recebem notação gráfica 
específica (acento grave): À. 
(1) Fomos à (a + a) festa de aniversário do nosso vizinho. 
Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome, 
seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado peloartigo 
feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave (`), 
como no exemplo acima. Analise estas questões de prova: 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15
17. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011) Emprega-se o sinal indicativo 
de crase em “corresponde à crescente transformação histórica” (l.1-2) 
porque 
(A) a expressão “história postal” (l.1) exige complemento antecedido por 
artigo definido feminino. 
(B) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, 
e a expressão que a complementa é precedida do artigo definido a. 
(C) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida 
da preposição a. 
(D) a forma verbal “transcorrer” exige complemento regido da preposição a. 
(E) a forma verbal “transcorrer” (l.1) foi transformada em substantivo pela 
anteposição do artigo “O”. 
Comentário – Está clara para você a relação estabelecida entre o termo 
regente (a forma verbal “corresponde”) e o termo regido (“a crescente 
transformação histórica do próprio país”)? O verbo reclamou a preposição a; o 
complemento dele é iniciado pelo artigo definido feminino a. Pronto, estão 
satisfeitas as condições para a ocorrência a crase: a + a = à. 
Resposta – B. 
[...] 
[...] 
18. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) O emprego do sinal 
indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) 
manteria a correção gramatical do texto. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 16
Comentário – Sim. Esta foi só para confirmar o que ensinei acima sobre a 
relação entre o termo regente (“Sujeitado”) e o termo regido (a residência 
forçada. Quem se sujeita se sujeita a [preposição] alguma coisa. Residência é 
palavra feminina que admite o artigo definido feminino a. 
Resposta – Item certo. 
1 O real não é constituído por coisas. Nossa 
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar 
que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 
4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à 
nossa percepção e às nossas vivências. [...] 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
19. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa 
percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem 
complemento regido pela preposição a. 
Comentário – Sim, é verdade o que foi declarado. O adjetivo-particípio 
“oferecidos” reclama preposição a para reger seu complemento (oferecido a
quem?). Como os termos regidos admitem a presença do artigo feminino 
(singular no primeiro caso e plural no segundo), a crase surge naturalmente: a 
+ a = à; a + as = às. 
Resposta – Item certo. 
20. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho “vem causando crescente 
apreensão às autoridades”, a ocorrência do acento grave deve-se à 
regência de “apreensão”. 
Comentário – Na verdade, a ocorrência do acento deve-se à regência do 
verbo causar – que foi usado como bitransitivo (causando o quê a quem?) e 
exigiu a preposição “a” para reger o objeto indireto (“as autoridades”) – e à 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 17
presença do artigo definido plural “as” que acompanha o substantivo 
“autoridades”. 
Resposta – Item errado. 
21. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) “os dados reforçam tendências que vêm 
causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil 
da violência no país”. Em “autoridades atentas à evolução do perfil da 
violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo 
gramatical ou de sentido para o texto, por para a. 
Comentário – Esta questão trata de regência nominal. O adjetivo “atentas” 
tem seu significado complementado pelo termo seguinte. Como todo 
complemento nominal, este veio introduzido por preposição (“a”). Já que a 
regência do nome “atentas” admite tanto a preposição a quanto a preposição 
para, a substituição mencionada pelo examinador não prejudica o texto. 
Ressalte-se que o artigo que surge na forma para a também está presente na 
forma “à”. 
Resposta – Item certo. 
1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do 
Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívida de 
US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional. 
4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os 
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando 
Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. 
 [...] 
Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
22. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à 
Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige 
preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 18
Comentário – É isso mesmo. O advérbio “paralelamente” requer a preposição 
a (paralelamente a que?), que se aglutina com o artigo singular a que 
determina a expressão “Cúpula da América Latina e Caribe”. 
Resposta – Item certo. 
1 A Alemanha vai enfrentar a pior recessão desde a 
2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote 
de estímulo à economia. [...] 
Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
23. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à 
economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela 
presença de artigo definido feminino. 
Comentário – Aqui o motivo é outro. A regência não é do verbo “planeja” 
(que nem sequer pede preposição, pois é transitivo direto); mas, sim, do 
substantivo “estímulo” (linha 3). 
Resposta – Item errado. 
24. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos “chegou à sala 
de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal 
indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela 
regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo 
“referência”. 
Comentário – O texto aqui é desnecessário. Tanto o verbo “chegou” como o 
nome “referência” requerem a preposição para regerem seus respectivos 
complementos (chegou a onde?; referência a que?). Mas isso é só um lado da 
história. A ocorrência da crase depende ainda do vem depois. Como os termos 
seguintes são femininos e estão acompanhados pelo artigo definido “a”, a 
crase ocorre. Portanto, dizer que a crase se justifica pela regência da forma 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 19
verbal “chegou” e do substantivo “referência” é o mesmo que desconsiderar a 
segunda condição, que é essencial. 
O outro problema é dizer que a crase é facultativa. 
Experimente, por exemplo, substituir os termos femininos “a sala de aula” e “a 
xepa” por outros masculinos (não precisa haver relação semântica entre os 
termos substitutos e substituídos): “chegou ao auditório”; “referência ao 
mercado”. Eis a regrinha de ouro: se usamos ao(s) para o masculino, usamos 
à(s) para o gênero feminino. 
Resposta – Item errado. 
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso 
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço 
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no 
homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento 
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em 
outro momento de grandes transformações da técnica e também 
de grandes descobertas [...] 
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.). 
Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 
25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre 
“semelhante” e “aconteceu” permitem que o trecho “ao que” seja 
substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção
gramatical do texto. 
Comentário – Convém entender primeiro o que há no trecho original. O 
adjetivo “semelhante” exige preposição a para reger seu complemento: 
“semelhante ao que aconteceu” (isso é um caso de regência nominal, como 
visto na primeira parte desta aula). O vocábulo “o” é pronome demonstrativo 
(= aquilo); o “que” é pronome relativo. A substituição do “o” por “aquilo” faz 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 20
aglutinarem-se a preposição exigida pelo adjetivo “semelhante” e a letra inicial 
do pronome relativo: “semelhante àquilo que aconteceu”. A tal aglutinação 
deve ser indicada por meio do acento grave indicativo de crase. 
Resposta – Item certo. 
26. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010) 
“Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem 
ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato”. O 
acento grave em “àquele” indica que “fato” está empregado de maneira 
determinada e específica, comportando o artigo definido. 
Comentário – A crase com os pronomes demonstrativos àquele, àquela e 
àquilo ocorre porque o “a” inicial desses pronomes se aglutina com a 
preposição “a” exigida por um verbo ou por um nome. Nesta questão, a 
preposição foi solicitada pelo verbo “atribuirá”, que a requereu para reger o 
seu objeto indireto. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de 
Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma 
22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos, 
semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia. 
André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações). 
27. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no 
pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. 
Comentário – Você reparou que antes do pronome demonstrativo existe o 
adjetivo “semelhante”, que exige a preposição “a” (semelhante a quê?) para 
reger seu complemento? Portanto a fusão da preposição “a” com a letra inicial 
do demonstrativo “aquela” faz surgir obrigatoriamente “àquela”. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 21
Resposta – Item certo. 
1 Creio que há evidência contundente em favor do 
argumento de que os investimentos públicos em pesquisa 
científica têm tido um retorno bastante compensador em 
4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos 
científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se 
pode questionar, não somente quanto à aplicação de 
7 conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou 
nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à 
distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. 
 [...] 
Samuel Macdowell. Responsabilidade social 
dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, 
São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações). 
28. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em “à aplicação” 
(l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso 
obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6). 
Comentário – As ocorrências da crase justificam-se por outro motivo. Na 
linha 6, o a final da locução prepositiva “quanto a” contraiu-se com o artigo 
definido feminino da expressões “a aplicação” (repare que caso semelhante 
corre em “quanto à distribuição”, nas linhas 7 e 8). Na linha 8, a crase surge 
em razão da regência do adjetivo “nocivas” (nocivas a quê?) e da presença do 
artigo definido feminino das expressões “a humanidade” e “a natureza”. 
Resposta – Item errado. 
[...] Enfrentam-se, teoricamente e na 
prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da 
10 sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuição 
dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplicidade de 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 22
conhecimentos e de erros, às possibilidades de domínio dos 
13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos 
 conflitos. [...] 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
29. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a
em “à aquisição” (l.11), “às possibilidades” (l.12) e “ao choque” (l.13) é 
exigida por “Enfrentam-se” (l.8); por isso, sua repetição é importante, 
pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático. 
Comentário – O erro está na indicação do termo regente. A preposição 
integra a locução prepositiva “devido a” (l. 10). Observe que a crase decorre 
da aglutinação entre a preposição a e os artigos a e as que determinam os 
substantivos “aquisição” e “possibilidades”. Note bem: “...devido aos 
efeitos..., à aquisição..., às possibilidades... e ao choque...”. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no 
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias 
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências 
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro 
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais 
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de 
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios 
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais 
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para 
 plantar. 
 [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
30. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal 
indicativo de crase na expressão “à espera” (l.43) é obrigatório; portanto, 
sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto. 
Comentário – O examinador fez duas afirmativas: uma quanto à 
obrigatoriedade do acento indicativo de crase e outra a respeito do prejuízo 
semântico causado pela sua retirada. 
A primeira afirmativa é verdadeira, pois estamos diante da 
locução prepositiva feminina “à espera de” (nas locuções adverbiais, 
prepositivas e conjuntivas, o acento grave é empregado independentemente 
da relação entre termo regente e termo regido). 
Agora, experimente retirá-lo: “...4,8 milhões de famílias 
sem-terra estão a espera do chão para plantar”. A informação tem sua clareza 
prejudicada. É possível argumentar em favor da existência de uma espera: “a 
espera do chão”, com a finalidade de plantar. Assim, a passagem perderia a 
coesão e a coerência adequadas, ficaria inconclusa (“a espera do chão para 
plantar” – e daí?), e teria, repito, seu sentido prejudicado. A segunda 
afirmativa também é verdadeira. 
Resposta – Item certo. 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoraçãodos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
pelo exercício do trabalho. [...] 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
31. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o 
acento grave na preposição a, logo depois de “visando”, porque o verbo 
“evitar” não admite o artigo definido feminino. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 24
Comentário – Questão fácil. A crase não ocorre diante de verbo realmente 
porque ele não admite artigo. O “a” é preposição. 
Resposta – Item certo. 
32. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) “Estudos a respeito de riqueza e 
pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do 
ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista”. A 
ausência de sinal indicativo de crase no segmento “a classes” indica que 
foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver 
emprego do artigo feminino. 
Comentário – Sim, é isso mesmo. Lembre-se de que não existe crase na 
estrutura SINGULAR + PLURAL. Nesse caso, o a que surge é apenas 
preposição e o substantivo não se faz acompanhar de artigo. 
Resposta – Item certo. 
33. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) “É preciso partir da vida. 
Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo, 
frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar”. A 
coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se 
proceda à inserção do sinal indicativo de crase em “a duas”. 
Comentário – Mais uma vez a banca examinadora nos apresentou a estrutura 
SINGULAR + PLURAL, diante da qual não existe crase. O “a” é preposição 
que integra a locução prepositiva “frente a”. Para haver crase é preciso que 
haja também o artigo feminino a(s): ...frentes às duas tendências...
Resposta – Item errado. 
34. (Cespe/TRE-ES/Técnico – Operação de Computadores/2011 – adaptada) 
Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 25
Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção 
gramatical. 
A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos 
eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o 
patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio 
ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso 
de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre 
outros. 
Comentário – O Cespe não se cansa de apresentar este tipo de questão 
envolvendo a estrutura SINGULAR + PLURAL (“à cargos”), diante da qual 
não existe crase. 
Resposta – Item errado. 
[...] 
35. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Seriam desrespeitadas as regras 
gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (l.4), o 
vocábulo “custa” por custas. 
Comentário – De novo!? Não existe crase com SINGULAR + PLURAL
(à custas de). 
Resposta – Item certo. 
36. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do 
termo ‘essas’, em ‘a essas intervenções externas’, provocaria a 
necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 26
Comentário – Se você está sentindo falta do texto, digo que ele não é 
necessário aqui. Acabei de dizer que a crase não ocorre antes do 
demonstrativo essa(s). Mas vamos retirar esse pronome do trecho indicado, 
conforme sugere a banca: a intervenções externas. Então, você acha mesmo 
que a mudança provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase? 
É claro que não! A crase não ocorre na estrutura SINGULAR + PLURAL
(a intervenções). Na dúvida, volte ao ponto 7, exemplo (46). 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata 
erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez 
 [...] 
Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In: 
Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações). 
37. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em ‘à 
imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. 
Comentário – Belíssima questão, apesar de algumas controvérsias por parte 
de alguns candidatos. O nome “sujeito” rege preposição “a”; mas o seu 
complemento pode ser usado sem o outro “a”, ou seja, sem a outra condição 
para que ocorra a crase. Em outras palavras, a expressão “imediata erosão” 
pode ser usada em sentido genérico. Compare com os exemplos abaixo: 
– Ele está sujeito a multa. (que tipo de multa?) 
– Ele está sujeito à (a + a) multa prevista no regulamento. 
(está claro que se trata de uma multa específica) 
O eminente gramático Cegalla (2008:277-8) nos ensina 
claramente que não há crase diante de nomes femininos “usados em sentido 
geral e indeterminado”. Entre os vários exemplos que ele nos fornece, estão 
estes que lemos a seguir: 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 27
– Depois comprara um cone de papel com pipocas recendentes 
a gordura vegetal. (Érico Veríssimo) 
– O exército dos invasores, semelhante a serpe monstruosa... 
(Alexandre Herculano) 
Resposta – Item errado. 
Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens 
constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de 
S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical. 
38. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela 
Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será 
implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para 
obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas. 
Comentário – No trecho “incentivo a economia” houve omissão do acento 
grave indicativo de crase, que se justifica pela contração da preposição a
regida pelo nome “incentivo” (incentivo a quê?) e pelo artigo definido feminino 
a que acompanha o substantivo “economia”. 
Na expressão “à partir”, a crase é desautorizada, pois o 
vocábulo “partir” é verbo. Diante de verbo não há crase. 
O verbo obrigar foi usado como bitransitivo (obrigou alguém 
a algo). Seu objeto direto é o termo “a chanceler Angela Merkel”; seu objeto 
indireto (regido pela preposição a) é a oração iniciada pelo verbo “anunciar”. 
Note a ausência da preposição. 
Resposta – Item errado. 
39. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela 
perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e 
incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo 
hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 28
Comentário – A crase não deveria ocorrer diante do nome “Merkel”. Apesar 
de ser nome feminino, ele se refere a uma personagem ilustre. Mas a crase 
tem lugar na expressão “combate a crise”. O termo regente pede preposição a
e o substantivo admite o artigo a. 
Resposta – Item errado. 
Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O 
Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 
40. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, 
afirmando que “o volume depetróleo que entra no mercado continua bem 
acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da 
economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma 
pressão de queda com os preços sem precedentes”. 
Comentário – O verbo levar é transitivo indireto no sentido de acarretar ou 
conduzir e requer preposição a para reger seu complemento: “a destruição da 
demanda”. Como esse complemento admitiu o artigo definido a, a crase 
deveria ter sido indicada por meio do acento grave. 
Resposta – Item errado. 
41. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é 
adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o 
quanto à correção gramatical. 
“A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos 
[falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel, 
que já mostrou toda sua eficiência na eleição 
norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um 
processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer 
campanha.” 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 29
Comentário – O Cespe novamente explorou a regência do verbo levar, como 
na questão anterior. O detalhe agora é que o seu objeto indireto, regido pela 
preposição a, contém a palavra “Casa”. Quando ela vem seguida de 
determinante (“Casa Branca”), a crase é obrigatória (“levou Barack Obama à 
Casa Branca). Veja outro exemplo: 
Vou à casa florida. 
Quando a palavra casa vem sem nenhum determinante, a 
crase é proibida: 
Vou a casa imediatamente. 
Resposta – Item errado. 
Por hoje é só. Na próxima aula, os exercícios tratarão da sintaxe 
dos termos da oração. Antes disso, porém, espero suas dúvidas e sugestões. 
Fique com Deus e bons estudos! 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 30
Pontos Importantes da Matéria 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 31
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 32
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 33
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 34
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 35
Lista das Questões Comentadas 
[...] Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
fundamentais para a sobrevivência da espécie. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
1. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “fundamentais para a 
sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. 
 [...] 
Então, o estudo classifica essa drástica redução na 
43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às 
atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente, 
impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica. 
 [...] 
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital, 
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo “da” pode ser 
trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu 
sentido no texto. 
 [...] 
legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito 
além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem 
25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida 
social, incluída a capacidade intelectual necessária para 
conceber as normas adequadas à vida coletiva. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 36
Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau. 
In: Jornal de Resenhas, n.º 10 (com adaptações). 
3. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego 
do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” 
(L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por 
“adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, 
nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. 
1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por 
265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela 
ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil, 
4 Argentina, Paraguai e Uruguai. 
O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, 
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria 
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. 
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 
10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um 
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão 
(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e 
 comércio global superior a US$ 300 bilhões. 
 [...] 
Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008. 
4. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao 
MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige 
preposição a. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 37
5. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” 
(l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido. 
6. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) “o relacionamento 
do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente 
relacionado”. O emprego da preposição a em “ao qual está diretamente 
relacionado” é exigido pela regência de “relacionado”. 
1 Assistimos à dissolução dos discursos 
homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não 
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 
4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da 
experiência da vida, da cultura, da ciência ou da 
subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 
7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem 
 estáveis. [...] 
Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried 
Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). 
7. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de 
crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações 
sintático-semânticas para o verbo assistir. 
8. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que apresenta 
fragmento de texto gramaticalmente correto. 
a) “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que 
preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente 
lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% 
dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi 
alcançado às 19 h 30 min. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 38
b) Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do 
segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, 
“sem dúvida alguma, a diferença maior de votos resulta por legitimidadepara o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos 
eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para 
exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os 
representantes”. 
 [...] Para crescer mais e de maneira 
13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é 
que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, 
carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 
16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de 
cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. 
Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio 
Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações) 
9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do 
complemento de “precisa” (l.13) indica que essa forma verbal está sendo 
usada em função de auxiliar, como em precisar construir. 
1 O real não é constituído por coisas. Nossa 
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar 
que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 
4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à 
nossa percepção e às nossas vivências. [...] 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
10. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a 
correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 39
forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: [...] imaginar de que o real 
[...]. 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
na liberdade e em outros bens. [...] 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
11. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do 
texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir 
“consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam. 
1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido. 
O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos 
 nossos recursos naturais, humanos e culturais. 
 [...] 
Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio 
Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no 
complemento de pensar, como se vê em “pensar o Brasil” (l.1), indica 
uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria 
usado: pensar no Brasil. 
 [...] 
4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa 
parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 40
futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um 
7 conjunto de valores e de necessidades. [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
13. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição 
antes dos vocábulos “antecipação” (l.4) e “voluntarismo” (l.5), com a 
manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao 
texto. 
[...] 
[...] 
14. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Em “à natureza”, o emprego do 
sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” está sendo utilizado 
com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria 
igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da 
preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de 
crase: com a natureza. 
15. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) “que os acidentes de trânsito 
no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de 
reais por ano”. O acento grave indicativo de crase em “à sociedade” 
justifica-se pela regência de “custam” e pela presença de artigo definido 
feminino singular. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 41
1 A Organização dos Estados Americanos (OEA) 
naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento 
maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 
4 nova organização de países da América Latina e Caribe, que 
se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do 
Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado 
7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA 
corre o risco de perder vigência. [...] 
Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de 
preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6). 
17. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011) Emprega-se o sinal indicativo 
de crase em “corresponde à crescente transformação histórica” (l.1-2) 
porque 
(A) a expressão “história postal” (l.1) exige complemento antecedido por 
artigo definido feminino. 
(B) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, 
e a expressão que a complementa é precedida do artigo definido a. 
(C) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida 
da preposição a. 
(D) a forma verbal “transcorrer” exige complemento regido da preposição a. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 42
(E) a forma verbal “transcorrer” (l.1) foi transformada em substantivo pela 
anteposição do artigo “O”. 
[...] 
[...] 
18. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) O emprego do sinal 
indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) 
manteria a correção gramatical do texto. 
1 O real não é constituído por coisas. Nossa 
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar 
que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 
4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à 
nossa percepção e às nossas vivências. [...] 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
19. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa 
percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem 
complemento regido pela preposição a. 
20. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho “vem causando crescente 
apreensão às autoridades”, a ocorrência do acento grave deve-se à 
regência de “apreensão”. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 43
21. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) “os dados reforçam tendências que vêm 
causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil 
da violência no país”. Em “autoridades atentas à evolução do perfil da 
violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo 
gramatical ou de sentido para o texto, por para a. 
1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do 
Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívida de 
US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional. 
4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os 
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando 
Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. 
 [...] 
Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
22. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à 
Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige 
preposiçãoa, e pela presença de artigo definido feminino singular. 
1 A Alemanha vai enfrentar a pior recessão desde a 
2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote 
de estímulo à economia. [...] 
Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
23. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à 
economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela 
presença de artigo definido feminino. 
24. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos “chegou à sala 
de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal 
indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 44
regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo 
“referência”. 
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso 
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço 
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no 
homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento 
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada 
7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em 
outro momento de grandes transformações da técnica e também 
de grandes descobertas [...] 
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.). 
Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 
25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre 
“semelhante” e “aconteceu” permitem que o trecho “ao que” seja 
substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção
gramatical do texto. 
26. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010) 
“Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem 
ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato”. O 
acento grave em “àquele” indica que “fato” está empregado de maneira 
determinada e específica, comportando o artigo definido. 
 [...] 
país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de 
Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma 
22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos, 
semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 45
André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações). 
27. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no 
pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. 
1 Creio que há evidência contundente em favor do 
argumento de que os investimentos públicos em pesquisa 
científica têm tido um retorno bastante compensador em 
4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos 
científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se 
pode questionar, não somente quanto à aplicação de 
7 conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou 
nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à 
distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. 
 [...] 
Samuel Macdowell. Responsabilidade social 
dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, 
São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações). 
28. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em “à aplicação” 
(l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso 
obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6). 
[...] Enfrentam-se, teoricamente e na 
prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da 
10 sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuição 
dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplicidade de 
conhecimentos e de erros, às possibilidades de domínio dos 
13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos 
 conflitos. [...] 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 46
29. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a
em “à aquisição” (l.11), “às possibilidades” (l.12) e “ao choque” (l.13) é 
exigida por “Enfrentam-se” (l.8); por isso, sua repetição é importante, 
pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático. 
 [...] 
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no 
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias 
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências 
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro 
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais 
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de 
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios 
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais 
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para 
 plantar. 
 [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
30. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal 
indicativo de crase na expressão “à espera” (l.43) é obrigatório; portanto, 
sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto. 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
pelo exercício do trabalho. [...] 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 47
31. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o 
acento grave na preposição a, logo depois de “visando”, porque o verbo 
“evitar” não admite o artigo definido feminino. 
32. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) “Estudos a respeito de riqueza e 
pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do 
ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista”. A 
ausência de sinal indicativo de crase no segmento “a classes” indica que 
foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver 
emprego do artigo feminino. 
33. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) “É preciso partir da vida. 
Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo, 
frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar”. A 
coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se 
proceda à inserção do sinal indicativo de crase em “a duas”. 
34. (Cespe/TRE-ES/Técnico – Operação de Computadores/2011 – adaptada) 
Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal 
Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção 
gramatical. 
A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos 
eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o 
patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio 
ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso 
de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre 
outros. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br48
[...] 
35. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Seriam desrespeitadas as regras 
gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (l.4), o 
vocábulo “custa” por custas. 
36. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do 
termo ‘essas’, em ‘a essas intervenções externas’, provocaria a 
necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. 
 [...] 
16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata 
erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez 
 [...] 
Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In: 
Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações). 
37. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em ‘à 
imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. 
38. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela 
Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será 
implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para 
obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49
39. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela 
perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e 
incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo 
hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise. 
Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O 
Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 
40. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, 
afirmando que “o volume de petróleo que entra no mercado continua bem 
acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da 
economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma 
pressão de queda com os preços sem precedentes”. 
41. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é 
adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o 
quanto à correção gramatical. 
“A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos 
[falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel, 
que já mostrou toda sua eficiência na eleição 
norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um 
processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer 
campanha.” 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 50
Gabarito das Questões Comentadas 
1. Item errado 
2. Item certo 
3. Item certo 
4. Item errado 
5. Item errado 
6. Item certo 
7. Item anulado 
8. Itens errados 
9. Item errado 
10. Item errado 
11. Item errado 
12. Item errado 
13. Item errado 
14. Item certo 
15. Item certo 
16. Item certo 
17. B 
18. Item certo 
19. Item certo 
20. Item errado 
21. Item certo 
22. Item certo 
23. Item errado 
24. Item errado 
25. Item certo 
26. Item errado 
27. Item errado 
28. Item certo 
29. Item errado 
30. Item certo 
31. Item certo 
32. Item certo 
33. Item errado 
34. Item errado 
35. Item certo 
36. Item errado 
37. Item errado 
38. Item errado 
39. Item errado 
40. Item errado 
41. Item errado

Continue navegando