Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIAFRAGMA Noções de anatomia e fisiologia: Principal músculo da ventilação Revestimento: pleura parietal, pleura diafragmática, peritônio. Centro tendíneo – repouso do coração. Orificios: Hiato aórtico (ducto toácico e aorta) Hiato esofágico (esôfago e nervos vagos) Hiato da VCI Funções: 70% da CV Redução da pressão intratorácica – favorecimento do retorno venoso Aumento da pressão abdominal quando necessário – defecação, micção, acesso de tosse, trabalho de parto. Crianças < 1 ano – diafragma mais elevado do lado esquerdo – distenção gástrica. Alterações de posição podem ocorrer se causa patológica – distenção gasosa do estômago, ângulo esplênico, colon ou hepatomegalia. Dependem também do decúbito Fenômenos paradoxais: Fenômeno de Kienboek – elevação do músculo após esforço inspiratório. Avaliação da mobilidade: Exames dinâmicos – radioscopia (manobras), ultrassonografia Exames estáticos - radiografias de tórax com inspiração e expiração forçadas, tomografia computadorizada de tórax. Eletroneuromiografia: pesquisas Manobra de Valsava: expiração forçada com glote fechada (cúpulas elevam, cúpula hipotônica: inicialmente se eleva, depois rebaixa) Manobra de Muller: inspiração forçada com a glote fechada (cúpulas rebaixam, cúpula hipotônica – eleva-se) Exame Clínico: Sinais e sintomas: soluço, dor, dispneia. Dor: processo inflamatório na pleura diafragmática ou peritônio (colecistite, abscesso subfrênico) - Inervação sensorial: - nervos intercostais (T7—T12) dor localizada na área de projeção da cúpula afetada (hipocôndrios ou epigástricos) – sensibilidade periférica. - nervo frênico (C3-C5) dor relatada no pescoço e no ombro do mesmo lado afetado – sensibilidade central. * Dor localizada ou reflexa: grandes derrames pleurais e no dolicomegaesôfago. Dispneia: comprometimento de movimentação por qualquer causa. 70% da capacidade vital - Hérnias, eventrações, paralisia diafragmática, derrames pleurais, ascites volumosas e abscessos subfrênicos –deficiencia na ventilação pulmonar. Soluço: contração involuntária do diafragma + fechamento espasmódico da glote – prejuízo da passagem de ar para as vias respiratórias inferiores. Causas: hérnia ou eventração Uremia, hérnia hiatal, ingestão alcoólica, bebidas carbonatadas, meningites, encefalites, neoplasias cerebrais, pós-operatório de cirurgia abdominal, distúrbios HE. Inspeção: Mobilidade diafragmática: determinação da respiração abdominal ou torácica. Pacientes enfisematosos graves: retificação e paralisia das cúpulas diafragmáticas. Paralisia diafragmática, hérnias de grande volume e eventrações: redução da expansibilidade torácica no lado acometido. Percussão: avaliação da mobilidade radioscopia, ultrassonografia (exames dinâmicos), radiografias de tórax com inspiração e expiração forçadas e até mesmo por tomografia computadorizada de tórax (exames estáticos). Radioscopia: padrão ouro para avaliação da mobilidade. Ausculta: Ausência de murmúrio vesicular na base do hemitórax comprometido com paralisia (ocupação do espaço com conteúdo abdominal) Hérnia diafragmática: ruídos hidroaéreos intestinais (intestino Delgado ou colón) Doenças do diafragma: Causas: problemas de desenvolvimento, paralisias, paresias, deslocamentos, hérnias e tumores. Distúrbios do desenvolvimento: Regiões posterolaterais (forame de Bochdalek) Regiões médio-anteriores (forame de Morgagni) Eventração (elevação de cúpula) – defeitos nas formações musculares (homens, cúpula esquerda). ≠ paralisia diafragmática. Paralisias: Causa: qualquer anormalidade em qualquer nível ao longo do eixo neuromuscular. - Lesões do nervo frênico (Invasões por neoplasias pulmonares ou mediastinais, cirurgias, traumatismos, afecções, poliomielite, miastenia gravis, neuroviroses). - Alterções do SNC: esclerose múltipla, malformação de Arnold-Chiari, seringoielia e neurofibtomatose. Resultado: elevação da cúpula frênica + alteração de sua motilidade. Radioscopia, US, Cintilografia, RX de tórax (2 incidências) quando outros exames não são possíveis. Paresias: Alterações da posição e motilidade do diafragma – processos inflamatórios adjacentes (pneumonias basais, pleurite diafragmática, abscessos subfrênicos e peritonites) Abscessos subfrênicos: coleção purulenta, localizada imediatamente abaixo de uma das cúpulas diafragmáticas Causas: apendicite, colecistite, pancreatite, diverticulite, perfuração de vísceras ocas, traumatismo ou no pós-operatório de cirurgia abdominal. Manifestações: dor no hipocôndrio acometido, febre, queda do estado geral, rebaixamento do nível de consciência em pacientes de mais idade e leucocitose. Exame: US Drenagem: punção com anestesia local Deslocamentos: Causas: pressão na cavidade torácica ou abdominal - obesidade, gravidez, ascite, distensão intestinal, neoplasias, cistos volumosos e hepatoesplenomegalias. Pressão intratorácica: elevação da cúpula – atelectasias pulmonar, fibrotórax e pós-ressecções pulmonares (lobectomias e pneumonectomias). Presão intratorácica: rebaixamento da cúpula - pneumotórax hipertensivo, grandes derrames pleurais, neoplasias volumosas, enfisema grave e crises de asma Elevação unilateral: interposição de alças intestinais entre o fígado e a cúpula diafragmática direita (síndrome de Chlaiditi) Falsas elevações da cúpula diafragmática: derrames intrapulmonares – confunde-se com o fígado. Hérnias: Hérnias de hiato: Diagnostico: contraste esôfago-estomago-duodeno. Paraesofágica: menos comum Estômago se desloca, junção gastresofágica não se desloca. Esfíncter gastresofágico funciona normalmente – refluxo incomum Eructações gasosas, sensação de pressão na parte inferior do tórax pós-alimentação, palpitações em razão da arritmia cardíaca. Por deslizamento: Deslocamento do esfíncter gastresofágico (tração cranial exercida pelo esôfago) Refluxo frequente - esofagite. Dor em queimação retroesternal e epigástrica durante alimentação e durante o sono ou ao deitar-se. Disfagia (edema inflamatório) Atenuação: líquidos, posição ortostática Hérnias de Bochdalek: deficiência no fechamento posterolateral Órgãos herniados: intestino grosso, delgado, estomago. Período Neonatal: emergência cirúrgica (IR grave associada a abdome escavado) Adulto: Assintomática. Hérnias de Morgagni: porção anterolateral Associada a Obesidade Contém: Omento, colón transverso, estomago, intestino delgado ou fígado. Sintomas: desconforto ou pressão epigástrica e quase nunca produzem estrangulações ou obstruções de partes do trato gastrintestinal Hérnias traumáticas: trauma fechado ou penetrante, cúpula esquerda. - Cólon, intestino delgado, estômago, rins, baço e pâncreas DG tardio: dor torácica e dispneia. Principal sinal: ruídos hidroaéreosintestinais na topografia do tórax. Redução da expansibilidade torácica no hemitórax acometido, com hipertimpanismo, caso o cólon ou intestino delgado estejam presentes nesta localização. Tumores: Benignos: lipomas e cistos broncogênicos e teratomatosos. Malignos: sarcoma Dd: contorno semelhante à hérnia diafragmática, eventração ou lesões pleurais. Tumores torácicos ou abdominais podem acometer secundariamente o diafragma por invasão direta: broncogênicos, mesoteliomas ou outros que originam da parede torácica, tumores hepáticos, carcinomatose peritoneal, tumores do estômago, rim, suprarrenal, cólon, ovário, retroperitônio.
Compartilhar