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UNIDADE 01 - METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO

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Visão geral 
 
Apresentação da disciplina: 
Fundamentos técnicos e científicos da pesquisa em educação. 
Pesquisa educacional: abordagens quantitativa e qualitativa. Métodos 
e técnicas de pesquisa. Produção de trabalhos científicos e 
acadêmicos. 
 
Objetivo da Disciplina 
 Identificar os tipos de conhecimento; 
 Identificar os diferentes tipos de pesquisa; 
 Aplicar a pesquisa qualitativa; 
 Reconhecer os métodos e técnicas de pesquisa educacional. 
 Elaborar corretamente, dentro das normas da ABN, os trabalhos 
científicos e acadêmicos. 
 Conhecer as Normas da ABNT para citação de autores e elaboração 
de referências. 
 
 
Conteúdo Programático: 
1. Fundamentos técnicos e científicos da pesquisa em educação. 
2. Conceituação, delimitação e significação do conhecimento científico. 
3. Abordagens quantitativa e qualitativa da pesquisa. 
4. Métodos e Técnicas de Pesquisa. 
5. Elaboração de trabalhos científicos e acadêmicos 
6. Norma da ABNT para citação - NBR 10520 
7. Norma da ABNT para referência - NBR 6023 
 
Metodologia: 
Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão 
desenvolvidos por meio das Tele-Aulas de forma expositiva e 
interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula 
Atividade porChat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que 
estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos 
de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos 
e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento 
tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos 
independentes (auto estudo) além doMaterial do Impresso por 
disciplina. 
 
Avaliação Prevista: 
O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a tele-
aula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio, 
realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação presencial 
embasada em todo o material didático, tele-aula e web aula da 
disciplina. 
WEB AULA 1 
Unidade 1 – Apresentação formal de um trabalho científico 
Levantamento bibliográfico1 
Queridos alunos, nas nossas teleaulas, vamos discutir toda a parte da 
disciplina referente a tipos de conhecimento, métodos e pesquisa. Vamos 
também discutir os métodos e as técnicas de pesquisa. Na web aula 1 
comentarei sobre o levantamento bibliográfico, a elaboração do resumo e da 
resenha. São ferramentas de trabalho que auxiliam o pesquisador na 
elaboração e desenvolvimento do projeto de pesquisa. 
Vamos começar? 
Você sabe por que o levantamento bibliográfico é uma fase obrigatória em 
todas as pesquisas? 
Como você vai verificar no desenvolvimento desta web aula, o levantamento 
bibliográfico é a atividade de busca dos trabalhos, sobre diversos formatos 
(livros, periódicos, CDs, arquivos digitais etc.), sobre determinado assunto, 
possibilitando ao pesquisador conhecimento sobre o estado da arte do tema a 
ser pesquisado. 
Bem, já que você sabe qual é a finalidade do levantamento bibliográfico, 
podemos avançar e discutir como ele deve ser realizado. 
O levantamento bibliográfico, ou o levantamento das fontes de informação 
sobre o assunto, consiste em um procedimento técnico que compreende duas 
fases: fase preparatória e fase de execução. 
 A fase preparatória é dividida nas seguintes etapas: 
 Estudo do assunto - consiste principalmente na conceituação do assunto, 
definindo-se nesse momento os termos que o identificam. Para este estudo, 
deve-se recorrer aos dicionários, enciclopédias especializadas, compêndios e 
outras fontes de informação que se fizerem necessárias, bem como a 
pesquisadores da área. 
 Delimitações - podem ser de assunto, do período de tempo a ser levantado, 
da área geográfica, de idiomas e outras delimitações necessárias, para evitar o 
acesso a publicações que fujam ao âmbito da pesquisa. Dependendo do tipo 
de pesquisa que se pretende desenvolver, o período da busca pode ser 
limitado aos últimos cinco anos ou, no máximo, aos últimos dez anos. Isto 
porque informações mais antigas constam de compêndios e tratados, de 
assuntos já consagrados. 
 Estabelecimento das palavras-chave - as palavras-chave são termos pelos 
quais o assunto pode ser procurado, devendo o pesquisador ter cuidado 
especial com a terminologia e a sinonímia envolvidas no trabalho, para 
encontrar facilmente as informações, tanto em vernáculo como em idiomas 
estrangeiros. 
 Tradução dos termos - para a linguagem documentária e/ou para outros 
idiomas, de acordo com as fontes de busca utilizadas. É necessário 
estabelecer a correspondência exata das palavras para a linguagem 
documentária bem como para outros idiomas, utilizando-se de lista de termos 
controlados (cabeçalho de assunto); dicionários bilíngues, tratados, 
compêndios etc. 
 Estudo das fontes - manuais e/ou automatizadas. As fontes arrolam 
referências bibliográficas do que já foi produzido e publicado sobre 
determinado assunto. O levantamento das fontes de informação deve ser 
precedido de um estudo destas fontes, sejam elas manuais ou automatizadas. 
 Elas estão disponíveis nos formatos impressos, em CD-ROM, ou ainda 
em bancos e bases de dados de acesso via Internet. A disponibilização 
das bases de dados on-line revolucionou e popularizou o acesso à 
informação contida nos repertórios bibliográficos. As bases de dados 
estão sempre atualizadas com as últimas publicações, possibilitando 
que o pesquisador tenha acesso aos artigos científicos, mesmo antes 
das revistas impressas estarem publicadas. A busca pode ser feita 
utilizando-se diferentes estratégias: por palavras-chave, frases, autores, 
instituições, títulos. 
Você conhece a bases de dados e periódicos científicos disponíveis 
para os pesquisadores da área da Educação? 
 Estou indicando alguns endereços eletrônicos para você navegar e 
conhecer as bases de dados da área de educação. 
 Bases de dados 
 Base de Dados Eric - ERIC Clearinghouse on Elementary and Early 
Childhood Education (ERIC/EECE) constitui-se em uma base de dados 
na área de desenvolvimento infantil, educação e cuidados de crianças, 
do nascimento à adolescência. Disponibiliza 
 http://www.eric.ed.gov/ 
 Periódicos científicos 
 Portal de acesso livre da CAPES http://www.periodicos.capes.gov.br/ 
 O portal de acesso livre da CAPES disponibiliza periódicos com textos 
completos, bases de dados referenciais com resumos, patentes, teses e 
dissertações, estatísticas e outras publicações, de acesso gratuito na 
Internet, selecionados pelo nível acadêmico, mantidos por importantes 
instituições científicas e profissionais e por organismos governamentais 
e internacionais. 
 SCIELO http://www.scielo.br/scielo.php?lng=pt 
 - A Scientific Electronic Library Online - SciELO é uma biblioteca 
eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos 
científicos brasileiros. 
 Open Access Journals in the Field of 
Educationhttp://www.ergobservatory.info/ejdirectory.html 
Além das obras que acabamos de citar, existem ainda os portais e vortais 
públicos e comerciais que disponibilizam texto completo de artigos de 
periódicos, tais como o Portal Capes e outros diretórios de arquivos abertos, 
como, por exemplo, o Directory of Open Archives Journal - DOAJ. 
“Como trabalhar literatura em sala de aula?” 
Acesse os sites acima indicados para fazer uma busca sobre o temaEducação 
Inclusiva no Brasil. 
Estratégia de busca - deve ser construída quando o levantamento das 
publicações é feito, utilizando-se de fontes de informação automatizadas, pois, 
no entender de Hawkim citado por Kremer (1985, p. 196), a estratégia de busca 
é "[...] o meio pelo qual o pesquisadorse comunica com o sistema, e é muitas 
vezes a chave para uma busca bem sucedida". Envolve basicamente os 
seguintes passos: 
 Definição clara da necessidade de informação do usuário (Qual é a questão?); 
 Estabelecimento dos parâmetros de busca, considerando as necessidades de 
informação; 
 Tradução da questão de busca para a linguagem do sistema; 
 Execução da busca; 
 Obtenção da resposta. 
Nos sistemas manuais, à medida que se manuseia a fonte para uma análise 
sobre sua apresentação e arranjo, o pesquisador praticamente constrói sua 
estratégia de busca, e corrigi-la no decorrer do levantamento, visando adequá-
la às suas reais necessidades, é bastante simples. Nos sistemas on-line ela 
deve ser mais bem estudada e elaborada à luz de cada sistema a ser 
consultado, pois uma mesma base de dados pode variar quanto ao suporte, 
seja em CD-ROM, seja na Internet, por exemplo. 
Ao finalizar essa fase preparatória, o pesquisador pode ter completo 
conhecimento das publicações que abordam o tema escolhido 
Então é nesse momento que o pesquisador começa de fato a reunir os 
documentos de seu interesse. Inicia-se assim a fase de execução, a qual 
compreende três etapas básicas, a saber: 
Identificação - considera-se como fase de identificação aquela em que o 
pesquisador encontra nas fontes manuais e automatizadas referências de 
documentos, acompanhadas ou não de resumos ou de textos completos. Cada 
referência deve ser individual e cuidadosamente registrada em fichas contendo 
todos os seus elementos identificadores, com a indicação da fonte onde foi 
capturada. 
Localização - Após a identificação dos documentos nas respectivas fontes, o 
pesquisador procederá à sua localização. Para facilitar a localização de livros, 
as fichas devem ser ordenadas pelo sobrenome do autor e, para localização de 
artigos de periódicos, a ordenação das fichas deve ser por ordem alfabética de 
título de periódicos. A localização física dos documentos poderá ser feita 
através de dois instrumentos tradicionais básicos: 
a. Catálogos da biblioteca da própria instituição ou de outras bibliotecas locais; 
b. Catálogos coletivos, os quais reúnem informações das coleções de outras 
bibliotecas, independente da localização geográfica dessas instituições. 
Exemplos: 
 CCN (Catálogo Coletivo Nacional) - engloba as publicações seriadas das 
bibliotecas brasileiras. Este catálogo está disponível em microficha e na 
Internet. 
 DEDALUS - Banco de dados bibliográfico das coleções das bibliotecas da USP 
- disponível na INTERNET. 
 Nos casos de busca on-line, a etapa de localização é simultânea à de 
obtenção, uma vez que nas bases de dados e portais que disponibilizam 
texto completo de artigos de periódicos, o download, quando permitido, 
é imediato, dependendo apenas do interesse do pesquisador. 
 Obtenção - na última etapa de execução do levantamento bibliográfico, 
após proceder à localização das publicações, o pesquisador irá obtê-las 
na própria instituição ou através de outros meios, tais como: o COMUT 
(Programa de Comutação Bibliográfica), BLDSC (British Library 
Document Supply Center), empréstimo entre bibliotecas ou solicitação 
do documento diretamente ao autor. 
 Em se tratando de busca on-line em portais de acesso aos textos 
completos dos artigos, a obtenção se dá por meio de download, uma vez 
que nesses portais, em sua maioria, os documentos disponibilizados são 
de acesso livre. 
 De posse do material identificado e selecionado no levantamento 
bibliográfico, o pesquisador vai proceder a leitura dos documentos 
recuperados 
 Leitura e Documentação 
 Alguns autores consideram a etapa da leitura e documentação como 
parte da pesquisa bibliográfica, mas, na verdade, ela deve fazer parte de 
toda pesquisa científica, quaisquer que sejam as abordagens 
metodológicas adotadas, se considerarmos a necessidade da revisão de 
literatura que se constitui em um capítulo à parte, de pesquisa 
bibliográfica. 
 Essa documentação servirá de suporte, ainda, à análise de dados de 
uma pesquisa, no referencial teórico ou no estado da arte da literatura 
da área, como já enfatizado. 
 Na pesquisa bibliográfica, propriamente dita, a leitura e documentação 
deverão ocorrer após a obtenção do documento, na ocasião em que o 
pesquisador deverá proceder à leitura, seleção e documentação do seu 
conteúdo, com vistas à retenção do conhecimento obtido e a sua 
utilização futura. 
Esta documentação, também denominada fichamento, poderá ser manual ou 
automatizada, mas basicamente deverá conter: 
 Assunto: expresso através de palavras-chave que identifiquem o conteúdo do 
documento; 
 Referência: A Unopar adota as Normas da ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas); 
 Conteúdo: Para descrição do conteúdo, o pesquisador poderá utilizar-se de 
resumos, de citações ou de outras formas de anotações. Os resumos poderão 
ser livres ou de acordo com tipos de resumos existentes na literatura. Por 
exemplo: indicativos, informativos ou críticos, segundo a ABNT; resumos 
estruturados, segundo modelo proposto por Moraes (1990, p. 92), e constante 
deste livro, entre outros. Outra forma de descrever o conteúdo do texto lido é 
citar, podendo as citações ser: textuais ou diretas, copiadas exatamente como 
aparecem no documento, entre aspas ou em itálico; citações conceituais - 
indiretas, pois neste caso as ideias do autor são traduzidas pelo pesquisador. 
Outra forma de anotações do conteúdo é a apresentação dos comentários ou 
críticas pessoais do pesquisador com relação ao documento lido. 
 Local: anotar o nome da instituição e/ou site onde se obteve o documento, 
evitando-se o trabalho de localizá-lo novamente, caso necessário. 
Exercício - Escolha um dos artigos identificados no exercício anterior e faça o 
fichamento, seguindo os itens sugeridos acima. 
WEB AULA 2 
Unidade 1 – Apresentação formal de um trabalho científico 
Resumo 
Elaboração de resumos 
O resumo deve ser redigido pelo autor do trabalho, em linguagem clara, 
concisa e direta. Deve conter: objetivos do estudo, procedimentos básicos 
(seleção da amostra ou dos animais de laboratório, métodos e técnicas 
empregados), principais achados (dados específicos e até mesmo sua 
significância estatística) e as principais conclusões. O resumo deve, ainda, 
ressaltar os aspectos novos e mais importantes do estudo. 
De acordo com França e colaboradores (2004, p. 80) 
resumo é a apresentação concisa e seletiva de um texto, ressaltando de forma 
clara e sintética a natureza do trabalho, seus resultados e conclusões mais 
importantes, seu valor e originalidade. É importante para os investigadores, 
sobretudo por auxiliar na seleção de leituras. 
Os resumos têm como funções: 
a. comunicar uma informação; 
b. decidir ou não pela leitura do documento original; 
c. substituir a informação do texto completo (no caso de resumos informativos); 
d. recuperar informações; 
e. substituir um idioma ao qual não se tem acesso; e 
f. reter informações com vistas a sua utilização futura (revisão de literatura, apoio 
na análise de dados, etc.). 
A última função não requer um resumo de acordo com as normas e padrões 
vigentes, mas sim, uma síntese das principais partes da publicação lida em 
consonância com os objetivos da pesquisa que se está realizando. Desse 
modo, o pesquisador poderá utilizar, para elaboração de um resumo com esta 
finalidade, um roteiro próprio ou outro, como o proposto por Moraes (1990, 
p.92), cujo exemplo adaptado é o que se segue: 
 
Para as demais funções, principalmente para a disseminação de informação, 
recomenda-se que os resumos sejam elaborados de acordo com as normasdo 
canal utilizado (por exemplo: o evento, o artigo, a base de dados etc.), uma vez 
que são utilizados em: 
a. documentação primária específica (artigos de periódicos, relatórios, teses, 
monografias, atas de congressos, patentes); 
b. documentação secundária (publicações de indexação e análise, prospectos e 
catálogos de editoras e livrarias); 
c. bases de dados (seleção automática da recuperação de informação contida em 
texto). 
Localização dos resumos 
Em teses, dissertações e monografias, o resumo precede o texto no idioma do 
documento e em inglês. Em artigos de periódicos, é colocado antes do texto no 
idioma do periódico e, no final do artigo, em outros idiomas de difusão 
internacional, geralmente o inglês. 
Extensão dos resumos 
Como recomendado nas normas de âmbito nacional, diferentes extensões para 
o resumo são encontradas, dependendo do tipo de documento resumido, 
como, por exemplo: 
 Até 100 palavras para notas e comunicações breves; 
 Até 250 palavras para monografias e artigos de periódicos; 
 Até 500 palavras para livros, teses e relatórios de pesquisa; 
 Extensão livre para resenhas ou resumos críticos. 
 Tipos de Resumos 
 Indicativo - indica apenas os pontos principais do texto e não apresenta 
dados qualitativos e quantitativos. É um resumo sumário e menos 
profundo. Não apresenta os resultados do trabalho resumido, as suas 
conclusões, nem tampouco dispensa a leitura do original. 
SOUZA, Vera Lucia Trevisan de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. O auto-
respeito na escola. Cad. Pesqui., v.38, n.135, p. 729-755, 2010. 
Estudo com objetivo de identificar os valores presentes na escola e verificar quais 
interações favorecem a construção e ou a manutenção dos valores morais em 
particular o auto-respeito. Com enfoque teórico da Psicologia Socioistórica, a 
investigação apoiou-se nos estudos sobre moralidade de Jean Piaget e Yves de la 
Taille e constatou que coexistem na escola interações favorecedoras e não 
favorecedoras da construção de valores morais sendo que as últimas são mais 
freqüentes. 
Palavras-chave : EDUCAÇÃO; VALORES MORAIS; FORMAÇÃO DO CARÁTER; 
AUTORIDADE. 
 Informativo - Inclui os objetivos, o processo metodológico utilizado, o 
desenvolvimento da pesquisa, os resultados obtidos, as conclusões e as 
recomendações do texto resumido. Pode dispensar a leitura do original. 
 Exemplo de resumo informativo 
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. Um ensaio sobre as concepções de 
professores de Matemática: possibilidades metodológicas e um exercício de 
pesquisa. Educ. Pesqui. v.34, n.3, p. 495-510, 2008. 
Este artigo tem como tema principal as concepções dos professores de Matemática. 
Considerando o termo "concepção" a partir do pragmatismo de Peirce, elabora-se um 
conjunto de parâmetros metodológicos - chamado de "método indireto" - a ser 
aplicado no estudo das concepções de professores de Matemática. Trata-se, em 
síntese, de investigar as concepções dos professores interpelando-os não sobre suas 
crenças, mas sobre suas práticas. Fundamentando essa abordagem indireta e 
explicitando-a em sua natureza qualitativa, o artigo segue apresentando, como 
exemplo, um exercício desse "método indireto": um estudo sobre os critérios que os 
professores utilizam quando escolhem livros-texto para sua sala de aula, abordando, 
conseqüentemente, quais concepções de Matemática e de seu ensino e 
aprendizagem tais critérios desvendam. Partindo de depoimentos de professores de 
Matemática, o estudo indica que os professores agem com certa independência 
quando escolhem os materiais utilizados em suas atividades docentes. Buscam, ao 
mesmo tempo, apoio em uma vasta gama de livros didáticos, desconsiderando as 
particularidades de cada obra e as abordagens e perspectivas defendidas por seus 
autores. Embora submetam-se ao livro didático - considerado uma referência legítima 
e segura -, os professores o subvertem, buscando adequá-lo ao que consideram 
correto. Dessa constatação, algumas das concepções dos professores podem ser 
realçadas: o aluno, via de regra, é avaliado e classificado pelas lacunas que 
apresenta em relação aos conteúdos. Dessa postura, segue a valorização da 
precedência lógica dos conteúdos, de sua apresentação linear, e a defesa de "pré-
requisitos" que viabilizariam o ensino e, conseqüentemente, implicam a legitimidade 
de aulas predominantemente expositivas. 
Palavras-chave : Concepções; Formação de professores; Educação Matemática; 
Livros didáticos de 
Crítico - Formula julgamento sobre o trabalho resumido e, em geral, só é 
elaborado por especialistas no assunto. Também denominado resenha crítica 
ou, simplesmente, resenha. 
Este é, provavelmente, o tipo de resumo que você mais terá de fazer a pedido 
de seus professores ao longo do seu curso. O resumo crítico é uma redação 
técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou 
literária. 
Quando um resumo crítico é escrito para ser publicado em revistas 
especializadas, é chamado de Resenha. Ocorre que, por costume, os 
professores tendem a chamar de resenha o resumo crítico elaborado pelos 
estudantes como exercício didático. A rigor, você só escreverá uma resenha no 
dia em que seu resumo crítico for publicado em uma revista. Até lá, o que você 
faz é um resumo crítico. 
Antes de começar a escrever seu resumo crítico, você deve se certificar de ter 
feito uma boa leitura do texto, identificando: 
Qual o tema tratado pelo autor? 
Qual o problema que ele coloca? 
Qual a posição defendida pelo autor com relação a este problema? 
Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para 
defender sua posição? 
Exemplo de Resumo Crítico (Extraído e adaptado de: Saldanha PH. Lições 
de Biologia, com poesia e humor. Cienc Hoje. 1988; 7(39): 64. Resenha da 
obra de: Carvalho HC. Fundamentos de genética e evolução. 3a. edição. Rio de 
Janeiro: Atheneu, 1987. 574p.). 
Trata-se de um manual sem destinação certa, podendo ser útil tanto para 
universitários de Biologia, em virtude se sua apresentação didática e atualizada, 
como para consulta em geral, graças à abrangência disciplinar de seus 30 capítulos. 
Já no sumário podem ser feitas algumas pequenas correções, tais como: o termo 
"gen" no lugar de "gene", indicado pela grafia oficial; o título "Genética de Populações 
I", quando não existe o capítulo Genética de Populações II; no capítulo 26, talvez a 
expressão clássica "oscilação genética" fosse mais correta do que "deriva genética", 
que já inclui o efeito o tamanho ou tamanho efetivo da população. A introdução, 
apesar de breve, consegue levar ao leigo de modo simples, acessível e didático o 
objetivo da genética em todos os seus níveis de integração metodológica, 
enfatizando antes as diferenças hereditárias do que as semelhanças inatas, isto é, a 
diversidade biológica. Cada capítulo vem precedido de epígrafe, muitas delas de 
natureza filosófico-teórica que sintetizam ou introduzem o tema em questão com 
propriedade, refletindo a erudição do autor e não impedindo, por outro lado, que 
citações colhidas na cultura popular sejam também introduzidas com pertinência, por 
exemplo, uma citação de Caetano Veloso e um poema de Carlos Drummond de 
Andrade. Outro aspecto positivo é a inserção de questões e problemas para que o 
leitor possa testar seu grau de aprendizagem. Merece também destaque a 
preocupação em valorizar o trabalho de pesquisadores brasileiros, amplamente 
citados, e cuja bibliografia é comentada no final dos capítulos. O livro pode ser 
situado entre os melhores manuais escritos em português já editados sobre o tema, 
competindo com traduções de reconhecido valor. 
Técnica de Elaboração de Resumos 
Algumas recomendaçõesque facilitam a elaboração do resumo são: redigir 
numa sequência de frases concisas e objetivas, sem o uso de parágrafos. 
Utilizar verbos na terceira pessoa do singular, na voz ativa, de modo a permitir 
um discurso impessoal e estabelecer uma relação com o texto de forma 
narrativa. Exemplos: Elaborou-se, constatou-se, avaliou-se, etc. Não incluir no 
resumo: referências bibliográficas (citações), fórmulas, equações, símbolos, a 
menos que sejam essenciais para a compreensão do texto. Devem ser 
evitados ainda: palavras supérfluas, repetições, adjetivos e ideias alheias ao 
texto. 
Para a elaboração de um resumo devem ser feitas quantas leituras do texto 
forem necessárias, procurando responder às seguintes questões: 
- Qual o plano geral da obra? Como está estruturada? 
- Do que trata o texto? O que o autor pretende demonstrar? 
- Quais as ideias, provas, explicações, exemplos que o autor utiliza para 
sustentar a sua tese? 
- Quais as suas conclusões? 
Tendo respondido a essas questões, o autor deverá redigir o resumo, utilizando 
redação própria, destacando: 
- objetivos, casuística, métodos, resultados e conclusões (no caso de trabalhos 
científicos); 
- objetivos, ideias principais e conclusões (no caso de outros trabalhos). 
Dicas para elaboração do resumo 
 Leitura atenta inicial para entender o assunto em questão; 
 Leitura subsequente para selecionar as ideias principais do texto, pontuando o que for 
mais relevante; 
 Grifar as palavras-chave que envolvem as ideias fundamentais; 
 Resumir cada parágrafo; 
 Verificar se está havendo coerência e sequência lógica entre os parágrafos resumidos, 
para fazer os ajustes necessários. 
Para exercitar os conhecimentos adquiridos sobre resumo, nesta web aula 
faça o resumo da obra referenciada abaixo: 
 
FREIRE, Paulo. Alfabetização como elemento de formação da cidadania. 
In: ______. Política e educação. 5.ed. São Paulo: Cortez,2001. p.25-30. 
Disponível em:http://www.forumeja.org.br/livrospaulofreire. Acesso em: 02 
abr.2009 
RESENHA 
Resenha é um tipo de trabalho que exige conhecimento do assunto, para 
estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade 
intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor. 
Para Andrade (1995, p.60), resenha é um tipo de trabalho que "exige 
conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da 
mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de 
valor". 
A mesma autora (1995, p.61) define resenha como "tipo de resumo crítico, 
contudo mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos 
de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da 
relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero". 
Por isso, afirma ser resenha a tarefa de professores e especialistas no assunto 
da obra que costuma ser pedida em cursos de pós-graduação, como exercício 
para a realização de trabalhos complexos (monografia). 
Resenha é, portanto, um relato minucioso das propriedades de um objetivo, ou 
de suas partes constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui variadas 
modalidades de texto: descrição, narração e dissertação. Estruturalmente, 
descreve as propriedades da obra (descrição física da obra), relata as 
credenciais do autor, resume a obra, apresenta suas conclusões e metodologia 
empregada, bem como expõe um quadro de referências em que o autor se 
apoiou (narração) e, finalmente, apresenta uma avaliação da obra e diz a quem 
a obra se destina (dissertação). 
Fundamentos para a prática de resenhas científicas: 
 Referência Bibliográfica: 
o Autor. 
o Título da Obra. 
o Elementos de imprensa (local de edição, editora, data). 
o Número de Páginas. 
o Formato. 
 Credenciais do Autor: 
o Informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, títulos, livro 
ou artigo publicado. 
 Resumo da Obra (digesto): 
o Resumo das ideias principais da obra. De que trata o texto? Qual sua 
característica principal? Exige algum conhecimento prévio para entendê-lo? 
Descrição do conteúdo dos capítulos ou partes da obra. 
 Conclusões da Autoria: 
o Quais as conclusões a que o autor chegou? 
 Metodologia da Autoria: 
o Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? Comparativo? 
Estatístico? 
 Quadro de referência do autor: 
o Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado? Qual o modelo teórico 
utilizado? 
 Crítica do Resenhista (apreciação): 
o Julgamento da Obra. Qual a contribuição da obra? As ideias são originais? 
Como é o estilo do autor: conciso, objetivo, simples? Idealista? Realista? 
 Indicações do resenhista: 
o A quem é dirigida a obra? A obra é endereçada a que disciplina? Pode ser 
adotada em algum curso? Qual? 
A resenha não é, pois, um resumo. Este é apenas um elemento da estrutura da 
resenha. Além disso, acrescente-se: se, por um lado, o resumo não admite o 
juízo valorativo, o comentário, a crítica; a resenha, por outro, exige tais 
elementos. 
Em alguns casos, não é possível dar resposta a todas as interrogações feitas; 
outras vezes, se publicada em jornais ou revistas não especializados, pode-se 
omitir um ou outro elemento da estrutura da resenha. Numa publicação 
científica, porém, observar com rigor os pontos salientados. 
Acrescente-se: se bem redigida, a resenha é um valioso instrumento de 
pesquisa; se, no entanto, a crítica apresentada é impressionista (gosto/ não 
gosto), a resenha deixa de ter interesse para o pesquisador. 
As resenhas não têm limite de palavras. O exemplo abaixo comprova isso. 
Pedagogia como ciência da educação 
Maria Amélia Santoro Franco, Campinas: Papirus, 2003, 144p. 
O livro é uma contribuição diferenciada entre os estudos epistemológicos da Pedagogia 
por tratar-se de uma pesquisa de base, de fôlego teórico. O objetivo sistematicamente 
reafirmado ao longo do texto é a busca de fundamentos para compreender a cientificidade 
da pedagogia no seu caminho para se constituir ciência em educação. Seu foco não está 
na visão positivista de ciência, mas na relação entre práxis e epistemologia, uma vez que 
a especificidade epistemológica da pedagogia encontra seu suporte, na prática educativa, 
práxis considerada em uma dimensão de intencionalidade. Precisamente porque a 
pedagogia viabiliza uma práxis educativa, a práxis pedagógica será o exercício do fazer 
científico da pedagogia sobre a prática educativa. 
A obra, em três capítulos, mostra no primeiro os caminhos históricos da Pedagogia, no 
segundo, apresenta as bases teóricas e epistemológicas da pedagogia como ciência da 
educação e, no terceiro, propõe alternativas da formação profissional do pedagogo como 
cientista educacional. 
No capítulo 1, a autora discute o percurso histórico da Pedagogia tratada ora como arte, 
ora como ciência e até como ciência da arte educativa, mostrando as dificuldades da 
discussão de sua epistemologia. Na sistematização desse percurso, são caracterizadas 
três grandes concepções: a Pedagogia filosófica, a Pedagogia técnico-científica e a 
Pedagogia crítico-emancipatória. Na Pedagogia filosófica, a ação pedagógica é voltada 
para a educação do homem integral, em todas as suas dimensões e assume ora caráter 
normativo, ora compreensivo, envolvendo diferentes influências teóricas como o 
humanismo clássico, o iluminismo, o romantismo e o idealismo. A pedagogia técnico-
científica, ancorada no método experimental de cunho racional empirista, postula a 
normatização e a prescrição para a prática educativa voltada para fins de inserção social 
dos educandos. Com suporte na Filosofia, Psicologia e Sociologia, essa orientação inclui 
desde Comênio e Herbart a Durkheim e Dewey, mas também as concepçõessociocríticas 
sustentadas na teoria marxista. A Pedagogia crítico-emancipatória propõe uma ação 
pedagógica para formar indivíduos na e pela práxis, com forte sentido de transformação 
da realidade socioistórica, que toma o conhecimento em sua ligação com a vida social. 
Teoricamente associa-se à dialética, à filosofia da práxis, incorporando elementos da 
teoria crítica da Escola de Frankfurt. 
No capítulo 2, "A Pedagogia como ciência da educação", o leitor se envolverá com a 
determinação de Franco de enfatizar sua opção por uma "ciência pedagógica ou 
pedagogia como ciência", concebida como um instrumento político ede emancipação. A 
autora apresenta seu entendimento sobre as bases dessa ciência, seu objeto, as relações 
entre práxis educativa e práxis pedagógica. Assinala o desprezo à Pedagogia, 
demonstrado nos planos nacionais, estaduais e municipais de educação dos respectivos 
governos, principalmente na década neoliberal dos anos 90, bem como nas práticas 
institucionais, que relegam a Pedagogia a aspectos meramente organizativos, o que tem 
provocado a perda de "sentido", de "identidade", da "razão de ser" da Pedagogia. 
Segundo a autora, outras ciências como a Psicologia, a Sociologia têm galgado espaços 
educacionais amplos que deveriam estar ocupados pela Pedagogia. Contudo, nenhuma 
delas alcançou o posto de ciência da educação que define a especificidade do estudo do 
fenômeno educativo, sem relegar a importância das ciências auxiliares na educação, entre 
outras, a Psicologia e a Sociologia. Neste capítulo nuclear de seu livro, Franco afirma que 
a Pedagogia como ciência deve ter por finalidade "o esclarecimento reflexivo e 
transformador da práxis educativa, discutindo as mediações possíveis entre teoria e 
práxis". Cabe-lhe o papel de ser uma "explícita mediadora da práxis educacional", que 
conduz o sujeito à humanização, à emancipação, a apreender e reconstruir a 
cultura, conditio sine qua non da cidadania. 
Como ciência da educação a Pedagogia precisa passar da racionalidade técnica à 
racionalidade prática, reflexiva, formativa e emancipatória. A formação de pedagogo deve 
enfatizar o aspecto crítico-reflexivo, que compreenda a complexa pluralidade do âmbito 
educacional, a necessidade de mediar um processo de aprendizagem voltado para a 
formação integral de um sujeito de pensamento fragmentado, acrítico, alienado das 
questões políticas e socioculturais. Está claro que essa tarefa extrapola os muros 
escolares. 
Finalmente, no capítulo 3, a autora formula sua proposta de formação de um pedagogo 
cientista educacional, e argumenta que, para possibilitar a sobrevivência profissional e 
valorização da prática do magistério, urgem "reinterpretações de conceitos basilares, 
ampliando o espaço científico da Pedagogia". Conclui, definindo o pedagogo como o 
investigador educacional por excelência, com características de profissional crítico e 
reflexivo, uma vez que a Pedagogia é uma ciência que visa o estudo e a compreensão da 
práxis educativa em suas intencionalidades. Para isso, a investigação parte da práxis, 
como ação coletiva, pois as teorias educacionais não determinam práticas educativas, 
antes, convivem com elas em múltiplas articulações. 
O livro apresenta-se, assim, como valioso instrumento de compreensão da Pedagogia 
como ciência da educação e também como orientação para a formulação do currículo de 
formação de pedagogos especialistas e professores e para os fundamentos teóricos da 
pesquisa pedagógica. São contribuições oportunas, significativas e legítimas; nenhuma 
delas oportunista, mesquinha ou corporativista, como mostram as perguntas da autora: 
"Se não é a Pedagogia como ciência da educação a condutora e operacionadora desse 
movimento de formação de professores reflexivos, qual outra ciência pode assumir esse 
papel? Qual outra alternativa, em relação à formação de professores se não a 
racionalidade crítico-reflexiva? É possível transformar essas propostas em projeto 
educacional? Se não os pedagogos, quem deve assumir a condução deste projeto?" (p. 
124). 
Para além do interesse teórico e investigativo, o livro de Maria Amélia Santoro Franco 
contribui para esclarecer aspectos do debate que se tem travado na área educacional a 
respeito da formação de educadores, reafirmando atradição teórica em que a Pedagogia, 
como ciência da educação, formula a partir da práxis educativa os elementos científicos e 
técnicos da formação humana, constituindo referência para todas as práticas educativas, 
entre elas o trabalho docente. Ou seja, a docência fundamenta-se na Pedagogia e não o 
inverso. 
José Carlos Libâneo 
Programa de Pós-Graduação em Educação 
da Universidade Católica de Goiás 
libaneojc@uol.com.br 
Lelis Dias Parreira 
Mestrando do Programa de Pós-Graduação 
em Educação da Universidade Católica de Goiás 
lelisdp@universiabrasil.net 
Você poderá acessar, no link abaixo, o livro Diretrizes básicas para 
elaboração de Resenha para ampliar os seus conhecimentos sobre o assunto. 
http://www.scribd.com/doc/6689720/Modelo-de-Resenha 
Bem... agora que já finalizamos o conteúdo da nossa 1ª web aula, você está 
habilitado para fazer a web aula 2. 
 
 
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos e 
pós-graduação: noções práticas. São Paulo: Atlas, 1995. 
FRANÇA, J.L. Manual para normalização de publicações técnico-
científicas. 7.ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG; 2004. 
>>MORAES, I. N. Elaboração da pesquisa científica. 3.ed. Rio de Janeiro: 
Atheneu; 1990 
SOUZA, Vera Lucia Trevisan de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. O 
auto-respeito na escola. Cad. Pesqui., v.38, n.135, p. 729-755, 2010 
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. Um ensaio sobre as concepções de 
professores de Matemática: possibilidades metodológicas e um exercício de 
pesquisa. Educ. Pesqui. v.34, n.3, p. 495-510, 2008

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