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Penal Especial I

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Direito Penal – Parte Especial I
Professor Sólon Cicero Linhares
23/07/13
- Parte Geral: Tentativa - Des. Voluntário - Arrependimento Eficaz - Crime Impossível
Inter Criminis = caminho do crime. O primeiro elemento é a cogitação. O direito não pune a cogitação, mas há o direito penal do inimigo. O Brasil adota essencialmente o direito penal do fato.
Ex: pedofilia enquanto doença.
- O direito penal do autor não dá o direito de defesa.
Atos preparatórios – Execução - Consumação
24/07/13
- Não confundir concurso de pessoas com quadrilha e bando. Não é crime concurso de pessoas.
- Criminalidade de empresa é o crime praticado pelo empresário no âmbito empresarial em concurso de pessoas. 
- Quanto à empresa ilícita pode-se dizer que tem quadrilha e bando. O motivo da reunião é praticar crime.
TENTATIVA – inicia-se a execução, e o crime não pode se consumar. Não existe tentativa por culpa, exige dolo.
1) Início da Execucão:
- Teoria Objetiva – Formal – o início se dá quando você desfere o primeiro tiro, é o verbo do tipo. É a corrente majoritária no Brasil.
- A segunda corrente (Zaffaroni) – Teoria do Plano Concreto Individual do Sujeito Ativo: leva em conta o aspecto subjetivo, o que se passa na cabeça do agente.
2) Não consumação: 
- Desistência Voluntária é uma conduta negativa, mesmo podendo prosseguir (evita a consumação). Se ele podia prosseguir é desistência voluntária, mas se não podia, será tentativa. O sujeito ativo só responde pelos atos praticados. Ponte de ouro é o momento entre o início da execução, onde evita-se esta, o sujeito não prossegue o ato.
- Toda vez que desiste com o coração, é desistência voluntária. Se desiste porque tem medo de ser preso é tentativa.
- Arrependimento Eficaz: é uma conduta positiva, um fazer, que evita a consumação.
Ex: Tentou matar a freira, levou esta para o hospital, e ela sobreviveu, porém perdeu o globo ocular. Trata-se de lesão corporal grave, por debilidade de função, 50% da visão. Se perdesse os dois olhos seria gravíssima.
3) Dolo
30/07/13
CRIME IMPOSSÍVEL: para existir deve ter: impropriedade absoluta do objeto ou ineficácia absoluta do meio  atípica.
A natureza jurídica do crime impossível é a atipicidade!
Se for um caso de crime impossível, não há crime por falta de tipicidade!
- Primeira circunstância: impropriedade absoluta do objeto
- Segunda circunstância: ineficácia absoluta do meio 
- Adotamos a teoria temperada – tem que ser absoluto para ser crime impossível.
Próximo caso prova da ordem * crime impossível unanime em todos os graus.
CONCURSO DE CRIMES 
MATERIAL  mais de uma conduta e mais de um crime, as penas são somadas.
Art. 71 – evita a soma. Ex: empregada doméstica que furtava um faqueiro de prata.
CONTINUADO (ficção jurídica) – continuidade eletiva
Mais de uma conduta
Mais de um crime da mesma espécie 
Mesmas condições de tempo (uma conduta a cada 30 dias)
Mesmo lugar (bairros vizinhos, cidades vizinhas)
Modo de execução
Se preencher os cinco, responde por um crime aumentado de 1/6 a 2/3.
- Só será omissão de socorro quando você não for garante. O garante adere ao resultado naturalístico, o que acontecer. Ex: mãe que sabia que o marido estuprava a filha, responde por estupro. 
FORMAL  uma conduta apenas. Se divide em:
- perfeito: tem dolo na primeira conduta + culpa nas demais, ou culpa na primeira + culpa nas demais = 1 aumenta 1/6 à metade; aplica o sistema da exasperação, pega a pena de um e aumenta um tanto.
- imperfeito: dolo + dolo + dolo ... = SOMAR; sistema do cúmulo material.
V ou F: O sistema de aplicação de pena do concurso material é o mesmo do concurso formal imperfeito (verdadeiro). Assim como o sistema de aplicação de pena do concurso formal perfeito é o mesmo do crime continuado. 
31/07/13
HOMICÍDIO  Art. 121. Matar alguém. Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
- BEM JURÍDICO: vida - O bem jurídico é o que o CP protege. O objeto é a coisa sobre a qual recai a conduta humana. No crime de homicídio o objeto é o corpo e o bem jurídico é a vida.
Não é só quando se tira a vida de alguém que se responde por homicídio.
Induzir é dar a ideia, instigar é reforçar uma ideia que já existe.
Crimes dolosos contra a vida que vão a júri: homicídio, participação em suicídio (123), infanticídio (123), aborto (124). Apenas esses vão a júri. 
OBS: O latrocínio (art. 127) não vai a júri, mesmo que se tire a vida de alguém, pois é um crime contra o patrimônio e não contra a vida, pois a vida foi tirada para levar o bem material. Será julgado por um juiz singular da vara criminal. Súmula 608 do STF.
Lesão corporal seguida de morte também não vai a júri. 
- SUJEITO ATIVO: É quem pratica o crime. Qualquer pessoa pode ser, pois é um crime comum, não precisa um requisito especial. 
- SUJEITO PASSIVO: É o detentor do bem jurídico. Qualquer pessoa.
- A pessoa jurídica no Brasil só pode ser de crim e ambiental, conforme a Lei 9605/98. 
- O homicídio é um crime plurisubsistente, consigo dividir o inter criminis, admite tentativa.
INÍCIO DA VIDA
Intra-uterina: interesse do aborto*. A vida intra-uterina se inicia com a união do gameta masculino com o gameta feminino, portanto, já existe proteção do direito penal. Portanto, com a fecundação (depois de 72 horas) já existe a proteção do direito penal. A pílula do dia seguinte é autorizada, pois deve ser tomada no máximo até 72 horas, não há fecundação, não há vida.
Extra-uterina: interesse do homicídio. Para o CP, a partir de 1989 e segundo o STF, o início da vida se dá com as primeiras contrações, se não tiver, é com a passagem do feto pelo canal vaginal, se não foi feito parto normal, com o rompimento do saco amniótico. Exemplo: se alguém matar a criança dentro do útero, após o rompimento, já se considera homicídio. Se matar sem o rompimento é aborto. Se a mãe matar após o rompimento, sob o estado puerperal, é infanticídio. O estado puerperal são perturbações de ordem psicológica, biológica.
	
FIM DA VIDA - Não interessa mais ao homicídio, pois não existe mais vida. Para o direito penal, o fim da vida se dá com a ausência de impulso elétrico no encéfalo. 
- VEDAÇÃO RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA = se o agente não sabia, não imputa.
GÊMEOS XIFÓPAGOS - São os gêmeos que tem um tronco e duas cabeças, são duas vidas. Caso alguém mate um deles, com certeza o outro gêmeo também morrerá. Quem pratica o crime responderá por dolo direto de primeiro grau contra o gêmeo que teve a intenção de matar e por dolo direto de segundo grau contra o gêmeo que morreu em conseqüência do outro.
DOLO DIRETO DE PRIMEIRO GRAU: é o dolo que se tem em face de determinada pessoa, e apenas desta. É a pessoa que você visa matar.
DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU: é um dolo no qual o resultado acaba acontecendo em prol do primeiro, mas atingindo também o(s) segundo(s). Você sabe que vai acontecer. Ex: matar a sogra, obrigatoriamente mata o piloto do helicóptero.
Caso em que atingiu o cidadão que passava pela rua e sofreu lesão corporal pelos estilhaços de um carro que foi explodido: dolo eventual.
TIPO OBJETIVO: é o verbo matar.
TIPO SUBJETIVO: É o dolo, que pode ser direto ou indireto (eventual). O homicídio admite modalidade culposa, conforme o art. 18. O homicídio é o ÚNICO crime contra a vida que admite a modalidade culposa. Portanto, não existe o aborto culposo, portanto, tal conduta é atípica.
TIPO NORMATIVO: culpa.
- Não existe elemento subjetivo distinto do dolo.
HOMICÍDIO SIMPLES  6 a 20 anos. É simples quando não é qualificado nem privilegiado, portanto, utiliza-se o critério da exclusão. O homicídio simples existe quando o corpo de júri exclui o qualificado. Exemplo: não consideram fútil o motivo do homicídio, tornando-o simples em vez de qualificado.
*Critério da exclusão para o homicídio simples.
Bem jurídico – proteção da vida.
Latrocínio não vai a júri. 
Sujeito Ativo: quem pratica, pessoa jurídica só pode ser sujeito ativo em crime ambiental. Em um crime de homicídio qualquer pessoa pode praticar,é chamado de crime comum. Quando o sujeito ativo for alguém especifico, exemplo aborto, será próprio. O de mão própria só a pessoa pode cometer o crime, não tem como alguém auxiliar. Crime pluriexistente – admite tentativa 
Sujeito Passivo: a vítima, detentor do bem jurídico. No homicídio é qualquer pessoa, pessoa que já nasceu. 
Início e fim da Vida em direito penal e consequências jurídicas: o inicio da vida intrauterina em direito penal se dá após 72 horas da relação sexual, ou seja, com a fecundação, ou seja,inicia dentro do útero. O direito penal criou o aborto para proteger o bem jurídico vida. Art. 129, parag. 2º - refere-se a gestante, protege somente ela. A pílula do dia seguinte está autorizada porque ela deve ser tomada no máximo até 72 horas depois do ato sexual. 
O inicio da vida extrauterina se dá com as primeiras contrações, se a mãe não tiver, será a passagem do feto pelo canal vaginal ou então pelo rompimento da bolsa. Infanticídio ocorre se a mãe matar e em estado puerperal. 
Vedação de responsabilidade penal objetiva em direito penal: o direito penal exige que seja responsabilidade subjetiva, tem que provar o dolo e a culpa. 
Fim da vida: com a ausência de impulso elétrico encéfalo. 
Caso hipotético: Gêmeos Xifópagos – são unidas por um único tronco, isso quer dizer que existe duas vidas, uma depende da vida da outra. Se pretende matar a gêmea A automaticamente a B irá morrer. O dolo será direto em relação a A e dolo direto de segundo grau em relação a B. será crime formal e imperfeito.
31/07/13
Tipo objetivo – matar – eliminação da vida de outrem. 
Tipo subjetivo – dolo, porque o dolo é subjetivo. 
Tipo normativo - A culpa se não estiver escrita não existe. Não existe aborto por tipo normativo. 
Fim especial – quando o código traz o intuito, é o algo mais do dolo. 
Homicídio simples – pena de 6 a 20 anos. E ele é simples quando não for qualificado e nem privilegiado, critério da exclusão.
Hediondos
***Homicídio privilegiado: sujeito ativo, vai ter um privilégio. Vai ter uma diminuição na pena de 1/6 a 1/3, a natureza jurídica é causa obrigatória de diminuição de pena, ocorre na terceira fase da aplicação da pena. 
Relevante valor moral: é uma circunstância subjetiva de cunho individual. Ex: pai que mata o estrupador da filha.
Relevante valor social: é uma circunstância subjetiva de cunho coletivo. Ex: o sujeito que mata o traficante do bairro. 
Dominado: Requisitos:
 Por violenta emoção: tem que perder o controle, não escuta ninguém.
Injusta provocação da vitima:
Logo em seguida:
Ex: João vai em um baile e alguém mexe com sua namorada, ele resolve tirar satisfações, a pessoa dá um tapa na cara de João, e este vai até o carro e atira na vitima, neste caso não se considera que João está dominado, pois o crime não foi cometido logo em seguida, se no mesmo momento que ele levou o tapa ele já estivesse armado e disparado o tiro, ele teria completado os requisitos. 
Um crime privilegiado pode ser qualificado ao mesmo tempo desde que os privilégios que é de natureza subjetiva combine com as qualificadora objetiva. 
06/08/13
Homicídio qualificado
Motivos:
Torpe: é aquele motivo repugnante de conteúdo denso. Ex: matar o pai para ficar com a herança. 
Fútil: é aquele motivo sem conteúdo, com insignificância. Ex: marido que mata a mulher para assistir TV.
Paga ou promessa de recompensa: é o homicídio mercenário, também é enquadrado como TORPE. Trata-se de homicídio de concurso necessário, porque obrigatoriamente existe duas pessoas, quem paga e quem executa. 
Meios
Emprego veneno, fogo ou explosivo: exige prova pericial comprovando o uso de algum desses meios.
Asfixia:	
Enforcamento: Mecânica
Esganadura: Mecânica
Afogamento: Mecânica
Tóxica (uso de gás)
Tortura: Lei 9455/97 – se uma pessoa for torturada até morrer, o agente irá responder pelo crime de tortura, pena de 8 a 16 anos. No crime de homicídio com tortura, vai depender do dolo do agente, porque tem o dolo de matar, pena de 12 a 30 anos. O agente quer matar a vitima com tortura.
Culpabilidade:
Imputável: os inimputáveis são: os menores de 18 anos, doentes mentais, embriaguês completa, e o dependente químico (Art. 45 da lei 11.343/2006)
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade da conduta diversa
Organização criminosa: 4 pessoas
Associação de pessoas: 3 pessoas
Concurso de pessoas: 2 pessoas.
07/08/13
Meio: 
Insidioso – meio dissimulado, meio ardil. Não relevado. Ex: armadilha. 
Cruel – meio bárbaro – a morte é lenta, bem demorada. Ex: matar a pessoa por privação de água, ou fome. 
Outro meio que possa resultar perigo comum – exemplo, desabamento de um prédio que acaba causando a morte de pessoas e uso de fogo.
Modos
Traição: 
Plano físico: matar pelas costas.
Plano moral: amizade
Emboscada ou tocaia: esperar a vitima por local onde ela passará.
Dissimulação: ocultação da verdadeira intenção do sujeito. 
Outro recurso que dificultou impossibilite a defesa da vitima: ***as qualificadoras são de rol taxativo. Ex: matar por surpresa. 
Analogia: não se admite para prejudicar o réu, não é forma de interpretar a lei é a forma de integrar a norma.
Interpretação extensiva: é admitida, ainda que para prejudicar o réu, interpretação extensiva Ex: não pagar divida legitima em um bar, porque o código diz que não pode deixar de pagar conta em restaurante.
Analógica: é a que está dentro da lei. Ex: surpresa
Ciúmes: Bittencourt – homicídio simples, porque não é taxativa. Para Andre Stefan – motivo fútil, é quando outro cara olhar para sua namorada e você resolve matar ele. Motivo torpe será quando após 20 dias do termino do namoro, o cara vai lá e mata o atual namorado da ex namorada.
Vingança: qualificado ou privilegiado. 
Fins: matar para assegurar a:
Assegurar
Execução: de outro crime. Ex: mata o guarda costas para assegurar a execução do sequestro. 
Ocultação: de outro crime. Ex: incêndio após a morte para desaparecer os vestígios.
Impunidade: matar testemunha que presenciou o crime. Ex: alguém que vê outra pessoa fazendo magia negra com uma criança.
Vantagem: bandido mata o colega para ficar sozinho com o produto do furto.
Homicídio culposo: o homicídio será culposo quando ocorrer inobservância do dever de cuidado objetivo (culpa), por negligencia, imprudência ou imperícia. 
Isenção pena no homicídio culposo: são os casos em que a morte da vitima é muito danoso do que a própria pena para o sujeito ativo. Ex: mãe que dá a ré e atropela o próprio filho. Esquecer o filho no carro. 
	****Qual a natureza jurídica da sentença penal que concede a isenção de pena? Súmula 18 do STJ – sentença declaratória de extinção da punibilidade.
1/3 majorante do homicídio doloso: matar menor de 14 ou maior de 60. Existe um aumento de pena de 1/3.
<14 anos
>60 anos
Ação Penal: pública incondicionada, não tem condição nenhuma. 
14/08/13
Art. 122 CP
Induzimento, Instigação e Auxilio ao Suicídio: Participação em Suicídio. 
Autor: quem pratica o verbo ou quem tem domínio do fato.
Coautor: quem pratica um ato executório com o autor, é quem auxilia diretamente o autor. 
Participe: é quem induz, instiga ou auxilia o autor. 
No art. 122 aquele que induz, instiga ou auxilia alguém a praticar um suicídio se torna autor de um crime. 
Bem Jurídico: vida
Sujeito ativo/sujeito passivo: qualquer pessoa, porque é crime comum, sujeito passivo exceto:
DM: homicídio
Menor de 14 anos: fortemente influenciável, por isso será homicídio.
Elemento objetivo
Induzir: criar a ideia
Instigar: reforçar a ideia
Auxiliar: fornecer os bens, e tem que ser acessório. 
PROVA: O auxilio tem que ser acessório, por exemplo, empresto a arma para alguém se matar, emprestar a casa para alguém se enforcar.
Elemento subjetivo: dolo, e este tem que ser intenso.
Modalidade culposa: não existe essa modalidade no art. 122
Consumação****: 
Quando a pessoa morre
Lesão corporal grave
***Natureza jurídica das lesões graves: 
Nelson H e Rogério Greco: doutrina minoritária, entendem que a lesão graveera condição objetiva de punibilidade. 
A doutrina majoritária: a lesão grave é elementar do tipo, porque está escrito no artigo. 
Tentativa: corrente majoritária: não admite
Para Bittencourt e Régis Prado existe tentativa, porque está escrito no código.
Causa de aumento de pena (duplicada): majorante que será aplicada nas três situações:
Motivo egoístico: ex: induzir o irmão a se matar para ficar com herança.
Vitima menor: a partir dos 14 anos aos 18.
Diminuída capacidade de resistência: com drogas, álcool. 
Participação cabível: é cabível a participação.
*****Suicídio a dois ou pacto de morte:
Caso concreto/hipotético: imagine uma sala fechada onde há uma torneira que libera um gás mortal e duas pessoas dentro dessa sala, uma instigando a outra a se matar.
Primeira situação: o sujeito A abriu a torneira de gás, o sujeito B acabou morrendo e A sobreviveu. A responde por homicídio.
Segunda situação: A e B sobrevivem ambos com lesões corporais de natureza grave. Quem abriu a torneira responde por tentativa de homicídio. E quem não abriu responde por participação em suicídio. 
Terceira situação: os dois sobrevivem, ambos com lesões corporais de natureza leve. Quem abriu a torneira responde por tentativa de homicídio. E quem não abriu não responde nada.
Quarta situação: ambos sobrevivem tendo os dois em conjunto abrem a torneira. Ambos vão responder por tentativa de homicídio. 
20/08
Art. 30 – serve para definir os crimes em co-autoria.
Elementar: é um dado do tipo essencial, que uma vez retirado o tipo se desnaturaliza. Sempre se comunica ao co-autor e ao partícipe.
- Se tirar o estado puerperal, não é infanticídio, e sim um homicídio.
- Sempre que um caso vier com a palavra majorante, minorante, é uma circunstância! 
A circunstância se divide em duas:
- Objetiva: Se comunica ao co-autor e ao partícipe.
- Subjetiva: Não se comunica ao co-autor e ao partícipe.
Perguntas:
- Solon resolve praticar um roubo, assaltar uma velhinha. Alguém vai junto. Ambos são presos com jóias. Solon usou arma, e outra pessoa não. Arma: circunstância. Ambos respondem pela majorante arma, e terão aumento de pena.
- A mãe logo após o parto, com o auxílio de Pedrão, seu amante, mata o próprio filho por asfixia mecânica.
Mãe: homicídio qualificado pela asfixia.
Pedrão: o objetivo passa para o coautor, responde por homicídio qualificado por asfixia.
- A mãe logo após o parto, no estado puerperal, mata o filho de outra gestante. Responde por infanticídio com erro acidental de tipo in persona – art. 20, p. 3º. Responde como se fosse a vítima querida. Pedrão responde por infanticídio, combinado com art. 30, pois a elementar passa para ele (como se ele estivesse no estado puerperal).
Solução jurídica/legislativa adequada ao caso: Revoga-se o art. 123 e o coloca dentro do homicídio, 121. Cria-se uma diminuição de pena, dentro do homicídio, transformando em circunstancia subjetiva. Só responderá quem matar pelo estado puerpueral. A gestante responde pela circunstância e o Pedrão pelo homicídio qualificado por motivo fútil.
INFANTICÍDIO
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Pena - detenção, de dois a seis anos.
- Infanticídio nada mais é que um crime de homicídio, integrando este como um crime de homicídio privilegiado, praticado em determinadas circunstâncias. Tais circunstâncias são: 1) Influencia do estado puerperal, 2) próprio filho, durante o parto ou logo após. A pena é de detenção, e não de reclusão.
BEM JURÍDICO: Vida. Crime que vai a júri, pois é doloso contra a vida.
SUJEITO ATIVO: apenas a mãe parturiente é sujeito ativo, sendo um crime próprio, pois só ela pode praticar.
SUJEITO PASSIVO: é o neonato, aquele que acabou de nascer. É o filho.
ELEMENTOS OBJETIVOS:
ESTADO PUERPERAL – no ou durante o estado puerperal. Trata-se de perturbações de ordem física e psicológica que cometem todas as gestantes.
PRATICADO DURANTE O PARTO OU LOGO APÓS: o “logo após”, para o Direito Penal, e segundo André Estefam, existem casos que o estado puerperal pode durar 20 dias, 40 dias, tudo depende da perícia, que atestará se a mãe estava ou não durante o estado puerperal. Mas, existe jurisprudência que define o estado puerperal de 7 dias. André Estefam: “Não há acordo na literatura jurídica nem medica a respeito da duração. De regra, a jurisprudência aponta como máximo sete dias. O ideal é que não haja uma definição prévia, cumprindo aos peritos avaliarem caso a caso.”
MATAR O PRÓPRIO FILHO: a lei diz o próprio filho. Há correntes que consideram a morte apenas do recém-nascido. Mas, existem situações que a mãe mata o(s) outro(s) filho(s), sob o estado puerperal: existe corrente que diz que ela cometeu um infanticídio e outro(s) homicídio(s), e existe outra corrente que considera infanticídios em concurso material.
ESTADO PUERPERAL PARA O DIREITO PENAL: O estado puerperal são perturbações de ordem física e psicológica que comete grande parte das mulheres durante o parto ou logo após. Os critérios da perícia são o biopsiquíco ou psicofisiológico.
ELEMENTO SUBJETIVO: é o DOLO.
MODALIDADE CULPOSA (quando previsto no artigo): não há modalidade culposa. Se, caso a mãe dorme com o nenê ao lado e se vira, sufocando-o, o caso é atípico, pois matou com culpa (inobservar dever cuidado objetivo)
Corrente minoritária: Bittencourt – homicídio culposo, pois o bem jurídico vida é relevante. Crítica: analogia in malan parte (analogia nunca para prejudicar).
Corrente majoritária: conduta atípica por falta de previsão legal.
CONSUMAÇÃO e TENTATIVA: a consumação é com a morte do filho e a cabe a tentativa, porque é crime material (exige resultado). Pode-se praticar por ação e omissão ou apenas ação? A omissão cabe, pois a mãe pode não amamentar, por exemplo, matando a criança por omissão.
CASOS IMPORTANTES:
Se a mãe matar um adulto qualquer, o crime é de HOMICÍDIO.
Caso a mãe mate OUTRO NEONATO, achando que é o seu (FGV/2011 – caso da mãe que acorda a noite, vai até o berçário, pega um nenê pensando que é dela, pensa que é e mata), responderá por infanticídio com erro de tipo acidental in persona (infanticídio por erro in persona).
***COAUTORIA e PARTICIPAÇÃO em infanticídio, é possível?!? Sim, se o infanticídio for induzido ou auxiliado, como coautoria, o terceiro responderá por infanticídio, pois é elementar subjetiva que se comunica com o coautor. O coautor e o partícipe respondem por infanticídio, tendo em vista que o estado puerperal é elementar do tipo e, portanto, comunica-se ao autor e coautor (art. 30)
A mãe induz um terceiro a matar a criança, o terceiro responderá por homicídio, e sobre a mãe é uma lacuna na lei, não se diz se responde por participação em homicídio ou sobre participe em infanticídio. Mas, segundo a lei, o autor e coautor se comunicam. 
21/08
ABORTO – ART. 124 
Teoria sobre o Concurso de Pessoas
Monista  Regra Geral CP – Art. 29: para todos que participam do crime é imputado o mesmo crime.
Dualista ou participação de menor importância  não é importante para a compreensão do aborto (p. 1, art. 29). Existe um autor que pratica os atos executórios (verbo: responde pelo crime resultado) e existe um partícipe que pratica os atos menos graves (menor importância: responde pelo crime que desejava praticar).
Pluralista  (p.2º, art. 29) – um crime para um participante e outro crime para outro participante.
Classificação Doutrinária
Aborto provocado ou Auto aborto 
Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque.
Pena: detenção de 1 a 3 anos.
*Não cabe co-autoria, porém cabe participação.
Aborto sofrido –Art. 125 – Provocar aborto, sem o consentimento da gestante.
Pena: reclusão de 3 a 10 anos.
Aborto Consentido: Art. 126 – Provocar aborto, com o consentimento da gestante.
Pena: reclusão de 1 a 4 anos
BEM JURÍDICO: 124 CP – Vida do feto
125 CP – vida do feto e incolumidade da gestante
SUJEITO ATIVO: 124 – Gestante
SUJEITO PASSIVO: 125/126– qualquer pessoa
SUJEITO ATIVO 124 – Feto
SUJEITO PASSIVO – 125 Feto e 126 feto e gestante
TIPO OBJETIVO e 124 CP
- Quando a gestante o pratica (1ª. Parte)
- Quando a gestante o consente (a uma terceira pessoa – 2ª. Parte)
TIPO OBJETIVO – 125
Provocar sem consentimento:
- da gestante
- inválido (menor 14 anos ou doente mental)
TIPO OBJETIVO – 126 
Provocar o aborto com consentimento da gestante (exclusivo do terceiro)
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Para ser consumado o crime tem que haver a morte do feto, caso não é tentativa (válido para as três hipóteses)
TENTATIVA: é admissível por se tratar de crime material
Bittencourt: Discorda apenas por se tratar de política criminal
 - Aquele que só anuncia substância abortiva, pratica contravenção penal do art. 20 – Lei de Contravenção Penal
Nas três modalidades (artigos 124, 125 e 126):
- Ação penal pública e incondicionada: Não admite modalidade culposa
27/08
Art. 127 – CP
Erro = forma qualificada, deveria ser forma majorante. Qualificada seria se tivesse uma pena mínima e máxima, pois a qualificadora é um tipo autônomo.
Se a gestante sofrer:
- Aumenta em 1/3 -125 e 126 = Lesão grave
- Duplica – 125 e 126 = Morte 
- Se em decorrência do aborto a mulher perde o útero (125 e 126), resultando em lesão grave. Se ela perdeu por imprudência e negligencia do médico.
- Se o médico agiu com dolo responde por aborto em concurso com lesão corporal grave. Se ele mata a gestante, responde pela pena do 126 + a pena do homicídio.
- O artigo 127 portanto é só a título de culpa (lesão grave e morte)
* Caso importante = o art. 127 admite tentativa? Não admite tentativa (culpa+culpa).
Crimes qualificados pelo resultado  sempre terão duas condutas.
1 conduta + resultado qualificante.
Ex: agir com dolo na conduta, e com culpa no resultado qualificante.
- Chamo este crime de preterdoloso (dolo no antecedente e culpa no consequente).
- Conduta culposa, qualificada por um resultado doloso (omissão de socorro no acidente de trânsito) 
- Conduta culposa com resultado culposo (água fervendo no fogão, provoca incêndio, e a empregada morreu queimada).
- Dolo + dolo (tenho dolo de lesão corporal, jogo ácido na cara de alguém, e ocorre dolo de deformação permanente, a pena é aumentada).
Crime qualificado pelo resultado admite tentativa? Sim, quando for dolo + dolo.
*Preterdoloso não admite tentativa.
ART. 128
Natureza jurídica (pra que serve este instituto jurídico) = causa especial de exclusão da ilicitude.
 Não responderá pelo crime de aborto:
- Aborto necessário ou terapêutico: aquele para salvar a vida da gestante. O art. 128 se enquadra somente para o médico! A enfermeira quando faz o aborto, não está amparada pelo art. 128 e sim pelo art. 24 que trata do estado de necessidade de terceiro, exclui também a ilicitude.
- Se o perigo não e atual, responde pelo art. 126, caso fizer o aborto.
- Caso a enfermeira realizar o aborto e preenche os requisitos do art. 126 = inexigibilidade de conduta diversa que exclui a culpabilidade. Não posso exigir da enfermeira que mande a gestante embora, já eu era uma gravidez possivelmente de risco.
ABORTO SENTIMENTAL HUMANITÁRIO OU ÉTICO
Art. 128, II – ocorre quando a gestante foi estuprada.
*** Chega uma gestante e fala para a enfermeira: fui estuprada. A enfermeira diz que o art. 128 autoriza somente o médico a fazer o aborto. Ela faz o abordo, ofereça a tese defensiva = não se beneficia do art. 128, porém se beneficia do art. 24, portanto trata-se a inexigibilidade da conduta diversa, e então não tem culpabilidade a enfermeira. A culpabilidade é o juízo entre exigir ou reprovar. Não pode exigir outra conduta diversa do que fazer o aborto, pela situação ocorrida. Aplica-se a pena do art. 126, mas diante da excludente não responde pelo crime.
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL E B.O  STJ: Processo número 2007.51.01.017986-4. Este processo pacificou o seguinte entendimento: as gestantes vítimas de estupro tem o direito de fazer a cirurgia pelo SUS, independentemente de apresentar B.O ou autorização judicial.
- O Conselho Federal de Medicina – Portaria 1.508 do Ministério da Saúde – a gestante chega no hospital e basta ela falar que foi estuprada. Passa pelo assistente social, psicólogos, se ela quer fazer a cirurgia. 
- Se ela estiver mentindo – Art. 124. 
ABORTO PIEDOSO/ANENCÉFALO
ADPF 54 – STF
- É possível fazer o aborto nos casos de anencefalia total, pois não existe vida, por não haver impulso elétrico no encéfalo. Parcial já existe vida e não é autorizado.
ART. 129 – LESÃO CORPORAL
Bem jurídico protegido: 
Integridade física: amputação de membros, equimose (roxo), hematomas (roxo com inchaço).
Simples eritemas - não configura lesão corporal (vermelho).
Saúde: ex: provocar vômitos.
- Bem jurídico integridade física e saúde, via de regra é indisponível.
Exceto: Lesão leve e lesão culposa. Nestes dois últimos casos é necessário a representação da vítima (pode ou não oferecer). A representação está disposta na Lei do Juizado Especial. O prazo é de 6 meses.
28/08
LESÃO CORPORAL
*Vai ser lesão leve quando não for grave, nem gravíssima. É leve por exclusão.
- A auto lesão não é punível como lesão corporal, se for utilizada para seguro, mas para fins de estelionato sim.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa
Consentimento do ofendido – funciona como excludente da ilicitude. Você dispõe do teu bem jurídico. 
No caso das lutas de MMA trata-se de um risco permitido.
Furar orelha de criança também é um risco permitido, exclui a tipicidade – Teoria da Imputação Objetiva Risco permitido= não; risco proibido=sim.
Elemento subjetivo – admite modalidade culposa.
- DOLO: vai diferenciar entre a lesão e a tentativa de homicídio.
Consumação e tentativa – se consuma quando ocorre a efetiva lesão a integridade física ou a saúde. Tentativa é admissível, porque é crime material.
ESTRUTURA DO TIPO
LESÃO LEVE: 3 meses a 1 ano
LESÃO GRAVE: 1 a 5 anos
LESÃO GRAVÍSSIMA: 2 a 8 anos
LESÃO SEGUIDA DE MORTE
LESÃO PRIVILEGIADA
LESÃO CULPOSA: 2 meses a 1 ano.
PERDÃO JUDICIAL
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
DEF. FÍSICO
LESÃO GRAVE: pena de 1 a 5 anos.
Resultar incapacidade para ocupações habituais (qualquer ocupação, exceto a ilegal) por mais de 30 dias  exige perícia, necessita um laudo pericial de lesões corporais. Além disso, não precisa ser em hospital, mas de cama em casa por mais de 30 dias, por exemplo.
Resultar perigo de vida  também depende de perícia médica.
*O dolo do sujeito ativo é que vai diferenciar esta modalidade de lesão para tentativa de homicídio.
*Animus necandi – dolo de matar.
Debilidade permanente de: membro, sentido, função ***
- Membro: mãos, braços, pernas e pés – debilidade: lesão grave; perda: lesão gravíssima.
- Sentido: olfato, audição, paladar, tato, visão
- Função: reprodutora, mastigatória, circulatória, nervosa, motora, renal...
ATENÇÃO: Órgãos duplos: perdeu um rim, é grave, pois não perdeu a função renal.
Perdeu um olho: grave.
Perdeu uma mão: gravíssima, pois não é função e sim membro.
Perdeu dois dentes: teve debilidade na função mastigatória, é permanente dependendo da condição social da pessoa.
*Para André Estefam: se você repara a função, membro ou sentido passa a ser lesão leve (não é regra).
- João dirigindo no celular, atropela Pedro que perde o braço direito inteiro: modalidade culposa.
*** GRAVE, GRAVÍSSIMA E LEVE: só quando for DOLOSA. Se for culposa não tem grau de culpa.
Se resultar aceleração do parto  é imprescindível a existência do parto, para configurar o crime como consumado. A criança tem que obrigatoriamente nascer com vida. 
17/09/13 – Professor Novo
Aborto: interrupção da vida intrauterina
Inicio da gravidez:
Fecundação
Nidação: a corrente majoritária acredita que o inicio da gravidez se dá com a nidação. 
O aborto pode ser praticado até a dilatação do colo do útero. 
Espécies de Aborto:
Natural: o próprio organismo da vitima interrompe a vida intrauterina
Acidental:decorre de algum trauma
Criminoso: 
Legal
Aborto Criminoso: Definido nos arts. 124 – 126 CP 
Art. 124 – auto aborto ou consentimento para o aborto – somente determinadas pessoas podem praticar um crime próprio – somente pode ser praticado pela gestante.
Condutas: ambas praticadas pela própria gestante
Praticar aborto: aqui a própria gestante vai praticar o aborto.
Consentir que outrem lho provoque: a gestante apenas consente que alguém a pratique. A gestante responde pelo art. 124 e o terceiro quando for com consentimento, responde pelo art. 126. 
Consumação: com a morte do feto, interrupção da vida intrauterina. 
Se a manobra abortiva não foi iniciada, a conduta não será punível. É imprescindível o inicio da manobra abortiva para ser punível. 
Tentativa: é sempre possível
Elemento subjetivo: somente o dolo. Somente é punível diante de uma conduta dolosa. Pode ser direto ou eventual.
Se após a manobra abortiva o feto é expulso do útero com vida, e este sobrevive, será aborto na forma tentado.
Se após a manobra abortiva o feto é expulso do útero com vida, e depois este vem a morrer em decorrência do aborto, será caracterizado o aborto consumado.
Se após a manobra abortiva o feto é expulso do útero com vida, e morre não em decorrência do aborto em si, nesse caso será caracterizado como aborto tentado. 
Crime de mão própria: somente pode ser praticado por uma única pessoa. Não admite a coautoria, porém admite a participação. Autor, será a gestante do 124. O médico será autor do 126, e a pessoa que induziu a gestante será partícipe, esté in curso com o 124 c/c 29 do CP. E os auxiliares da clinica, são partícipes in curso com o art. 126 c/c 29 do CP. 
Aborto com consentimento da gestante: conduta daquele que realiza a manobra abortiva. Art. 126, parag. Único: mesmo a gestante consentindo não será válido.
Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Aborto sem consentimento da gestante – art. 126 CP
Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Causas de aumento de pena – 127 CP
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Não são qualificadoras, são causas de aumento de pena. O aumento de pena não se aplica ao crime do art. 124, pois não se pune a auto lesão, eles só se aplicam aos arts. 125 e 126. 
18/09
ABORTO LEGAL – Art. 128
- Hipóteses: salvar a vida da gestante; resultante de estupro
- Faz parte da norma permissiva que o aborto seja realizado por um médico.
O risco da vida da gestante não precisa ser atual, desde que fique comprovado que prosseguindo com a gestação a vida da gestante estará em risco. Em caso de perigo atual, ou faz o aborto, ou então a gestante morre.
- Tem que ser feito por um médico, mas se for uma parteira/enfermeira, essa não responderá pelo crime de abordo, como causa excludente de ilicitude que é o estado de necessidade. Perigo atual = estado de necessidade
- Se o perigo da vida da gestante não era atual, a enfermeira não pode fazer e responderá pelo crime.
- Resultante de estupro: procedimento seja realizado por um médico, mediante consentimento da gestante ou seu representante legal. O legislador não definiu de que modo. 
- STF: Portaria n. 1145/2005 estabelece um procedimento observado pelo médico. Não existia um procedimento de como o médico deveria agir mediante aborto resultante de estupro. Não é necessário ordem judicial, nem condenação.
- O médico deve se certificar se realmente ocorreu o estupro, realizando a inquirição da gestante, saber as circunstâncias.
- Se ela mentir que foi estuprada, essa responderá pelo aborto.
ANENCEFALIA: ADPF n.54/2012: Julgou procedente; é possível o aborto em casos de anencefalia, sem que haja necessário fazer ordem judicial neste sentido.
ABORTO SOCIAL: quando a gestante não possui condições financeiras de criar a criança. Obviamente não é admitido.
ABORTO EUGÊNICO: não é admito também, por consequência de má formação, doença mental.
LESÃO CORPORAL – Art. 129  
Tipo objetivo: 
Ofensa a integridade física ou a saúde de outrem.
- Integridade física: qualquer alteração anatômica da vítima.
- Saúde: qualquer tipo de perturbação fisiológica ou mental. Sendo a fisiológica com o desajuste do funcionamento de um órgão ou sistema do corpo humano. Ex: vomito, paralisia, etc. Já a mental, por qualquer desarranjo na atividade cerebral: desmaio, convulsão, etc.
3) Ofensa à integridade física: 
a) hematoma: roxo com inchaço.
b) equimose: roxo, que decorre do rompimento de vasos sanguíneos sob a pele.
Obs.: eritema não constitui lesão, é a simples vermelhidão passageira.
4) Lesão corporal e contravenção de vias de fato: quando a vítima não sofre a lesão temos uma confusão. Na lesão corporal existe uma conduta direcionada a ofender a integridade física ou a saúde. Se ele realiza a sua conduta e não consegue: responde pelo crime de lesão corporal tentada, por circunstancias alheias a sua vontade. Na contravenção de vias de fato, existe uma agressão sem o propósito de ofender a integridade física ou a saúde. Ex: empurrar o desafeto.
Objeto jurídico: incolumidade física e mental da vítima.
Sujeitos do crime: ativo: qualquer pessoa (crime comum); passivo: qualquer pessoa.
- Não se pune a autolesão, princípio da transcendência, transcender a sua conduta individual para que seja penalmente relevante. Ex: se automutila para receber seguro, responde por estelionato, tentado ou consumado.
7) Consentimento da vítima: não exclui, é um bem indisponível. O crime de lesão corporal dolosa leve será apurado mediante ação penal pública condicionada a representação da vítima (Lei 9099).
8) Consumação: se dá com a efetiva ofensa a integridade ou a saúde.
9) Tentativa: somente na forma dolosa admite-se tentativa.
10) Espécies: Culposa - decorre da quebra de um dever objetivo de cuidado (imprudência, negligência, imperícia). Nesse caso, não existe leve, grave, gravíssima e seguida de morte. Pena de detenção de 2 meses a 1 ano. Independe se é arranhão ou braço arrancado, é irrelevante para a caracterização do crime.
Dolosa – leve, grave, gravíssima, seguida de morte.
LEVE: detenção de 3 meses a 1 ano.
GRAVE: reclusão de 1 a 5 anos.
GRAVÍSSIMA: reclusão de 2 a 8 anos.
SEGUIDA DE MORTE: reclusão de 4 a 12 anos.
11) Lesão dolosa LEVE: ver caput. Constitui lesão leve aquela que não seja grave, gravíssima ou seguida de morte (critério de exclusão).
Materialidade: se verifica através do exame de corpo de delito (captar alterações materiais) – IML – quais foram as lesões  laudo.
Ação penal: pública condicionada a representação do ofendido.
Absorção: no caso de um roubo, se a lesão for leve, é absorvido, não responde pela lesão, e sim trata-se de um meio de execução. 
12) Lesão corporal GRAVE: ver §1 
a) incapacidade para as ocupações habituais (não é só a capacidade de trabalhar, são as do dia a dia) por mais de 30 dias – inc. I; é realizado um exame de corpo de delito complementar, após o 30 dia. Crime a prazo.
§ 1º - Se resulta:
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias; - crime a prazo, porque essa forma de lesão corporal demanda de um determinado lapso corporal. Exige um exame de corpo de delito complementar, que é realizado após de 30 dias. 
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
24/09/13Cont. art. 129 – Lesão Corporal
Lesão grave - § 1º
Perigo de vida: perigo gerado a vida da vítima. Somente na hipótese preterdolosa. 
Debilidade permanente de membro, sentido ou função: toda vez que a lesão consistir em uma debilidade permanente de membro (braços e pernas), sentido (tato, visão, audição, paladar e olfato) ou função (de um órgão do corpo humano). Redução da capacidade e deve ser permanente, se o procedimento médico não conseguir reverter será lesão grave. O uso de prótese não descaracteriza a lesão como grave. 
Aceleração de parto: o parto está sendo antecipado. Somente aqui é possível a conduta preterdolosa, pois não tem a intenção de causar a aceleração de parto. Deve ter conhecimento da gravidez da vítima, somente se ele souber é que ele vai responder, pois não poderia prever essa possibilidade. 
Lesão corporal gravíssima - § 2º: 
§ 2º - Se resulta:
I - incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
Incapacidade permanente para o trabalho: precisa ser irreversível, precisa ser privado dessa capacidade para o trabalho. A corrente majoritária entende que tem que ser incapacidade para qualquer atividade laboral e não especifica para a atividade daquela vítima. 
Enfermidade incurável: quando a lesão for uma ofensa a sua saúde, sendo a vítima contaminada por uma doença incurável será configurada uma lesão gravíssima. Um exemplo disso é a contaminação do vírus HIV intencional. 
Perda ou inutilização de membro, sentido ou função: na lesão gravíssima a vítima fica privada dessa capacidade. A perda pode decorrer tanto da mutilação como também da amputação, a perda significa que a vítima está privada dessa capacidade. A mutilação ocorre em razão da gravidade da lesão, com a própria lesão isso ocorre. Na amputação será por procedimento cirúrgico, quando for imprescindível a amputação. Na inutilização o membro continuará agregado ao corpo, mas desprovido de qualquer capacidade. Se a vítima perder o “dedão” será gravíssima. Se perder a mão também será gravíssima, pois houve perda da função do membro.
Deformidade permanente: dano estético, quando a lesão sofrida pela vítima gerar um constrangimento, uma situação vexatória. Esteticamente a lesão gera essa situação vexatória para a vítima. A deformidade deve ser acentuada. Se for passível de reversão por procedimento cirúrgico vai descaracterizar a lesão gravíssima. 
Aborto: se gerar o aborto a lesão vai ser gravíssima, somente na hipótese de crime preterdoloso. Tem que ser causado a título de culpa. 
Lei 9.263/96 – possibilitou que os procedimentos médicos para esterilização fossem feitos desde que houvesse a concordância do paciente.
Seguida de morte - §3º: 
§ 3º - Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo.
A morte ocorre por uma conduta culposa do agente, ele quer praticar essa lesão, mas não quer causar a morte do agente. A morte funciona como resultado agravador. Hipótese de crime preterdoloso, tem a dolo na lesão e culpa na morte. 
25/09/13
Art. 129 – Lesão Corporal
Forma Privilegiada - §4º - 
§ 4º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena - §5ª – somente lesão leve. 
§ 5º - O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
Lesão corporal culposa - § 6º - Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano.
Não se admite a hipótese de tentativa. 
Aumento de pena
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º
do art. 121 deste Código.
Perdão judicial - § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. Somente na lesão culposa. 
Violência Doméstica
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Lesão corporal leve é um crime de menor potencial ofensivo, da competência do juizado especial criminal, quando a pena não for superior a 3 anos, porém nesse caso não será aplicado essa competência. 
Não se aplica a lei 9099/95.
Não se trata de crime autônomo.
Aumento de Pena - §11 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.
Crime praticado contra portador de deficiência. 
Art.137 – RIXA – briga desordenada que envolve no mínimo 3 ou mais pessoas.
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Sujeitos:
	Ativo: crime de concurso necessário, pois exige a presença de três pessoas para que o crime possa existir. 
	Passivo: as próprias pessoas que lutam entre si. É ao mesmo tempo autor e vítima. 
Crime perigo: 
Consumação do crime: se dá com o início da luta.
Tentativa: Não admite a tentativa.
Participação: participação na luta e será considerado autor. 
Participação no crime de rixa: é possível a presença do participe. 
Forma qualificada: 
Hipóteses:
Quando ocorrer a lesão grave
Quando ocorre a morte. 
Art. 135 – Omissão de Socorro
Tipo Objetivo: 
Objeto jurídico: 
Crime omissivo próprio: a ocorrência de resultado é irrelevante. Não responde pelo resultado. Se houver uma pluralidade de pessoas, todos respondem se ninguém agir, se apenas um agir afasta a responsabilidade dos demais.
Sujeitos: 
Ativo: crime comum
Passivo: definido no tipo penal. 
Sujeito passivo: 
Criança abandonada: deve ter sido deixada pelos pais ou responsáveis. 
Criança extraviada: criança perdida.
Pessoa inválida, ao desamparo: sem capacidade para a prática dos atos normais do ser humano, possui uma limitação, e estará ao desamparo quando estiver em situação de perigo e não puder se defender. 
Pessoa feriada ao desamparo: alguém que esteja lesionado e por essa razão está incapacitado de se livrar da situação de perigo pelas suas próprias forças. 
Pessoa em grave ou iminente perigo: sempre que alguém estiver em grave ou iminente perigo poderá ser vitima de omissão de socorro. Ex: pessoa que está se afogando.
As quatro primeiras hipóteses o perigo é abstrato. E a última é concreto, tem que se comprovar a situação de perigo. 
Formas de assistência: que se exige do agente pode ser:
Imediata: próprio agente deve prestar o socorro. 
Mediata: acionar alguém que possa prestar o socorro. 
Consumação: se dá logo com a omissão. Independentemente de qualquer resultado já existe crime. 
Crime omissivo próprio não admite tentativa. 
Morte instantânea: se comprovar a morte não vai responder, pois não há mais bem jurídico tutelado. 
Causas de Aumento de Pena: § único- 
Lesão grave: a pena é aumentada de metade.
Morte: a pena é triplicado. 
Omissão de socorro do CTB – art. 304 
Condutor de veiculo: não pode ser o que causou o acidente, tem que estar no momento do acidente. 
Não seja culpado.
Art. 135 – Omissão de Socorro no atendimento hospitalar: 
Tipo objetivo: - Lei 12.653/12 
Conduta – comissiva, ela é uma ação de exigir. 
Sujeitos
Ativo: funcionários hospital
Passivo: pessoa que precise de um tratamentoemergencial
Consumação: 
Tentativa: possível quando a exigência for de forma escrita. 
Emergência ou urgência: emergência ocorre quando a vitima sofre um grave risco, ou dano a sua integridade corporal e necessita de um atendimento imediato. Urgência a vitima está acometida de um grave dano porém não corre risco de morte. 
Causas de aumento - § único
Lesão grave – dobro
Morte – triplo
02/10/13
Art. 138 – Calúnia
Tipo objetivo: 
Honra: 
Objetiva: consiste na forma pela qual a pessoa é vista e considerada no meio social, ou seja, reputação que as pessoas tem dela. EX: Calúnia e difamação
Subjetiva: consideração que a pessoa tem de si mesma, ou seja, é a autoestima. EX: Injúria
Elementos do Tipo: 
Imputação de fato: precisa ser um fato determinado, precisamos indicar um acontecimento. Além de determinado o fato deve ser falso, onde a falsidade do fato pode se referir tanto a existência quanto a autoria do fato. 
Para a calúnia o fato precisa ser falso.
Crime: fato tem que ser um fato criminoso. No sentido estrito, diferente de contravenção.
Consumação: ocorre quando a terceira pessoa toma conhecimento da imputação. 
Tentativa: através da forma escrita. Na forma verbal não é possível. 
Subtipo - §1º - propaga ou divulga a informação falsa. A terceira pessoa que toma o conhecimento do fato, sabendo que é falsa e mesmo assim passa a informação para outra pessoa.
Não se admite a tentativa.
Não se admite o dolo eventual.
Contra os Mortos - § 2º - 
Exceção da verdade: o fato imputado para a vitima seja falso, porém se a pessoa tiver como provar que o fato é verdadeiro a conduta será atípica. 
Não se admite a exceção da verdade: se o fato for apurado por ação privada não houver condenação irrecorrível. 
Se o fato for apurado por ação publica foi absolvida por sentença irrecorrível. 
Se for contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro.
É possível calunia de fato verdadeiro? Nas hipóteses em que não se admitem a exceção da verdade, porque nessas hipóteses ainda que o fato seja verdadeiro o agente está impedido. 
Art. 139 – Difamação: Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.
Tipo Objetivo: simples fofoca. 
Fato determinado: não precisa ser falso o fato, ele pode ser verdadeiro. Se for fato criminoso verdadeiro será difamação. 
Consumação: terceira pessoa toma conhecimento.
Tentativa: por escrito é possível.
Sujeito:
Ativo: qualquer pessoa, quem divulga ou propala incorre no caput, pois não dispositivo específico.
Passivo: pessoa que sofre imputação. 
Exceção da verdade: como regra não é admitida.
É possível quando: ofensa for contra funcionário público no exercício de suas atribuições. 
03/10/13
Art. 140 – Injúria – Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Tipo objetivo: mero xingamento.
Dignidade: se refere aos atributos morais da vítima.
Decoro: 
Diferença entre crime de injuria e o desacato: Desacato está previsto no art. 311 do CP. Desacato sempre pressupõem que a vitima sempre esteja na presença do agente, e a ofensa está atrelada ao exercício das atribuições da função do funcionário público. 
Honra subjetiva: a injúria atinge a honra subjetiva, conceito que a pessoa de si própria. 
Consumação: quando a vítima toma conhecimento
Tentativa: através da forma escrita seria possível. 
Perdão Judicial: § 1º
Quando o ofendido provocou a ofensa, de modo reprovável. O juiz diante da circunstancia do fato concreto poderá analisar se a conduta da vítima foi reprovável e acabou provocando a conduta do agente.
Retorsão imediata: quando A ofende e B e imediatamente B ofende A. Mas só é possível o perdão para B e não para A, pois este só proferiu o xingamento porque foi ofendido.
Formas qualificadas § 3º: § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. - Quando a vitima for determinada ou determinadas. 
A ofensa deve estar relacionada à condição da pessoa.
Injuria real - § 2º: 
Violência ou vias de fato: quando o meio para praticar a injúria for por força física estará presente da injúria real. EX: quando o agente joga ovo na vítima, dá um tapa no rosto da vítima. 
Disposições comum – Art. 141 ao 145 
Art. 141 – Causas de aumento de pena: se aplicam aos três crimes que fere a honra. 
Contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
Contra funcionário público.
Presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação. Não definiu o número de pessoas, a doutrina entende que tem que ser no mínimo três pessoas, exceto a vitima e do autor, ou co-autores. 
Contra pessoa maior de 60 anos ou portador de deficiência, exceto na injúria.

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