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ECG - PADRÕES ELETROCARDIOGRÁFICOS SCHEILA MARIA # bloqueios de condução # 1. BAV de 1º grau: - geralmente benigno, s/ sintoma, s/ falha de função - Intervalo PR aumentado (≥ 22s) - Todas P tem QRS 2. BAV de 2º grau: Tipo I (fenômeno de Wenkebach) - Intervalo PR alarga progressivamente até um batimento sem QRS. - Após o batimento sem QRS o próximo volta com PR normal. - PR antes > PR depois (do batimento bloqueado). - geralmente benigno por ex. em atletas. Não tem indicação pra marca-passo - do período refratário e o bt subsequente demora mais tempo para passar. Tipo II: - ondas p bloqueadas sem aviso prévio. - sem alargamento de PR. - PR antes = PR depois (do batimento bloqueado). - indicação para marca-passo. - Pode ser rítmico ex: 2:1 (para cada 2 P, há uma bloqueada) 3. BAV de 3º grau: - tem P e QRS, porém são dissociados. - P tem frequência maior que QRS - Não há sincronia entre P e QRS (tem frequências distintas) - Quanto mais baixa a frequência, mais baixo o bloqueio. 4. BRD - Mais fácil de ser bloqueado (chagas, HP, ou s/ patologia) - EM V1 = há onda R e uma segunda onda R (R’) alargada e aberrante - tempo QRS fica ≥ 012s (QRS alargado) - Em V6 há R normal e S alargada - A onda T é discordante da onda alargada do QRS (seja R ou S) - Bloqueio incompleto de RD = paciente tem padrão R-R’ porém QRS estreito 5. BRE - V1 com QRS alargado, pequena R e S grande e T discordante. - Em v6 há grande onda R pura e alargada (padrão em meseta), sem S. - QRS > 0,12s 6. HEMIBLOQUEIOS - Ântero-superior esquerdo: QRS (+) em D1 e avL e (-) em D2, D3 e avF. - Pôstero-inferior esquerdo: QRS (-) em D1 e avL e (+) em D2, D3, avF. # sobrecarga de câmaras cardíacas # Lembrar: em V1 a despolarização dos átrios normalmente é isodifásica. A duração normal é 2-3mm (80 a 110ms) e amplitude 2,5 mm 1. SOBRECARCA DE AD: - Manifestações em V1 e D2 - Em D2 = onda P apiculada (≥ 2,5 mm) - pode aparecer também em V3 e avF. - Em V1 = componente positivo (desp. do AD) + proeminente que negativo (AE). - Afeta mais a amplitude que a duração. 2. Sinal de Penhalosa-Tranchesi - Salto de amplitude de QRS de V1 a V2 - P apiculado (V1/V2) - Vetor de desp. do septo passa a apontar para trás (peq. Onda Q em V1 = qR). 3. SOBRECARGA DE AE: - Manifestações em V1 e D2 - Em D2 = aumento de duração da onda P (>0,12s = 3 mm) - onda p bífida (corcova de camelo ou p mitrale) - a segunda onda tem amplitude maior e a distância entre os picos ≥ 0,4s. - Em V1 = aumento da duração e amplitude do componente negativo - índice de Macruz (em D2) - Relação de Morris: 1mm duração x 1mm amplitude. # Em V1 o componente negativo com duração ≥ 0,04 (1mm) e amplitude ≥ 1 mm (tem que caber 1 quadradinho dentro do componente negativo). 4. SOBRECARGA DE VE - aumento da amplitude de QRS (voltagem maior) - desvio do eixo para a esquerda. - aumento da deflexão intrinsecóide (se tiver hipertrofia) – QRS mais largo - alteração de onda t (repolarização) – invertida = Strain - melhor visualização em D1, V5, V6 e avL. # Índice de Sokolov-Lyon # Índice de Cornell 5. SOBRECARGA DE VD - Em V1 e V2 = aumento da amplitude de R com T negativa (Strain) - Desvio do eixo para direita e p/ frente (QRS (+) em V1, (-) em D1 e (+) em avF) - Redução do S (R pode aparecer puro) - QRS não tem crescimento significativo em R, de V1 a V6 (ocorre inversão do padrão). - Aumento do S de V1 a V6 (inversão do padrão) # arritmias ventriculares # 1. EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR - QRS alargado e aberrante - QRS semelhante ao de um BRD ou BRE - Sem onda p associada - pode ser isolada, pareada (uma ao lado da outra) ou bigeminada (um bt normal, uma extrassístole...) - três ES seguidas = taquicardia ventricular/ mais de três seguidas, <30s = taqui não sustentada/ mais de três seguidas, >30s = taqui sustentada. 2. TAQUICARDIA VENTRICULAR - pode ser monomórfica ou polimórfica - taqui polimórfica = torsades de pointes (bats. grandes e pequenos) 3. FLUTTER VENTRICULAR - Tipo de taqui ventricular relacionada a fenômeno de reentrada - Frequência hiper-rápida (250/300 bpm) - ocorre em pctes com QT longo - R cai em cima de T (período vulnerável) 4. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR - Não há onda P nem QRS - linha de base irregular - ondas grosseiras no primeiro momento, que evoluem para assistolia. 5. ASSISTOLIA - linha reta # síndromes isquêmicas miocárdicas # 1. ISQUEMIA - Inversão da onda T (nas derivações específicas da área isquemiada) - Simetria da onda T (normalmente tem um ascendente lento e descendente rápido). - Quanto mais profunda a onda T – mais grave isquemia 2. LESÃO (oclusão aguda – padrão clássico do IAM) - descida da linha de base (intervalo T-Q) - supradesnivelamento de ST nas derivações específicas - há deformação de ST (mais convexo, > 1mm) 3. NECROSE - padrão onda Q patológica - Onda Q larga e profunda ≥ 0,3 s ou altura ≥ 1/3 de QRS - Necrose total – não há onda R – padrão QS - Quando há onda R = algum miocárdio viável - ST infradesnivelado = lesão subendocárdica - ST supra desnivelado = lesão subepicárdica ou transmural # arritmias supraventriculares # 1. EXTRASSÍSTOLE SUPRAVENTRICULAR - batimentos ectópico precoce. - pode ter onda P (quando visível, é diferente da sinusal) - QRS exatamente igual ao batimento, porém curto. - há pausa compensatória nas isoladas, devido ao reset do nó AV - ES que se origina no nó AV (não há P, se houver, QRS se superpõe) - ES interpolada: R-R é igual (a ES não reseta o nó sinusal, não há pausa) 2. TAQUICARDIA ATRIAL (>100) - unifocal (ondas P com mesma morfologia) - multifocal (ondas P com vários padrões na mesma derivação) - (-) D1 e (+) avR certeza que não é sinusal. - QRS é normal 3. RITMO ATRIAL ECTÓPICO - Se for <100 (ou seja, não é taqui), é apenas ritmo atrial ectópico. - pode ser uni ou multifocal (ver morfologia do P dentro da mesma derivação). - seguida por breve pausa. - (-) D1 e (+) avR 4. FIBRILAÇÃO ATRIAL - Não tem onda P - Pode aparecer ondas f - ritmo irregular - R-R irregular 5. SÍNDROME DE WOLF-PARKINSON-WHITE = PADRÃO DE WPW + arritmia (há feixes anômalos) - PADRÃO DE WPW Potenciais que cursam pelos feixes anômalos iniciam logo a despolarização no ventrículo pois não tem a pausa que o nó AV tem, mas logo são superpostos pelos potenciais que de lá vem. onda P normal intervalo P-R curto QRS com início alargado e depois fica normal (onda delta) Onda delta (pode ser positiva ou negativa) - TAQUICARDIA ORTODRÔMICA Potencial desce pelo nó AV e sobe pelos feixes anômalos despolarizando os átrios retrogradamente. Em V1 distância do R-p’ vai ser >0,08 <0,08 = taqui AV nodal - TAQUICARDIA ANTIDRÔMICA Potencial desce pelo feixe anômalo e sobe pelo nó AV QRS anormal, com padrão de bloqueio completo de ramo frequência super alta se comporta como parada cardíaca, chocar o paciente 6. TAQUICARDIA ATRIOVENTRICULAR NODAL - Padrão de refratariedade dentro de AV - FC > 150 bpm - QRS estreitos normais e extremamente regular - Ausência de ondas P (caem em cima do QRS) - EM V1 o padrão parece com distúrbio de condução de ramo direito. - Em V1 ocorre R-R’ (que na verdade é a P retrógrada que ocorre imediatamente depois do QRS). 7. FLUTTER ATRIAL - fenômeno de reentrada que acontece dentro do átrio. Nó AV filtra alguns desses potenciais. - FC altíssima (300/min) - Ondas F regulares - 2 ou 3 ondas F para um QRS - 3 ondas F para um QRS com FC 75 ou 2 ondas F para um QRS com FC 150 - ritmoregular
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