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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – 2570 TURMA: 04 RELATÓRIO NO 04 Título da aula prática: Análise Granulométrica do Solo Acadêmicos: Kauê Abrão Mascarenhas RA: 84934 Sérgio Augusto Jacob Doveinis RA: 84932 MARINGÁ, Agosto de 2015 1. OBJETIVO (S) Determinar a granulometria de uma amostra de solo através do método do peneiramento e do método da sedimentação, para se obter a Curva Granulométrica do Solo em questão. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De uma forma geral, a parte sólida dos solos é composta por um grande número de partículas que possuem diferentes dimensões. A granulometria ou Análise Granulométrica dos solos é o processo que visa definir, para determinadas faixas pré-estabelecidas de tamanho de grãos, a porcentagem em peso que cada fração possui em relação à massa total da amostra em análise. Segundo a norma NBR 7181/1988 a análise granulométrica pode ser realizada por peneiramento, quando temos solos granulares com areias e os pedregulhos (76 mm > Ø > 0,075 mm (peneira nº 200)), por sedimentação, no caso de solos argilosos (0,075 mm (peneira nº 200) > Ø > 0,0002 mm) ou pela combinação de ambos os processos que é mais comum, pois os solos contêm frações grossas e frações finas. No Peneiramento o tamanho do grão é dado em função da abertura da malha quadrada de cada peneira, juntamente com as respectivas porcentagens das massas secas (passante e retida). Já na sedimentação o tamanho da partícula é dado em função da equivalência ao diâmetro da esfera que sedimenta num meio viscoso (líquido), com a mesma velocidade desta partícula. E as porcentagens das massas secas de partículas, respectivamente de menor e de maior dimensão são avaliadas em função da densidade da suspensão no tempo e da profundidade em que foi medida. A determinação da composição granulométrica de um solo, expressa pela respectiva curva granulométrica, é essencial para a previsão das características fundamentais do seu comportamento tais como classificação do solo quanto à textura, estimativa de comportamento do solo, estimativa do coeficiente de permeabilidade, dimensionamento de filtros de proteção e estabilização granulométrica. Também é preciso determinar do teor de umidade (w) para obter a massa de sólidos utilizada no ensaio. Para isso utiliza se as equações (1), (2) e (3): S W M M W x 100% (1) 𝑀𝑤 = 𝑀2 − 𝑀1 (2) 𝑀𝑠 = 𝑀1 − 𝑀3 (Equação 3) Onde: WM = massa de água; SM = massa dos sólidos; 1M = massa úmida mais cápsula; 2M = massa seca mais cápsula; 3M = massa da capsula; W = teor de umidade. Para o ensaio de sedimentação, foram utilizadas as seguintes equações: Massa Específica da Sus. No ponto X: (i) i = 1,000 + 1,02 (dens - 1,000) (Equação 4) Onde: dens = Leitura de densímetro. Altura de Queda das partículas: (a’) Para as 3 primeiras leituras do ensaio a’=a, para as outras medidas temos: 𝑎′ = 𝑎 − 𝑉𝑎 2𝐴 (Equação 5) Onde: Va = volume do bulbo do densímetro; A = área transversal interna da proveta; a = equação a seguir: a = 19,3 - 200 (dens - 1,000) (Equação 6) Massa Específica do meio Dispersor: (wd) wd = 1,0065 - 0,0002.T(°C) (Equação 8) Diâmetro máximo das partículas em suspensão: (Dmáx) 𝐷𝑚 = √ 1800𝑛 𝜌𝑠 −𝜌 𝑤𝑑 . 𝑎′ 𝑡 (Equação 9) Porcentagem, em massa, com diâmetro inferior à Dmáx: (Qs) 𝑄𝑠 = 𝑁(%) 𝜌𝑠 𝜌𝑠−𝜌𝑤𝑑 . 𝑉𝑝𝑟𝑜𝑣(𝜌𝑖−𝜌𝑤𝑑) 𝑀3 (Equação 10) Onde: 𝑁(%) = 𝑀<2𝑚𝑚 𝑀2 . 100 (Equação 11) e 𝑀3 = 𝑀ℎ 1+𝑤 (Equação 12) n = viscosidade da água; 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais: 3.2 Equipamentos 3.3 Metodologia 4. RESULTADOS 4.1 Análise Granulométria por Peneiramento Para a realização da prática, foram aferidos inicialmente os seguintes dados: Tabela 4.1 – Dados coletados para determinação do teor de umidade DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE - < 2,0 mm CÁPSULA N° 23 12 7 AMOSTRA ÚMIDA + CÁPSULA - M1 (g) 81,45 116,62 98,74 AMOSTRA SECA + CÁPSULA - M2 (g) 80,58 115,30 97,70 MASSA DA CÁPSULA - M3 (g) 17,51 23,41 24,92 Inicialmente deve-se calcular o teor de umidade da amostra, utilizando a massa seca em estufa e a massa úmida, e utilizando a equação (1). Para se obter então um teor de umidade médio, repetiu-se o procedimento outras duas vezes, e então, chegou-se à umidade média �̅� = 1,41%. Realizou-se então um peneiramento grosso na amostra, e os dados obtidos no ensaio foram inseridos na tabela 4.2. Tabela 4.2 – Dados obtidos no peneiramento grosso PENEIRAMENTO GROSSO (60mm>ф>2,0 mm) Ms = 986,43 g PENEIRA NRB - 5734/80 M Massa retida (g) ΣM Massa retida e acumulada (g) Qg=100(Ms-ΣM)/Ms Massa passante (%) 100-Qg Massa retida e acumulada (%) Abertura (mm) Nº 50 0,0 0,0 100 0,0 38 0,0 0,0 100 0,0 25 0,0 0,0 100 0,0 19 0,0 0,0 100 0,0 9,5 0,0 0,0 100 0,0 4,8 4 0,0 0,0 100 0,0 2,0 10 23,99 23,99 97,57 2,43 Em seguida, realizou-se com o material passante na peneira #10, o peneiramento fino, e os dados foram inseridos na tabela 4.3. Tabela 4.3 – Dados obtidos no peneiramento fino Então, a partir da umidade média e dos dados coletados no peneiramento grosso e fino, efetuou-se as demais operações da tabela 4.4. Tabela 4.4 – Determinação das massas através do peneiramento. DISCRIMINAÇÃO SÍMBOLO QUANT. (g) Massa total da amostra seca ao ar, preparada conforme NBR-6457/86, passada na peneira #76mm Mt 1000,00 Massa da amostra retida na peneira #2,0mm (nº10), lavada e seca em estufa a 105°c-110°c Mg 23,99 Massa total da amostra seca, passada na peneira #76 mm MS=[(Mt-Mg)/(1+w)]+Mg Obs.: A análise granulométrica se baseia nesta massa Ms Ms 986,43 Massa da amostra seca que passa na peneira #2,0 mm (Ms-Mg)=(Mt-Mg)/(1+w) M<2,0mm 962,46 Porcentagem da amostra seca que passa na peneira #2,0mm N=100*M <2,0mm/Ms (%) Nf 97,57 Massa da amostra seca ao ar, separada para peneiramento fino proveniente do material que passa na peneira #2,0 mm. Mh 120,00 Massa da amostra seca, separada para peneiramento M3=Mh/(1+w) M3 118,33 PENEIRAMENTO FINO (2,0mm>ф>0,075mm) M3 = 118,33g - Nf = 97,57 % PENEIRA NRB - 5734/80 M Massa retida (g) ΣM Massa retida e acumulada (g) Qf=Nf (M3-ΣM)/M3 Massa passante (%) 100-Qf Massa retida e acumulada (%) Abertura (mm) Nº 1,2 16 2,44 2,44 95,56 4,44 0,6 30 7,87 10,31 89,07 10,93 0,42 40 6,57 16,88 83,65 16,35 0,25 60 18,56 35,44 68,35 31,65 0,15 100 29,82 65,26 43,76 56,24 0,075 200 16,84 16,84 29,88 70,12 Por fim, realizou-se o ensaio da sedimentação, utilizando-se alguns dos dados obtidos nos ensaios anteriores. Tabela 4.5 – Dados obtidos no ensaio de sedimentação.5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Primeiramente, através da análise de material passante versus diâmetro do grão, traçou-se a curva granulométrica do solo em questão, como mostra o gráfico 5.1. Gráfico 5.1 – Curva granulométrica Sabendo-se que q os intervalos de classificação do solo quanto ao tamanho dos grãos são dados pela tabela 5.1, podemos notar que o solo analisado em questão, apresenta um grande quantidade de areia fina e grossa, (constituindo aproximadamente 72% do volume do solo) e frações menores de argila (cerca de 24%), silte (cerca de 4%). Portanto, pode-se dizer que este é um solo predominantemente arenoso, porém com uma quantidade de argila considerável. Não podemos classificar a curva quanto ao diâmetro efetivo D10, pois a porcentagem de 10% do material está na porção de argila, e não foram feitos ensaios para determinar a granulometria do mesmo. Porém, nota-se que este solo é bem graduado (possui grãos em praticamente todas as dimensões) apesar de não ser um solo uniforme (grande concentração de areai em relação ao silte e à argila. Tabela 5.1 – Classificação do solo quanto à granulometria 6. REFERÊNCIAS ______.NBR 6457: Amostras de solo: Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ABNT, Rio de Janeiro, 1986. ______.NBR 7181: Amostras de solo: Análise Granulométrica. ABNT, Rio de Janeiro, 1988. ______.NBR 5734: Peneiras para ensaio – Especificação. ABNT, Rio de Janeiro, 1980.
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