Buscar

ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Aluna Acadêmica: Andrienne Vieira Leão 
 
 
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
 
A estrutura do Judiciário brasileiro 
Único Poder não constituído pelo voto popular é o responsável pela realização das eleições 
Em seu estudo sobre o Estado Moderno, Montesquieu dividiu a constituição dos Poderes em 
Legislativo, Executivo e Judiciário. Este último composto por ministros, desembargadores e 
juízes, os quais têm a função de julgar, de maneira imparcial e isenta, determinadas situações 
e as pessoas nela envolvidas de acordo com as normas criadas pelo Legislativo e com as 
regras constitucionais do país. O funcionamento do Poder Judiciário se dá por meio de 
instâncias judicantes, as quais visam à concretização dos princípios do devido processo legal, 
do contraditório e da ampla defesa. Em regra, a primeira instância corresponde ao órgão que 
analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário. As decisões por ela 
proferidas poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, composta por órgãos 
colegiados, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria. É a 
garantia do duplo grau de jurisdição. 
 
Divisão de competência 
A Justiça Federal é composta pelos tribunais regionais federais e juízes federais, e é de sua 
competência julgar ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais 
forem interessadas. Existe a Justiça federal comum e a especializada, que é composta pelas 
Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar. 
À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendida na competência da 
Justiça Federal, comum ou especializada. É, portanto, competência residual. Os Estados 
também têm sua Justiça Militar, cuja função é julgar os crimes próprios cometidos pelos 
policiais militares. 
Supremo Tribunal Federal O Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do Poder 
Judiciário, é composto por 11 ministros, brasileiros natos, e escolhidos entre cidadãos com 
mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. São 
nomeados pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal. Entre suas principais atribuições está a de julgar ações diretas de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual; ações declaratórias de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; a arguição de descumprimento de preceito 
fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado 
estrangeiro. Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, 
o presidente da República e seu vice, os membros do Congresso Nacional, seus próprios 
ministros e o procurador-geral da República. O presidente e o vice do STF são eleitos pelo 
plenário do tribunal e têm mandato de dois anos. É dividido em duas turmas, cada constituída 
por cinco ministros. 
Superior Tribunal de Justiça O Superior Tribunal de Justiça (STJ), composto por 33 
ministros, é a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o 
Brasil, seguindo os princípios constitucionais. O STJ é a última instância da Justiça brasileira 
para as causas infraconstitucionais, sendo o órgão de convergência da Justiça comum. Julga 
crimes comuns praticados por governadores dos Estados e do Distrito Federal, crimes comuns 
e de responsabilidade de desembargadores dos tribunais de Justiça e de conselheiros dos 
tribunais de contas estaduais, dos membros dos tribunais regionais federais, eleitorais e do 
trabalho. Julga também habeas corpus que envolvam essas autoridades ou ministros de 
Estado, exceto em casos relativos à Justiça eleitoral. Pode apreciar ainda recursos contra 
habeas corpus concedidos ou negados por tribunais regionais federais ou dos Estados, bem 
como causas decididas nessas instâncias, sempre que envolverem lei federal. Analisa a 
concessão de cartas rogatórias e julga a homologação de sentenças estrangeiras. 
Tribunal Superior Eleitoral Com sede na capital federal, Tribunal Superior Eleitoral tem a 
função de acompanhar a legislação eleitoral juntamente com os Tribunais Regionais 
Eleitorais. É encarregado de expedir instruções para a execução da lei que rege o processo 
eleitoral. Dessa maneira, assegura a organização das eleições e o exercício dos direitos 
políticos da população. É composto por no mínimo sete membros: três deles são escolhidos 
por meio de votação entre os ministros do STF; dois, entre os do STJ; e os outros dois são 
nomeados pelo presidente da República. 
Tribunal Superior do Trabalho Composto por 27 ministros nomeados pelo presidente da 
República e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, o Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) tem por principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista no país. O 
TST julga recursos contra decisões de Tribunais Regionais do trabalho (TRTs) e dissídios 
coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança, 
embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias. 
Superior Tribunal Militar Sendo a mais antiga corte superior do país, o Superior Tribunal 
Militar tem funções judiciais e administrativas, mas é especializada em processar e julgar 
crimes que envolvam militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. É composto por 15 
ministros vitalícios, nomeados pelo presidente da República, com indicação aprovada pelo 
Senado Federal. Três ministros são da Marinha, quatro do Exército e três da Aeronáutica, os 
outros cinco são civis. 
Tribunais Regionais Federais Existem cinco Tribunais Regionais Federais (TREs) no país, 
com sedes em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. São compostos por 
sete juízes nomeados pelo presidente da República. É de competência desses tribunais 
processar e julgar os juízes federais da sua área e os membros do Ministério Público da União. 
Tribunais Regionais do Trabalho Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) fazem parte 
da Justiça do Trabalho no Brasil, em conjunto com as Varas do Trabalho e com o Tribunal 
Superior do Trabalho. Usualmente, correspondem à segunda instância na tramitação, mas 
detém competências originárias de julgamento, em casos de dissídios coletivos, ações 
rescisórias, mandados de segurança, entre outros. Os TRTs, atualmente 24, estão distribuídos 
pelo território nacional, e sua área de jurisdição normalmente corresponde aos limites 
territoriais de cada Estado-membro. 
Tribunais Regionais Eleitorais Existe um Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em cada uma 
das 26 capitais da União e no Distrito Federal, que são responsáveis pela organização, 
fiscalização e execução do processo eleitoral nas áreas sob sua jurisdição. De forma 
simplificada, os TREs são compostos por sete julgadores: dois desembargadores do Tribunal 
de Justiça; um juiz do Tribunal Regional Federal, dois juízes de direito e dois advogados 
indicados pelo Tribunal de Justiça. As deliberações são feitas por maioria de votos, estando 
presentes ao menos quatro de seus membros. 
Tribunais de Justiça Os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal são 
organizados de acordo com os princípios e normas das constituições estaduais e da Lei 
Orgânica do Distrito Federal. Apreciam, em grau de recurso ou em razão de sua competência 
originária, as matérias comuns que não se encaixam na competência das justiças federais ou 
especializadas. Nos Estados com efetivo policial militar inferior a 20 mil integrantes, o TJ 
também julga, em segunda instância, as matérias da Justiça Estadual Militar. 
Juízes singulares Os juízos de primeira instância são onde se iniciam, na maioria das vezes, 
as ações judiciais estaduais e federais (comuns e especializadas). Compreende os juízesestaduais, os federais e os da justiça especializada (juízes do trabalho, eleitorais, militares). 
Conselho Nacional de Justiça No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o órgão do 
Poder Judiciário encarregado de controlar a atuação administrativa e financeira dos demais 
órgãos daquele poder, bem como de supervisionar o cumprimento dos deveres funcionais dos 
juízes. 
 
PODER JUDICIÁRIO ARTIGOS 92 A 126 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Um dos três órgãos que formam os poderes da União. São poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o judiciário. Como função típica (privativa) é o 
órgão encarregado de: fiscalizar a aplicação da lei; mandar cumprir as leis; e punir a todos 
aqueles que transgridam a ordem (ordenamento) social obrigatória, vale dizer, é todo ato 
jurisdicional – exercer a jurisdição é aplicar a lei a casos concretos, visando dirimir litígios, 
produzindo, assim, decisões definitivas que serão cumpridas coercitivamente – que tem a 
capacidade de produzir coisa julgada (imutável) – “a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Como função atípica, exercita funções do Poder 
Legislativo (quando da iniciativa das leis (artigo 61), das normas regimentais – regimento 
interno), como também do Poder Executivo, quando trata do seu pessoal administrativo, 
concedendo férias ou licença, serviços, secretarias e outros, assegurando, assim, autonomia 
administrativa e financeira. A Constituição Federal não define o que seja função judiciária, 
como também não define a função que respectivamente as exercem, indica o objeto da função 
no tocante ao órgão cuja competência delimita, sem a conceituar, no entanto. No tocante ao 
Poder Judiciário, a função que lhe cabe especificamente e que, por isso, o distingue entre os 
demais poderes estatais é a jurisdição. Poder Judiciário, portanto, é aquele a que a jurisdição é 
atribuído como função específica e de grande peso. Por sua vez, a Jurisdição é a função que o 
Estado exerce para resolver e compor litígios (tutela jurisdicional do Estado), mediante a 
aplicação do direito objetivo, dando a cada o que é seu. Assim, Poder Judiciário é aquele que 
por meio dos órgãos que a Constituição Federal prevê, exerce, preponderante e especificamente, 
a função jurisdicional, para, desse modo, compor ou resolver litígios, dando a cada o que é seu, 
mediante a aplicação do direito objetivo. 
 
 
JURISDIÇÃO 
O litígio coloca em perigo a paz social e a ordem jurídica, o que reclama a atuação do Estado, 
que tem como uma de suas funções básicas, a tarefa fé solucionar a lide. Dentro deste 
contexto, o Estado, por meio do Poder Judiciário, tem o “poder-dever de dizer o direito”, 
formulando norma jurídica concreta que deve disciplinar determinada situação jurídica, 
resolvendo a lide e promovendo a paz social, este poder-dever do Estado de dizer o direito, 
resolvendo o conflito, é o que a doutrina chama de jurisdição. A jurisdição pode ser vista 
como “função do Estado de atuar a vontade concreta da lei com o fim de obter a justa 
composição da lide”.Assim, a jurisdição abrange três poderes básicos: decisão, coerção e 
documentação. Pelo primeiro, o Estado-juiz tem o poder de conhecer a lide, colher provas e 
decidir; pelo segundo, o Estado-juiz pode compelir o vencido ao cumprimento da decisão; 
pelo terceiro, o Estado-juiz pode documentar por escrito os atos processuais. As acepções da 
jurisdição são: Poder – capacidade de decidir imperativamente e impor decisões; atividade – 
dos órgãos para promover pacificação dos conflitos; função – complexo de atos do juiz no 
processo.

Outros materiais