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www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 1 DICAS DE ESTUDO Não há necessidade de você memorizar ou decorar assuntos trabalhistas para a 2ª fase. Lembre-se que você poderá utilizar códigos, que irão lhe auxiliar e fornecer conteúdo necessário à solução do problema proposto. Tente, em cada questão apresentada, desenvolver um raciocínio lógico, identificando o problema e a respectiva solução. Você deverá enfrentar a questão como se estivesse no seu escritório profissional e um cliente lhe procurasse com um problema a ser solucionado. Como um médico, você deverá saber identificar a doença (o problema) e prescrever a medicação (solução do problema). Não adianta decorar, você terá que exercitar o raciocínio jurídico; Exercite bastante. Resolva bastantes questões. Treine, exaustivamente, peças processuais (iniciais, defesas, recursos, etc). Um campeão treina muito. Somente a teoria não será suficiente. Uma das minhas maiores recomendações em sala é a de que não basta assistir aula. O sucesso dependerá do esforço individual de cada um, realizando o maior número possível de tarefas práticas. Lembre-se novamente: Não há ganho sem dor; Não treine as peças processuais no computador. No dia da prova você não poderá usar o seu micro. Deixe de preguiça e comece a escrever, utilizando-se de papel e caneta; Utilize letra clara legível. Caso sua escrita não seja das melhores, utilize letra de forma (atenção para distinguir as letras maiúsculas das minúsculas, de modo a não prejudicar a pontuação). Preste atenção: se o examinador não conseguir entender o que você escreveu, é claro que você terá grandes dificuldades de aprovação no certame. Letra ilegível revela comportamento negligente e descuidado por parte do examinado; Evite rasuras, remendos e borrões. A apresentação, a boa aparência e o capricho são detalhes que influenciam, positivamente, o examinador. Não será permitido a utilização de corretivos. Neste caso, você não precisa rabiscar, por completo, a parte do texto que deseja retirar da prova (alguns, de tão nervosos, chegam a rasgar a folha do caderno de respostas). Errou? Acalme-se. Basta riscar o texto equivocado com um traço ---------------------------; A apresentação estética também é fundamental para uma boa avaliação por parte do examinador; Não utilize lápis. Os editais da OAB não permitem que você responda as questões utilizando-se de lápis. Atenção, no dia da prova (principalmente as meninas que tem esse hábito) não leve lápis. Já presenciei muitos alunos que foram reprovados no exame de ordem porque responderam as questões utilizando-se de lápis, muito embora o conteúdo das respostas estivesse correto. Utilize caneta preta ou azul; Cuidado com o rascunho. O examinador não corrigirá as questões que forem respondidas no rascunho. Sinceramente, só utilize o rascunho se houver necessidade de realizar cálculos ou mesmo para preparar uma síntese dos principais pontos a serem abordados na solução da questão. Normalmente, a prova é extensa e você não terá tempo de fazer as questões no rascunho e “passar a limpo” a resposta. Muita gente boa já ficou reprovada porque não teve tempo de passar a limpo a resposta. www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 2 Portanto, não seja teimoso. Somente utilize o rascunho nas hipóteses acima mencionadas; O caderno de rascunho é de preenchimento facultativo e não terá validade para efeito de avaliação, podendo o examinando levá‐lo consigo após o horário estabelecido no Edital. Jamais assine ou coloque o seu nome na peça profissional. Caso isso ocorra, a prova estará identificada e você será automaticamente desclassificado. No máximo, coloque o nome da Cidade e a data do dia em que estiver prestando o exame. Caso deseje, desenhe um traço e sob ele escreva: Advogado – OAB/ nº...; CUIDADO com a correção gramatical. É fundamental que se evite, ao máximo, erros de português, que poderão ensejar perda de pontos preciosos no certame da OAB. Numa determinada prova, por exemplo, foi exigido que o candidato apresentasse uma defesa nominada de “exceção de incompetência”. Pois bem, o candidato, após fazer o cabeçalho e qualificação das partes, nominou a peça de “EXSSESSÃO DE INCOMPETÊNCIA”. NÃO parece difícil deduzir que o aluno foi reprovado no certame. Ademais, evite abreviaturas, escrevendo as palavras por extenso; Cuidado com a linguagem utilizada na redação da peça profissional. Olha, não há necessidade do examinado utilizar uma linguagem rebuscada, de difícil compreensão. Agora, seja qual for o seu estilo, você deverá utilizar uma linguagem jurídica clara e de fácil entendimento. Em outras palavras, deverá o examinado utilizar-se de vocábulos e expressões jurídicas, típicas de um operador do direito. Logo, quanto mais você ler e exercitar peças jurídicas, mais facilmente você assimilará o vocabulário jurídico, NUNCA utilize uma linguagem vulgar. Por exemplo: um aluno me apresentou uma peça processual para correção (tratava-se de um agravo de petição). Pois bem, o mesmo, ao narrar o ato praticado pelo juiz na execução passível de reforma pelo TRT, assim expressou o seu pensamento: “E aí, o Juiz, mais teimoso que jumento empacado, indeferiu.....”. Sem comentários. MUITO CUIDADO também com o emprego da regência, verbos e concordância. Por último, não há necessidade de utilização de expressões em latim, embora não seja proibido o seu uso, desde que escritos e empregados corretamente; Atenção para a pontuação (principalmente o ponto, o ponto parágrafo e a vírgula). A utilização inadequada da pontuação pode inverter o sentido da oração, prejudicando a qualidade da resposta apresentada e o entendimento pelo examinador, o que refletirá na sua nota final; Na resolução da peça profissional não invente dados, salvo se a questão assim sugerir. Procure desenvolver o seu raciocínio jurídico baseando-se, tão somente, nos dados fornecidos pelo examinador; Na seara trabalhista, as peças processuais mais exigidas pela OAB são: reclamação trabalhista (procedimento comum e sumaríssimo), contestação e recurso ordinário. Logo, você deverá dar prioridade a essas peças jurídicas, o que não significa dizer que outras peças não possam também ser eventualmente cobradas (mandado de segurança, habeas corpus, ação de consignação em pagamento, inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória, etc); Você deverá levar para a prova os códigos, de preferência condensados em um “vade mecum”, devidamente atualizados. Atenção, você precisará de uma CLT atualizada que www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 3 venha acompanhada de todas as súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativos expedidos pelo TST. VOCÊ NÃO PODERÁ LEVAR NO DIA DA PROVA QUALQUER LIVRO DOUTRINÁRIO LIVROS SUGERIDOS: PARA O DIA DA PROVA VADE MECUM (QUALQUER UM DESDE QUE ATUALIZADO) CLT RENATO SARAIVA / ARYANNA MANFREDINI / RAFAEL TONASSI (Editora GEN) LIVROS SUGERIDOS PARA ESTUDO: DIREITO DO TRABALHO Curso de Direito do Trabalho – Vólia Bonfim; Curso de Direito do Trabalho – Mauricio Godinho Curso de Direito do Trabalho – Alice Monteiro de Barros; Direito do Trabalho para Concursos – Renato Saraiva LIVROS SUGERIDOS: PROCESSO DO TRABALHO CURSO DE PROCESSO DO TRABALHO – CARLOS HENRIQUE BEZERRA CURSO DE PROCESSO DO TRABALHO RENATO SARAIVA Você não poderá utilizarCódigos rabiscados ou com observações ou lembretes inseridos a caneta ou a lápis na obra. Você não poderá portar no dia da prova livros com modelos de petições, ou livros que contenham questões de perguntas e respostas. Também não leve para o dia da prova os exercícios feitos por você em casa ou em sala de aula, mesmo que permaneçam dentro da bolsa; Mantenha o celular desligado no horário da prova Procure se alimentar bem antes da prova, não se esquecendo de levar uma garrafa de água mineral; Chegue ao local da prova com, no mínimo, 1 (uma) hora de antecedência; A ORIENTAÇÃO SEMPRE FOI NO SENTIDO DE QUE As questões não deverão ser resolvidas, necessariamente, na ordem em que são apresentadas. Comece pelas questões mais fáceis, deixando as questões mais complexas para o final; ATENÇÃO PARA O TEMPO DE PROVA. Na segunda fase, o examinado dispõe de 05 (cinco) horas para realizar o certame. Controle o seu tempo. Lembre-se que além da peça profissional, você deverá responder algumas www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 4 questões subjetivas. Caso deixe uma questão em branco em função do tempo ter sido insuficiente, você terá grandes dificuldades de alcançar êxito no exame de ordem; As respostas das questões subjetivas deverão ser sempre fundamentadas, indicando o candidato, sempre que possível, o dispositivo legal (normalmente artigo da CLT), jurisprudência (súmulas, orientações jurisprudenciais, etc). Para maior facilidade em localizar determinadas matérias, utilize sempre o índice remissivo da CLT, das súmulas e orientações jurisprudenciais e dos; Na noite anterior à prova, não cometa excessos. Uma boa noite de sono na véspera do certame é essencial para que o examinado tenha um bom desempenho. Mantenha a calma na hora da prova. Controle o seu sistema nervoso. A ansiedade e o nervosismo não lhe ajudarão em nada. Durma cedo e relaxe, sem excessos; Não divulgue para todos o seu projeto. O segredo é a chave do sucesso. Você, naturalmente, já receberá pressão (e apoio) dos seus familiares. Portanto, não comente com todo mundo que você se submeterá ao exame de ordem. Essas pessoas, mesmo que inconscientemente, lhe cobrarão resultados imediatos, o que nem sempre ocorrerá, acabando por abalar sua confiança e auto estima; MENSAGEM Não desista nunca. Mesmo que você tenha sido reprovado em exames de ordem anteriores, continue tentando e estudando. Você vencerá. Só há uma chance de você não conseguir sua carteira profissional de advogado: desistir. LUTE. Não desista! 2. PRINCIPAIS TEMAS DISCUTIDOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: 2.A. GRATUIDADE DE JUSTIÇA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: Lei 1060/50 Lei 7115/83 Lei 5584/70; Art. 790, § 3º, da CLT DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA: “Nos termos do artigo 14, parágrafo 1º da Lei nº 5.584/70, das Leis nºs 1.060/50 e 7.115/83 e do art. 790, § 3º da CLT, o Reclamante declara para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.” 2.B. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: CORRENTE LIBERAL (MINORITÁRIA): - Art. 133 da CF/88; - Art. 20 do CPC; - Art. 22 da Lei 8906/94; 2.B. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: CORRENTE RESTRITIVA (MAJORITÁRIA): - Súmula 219 e 329 do TST; Após a edição da EC 45/2004, que ampliou a competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar qualquer ação envolvendo relação de trabalho, o Tribunal www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 5 Superior do Trabalho, por meio da Resolução 126/2005, editou a IN 27/2005, dispondo sobre inúmeras normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho, estabelecendo no art. 5.º que, “exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência”. 2.C. HOMOLOGAÇÃO DE VERBAS RESCISÓRIAS E MULTA DO ART. 477 § 8º DA CLT Parágrafos do art. 477 da CLT; Caso o aviso prévio seja trabalhado, ou mesmo tratando-se de terminação normal do contrato por prazo determinado, as verbas rescisórias deverão ser pagas até o 1.º dia útil imediato ao término do pacto laboral; Caso o aviso prévio não seja trabalhado, seja o mesmo indenizado ou dispensado o seu cumprimento, ou ainda na hipótese de dispensa por justa causa do empregado, as verbas rescisórias deverão ser quitadas até o 10.º dia contado da data da notificação da dispensa; 2.C. HOMOLOGAÇÃO DE VERBAS RESCISÓRIAS E MULTA DO ART. 477 § 8º DA CLT O não pagamento dos haveres rescisórios, ou mesmo a inobservância do prazo para quitação das atinentes verbas (art. 477, § 6.º da CLT), importará no pagamento de uma multa em favor do empregado, equivalente a um salário contratual (CLT, art. 477, § 8.º), salvo quando, comprovadamente, o obreiro der causa à mora. 2.D. FGTS E INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA (MULTA DE 40% DO FGTS): CF/88 – ART. 7º, III; ART. 15 DA LEI 8036/90 ART. 18, § 1º, DA LEI 8.036/90 2.E. SEGURO-DESEMPREGO Seguro Social – art. 201, III, CF/88; Art. 7º, II, CF/88; Lei 7998/90, alterada pela Lei 8.900/94; Concessão ao trabalhador desempregado, período de 03 a 05 meses, a cada período aquisitivo de 16 meses; O valor do seguro-desemprego não poderá ser inferior a 1 salário mínimo; Empregado Doméstico – seguro-desemprego de 1 salário mínimo, período máximo de 03 meses, ao obreiro inscrito no FGTS; O Seguro-Desemprego somente será devido nas hipóteses de dispensa imotivada ou rescisão indireta (não tem direito em caso de dispensa por justa causa, pedido de demissão ou culpa recíproca); Adesão a PDV não gera direito ao Seguro- Desemprego; S. 389 TST; 2.F. FÉRIAS: CF/88 – ART. 7º, XVII; Terço Constitucional; Período aquisitivo e concessivo; Gozo ou pagamento de férias simples ou em dobro; Abono pecuniário; Culpa recíproca e férias proporcionais; 2.G. SALÁRIO-FAMÍLIA CF/88, ART. 7º, XII; LEI 8213/91, ARTS. 65 e ss.; Devido ao segurado empregado e ao avulso (não devido ao doméstico); Pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda (filho ou equiparado até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade); VALOR DA COTA (PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 15/2013): R$33,16.......remuneração mensal do empregado não superior a R$ 646,55 R$23,36.....remuneração mensal superior a R$646,55 e igual ou inferior a R$971,78 2.G. SALÁRIO-FAMÍLIA Caso o empregado perceba mais do que R$971,78, não fará jus ao salário-família; ART. 84 DECRETO 3048/99; SÚMULA 254 DO TST; 2.H. 13º SALÁRIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA): ART. 7º, VIII, CF/88; LEI 4090/62; LEI 4749/65; 2.I. DESCONTOS NO SALÁRIO: www.cers.com.br OAB 2ª FASE – XIV EXAME Direito do Trabalho Renato Saraiva 6 ART. 462 DA CLT; SÚMULA 342 DO TST; DANO CAUSADO PELO EMPREGADO – DOLO OU CULPA; LEI 10.820/2003; OJ 160 SDI-I/TST; 2.J – SALÁRIO IN NATURA: ART. 458 DA CLT; Utilidade para o trabalho ou pelo trabalho; Art. 458, § 2º, da CLT – parcelas fornecidas pelo empregador que não são salário in natura; 2.K. Jornada: Jornada diária, semanal e turnos ininterruptos; Formas de prorrogação de jornada (compensação de jornada); Horas extras e pedidos acessórios; Art. 74, § 2º, da CLT; COMISSIONISTA – SÚMULA 340 DO TST; DOMÉSTICO – SEM JORNADA; EMPREGADOS EXCLUÍDOS DO CONTROLE DE JORNADA;2.K. Jornada: INTERVALO INTER E INTRAJORNADA; HORAS IN ITINERE E VARIAÇÕES DE HORÁRIO; TRABALHO NOTURNO; RSR;
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