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mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 1/11 333 PPPRRROOOPPPRRRIIIEEEDDDAAADDDEEESSS MMMEEECCCÂÂÂNNNIIICCCAAASSS DDDAAA MMMAAADDDEEEIIIRRRAAA 333...111 GGGeeennneeerrraaallliiidddaaadddeeesss111 Deve-se considerar para a elaboração do projeto estrutural, as propriedades mecânicas da madeira, conforme prescreve a norma NBR-7190, estabelecendo-se a distinção entre os valores relativos à tração e à compressão. Também é importante a consideração das respectivas direções em relação às fibras: direção paralela e normal. Além disto, a determinação da classe de umidade orientará a definição final de tais valores. O anexo B da norma NBR-7190, contém a metodologia de ensaios para estas determinações. 333...222 PPPrrroooppprrriiieeedddaaadddeeesss aaa cccooonnnsssiiidddeeerrraaarrr222 A resistência é a aptidão da madeira em suportar tensões. A resistência é determinada convencionalmente pela máxima tensão que pode ser aplicada a corpos-de-prova isentos de defeitos do material considerado, até o aparecimento de fenômenos particulares de comportamento além dos quais há restrição de emprego do material em elementos estruturais. De modo geral estes fenômenos são os de ruptura ou de deformação específica excessiva. Os efeitos da duração do carregamento e da umidade do meio ambiente são considerados por meio dos coeficientes de modificação modk adiante especificados. Os efeitos da duração do carregamento e da umidade do meio ambiente sobre a resistência são considerados por meio dos coeficientes de modificação 1mod,k e 2mod,k também especificados adiante. A rigidez dos materiais é medida pelo valor médio do módulo de elasticidade, determinado na fase de comportamento elástico-linear. 1 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. 2 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 2/11 O módulo de elasticidade 0wE na direção paralela às fibras é medido no ensaio de compressão paralela às fibras e o módulo de elasticidade 90wE na direção normal às fibras é medido no ensaio de compressão normal às fibras. Na falta de determinação experimental específica permite-se adotar: 0,w90,w E.20 1E equação 3.1 A umidade interfere diretamente nas propriedades de resistência e elasticidade da madeira. As classes de umidade têm por finalidade ajustar tais propriedades em função das condições ambientais onde permanecerão as estruturas. Isto é feito através dos valores apresentados na tabela 8 (que é uma reprodução da Tabela 7 da NBR-7190). Classes de Umidade Umidade relativa do ambiente Uamb Umidade de equilíbrio da madeira Ueq 1 %65 12% 2 %75U%65 amb 15% 3 %85U%75 amb 18% 4 %85Uamb , durante longos períodos 25% Tabela 8 – Classes de umidade – NBR-7190 Todos os valores especificados na NBR-7190 são correspondentes à classe de umidade 1, que se constitui na umidade padrão de referência. Resultados de ensaios que tenham sido realizados com amostras de teor de umidade diferentes de 12%, contidos obrigatoriamente no intervalo entre 10% e 20%, podem ter os seus valores corrigidos para 12% através das seguintes expressões : Resistência : 100 %)12%U(31.ff %U12 equação 3.2 Elasticidade: 100 %)12%U(21.EE %U12 equação 3.3 mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 3/11 Admite-se que a resistência e a rigidez da madeira sofram pequenas variações para teores de umidade acima de 20%. Também admite-se como desprezível a influência da temperatura na faixa usual de utilização, entre 10oC e 60oC. 333...333 CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddaaasss ppprrroooppprrriiieeedddaaadddeeesss dddaaa mmmaaadddeeeiiirrraaa333 A madeira, segundo a NBR-7190, ANEXO B, deve ser ensaiada para obtenção das suas propriedades, e o uso no projeto estrutural. São três métodos possíveis de serem utilizados : 3.3.1) Caracterização completa da resistência da madeira serrada Este método é apropriado para espécies desconhecidas. Nos ensaios são determinadas as seguintes propriedades : a) resistência à compressão paralela às fibras : fc,0 . b) resistência à tração paralela às fibras : ft,0 . c) resistência à compressão normal às fibras : fc,90 . d) resistência à tração normal às fibras : ft,90 (p/ projeto estrutural, ft,90 = 0). e) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras : fv,0 . f) resistência ao embutimento paralelo e normal às fibras : fe,0 e fe,90 . g) densidade básica e densidade aparente a 12% de umidade : bas e apar . 3.3.2) Caracterização mínima da resistência da madeira serrada Este método é apropriado para espécies pouco conhecidas. Nos ensaios são determinadas as seguintes propriedades : a) resistência à compressão paralela às fibras : fc,0 . b) resistência à tração paralela às fibras : ft,0 . c) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras : fv,0 . d) densidade básica e densidade aparente a 12% de umidade : bas e apar . 3.3.3) Caracterização simplificada da resistência da madeira serrada 3 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 4/11 Este método é apropriado para espécies conhecidas ou usuais. Nos ensaios são determinados os valores da resistência à compressão paralela às fibras (fc,0). É permitida a adoção das seguintes relações, para a determinação das demais propriedades de resistência : COMPRESSÃO NORMAL TRAÇÃO PARALELA TRAÇÃO NA FLEXÃO EMBUTIMENTO PARALELO EMBUTIMENTO NORMAL 25,0 f f k,0c k,90c equação 3.4 77,0 f f k,0t k,0c equação 3.5 0,1 f f k,0t k,tM equação 3.6 0,1 f f k,0c k,0e equação 3.7 25,0 f f k,0c k,90e equação 3.8 CISALHAMENTO para CONÍFERAS : 15,0f f k,0c k,0V equação 3.9 para DICOTILEDÔNEAS : 12,0f f k,0c k,0V equação 3.10 Tabela 9 – Relações entre as propriedades mecânicas – NBR-7190 3.3.4) Caracterização da rigidez da madeira a) caracterização completa : valor médio do Módulo de Elasticidade na compressão paralela às fibras : Ec0,m . valor médio do Módulo de Elasticidade na compressão normal às fibras : Ec90,m . Admite-se : Ec0,m = Et0,m . equação 3.11 b) caracterização simplificada : valor médio do Módulo de Elasticidade na compressão paralela às fibras : Ec0,m . Admite-se Ec90,m = 20 1 . Ec0,m ; equação 3.12 EM = 0,85.Ec,0 (para coníferas) equação 3.13 e EM = 0,90.Ec,0 (para dicotiledôneas). equação 3.14 mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 5/11 333...444 CCClllaaasssssseeesss dddeee rrreeesssiiissstttêêênnnccciiiaaa dddaaa mmmaaadddeeeiiirrraaa444 As classes de resistência das madeiras têm por objetivo o emprego de madeiras com propriedades padronizadas, orientando a escolha do material para elaboração de projetos estruturais. As tabelas 10 e 11 (que são respectivamente uma reprodução das Tabelas8 e 9 da NBR-7190), definem as condições mínimas de resistência e rigidez que uma determinada espécie de madeira ensaiada deve apresentar para ser enquadrada em uma das respectivas Classes de Resistência. CONÍFERAS (para teor de umidade padrão de 12%) CLASSES fc0,k MPa fV,k MPa Ec0,m MPa m,bas kg/m3 aparente kg/m3 C 20 20 4 3.500 400 500 C 25 25 5 8.500 450 550 C 30 30 6 14.500 500 600 Tabela 10 – Classes de resistência das CONÍFERAS Fonte : NBR-7190/1997 DICOTILEDÔNEAS (para teor de umidade padrão de 12%) CLASSES fc0,k MPa fV,k MPa Ec0,m MPa m,bas kg/m3 aparente kg/m3 C 20 20 4 9.500 500 650 C 30 30 5 14.500 650 800 C 40 40 6 19.500 750 950 C 50* 50 7 22.000 770 970 C 60 60 8 24.500 800 1.000 Tabela 11 – Classes de resistência das DICOTILEDÔNEAS Fonte : NBR-7190/1997 *Nova Classe de Resistência proposta para a NBR-7190. 4 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 6/11 333...555 RRReeesssuuullltttaaadddooo dddeee eeennnsssaaaiiiooosss dddeee aaalllggguuummmaaasss eeessspppéééccciiieeesss dddeee mmmaaadddeeeiiirrraaa555 As tabelas mostradas a seguir, contêm os valores médios das propriedades de rigidez e resistência de algumas espécies de madeira : Nome comum Nome científico ap(12%) - kg/m3 fc0,m - MPa ft0,m - MPa ft90,m - MPa fV,m - MPa Ec0,m - MPa n ANGELIM ARAROBA VOTAREOPSIS ARAROBA 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12.876 15 ANGELIM FERRO HYMENOLOBIUM SPP 1.170 79,5 117,8 3,7 11,8 20.827 20 ANGELIM PEDRA HYMENOLOBIUM PETRAEUM 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12.912 39 ANGELIM PEDRA VERDADEIRO DINIZIA EXCELSA 1.170 76,7 104,9 4,8 11,3 16.694 12 BRANQUILHO TERMILALIA SSP 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13.481 10 CAFEARANA ANDIRA SSP 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14.098 11 CANAFÍSTULA CASSIA FERRUGINEA 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14.613 12 CASCA GROSSA VOCHYSIA SSP 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16.224 31 CASTELO GOSSYPIOSPERMIUM PRAECOX 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11.105 12 CEDRO AMARGO CEDRELLA ODORATA 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9.839 21 CEDRO DOCE CEDRELLA SSP 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8.058 10 CHAMPAGNE DIPTERYS ODORATA 1.090 93,2 133,5 2,9 10,7 23.002 12 CUPIÚBA GOUPIA GLABRA 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13.627 33 CATIÚBA QUALEA PARANAENSIS 1.221 83,8 86,2 3,3 11,1 19.426 13 EUCALIPTO ALBA EUCALYPTUS ALBA 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13.409 24 EUC. CAMALDULENSIS EUCALYPTUS CAMALDULENSIS 800 48,0 78,1 4,6 9,0 13.286 18 EUCAL. CITRIODORA EUCALYPTUS CITRIODORA 999 62,0 123,6 3,9 10,7 18.421 68 EUCAL. CLOEZIANA EUCALYPTUS CLOEZIANA 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13.693 21 EUCALIPTO. DUNNII EUCALYPTUS DUNNI 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18.029 15 EUCALIPTO. GRANDIS EUCALYPTUS GRANDIS 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12.813 103 EUCAL. MACULATA EUCALYPTUS MACULATA 931 63,5 115,6 4,1 10,6 18.099 53 EUCAL. MAIDENE EUCALYPTUS MAIDENE 924 48,3 83,7 4,8 10,3 14.431 10 EUCAL. MICROCORYS EUCALYPTUS MICROCORYS 629 54,9 118,6 4,5 10,3 16.782 31 EUCAL. PANICULATA EUCALYPTUS PANICULATA 1.087 72,7 147,4 4,7 12,4 19.881 29 EUCAL. PROPINQUA EUCALYPTUS PROPINQUA 952 51,6 89,1 4,7 9,7 15.561 63 EUCAL. PUNCTATA EUCALYPTUS PUNCTATA 948 78,5 125,6 6,0 12,9 19.360 70 1) ap(12%) é a massa especifica aparente a 12% de umidade. 2) fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras. 3) ft0 é a resistência à tração paralela às fibras. 4) ft90 é a resistência à tração normal às fibras. 5) fv é a resistência ao cisalhamento. 6) Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às 7) n é o numero de corpos-de-prova ensaiados. NOTAS 1 As propriedades de resistência e rigidez apresentadas nesta tabela foram determinadas pelos ensaios realizados no Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira (LaMEM) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo. 2 Coeficiente de variação a solicitações normais: δ = 18% 3 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais: δ = 28% Tabela 12 – Valores médios de madeiras dicotiledôneas nativas e de florestamento Fonte : NBR-7190/1997 5 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 7/11 Nome comum Nome científico ap(12%) - kg/m3 fc0,m - MPa ft0,m - MPa ft90,m - MPa fV,m - MPa Ec0,m - MPa n EUCAL. SALIGNA EUCALYPTUS SALIGNA 731 46,8 95,5 4,0 8,2 14.933 67 EUC. TERETICOMIS EUCALYPTUS TERETICOMIS 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17.198 29 EUCAL. TRIANTHA EUCALYPTUS TRIANTHA 755 53,9 100,9 2,7 9,2 14.617 8 EUCALIPTO UMBRA EUCALYPTUS UMBRA 889 42,7 90,4 3,0 9,4 14.577 8 EUCAL. UROPHYLLA EUCALYPTUS UROPHYLLA 739 46,0 85,1 4,1 8,3 13.166 86 GARAPA RORAIMA APULEIA LEIOCARPA 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18.359 12 GUAIÇARA LUETZELBURGIA SPP 825 71,4 115,6 4,2 12,5 14.624 11 GUARUCAIA PELTOPHORUM VOGELIANUM 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17.212 13 IPÊ TABEBUIA SERRATIFOLIA 1.068 76,0 96,8 3,1 13,1 18.011 22 JATOBÁ HYMENAEA SPP 1.074 93,3 157,5 3,2 15,7 23.607 20 LOURO PRETO OCOTEA SPP 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14.185 24 MAÇARANDUBA MANILKARA SPP 1.143 82,9 138,5 5,4 14,9 22.733 12 MANDIOQUEIRA QUALEA SPP 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18.971 16 OITICICA AMARELA CLARISIA RACEMOSA 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14.719 12 QUARUBARANA ERISMA UNCINATUM 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9.067 11 SUCUPIRA DIPLOTROPIS SPP 1.106 95,2 123,4 3,4 11,8 21.724 12 TATAJUBA BAGASSA GUIANENSIS 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19.583 10 1) ap(12%) é a massa especifica aparente a 12% de umidade. 2) fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras. 3) ft0 é a resistência à tração paralela às fibras. 4) ft90 é a resistência à tração normal às fibras. 5) fv é a resistência ao cisalhamento. 6) Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às 7) n é o numero de corpos-de-prova ensaiados. NOTAS 1 Coeficiente de variação a solicitações normais: δ = 18% 2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais: δ = 28% Tabela 13 – Valores médios de madeiras dicotiledôneas nativas e de florestamento Fonte : NBR-7190/1997 Nome comum Nome científico ap(12%) - kg/m3 fc0,m - MPa ft0,m - MPa ft90,m - MPa fV,m - MPa Ec0,m - MPa n PINHO DO PARANÁ ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15.225 15 PINUS CARIBEA PINUS CARIBEA VAR. CARIBEA 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8.431 28 PINUS BAHAMENSIS PINUS CARIBEA VAR. BAHAMENSIS 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7.110 32 PINUS HONDURENSIS PINUS CARIBEA VAR. HONDURENSIS 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9.868 99 PINUS ELLIOTTII PINUS ELLIOTTII VAR. ELLIOTTII 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11.889 21 PINUS OOCARPA PINUS OOCARPA SHIEDE 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10.904 71 PINUS TAEDA PINUS TAEDA L 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13.304 15 1) ap(12%) é a massa especifica aparente a 12% de umidade. 2) fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras. 3) ft0 é a resistência à tração paralela às fibras. 4) ft90 é a resistência à tração normal às fibras. 5) fv é a resistência ao cisalhamento. 6) Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às 7) n é o numero de corpos-de-prova ensaiados. NOTAS 1 Coeficiente de variação a solicitações normais: δ = 18% 2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais: δ = 28% Tabela 14 – Valores médios de madeiras coníferas nativas e de florestamento Fonte : NBR-7190/1997 mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 8/11 Nome comum Nome científicoap(12%) - kg/m3 fc0,m - MPa ft0,m - MPa ft90,m - MPa fV,m - MPa Ec0,m - MPa n AÇACU HURA CREPITANS 401 19,9 34,4 --- 4,6 6.955 --- ANDIROBA CARGA GUIANENSIS 801 50,9 92,7 --- 8,9 18.091 --- ANGELIM ARARAOBA VATAIREOPSIS ARAROBA 701 46,7 73,5 --- 5,8 15.923 --- ANGELIM ROSA PLATYCYAMUS REGNELLII 902 68,2 140,7 --- 11,9 22.505 --- ANGICO BRANCO PIPTADENIA COLUBRINA 779 46,8 101,4 --- 11,6 16.656 --- ANGICO PRETO PIPTADENIA MACROCARPA 1.169 96,8 183,9 --- 18,0 26.013 --- ANGICO VERMELHO PIPTADENIA RIGIDA 991 56,7 109,3 --- 13,3 15.980 --- AROEIRA DO SERTÃO ASTRONIUM URUNDEUVA 1.347 101,7 158,9 --- 17,2 23.393 --- CANELA NECTANDRA SP. 735 48,7 94,1 --- 9,6 17.592 --- CEDRO CEDRELLA FISSILIS 590 38,8 75,1 --- 6,6 13.259 --- CEREJEIRA TORRESIA CEARENSIS 668 44,6 81,7 --- 7,9 14.753 --- CUPIUBA GOUPIA GLABRA 902 66,7 106,9 --- 10,7 20.382 --- FREIJÓ CORDIA GOELDIANA 657 50,5 95,7 --- 7,7 17.654 --- GUARIUBA CLARISIA RACEMOSA 623 50,9 86,2 --- 9,1 12.662 --- IPÊ TABEBUIA SP. 1.069 89,5 165,2 --- 13,4 23.052 --- ITAÚBA MEZILAURUS ITAUBA 1.069 78,9 137,3 --- 11,0 22.613 --- JACARANDÁ CAVIÚNA MACHAERIUM SCLEROXYLON 980 56,7 112,3 --- 12,4 14.670 --- JACARANDÁ PARDO MACHAERIUM VILOSUM 946 54,0 117,5 --- 12,2 17.295 --- JACARANDÁ DO BREJO PLATHYMISCUM FLORIBUNDUM 991 70,8 123,7 --- 12,0 20.344 --- JACARANDÁ BRANCO PLATHYPODIUM ELEGANS 635 27,1 53,9 --- 7,1 8.950 --- JACARANDÁ MIMOSO JACARANDA ACUTIFOLIA 579 29,3 56,3 --- 7,8 7.564 --- JACAREÚBA CALOPHYLLUM BRASILIENSE 690 44,2 74,6 --- 8,4 14.753 --- JARANA HOLOPYXIDIUM JARANA 1.035 56,1 127,4 --- 10,4 21.676 --- JATOBÁ HYMENAEA STILBOCARPA 1.069 92,5 157,6 --- 26,4 23.598 --- JUTAI-AÇU HYMENAEA COURBARIL 1.057 94,9 152,6 --- 16,3 23.393 --- LOURO VERMELHO OCOTEA RUBRA 801 49,1 85,5 --- 7,9 15.953 --- MAÇARANDUBA MANILKARA SP. 1.291 87,4 175,3 --- 15,1 28.539 --- MANDIOQUEIRA LISA QUALEA ALBIFLORA 723 43,9 73,1 --- 7,2 17.529 --- MOGNO SWIETENIA MACROPHYLLA 701 53,6 96,4 --- 10,0 14.487 --- MUIRACATIARA ASTRONIUM LECOINTEI 773 71,9 120,4 --- 9,1 17.934 --- PAU AMARELO EUXYLOPHORA PARAENSIS 701 56,7 111,4 --- 10,7 14.659 --- PIQUIA CARYOCAR VILLOSUM 1.035 76,3 135,9 --- 12,0 22.441 --- QUARUBA VOCHYSIA SP. 757 55,3 105,2 --- 8,2 23.673 --- SUCUPIRA BOWDICHIA NITIDA 793 76,7 136,1 --- 10,8 17.778 --- TACHI SCLEROLOBIUM SP. 634 30,5 67,4 --- 8,4 14.348 --- UCUUBA VIROLA SURINAMENSIS 534 14,7 44,6 --- 6,2 13.052 --- 1) ap(12%) é a massa especifica aparente a 12% de umidade. 2) fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras. 3) ft0 é a resistência à tração paralela às fibras. 4) fv é a resistência ao cisalhamento. 5) Ec0 é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às 6) n é o numero de corpos-de-prova ensaiados. NOTAS 1 As propriedades de resistência e rigidez apresentadas nesta tabela foram estimadas a partir de resultados de ensaios em madeira verde realizados em diversos laboratórios no país. Tabela 15 – Valores médios de madeiras dicotiledôneas nativas e de florestamento Fonte : NORMAN LONGSDON - UFMT mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 9/11 333...666 VVVaaalllooorrreeesss rrreeeppprrreeessseeennntttaaatttiiivvvooosss dddaaasss ppprrroooppprrriiieeedddaaadddeeesss666 3.6.1) Valores médios O valor médio mX de uma propriedade da madeira é determinado pela média aritmética dos valores correspondentes aos elementos que compõem o lote de material considerado, em um determinado ensaio. 3.6.2) Valores característicos O valor característico inferior inf,kX , menor que o valor médio, é o valor que tem apenas 5 de probabilidade de não ser atingido em um dado lote de material. O valor característico superior, sup,kX , maior que o valor médio, é o valor que tem apenas 5 de probabilidade de ser ultrapassado em um dado lote de material. De modo geral, salvo especificação em contrário, entende-se que o valor característico kX seja o valor característico inferior inf,kX . Tomados os valores médios das resistências, obtidos por laboratórios idôneos, referidos ao teor padrão de umidade de 12%, pode-se transformá-los em valores característicos pelas expressões : m,12,t/ck,12,t/c f.70,0f equação 3.15 m,12,vk,12,v f.54,0f equação 3.16 3.6.3) Valores de cálculo O valor de cálculo dX de uma propriedade da madeira é obtido a partir do valor característico kX , pela expressão : w k modd X.kX equação 3.17 onde w é o coeficiente de minoração das propriedades da madeira e modk é o coeficiente de modificação, que leva em conta influências não consideradas por w . 3.6.4) Coeficientes de modificação Os coeficientes de modificação modk afetam os valores de cálculo das propriedades da madeira em função da classe d|e carregamento da estrutura, da classe de umidade admitida, e do eventual emprego de madeira de 2a qualidade. 6 Estas referências constituem-se basicamente no texto da NBR-7190. mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 10/11 O coeficiente de modificação modk é formado pelo produto 3mod,2mod,1mod,mod k.k.kk equação 3.18 O coeficiente parcial de modificação 1mod,k , que leva em conta a classe de carregamento e o tipo de material empregado, é dado pela tabela 16 (que é uma reprodução da tabela 10 da NBR-7190), devendo ser escolhido conforme a classe de carregamento respectivo, definido como em 2.3 (capítulo 2). O coeficiente parcial de modificação 2mod,k , que leva em conta a classe de umidade e o tipo de material empregado, é dado pela tabela 17 (que é uma reprodução da tabela 11 da NBR-7190). 3.6.5) Estimativa da rigidez Nas verificações de segurança que dependem da rigidez da madeira, o módulo de elasticidade paralelamente às fibras deve ser tomado com o valor efetivo : m,0c3mod,2mod,1mod,ef,0c E.k.k.kE equação 3.19 Classes de carregamento Tipos de madeira Madeira serrada Madeira laminada colada Madeira compensada Madeira recomposta Permanente 0,60 0,30 Longa duração 0,70 0,45 Média duração 0,80 0,65 Curta duração 0,90 0,90 Instantânea 1,10 1,10 Tabela 16 – Valores de kmod,1 – NBR-7190 Classes de umidade Madeira serrada Madeira laminada colada Madeira compensada Madeira recomposta (1) e (2) 1,0 1,0 (3) e (4) 0,8 0,9 Tabela 17 – Valores de kmod,2* – NBR-7190 mfhneto@hotmail.com UFPR-2012 Estruturas de Madeira CAP.3 pg. 11/11 * No caso particular de madeira serrada submersa admite-se o valor 65,0k 2mod, . O coeficiente parcial de modificação 3mod,k leva em conta se a madeira é de 1a ou 2a categoria. No caso de madeira de 2a categoria admite-se 8,0k 3mod, e no de 1a categoria 0,1k 3mod, . A condição de madeira de 1a categoria somente pode ser admitida se todas as peças estruturais forem classificadas como isentas de defeitos, por meio de método visual normalizado, e também submetidas a uma classificação mecânica que garanta a homogeneidade da rigidez das peças que compõem o lote de madeira a ser empregado. Não se permite classificar as madeiras como de 1a categoria, apenas por meio de método visual de classificação. Estas circunstâncias levam a que se adote normalmente a classificação de madeira de 2a. categoria nas aplicações correntes. O coeficiente parcial de modificação 3mod,k para coníferasna forma de peças estruturais maciças de madeira serrada sempre deve ser tomado com o valor 8,0k 3mod, , a fim de se levar em conta o risco da presença de nós de madeira não detectáveis pela inspeção visual. 3.6.6) Coeficientes de ponderação da resistência 3.6.6.1) Para Estados Limites Últimos (ELU) : compressão paralela às fibras : 4,1c tração paralela às fibras : 8,1t cisalhamento paralelo às fibras : 8,1v 3.6.6.2) Para Estados Limites de Utilização (ELUt) : valor básico : 0,1
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