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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I – CONTROLE DE QUALIDADE NA APLICAÇÃO DO CONCRETO USINADO Marjana Borsatto Lajeado, maio de 2016. Marjana Borsatto RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I – CONTROLE DE QUALIDADE NA APLICAÇÃO DO CONCRETO USINADO Relatório do Estágio Supervisionado I apresentado na disciplina de Estágio Supervisionado I – 2016A, do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário UNIVATES, como avaliação de nota do semestre 2016A. Professor: Msc. Antonio Pregeli Neto Lajeado, maio de 2016. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4 1.1 Controle Tecnológico ................................................................................................................ 7 1.2 Resistência ................................................................................................................................. 7 1.3 Reação Álcali-Agregado……………………….......................................................................10 1.4 Agregados e Granulometria ..................................................................................................... 11 1.5 Consistência do Concreto ........................................................................................................ 12 1.6 Tendências das Especificações................ .............................................................................. ..14 1.6.1 Agressividade Ambiental..........................................................................................14 1.7 Módulo de Elasticidade............................................................................................................15 2 OBJETIVOS..............................................................................................................................16 2.1 Objetivos Gerais.......................................................................................................................16 2.2 Objetivos Específicos...............................................................................................................16 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................17 4 1 INTRODUÇÃO Já nos primórdios da humanidade, segundo Carvalho (2008), as primeiras experiências com a alvenaria de pedras, as civilizações procuravam por um material que unisse de forma coesa essas pedras. Primeiramente, como material ligante para unir as pedras, foi utilizado a argamassa de barro e posteriormente, uma argamassa mais resistente e durável, a argamassa de cal. Carvalho refere-se ainda que, a partir dessa afirmativa que se inicio a história da cal, do cimento e do concreto: como aglomerantes para argamassas de alvenarias; sendo que a mais antiga aplicação da cal como aglomerante foi encontrada na Sérvia, ex-Iugoslávia, nas ruínas de uma casa datada de 5600 a.C., mas o produto começou a aparecer com frequência nas construções a partir da civilização egípcia, considera-se então que o cimento teria se originado a partir de 2500 a.C.. O concreto, conforme Ambrozewicz (2012) é um material de construção resultante da mistura, em quantidades racionais, de aglomerantes, agregados e água. Ainda segundo Ambrozewicz, após a mistura o concreto fresco deve possuir plasticidade suficiente para as operações de manuseio, transporte e lançamento em fôrmas, momento em que as propriedades definidas devem ser: consistência, textura, trabalhabilidade, integridade da massa, poder de retração de água e massa específica, além do frequente acréscimo de aditivos que modificam suas características físicas e químicas. Mehta & Monteiro (2008) diz que, o termo Agregado é utilizado para definir um material que é granular (areia, pedregulho, pedrisco, rocha britada, escória de alto-forno) que são usados na produção de concreto e argamassa, o agregado graúdo refere-se ás partículas maiores 5 de 4,75 mm e o agregado miúdo refere-se ás partículas menores de 4,75 mm, o pedregulho é a desintegração natural das rochas, a areia é a desintegração natural ou de britagem da rocha, a brita é oriunda da moagem de rochas ou seixos rolados, a escória de alto-forno é um subproduto oriundo da indústria siderúrgica originado da produção do ferro gusa. Mehta & Monteiro (2008) cita ainda que, o cimento é um material seco muito fino que com a adição da água gera propriedades aglomerantes como resultado de hidratação e, os aditivos não são classificados como agregados, porém são imediatamente adicionados á mistura do concreto para agregar benefícios ao mesmo, como por exemplo, modificar a pega e a característica de endurecimento, plastificar a mistura fresca e melhorar durabilidade do concreto exposto á baixa temperatura, também como exemplo a adição de pozolanas reduz fissurações por tenções térmicas. A seguir, as Figuras 01 e 02 ilustram exemplos de agregados com diferentes granulometrias que compõe o concreto. Figura 01 – Granulometria das areias. Fonte: Adaptado em 02/05/2016 de http://www.grupoaleixo.com/areia2/site/index2.php?p=noticias_ver&id=3. Figura 02 – Granulometria da brita. Fonte: Adaptado em 02/05/2016 de http://sucessengenharia.blogspot.com.br/2013/05/recursos-minerais-na- construcao-civil.html. 6 Metha e Monteiro (2008) salienta que o concreto pode ser classificado em três amplas categorias pela sua massa específica, que são: - Concreto de densidade normal: possui massa específica na ordem de 2.400 kg/m 3 , esse concreto é utilizado para fins estruturais; - Concreto leve: contém massa específica menor do que cerca de 1.800 kg/m³, esse concreto contém elevada capacidade de isolamento térmico e acústico; - Concreto pesado: possui massa específica maior do que 3.200 kg/m³ são utilizados em blindagem contra radiação. Ainda segundo Mehta & Monteiro (2008), normalmente o concreto é dividido em três categorias com base na resistência à compressão: - Concreto de baixa resistência: menos de 20 MPa; - Concreto de resistência moderada: de 20 MPa a 40 MPa; - Concreto de alta resistência: mais de 40 MPa. Mehta & Monteiro (2008) coloca que, atualmente o consumo de concreto é de grande escala comparado á 40 anos atrás, pois existem três predominantes razões para o concreto ser tão utilizado como material na engenharia, a primeira é a ótima resistência à água porque por não sofrer graves deteriorações sobre a ação da mesma, a segunda, é a fácil obtenção dos elementos de diversificados tamanhos e formas que compõe o concreto e, a terceira, é o seu baixo custo e por ser de alta disponibilidade dos matérias para a obra sendo facilmente encontrados em diversos lugares do mundo. O tempo de pega do concreto é diretamente proporcional às reações entre cimento e água, sendo essas reações, manifestações físicas das reações progressivas de hidratação do cimento. De forma semelhante ao cimento, “[...] a pega do concreto é definida como o início da solidificação em uma mistura fresca de concreto [...]” (MEHTA & MONTEIRO, 2008, p. 373). O 7 tempo de início de pega define o limite de manuseio do concreto, já o tempo de fim de pega define o início da desenvoltura da resistência mecânica do concreto. Mirian de Almeida Costa mencionaque, a cura é a fase de secagem do concreto, na linguagem da construção civil. É um processo muito importante e, se for feito incorretamente, este não terá a resistência e a durabilidade desejadas, para uma cura adequada o concreto não deve apenas secar ao tempo, pois o sol e o vento o secam imediatamente. É um processo mediante o qual se mantêm um teor de umidade satisfatório, evitando a evaporação de água da mistura, garantindo uma temperatura favorável ao concreto durante o processo de hidratação, de modo que se possam desenvolver as propriedades desejadas. Conforme Mehta & Monteiro (2008), a durabilidade é a obtenção de vida útil longa. Um concreto durável preservará sua forma, qualidade e capacidade de uso original quando exposto ao ambiente de uso para o qual foi projetado. Portanto a durabilidade do concreto está diretamente relacionada à porosidade do mesmo, quanto mais poroso o concreto, maiores são as chances dos agentes físicos e químicos o deteriorarem. 1.1 Controle Tecnológico Segundo Aline Mariane, o controle tecnológico do concreto consiste em checar, por meio de ensaios, a qualidade do material que será empregado na obra, com a finalidade de verificar principalmente sua durabilidade e resistência. É a relação água/cimento o e grau de hidratação que irão determinar a qualidade potencial do concreto, já na obra o que também determina a qualidade são os procedimentos de mistura, transporte, lançamento, adensamento, desforma e cura, diz o engenheiro Roberto José Falcão Bauer (2006). 1.2 Resistência A resistência do concreto é definida perante a capacidade para resistir à tensão sem se romper. Geralmente, a ruptura é identificada com o surgimento de fissuras. Diferentemente da 8 maioria dos materiais estruturais, o concreto contém muitas fissuras finas antes mesmo de ser submetido a tensões externas. No concreto, a resistência é relacionada à tensão necessária para causar e ruptura, sendo definida como a tensão máxima que o concreto pode suportar. No ensaio de tração, a fratura do corpo-de-prova normalmente significa ruptura, portanto, visível. Na compressão, o corpo-de-prova é considerado rompido, mesmo não sendo possível visualizar sinais de fratura externa. Essas fissuras internas terão atingido o nível de carregamento máximo suportado (MEHTA & MONTEIRO, 2008). Neville e Brooks (2013) salienta que, na resistência à tração, a fragilidade de maior magnitude ocorre quando a orientação da fissura normal direção do carregamento aplicado, e quanto mais e tensa for a fissura, a tensão m ima maior. Existem três tipos de tensão de compressão conforme Neville e Brooks (2013), a uniaxial, a biaxial e a triaxial, descrita a seguir: Uniaxial - onde as fissuras se formam por uma tensão de tração localizada e são praticamente paralelas carga aplicada sendo que, algumas fissuras se formam em ngulo em relação carga aplicada ocorrendo devido ao colapso causado pelo desenvolvimento de planos de cisalhamento; Biaxial - faz com que a fratura ocorra em um plano paralelo carga aplicada; Triaxial - forma rupturas que ocorrem por esmagamento, não sendo mais de fratura frágil. Como citado em Mehta & Monteiro (2008), para uma mistura de concreto que deverá atender à resistência especificada, primeiramente, é necessário selecionar os materiais, componentes apropriados e suas proporções. Devem ser enfatizados no momento da prática alguns parâmetros para definição da dosagem, porém, são interdependentes e suas influências não podem ser efetivamente isoladas. Os parâmetros são os que seguem: relação água/cimento, ar incorporado, tipo de cimento, agregado, água de amassamento e, aditivos e adições. Relação água/cimento são as proporções de água e cimento que se tem em uma determinada mistura de concreto, devendo ter um equilíbrio na adição destes dois componentes para que a mistura tenha uma aparência homogênea e que não haja segregação, outra questão de 9 grande importância é que se essa relação não for corretamente executada pode haver mudanças nas características do concreto, como por exemplo, porosidade e resistência. Outra causa de diminuição da resistência é a porosidade que segundo Neville e Brooks (2013), são o volume relativo de poros ou vazios na pasta de cimento que são considerados como motivos de enfraquecimento que se dão pela presença do agregado, que contem falhas em sua estrutura, também causando microfissuração na interface com a pasta de cimento. Ainda conforme Neville e Brooks (2013) é preciso recorrer a um estudo empírico dos efeitos de vários fatores sobre a resistência do concreto, o fator primordial a relação água/cimento e o restante das proporções das misturas de importância secundária. Metha e Monteiro (2008) apontam que o ar incorporado são vazios capilares que variam em torno de 50 a 200 µm sendo utilizado em dosagens de concreto leve ou concretos que necessitam resistir a ciclos de gelo e degelo, essa introdução de ar pode acarretar em perda gradativa da resistência do concreto. Os tipos de cimentos se relacionam diretamente com porosidade e resistência, no caso dos cimentos que são mais finos consequentemente a temperatura de hidratação será maior tendo menor porosidade e adquirindo maior resistência nas primeiras idades de hidratação, já quanto aos outros tipos de cimento, a hidratação será mais lenta (por volta dos 28 dias), as diferenças entre esses concretos cessam quando atingem semelhantes graus de hidratação (MEHTA & MONTEIRO, 2008). Aditivo definido “[...] como qualquer material – que não seja água, agregados, cimentos hidráulicos ou fibras – usado como ingrediente [...]” (MEHTA & MONTEIRO, 2008, p. 289), adicionado imediatamente ao concreto antes ou durante sua mistura, esse produto tem por objetivo melhorar algumas propriedades e características do concreto quando, geralmente, em estado fresco ou em suas primeiras idades. Metha e Monteiro (2008) cita que a água de amassamento é a água com que é produzido o concreto, devendo ser controlado o excesso de impurezas neste componente, pois pode afetar a resistência do concreto, o tempo de pega e gerar depósitos de sais brancos na superfície do concreto. 10 Fonseca (2010) aponta que atualmente a utilização de resíduos como as escórias de alto- forno na mistura do concreto está trazendo benefícios ao meio ambiente por representar reduções em quantidades consideráveis de materiais que são descartados em aterros e também a diminuição de uso de recursos naturais primários e não renováveis, com isso, se tem probabilidade de substituição parcial do clínquer (calcário calcinado) que é componente do cimento, assim reduzindo consumo energético e emissões de poluentes na atmosfera. Fonseca (2010), também cita que estudos e ensaios indicam que a incorporação de adições minerais está modificando a estrutura do concreto em estado fresco resultando em um produto de melhores características técnicas e também, no estado endurecido do concreto, aumentando a durabilidade e resistência. Essas incorporações de adições de minerais ajudam a melhorar significantemente a resistência aos ataques químicos e a fissuração térmica que são aspectos da durabilidade (FONSECA, 2010). “[...] O aumento da resistência mecânica dos concretos com adições minerais está diretamente relacionado com o aumento da resistência da matriz na zona de transição [...]” (FONSECA, 2010, p. 57). 1.3 Reação Álcali-Agregado Conforme Lima et. al., a reação álcali-agregado (RAA) é um fenômeno que ocorre no concreto endurecido e que acontece com a combinação de três agentes: álcalis do cimento, agregado reativo ou potencialmentereativo e a presença constante de umidade. Ainda segundo Lima et. al., essa combinação desenvolve deteriorações de grandes proporções e às vezes irreversíveis, geralmente, em obras de grande volume de concreto, hoje as reações são encontradas em diversos tipos de estruturas de concreto e para minimizar e/ou mitigar a propagação das reações é necessário uma verificação da potencialidade reativa dos agregados, sendo importante dentro do tempo adequado agir com medidas preventivas. Segundo Lima et. al., citado por Figuerôa e Andrade (2008), a RAA é uma reação química que se processa, numa argamassa ou concreto, entre os íons hidroxilas (OH-) associados aos álcalis óxido de sódio (NA2O) e óxido de potássio (K2O), provenientes do cimento ou de 11 outras fontes, e certos tipos de agregado, a reação álcali-agregado também é conhecida como um fenômeno químico que ocorre em determinados minerais potencialmente reativos existentes nos agregados, á presença dos álcalis dos cimentos e a presença de umidade. 1.4 Agregados e Granulometria Neville e Brooks (2013) coloca que, os agregados limitam a resistência do concreto e as suas propriedades afetam significativamente a durabilidade e o desempenho estrutural do concreto, sendo que os agregados não são inertes porque suas propriedades (físicas, térmicas e químicas) influenciam no desempenho do concreto melhorando sua estabilidade dimensional e durabilidade em relação às da pasta de cimento. Mehta & Monteiro (2008) descreve que, o motivo mais importante dentre muitos para especificar a granulometria e a dimensão do agregado, é a influência que se tem sobre a trabalhabilidade e o custo. Quando se tem agregados de granulometria bem graduada, as misturas de concreto se tornam mais trabalháveis e econômicas, e quando os agregados são descontínuos tanto para mais finos como para mais grossos precisa-se modificar as demandas de água e cimento das misturas. Isso acarreta na maioria dos casos ocasionando maior consumo de cimento para o preenchimento dos vazios. A ação dos danos provocados pela RAA não comprometeu a segurança estrutural da edificação já que não foi registrada oxidação na armadura inferior e os banzos comprimidos no bloco e nas estacas são suficientemente elevadas para não sofrer com a ação de expansão provocada pelo RAA, porém a não execução de um projeto de reforço poderá agravar e estender as manifestações patológicas, possibilitando a oxidação da armadura de tração na base dos blocos de coroamento, afetando a estabilidade (SOBRINHO, 2012, p.13). 12 1.5 Consistência do Concreto O Portal do Concreto cita que, a consistência é um dos fatores de importante influencia na trabalhabilidade do concreto. Muito é confundido, consistência e trabalhabilidade. A consistência é relacionada a características inerentes ao próprio concreto, e é também relacionada com a mobilidade da massa e a coesão entre seus componentes. A trabalhabilidade é a capacidade de manusear o concreto fresco sem que haja segregação (MEHTA & MONTEIRO, 2008). Como explicado no site da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o ensaio de abatimento do concreto (Slump Test) é realizado para verificar a trabalhabilidade do concreto convencional em seu estado plástico, buscando medir sua consistência e avaliar se está adequado para o uso a que se destina. Neste ensaio, descrito no Manual do Concreto Dosado em Central, é colocada a massa de concreto dentro de uma forma tronco-cônica, em três camadas que serão igualmente adensadas, cada uma com 25 golpes (Figura 03). Retira-se o molde lentamente, levantando-o verticalmente e é medida a diferença entre a altura do molde e a altura da massa de concreto depois de assentada. Figura 03 – Ensaio de abatimento do tronco de cone (Slump Test). Fonte: Adaptado em 02/05/2016 de http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/08/afinal-slump-test-para-que.html. 13 Já Gomes e Barros (2009) aponta que para o concreto auto adensável, os ensaio no estado fresco comumente utilizados são: - Ensaio de Espalhamento (Slump flow test): utilizado para verificar a capacidade de preenchimento do CAA, onde a fluidez do CAA é importante; - Ensaio do Funil-V (V-Funnel test): simula a capacidade de passagem do CAA através do estreitamento de uma seção e também verifica a presença de segregação; - Ensaio da Caixa-L (L-Box test): avalia a capacidade de passagem do CAA por obstáculos com armaduras sem que ocorra bloqueio; - Ensaio da Caixa-U (U-Box test): mede fluidez e habilidade de passagem do CAA por obstáculos sem segregar; - Ensaio do Anel-J (J-Ring test): analisa o risco de bloqueio do concreto e também para verificar a resistência à segregação; - Ensaio Orimet (Orimet test): estipula o tempo necessário para que 10 litros de concreto fluam totalmente por um tubo cilíndrico vertical, com uma redução na saída, verificando fluidez e habilidade de passagem por obstáculos sem segregação; - Ensaio Tubo-U (U-pipe test): mede em quantidade a resistência à segregação do CAA e avalia a mesma em função dos agregados graúdos; - Ensaio GTM (GTM test): quantifica a resistência à segregação do CAA medindo o grau de separação entre a argamassa e o agregado graúdo; - Coluna de Rooney (Settlement column test): avalia quantitativamente a resistência à segregação do CAA no estado fresco. 14 1.6 Tendências das Especificações Atualmente, como mencionado na Revista Britasinos Concretos, os tipos de concretos mais usuais no mercado são os que seguem: convencional, bombeável, linha fast, auto adensável, alto desempenho, com adição de fibras, micro concreto, leve, baixa permeabilidade e poroso. Cada tipo dos citados acima possuem diferentes especificações, atendendo as necessidades de acordo com a solicitação de utilização. 1.6.1 Agressividade Ambiental Como descrito na NBR 6118/03, a agressividade ambiental influência na espessura de concreto que deve cobrir a armadura, quanto maior for o nível de agressividade, maior será a espessura do cobrimento de concreto, justamente para proteger a armadura das reações físicas e químicas do ambiente, que também atuam sobre as estruturas de concreto. Segue abaixo a Tabela 1 que descreve os níveis de agressividade. Tabela 1 – Classes de agressividade ambiental. Fonte: Adaptado em 21/04/2016 de ABNT NBR 6118:2003. 15 1.7 Módulo de Elasticidade O módulo de elasticidade é a razão entre a tensão e a deformação oriunda da força da carga aplicada em uma determinada direção, sendo que a tensão máxima é a tensão que o material suporta sem sofrer deformação permanente, descreve o CIMM - Centro de Informações Metal Mecânica. Metha e Monteiro (2008) salientam que é importante conhecer as propriedades elásticas do concreto por as relações tensão-deformação serem muito complexas, pois o concreto não é realmente elástico e as distribuições de tensão resultantes variam de um ponto a outro, portanto o concreto possui um comportamento não-linear, então deve-se observar as deformações associadas aos efeitos ambientais para determinação da tensão. Conforme Metha e Monteiro (2008) o módulo de elasticidade é dividido em dois tipos que seguem: - Módulo de Elasticidade Estático; - Módulo Dinâmico de Elasticidade. Ainda segundo Metha e Monteiro (2008) existem três métodos para calcular o módulo de elasticidade estático, são os que seguem: - Módulo tangente; - Módulo secante; - Módulo cordal. 16 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivos Gerais Esta pesquisa tem por objetivo analisarem empresas regionais quais são as características mais relevantes para o concreto fresco e endurecido para fins de controle de qualidade com foco nas características de resistência e durabilidade, levando em conta os procedimentos de mistura, transporte, lançamento, adensamento, desforma e cura. 2.2 Objetivos Específicos O objetivo específico desta pesquisa é verificar o interesse dessas empresas em desenvolver um processo de controle de qualidade para o concreto usinado que tenha como evidência a análise do módulo de elasticidade e a reação álcali-agregado. 17 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 6118. Projeto de estrutura de concreto – Procedimento. 2003. Disponível em: <http://jcsilva2.tripod.com/Norma6118-2003.pdf>. 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