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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADS DE FERNANDÓPOLIS WELLITON CESAR DA SILVA ELIAS ECOSSISTEMA BRASILEIRO - RESTINGA FERNANDÓPOLIS 2011 Introdução A seguir veremos um breve explicação do ecossistema de uma restinga, tanto seus fatores abióticos (solo, água, temperaturas) como também os fatores bióticos ( fauna, flora e microorganismo). Chama-se restinga um terreno muito salino e arenoso bem próximo a mar e coberto por plantas do tipo rasteiro herbáceas, entende-se por vegetação de restinga um conjunto das comunidade de vegetais Fatores bióticos: Restinga Praia, dunas ( microalgas, fungos: herbáceos) Vários fatores ambientais influenciam na restinga como: as marés, ventos, chuvas e ondas. Essas regiões são de baixa diversidade de espécies. O substrato das praias é formado por areia da origem marinha, e esse substrato é diariamente molhado pela maré, e por estar molhado dificulta o desenvolvimento de vários tipos de plantas e animais. Quanto à vegetação, se traçarmos um direção da região entre marés em direção às dunas, encontraremos no início, apenas algas e fungos microscópicos, e depois plantas com estolões e rizomas. Os herbáceo ocorre somente nas dunas e o arbustivo varia entre 1 e 1,5 m de altura com diâmetro máximo de 3 cm. As epífitas aqui se encontram mais no estado arbustivo, que são: bromélias, fungos, liquens, musgos. As orquídeas também são espécies comuns: pinheirinho de praia, gramíneas, açariçoba e algumas cactáceas entre outras. Essa região tem importância para vários grupos de aves migratórias, porque elas utilizam este tipo de área para o descanso e alimentação exemplo: pinguins, gaivotão, maçarico. Outro animal que usa essa área para sua reprodução e desova é as tartarugas marinhas careta, verde. Muitos mamíferos marinhos utilizam as praias para descanso, alimentação e acasalamento, o elefante marinho, lobo marinho. Enfim, a fauna é composta principalmente por bichos invertebrados, como moluscos e vermes cavadores. Vegetação sobre cordões do terreno arenosos (arbustivos e herbáceos; serapilheira). Uma vegetação bem arbustivas, com ramos retorcidos, formam varias moitas de plantas juntas, com plantas de até 3m de altura. Existem poucas plantas epífitas, representadas pelos liquens, samambaias, bromélias etc. Nesses terrenos as Trepadeiras ocorrem com mais intensidade e diversidade e as plantas herbáceas também é frequente. Vegetais comuns são: orelha de onça, erva baleeira, pitanga, orquídeas terrestres, bromélias terrestres, samambaia de buquê, e muitas outras. Alguns animais que utilizam essa área são, principalmente, aves migratórias, como saíras, tucanos, arapongas, macucos e jacus Tucano Sabia Araponga Macuco Jacu Saira Entre cordões (herbáceo-arbustivo) mamíferos, repteis e aves - reprodução. Estilo herbáceo arbustiva, com plantas de até 1,5m de altura. Aqui se encontra uma baixa diversidade de espécies, não se encontra as trepadeiras e epífitas aqui. Entre as plantas mais comuns estão o Lycopodium spp, algumas gramíneas, ciperáceas, o botão de ouro. Além de possuir uma importância para os animais como local de reprodução de aves aquáticas, guará, quero-quero, irerê, pato-do-mato e saracura, além da lontra e do jacaré de papo amarelo. Pato-do-mato Quero-quero Jacaré de papo amarelo Restinga Floresta baixa (arbustivo e arbóreo aberto; serapilheira) Estilo arbustivo e arbóreo que predomina, As árvores possuem em média 3 à 10 m de altura, com diâmetro entre 5 e 10 cm, podendo até se encontrar árvores maiores de até 15 m de altura. Nesta região se encontram uma grande variedade e quantidade de epífitas representadas por bromélias, orquídeas, liquens. As trepadeiras já são mais raras de se encontrar. A flora dessa região é composta por varias espécies comuns como: guamirim, araçá-da-praia, guabiroba, pitanga, algumas palmeiras como tucum, brejaúva e algumas bromeliáceas terrestres, entre outras. Os animais utilizam esta área como local para pouso, no caso das aves, alimentação, reprodução, dormitório e rota migratória. Entre eles temos a papa-moscas de restinga. Araçá-da-praia Guamirim Saíra Peruviana Bromeliácea Brejo (herbáceo). Constituído pelo herbáceo, com varias plantas podendo chegar à 2m de altura, como é o caso da taboa. Não se encontra as epífitas e trepadeiras, possui uma vegetação típica para cada tipo dos dois brejos, salobro ou doce. Ambos têm um solo arenoso de origem marinha, normalmente quase tudo inundado por água salgada ou doce. Os representantes principais de brejo salobro são: gramíneas e taboa. Nos brejos doces encontra-se o: lírio do brejo, chapéu de couro, aguapé, lentilha d´água, erva de Santa Luzia e musgos. Esta área é utilizada como zona de pouso, reprodução e alimentação para algumas aves florestais, como a narceja e a saracura-três-pontas. Lírio do brejo Aguapé Lentilha d´água Taboa Floresta alta (arbusto e arvoredos aberto; serapilheira). A vegetação é arbórea, com árvores que podem chegar de 10 à 15 m de altura, com diâmetro aproximado de 12 à 25 cm, podendo também achar plantas com até 40 m de altura e 40 cm de diâmetro sendo lenhosas. Altíssima diversidade de epífitas e trepadeiras é também composto por plantas jovens no sub bosque. A fauna é composta por animais residentes e migratórios, sendo que muitos visitam esta área para alguma atividade (alimentação, construção do ninho, etc), porém são provenientes das áreas de encosta ou de transição. Aves: papagaio-da-cara-roxa, jaó do litoral, saracura-três-pontes; mamíferos: mico-leão-caiçara, queixada, bugio e mono-carvoeiro. Papagaio-da-cara-roxa Saracura-três-pontes Mico-leão-caiçara Queixada Paludosa (arbórea aberta: caxeta / guanandi). Floresta aberta onde predomina o arbóreo, podendo se encontra arvores de 8 à 10m de altura e diâmetro de 15 cm. Grande quantidade de epífitas (bromélias, liquens, orquídeas, samambaias, etc). Solo arenoso de origem marinha, sempre inundado com muita matéria orgânica em sua superficie. A água possui cor castanho-ferrugínea, sendo bastante ácida. O estilo arbóreo possui uma baixa diversidade de espécies, com dominância, de caixeta ou guanandi que se encontra nas bordas, ou seja, em locais mais secos. É uma área importante para os animais como área de pouso, reprodução, alimentação e dormitório. Sendo estes os mais comuns: papagaio da cara roxa, pássaro preto, falconídeos, lontra, peixes, pererecas, entre outros. Caixeta Pássaro preto Falconídeo, Gavião Peixes Transição restinga-encosta (arbórea com dossel fechado; serapilheira). Ocorrem na planície, mas também associadas à floresta ombrófila densa de encosta. O solo é seco, formado por acumulo de areia, avançando sobre o substrato de origem continental, bastante argiloso devido ao contato com a mata de encosta, com camada espessa de húmus e serapilheira. A vegetação predominante é a arbórea, com arvores de 12 à 18m de altura, com emergentes de mais de 20m. É composta também pelo estilo arbustivo e herbáceo. tem epífitas em abundância, há uma quantidade média de trepadeiras. Vegetação característica: juçara, carne de vaca, bico de pato, guaricanga, Nectandra, jequitibá-rosa. Os animais que habitam essa região com freqüência são: papagaio-da-cara-roxa, saracura-três-potes, mico leão caiçara, queixada, mono-carvoeiro, bugio, onça parda, gato do mato e gato maracajá. Juçara Guaricanga Gato do mato Mono-carvoeiro Fatores abióticos: solo, temperatura, climaO clima desse ecossistema é bem diferenciado, nas proporções ao norte apresenta-se nos períodos quente uns 40ºC podendo variar. A sul o clima é mais úmido com media anual em torno de 17ºC podendo variar, com precipitações de chuvas médias anuais girando em torno de 1700-2000 milímetro. O solo é bastante arenoso devido a sua origem marinha e seco em algumas regiões, podendo acumular água da chuva em épocas do ano como a época das águas. Possui uma camada bem fina de serapilheira. A maior quantidade de nutrientes na planície costeira provém de precipitações atmosféricas, estando principalmente fixada na biomassa vegetal, porque esse ecossistema não consegue reter agua e nutrientes em grandes quantidades, forçando assim as plantas desenvolverem mecanismo de obtenção de agua com sistemas de raízes. O solo em algumas regiões tem mistura de areia e argila, com uma grossa camada de serapilheira e húmus juntos, deixando assim o solo com um pH ácido, girando em torno de 3. Algumas dessas regiões sofrem inundações. A temperatura da restinga varia dependendo do tempo acompanhando o clima sendo assim dias chuvosos com uma temperatura mais baixa, e dias mais secos temperaturas maiores, e por ser uma área litorânea de dia a temperatura é maior devido ao sol muito quente, e a noite já esta com uma temperatura bem mais baixa. Conclusão A restinga é um bioma característico do litoral brasileiro e tem grande importância para manutenção do um ambiente ecologicamente equilibrado, porque serve de habitat e é um local de reprodução para diversas espécies de animais. Também tem um papel importante para a filtração da agua pelo o seu terreno arenoso, assim não ocorrendo enchentes. Apesar da grande importância, a restinga vem sendo destruídas de varias formas, ação do homem principalmente em turismo devido a sua localização próxima as praias, mais ainda os seres humano não tem consciência do quanto isso vai fazer falta no futuro. Referencias: Brasil escola, Vegetação litorânea , disponível em: <http://www.brasilecola.com/brasil/vegetacoes-litoraneas.htm> Área Protegida, Santuário de Proteção e Recuperação da Restinga do Distrito de Caraíva disponível em: <http://www.vivacaraiva.com/Proposta-caraiva231006-rev1.L.pdf> Plantas da Restinga, potencial econômico, disponível em: http://www.trilhasetrilhas.tur.br/Ecosistemas/Ecosistemas_06B.htm
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