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REGIMES TRIBUTÁRIOS

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REGIMES TRIBUTÁRIOS 
Âmbito Federal 
Planejamento para 2012 
 
 
 
2 
Conteúdo 
1. LUCRO REAL ............................................................................... 6 
1.1. INTRODUÇÃO ........................................................................ 6 
1.2. REGIME DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL .......................................... 6 
1.3. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real ................................. 6 
1.4. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO ........................................................... 7 
1.5. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO ............................................ 7 
1.6. REGIME DA ESTIMATIVA ............................................................ 9 
1.7. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL .............................. 15 
1.8. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL .......................................... 20 
1.9. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL .......................... 22 
1.10. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO ................................................... 25 
2. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS................................................ 29 
2.1. Compensação de Prejuízos Fiscais a Partir de 01.01.96 ..................... 29 
2.2. PREJUÍZOS FISCAIS NÃO-OPERACIONAIS (PNO): Compensação só com lucros 
não operacionais ........................................................................... 30 
3. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS ........................................... 30 
3.1. Limites de Dedução Global ....................................................... 30 
3.2. Dedução do Imposto Devido ...................................................... 30 
4. LUCRO PRESUMIDO ...................................................................... 32 
4.1. INTRODUÇÃO ....................................................................... 32 
4.2. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO .................................. 32 
4.3. APURAÇÃO TRIMESTRAL ........................................................... 32 
4.4. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO........................................................ 33 
4.5. BASE DE CÁLCULO.................................................................. 34 
4.6. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO ......................................... 34 
4.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA DA 
ATIVIDADE ................................................................................... 35 
4.8. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS ACRÉSCIMOS À BASE DE 
CÁLCULO ..................................................................................... 39 
 
 
3 
4.9. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE CÁLCULO ...... 40 
4.10. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL .......................................... 40 
4.11. RECEITAS FINANCEIRAS ......................................................... 42 
4.12. ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA ............................................ 42 
4.13. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA O LUCRO PRESUMIDO ......................... 43 
4.14. RECOLHIMENTO .................................................................. 43 
4.15. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ...................................................... 43 
5. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – LUCRO PRESUMIDO ........................................ 45 
5.1. REGIME DE APURAÇÃO – COMPETÊNCIA OU CAIXA ............................. 45 
5.2. BASE DE CÁLCULO.................................................................. 45 
5.3. ALÍQUOTA DA CSLL ................................................................ 47 
5.4. DEDUÇÕES DO IMPOSTO TRIMESTRAL ........................................... 48 
5.5. BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL .................................................. 49 
5.6. RECOLHIMENTO DO IRPJ E DA CSLL (PRESUMIDO) ............................. 50 
6. LUCRO ARBITRADO ...................................................................... 52 
6.1. HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO (art. 530 do RIR/99) .......................... 52 
6.2. AUTO-ARBITRAMENTO ............................................................. 52 
6.3. CÁLCULO DA CSLL - LUCRO ARBITRADO ........................................ 55 
7. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS .............................................................. 56 
7.2. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS AO TITULAR, SÓCIO OU ACIONISTA 
DA PESSOA JURÍDICA ....................................................................... 56 
7.3. IMPEDIMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS/ DIVIDENDOS ................ 58 
8. PIS E COFINS – ASPECTOS GERAIS ..................................................... 59 
8.1. HISTÓRICO .......................................................................... 59 
8.2. PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.637/2002 ........................ 59 
8.3. COFINS NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.833/2003 ............................ 59 
9. INCIDÊNCIA CUMULATIVA ............................................................... 60 
9.1. REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E DESPESAS – CAIXA OU 
COMPETÊNCIA ............................................................................... 61 
 
 
4 
9.2. VALORES QUE NÃO INTEGRAM A RECEITA BRUTA .............................. 61 
9.3. EXCLUSÕES/DEDUÇÕES GERAIS DA BASE DE CÁLCULO ........................ 62 
9.4. ALÍQUOTAS DO PIS E DA COFINS ................................................. 62 
9.5. INSTITUIÇÃO FINENCEIRAS E EQUIPARADAS .................................... 62 
9.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES .. 63 
9.7. PAGAMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS ....................................... 63 
9.8. CÓDIGOS DO DARF ................................................................. 63 
10. INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA ...................................................... 64 
10.1. PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À NÃO-CUMULATIVIDADE ................... 64 
10.2. PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA DAS 
CONTRIBUIÇÕES ............................................................................. 64 
10.3. RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS NÃO-CUMULATIVA .. 65 
10.4. BASE DE CÁLCULO ............................................................... 67 
10.5. CRÉDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS NÃO-CUMULATIVA ................. 68 
10.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 73 
10.7. RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES ........................................ 73 
11. PIS SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS ..................................................... 74 
12. SIMPLES NACIONAL ................................................................... 76 
12.1. DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE ........ 77 
12.2. CONCEITO DE RECEITA BRUTA ................................................. 79 
12.3. IMPEDITIVOS À OPÇÃO PELO REGIME TRIBUTÁRIO .......................... 79 
12.4. INSCRIÇÃO E BAIXA .............................................................. 81 
12.5. MODELO DE DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO ............................ 83 
12.6. INSCRIÇÃO E BAIXA SIMPLIFICADA ............................................. 86 
12.7. OPÇÃO PELO REGIME ........................................................... 86 
13. EXCLUSÃO DO REGIME................................................................ 88 
13.1. EXCLUSÃO OPCIONAL ........................................................... 88 
13.2. EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA ....................................................... 88 
13.3. EXCLUSÃO DE OFÍCIO ........................................................... 90 
 
 
5 
14. ABRANGÊNCIA E RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES ............ 93 
14.1. TRIBUTOS ALCANÇADOS – RECOLHIMENTO EM GUIA ÚNICA................ 93 
15. VALOR DEVIDO – RECOLHIMENTO ...................................................95 
15.1. RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS..................................... 95 
15.2. SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS ................................................... 95 
15.3. IDENTIFICAÇÃO DA ALÍQUOTA ................................................. 96 
15.4. CÁLCULO DO FATOR "R" ...................................................... 102 
15.5. APLICAÇÃO DA TABELA – INÍCIO DE ATIVIDADES........................... 102 
16. RECEITA BRUTA SUPERIOR AO LIMITE ............................................ 104 
16.1. REDUÇÃO – RECEITAS DE MERCADORIAS SUJEITAS À TRIBUTAÇÃO 
MONOFÁSICA E EXPORTAÇÃO ........................................................... 104 
16.2. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................. 106 
16.3. INFORMAÇÃO NO PGDAS (Programa gerador do DAS) .................... 106 
17. RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO ................................................. 107 
17.1. RESTITUIÇÃO DE VALORES ................................................... 107 
17.2. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL .................... 108 
18. TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA ............................................. 109 
18.1. Distinção entre regime de caixa e regime de competência............. 109 
18.2. Regime de reconhecimento das receitas no Simples Nacional ......... 109 
18.3. Cálculo dos Tributos .......................................................... 109 
18.4. Opção pelo regime de caixa ................................................. 110 
18.5. Registro dos Valores a Receber ............................................. 110 
18.6. Dispensa do registro .......................................................... 111 
18.7. Registro dos Valores a Receber - Modelo .................................. 112 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
1. LUCRO REAL 
 
1.1. INTRODUÇÃO 
As pessoas jurídicas podem optar pela tributação do lucro, na forma do Lucro 
Presumido ou Pelo Lucro Real, e em algumas vezes pelo Lucro Arbitrado. Algumas 
atividades e acima de um determinado faturamento, as empresas devem tributar 
suas receitas na forma do Lucro Real. O lucro a ser tributado será sobre o montante 
do lucro líquido ajustado, pelas adições, exclusões e compensações permitidas pelo 
Imposto de renda. 
1.2. REGIME DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL 
 Qualquer empresa pode optar, sem qualquer restrição, pela tributação com base no 
lucro real. Aliás, este é o regime próprio de incidência do Imposto de Renda, pois, 
neste regime se demonstra o resultado efetivo apurado no exercício da atividade. 
Para que a empresa possa optar por outro regime deverá verificar a possibilidade de 
enquadramento. 
Os demais regimes têm por característica a forma simplificada de apuração e 
escrituração com possibilidade, em certos casos, de redução da carga tributária. 
1.3. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real 
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.000,00; 
b) Instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de 
previdência privada e equiparadas; 
c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior; 
d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda; 
e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto; 
f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”; 
g) Empresas de construção civil com registro de custo orçado. 
h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e 
do agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei 
nº 12.249/2010) 
Nota: Tais empresas não poderão optar por outro regime, por exemplo: lucro 
presumido ou Simples Nacional (Art. 14 da Lei nº. 9.718/98; art. 246 do RIR/99). 
 
 
 
 
7 
1.4. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO 
As empresas que apuram o lucro real, durante o ano calendário poderão adotar como 
forma de cálculo do Imposto de Renda da CSLL, o Lucro Real Trimestral ou o Lucro 
Real Anual (estimativa mensal). 
No lucro real trimestral os recolhimentos efetuados são definitivos, ou seja, não 
estarão sujeitos a ajustes no encerramento do ano-calendário. 
O regime da estimativa tem por característica ser uma forma de antecipação mensal 
de IR/CSLL, resultando, portanto, em cálculos provisórios cujos recolhimentos serão 
ajustados com o IR/CSLL apurados no encerramento do período-base, normalmente 
em 31/dezembro. (Artigo 2º, § 6º da IN SRF nº. 93/97) 
Uma vez exercida a opção pelo pagamento mensal do imposto calculado por 
estimativa, a empresa deverá apurar o Lucro Real em 31 de dezembro do respectivo 
ano-calendário. 
A diferença constatada entre o tributo (imposto ou contribuição) apurado com base 
no Lucro Real em 31.12. XX e a soma dos pagamentos mensais feitos por estimativa 
no mesmo ano-calendário: 
a) quando positiva será paga em quota única, até o último dia útil do mês de março 
do ano seguinte; 
b) quando negativa será compensada com o tributo mensal a ser pago a partir do mês 
de janeiro do ano seguinte (ou será objeto de restituição). 
1.5. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO 
A opção pela forma de tributação se dá com o primeiro recolhimento do imposto no 
ano-calendário através do código informado no DARF. 
Uma vez efetuada a opção o regime adotado é definitivo para todo o ano-calendário, 
ou seja, não poderá ser alterado. (Arts. nºs. 17 e 35, § 2º da IN SRF nº. 93/97 e Art. 
13, § 1º da Lei nº. 9.718/98) 
1.5.1. Lucro Real Trimestral 
Adotado este regime, a pessoa jurídica deverá ao final de cada período-base 
(trimestral), apurar o lucro líquido, nos termos da legislação comercial e fiscal, o que 
vai lhe exigir escrituração contábil completa. 
Este lucro líquido será transportado para o LALUR para fins ajustes e assim chegando-
se à determinação do lucro real, base de cálculo do IR. 
Por sua vez, seguindo o mesmo sistema, a CSLL será calculada sobre o lucro líquido 
ajustado pelas adições, exclusões e compensações que lhe são próprias, na forma 
definida pela legislação em vigor. 
 
 
8 
1.5.2. Regime da Estimativa Mensal 
 O regime da estimativa mensal caracteriza-se pela forma simplificada de 
recolhimento. Uma vez definida a receita bruta, sobre ela aplicam-se os percentuais 
de presunção de lucro, os mesmos previstos para o regime do lucro presumido. A esta 
base deverão ser acrescidas as demais receitas e ganhos de capital. 
Neste regime vigora o sistema de suspensão ou redução do IRPJ e CSLL que 
certamente vai exigir da empresa rígida organização contábil para que se possa 
comprovar com base em escrituração completa, que o imposto já pago excede o 
devido no período em curso ou, simplesmente, comprovar que não se deve imposto 
no período em curso. 
Para quem está apurando o lucro real, este sistema de suspensão/redução é uma das 
principais formas de planejamento tributário a ser adotada durante o ano-calendário. 
É um sistema facultativo, podendo ser adotado quando melhor convier ao 
contribuinte. 
1.5.3. Real Trimestral e Estimativa: Vantagens X Desvantagens 
REAL TRIMESTRAL 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
· imposto é pago trimestralmente e 
pode ser parcelado em três quotas; 
· Se o lucro for menor que o lucro 
estimado, e haja previsão segura da 
inexistência de prejuízos; 
· No caso de saldo negativo, poderá 
ser corrigido a partir do mês seguinte. 
· no caso de lucro real maior que o 
estimado, não terá outra alternativa; 
· deverá escriturar o diário, 
inventário e o Lalur trimestralmente; 
· apurando prejuízo-fiscal, a 
compensação nos trimestres seguintes 
estará limitada a 30% do lucro.9 
 
ESTIMATIVA MENSAL 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
· Poderá suspender ou reduzir o 
imposto mensal se o lucro for menor ou 
apurar prejuízos-fiscais; 
· Se o lucro real for maior poderá 
desconsiderá-lo e simplesmente recolher 
o imposto com base no lucro estimado; 
· É um sistema simplificado de 
apuração. Toma-se por base as receitas. 
· Os resultados negativos se 
compensarão automaticamente com os 
positivos, pois os balancetes são apurados 
de forma acumulada. 
· Se não for comparado com o lucro 
real poderá ser recolhido imposto maior 
que o efetivamente devido; 
· imposto pago na forma de 
antecipação não é corrigido durante o 
ano; 
· No caso de saldo negativo só será 
corrigido a partir do ano seguinte; 
· sistema de suspensão exige 
escrituração regular por ocasião de cada 
balancete que for utilizado para 
suspensão e redução. 
 
 
1.6. REGIME DA ESTIMATIVA 
No regime da estimativa a base de cálculo é formada pelo somatório do lucro 
estimado e demais receitas e ganhos de capital. 
O lucro é calculado da seguinte forma: 
a) aplicando os percentuais de presunção sobre a receita bruta; ou, opcionalmente, 
b) com base no balancete de suspensão que vai demonstrar o lucro acumulado do 
período-base. 
1.6.1. Conceito de Receita Bruta 
A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o 
produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta 
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta 
alheia (por exemplo: comissões), observando-se que: 
a) não se incluem na receita bruta: 
a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do 
comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário; 
a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que 
figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente; 
 
 
10 
a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto 
que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente; 
b) devem ser excluídos da receita bruta: 
b.1) as vendas canceladas (devoluções); e 
b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de 
evento futuro); 
 
1.6.2. Percentuais do Lucro Estimado 
ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA PERCENTUAL 
· Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, 
álcool etílico carburante e gás natural 
 
1,6% 
· Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de 
combustível para consumo) 
· Transporte de cargas 
· Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia 
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina 
nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora 
destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária 
e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - 
ANVISA. 
· Atividade Rural 
· Industrialização com materiais fornecidos pelo Encomendante 
· Atividades Imobiliárias 
· Construção por empreitada, quando houver fornecimento de 
todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT 06/97, 
derrogado pela IN SRF n. 539/2005) 
· Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual não 
esteja previsto percentual específico) 
 
 
 
 
 
 
8,0% 
 
· Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
· Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades 
civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por 
empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 
· Instituições financeiras a entidades a elas equiparadas 
 
 
 
16% 
· Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual 
 
 
11 
específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões 
regulamentadas 
· Intermediação de negócios, inclusive representação comercial 
e corretagem (se Seguros, imóveis, etc.) 
· Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e 
direitos de qualquer natureza 
· Factoring 
· Construção por empreitada, quando houver emprego 
unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais 
 
 
 
32% 
 
 
 
 
À base de cálculo da estimativa, deverão ser somadas as demais receitas e ganhos de 
capital, no mês em que forem auferidos. Podemos citar, entre outros: 
a) juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras, inclusive os incidentes 
sobre valores restituídos ou compensados; 
b) descontos financeiros obtidos; 
c) receita de locação de bens permanentes, quando este não for o objetivo social da 
empresa, deduzido dos encargos necessários à sua percepção; 
d) variações monetárias ativas; 
e) ganhos de capital nas alienações de bens do ativo permanente; 
OBS: Não devem ser somadas a base de cálculo os rendimentos de aplicações financeiras, 
recuperação de créditos que não representem ingresso de novas receitas, reversão de 
provisões, lucros e dividendos recebidos, ajuste da equivalência patrimonial, juros sobre o 
capital próprio. (Arts. 4º, 6º e 7º da IN SRF nº 93/97) 
 
1.6.3. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até 
R$120.000,00 
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de 
profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão 
utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16%. 
Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do 
imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, quando houver utilizado o 
percentual de 16% e a receita bruta acumulada ano período exceder o limite de 
R$120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do mês 
subseqüente àquele em que ocorrer o excesso. Quando paga no prazo previsto acima, 
a diferença será recolhida sem acréscimos. 
Exemplo: 
Dados hipotéticos relativos aos meses de janeiro a abril de 2001. 
 
 
12 
Mês Receita Bruta – R$ Acumulado Percentual 
Jan/2006 20.000,00 20.000,00 16% 
Fev/2006 30.000,00 50.000,00 16% 
Mar/2006 40.000,00 90.000,00 16% 
Abr/2006 50.000,00 140.000,00 32% 
 
Até o mês de março de 2001 a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor da 
receita bruta de R$90.000,00. A partir do mês de abril de 2001 passou a utilizar o 
percentual de 32%, tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o limite de 
R$120.000,00. 
 
Assim, deverá ser recolhida a diferença de imposto, relativa à utilização do 
percentual de 16% (32%-16% = 16%), ou seja: 
 
Cálculo da Diferença de Imposto 
Jan a Mar/2006 Valores - 
R$ 
% Base de Cálculo do 
IR 
Base de Cálculo Acumulada 90.000,00 16 14.400,00 
Diferença de Imposto Devida: R$14.400,00 x 15% = R$2.160,00 
 
No exemplo em tela, a diferença deverá ser recolhida, juntamente com o imposto do 
mês de abril de 2006, até o último dia do mês de maio de 2006 (Art 3º §4º da IN SRF 
nº 93/97). 
1.6.4. Atividades Imobiliárias 
As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de 
terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão 
considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às 
unidades imobiliárias vendidas. O lucro estimado será calculado aplicando-se o 
percentual de 8% sobre o valor das receitas recebidas (§ 7º do art. 3º e inciso I do art. 
5º da IN SRF nº 93/97).1.6.5. Comercialização de Veículos Usados 
A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos 
constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas 
operações de venda de veículos usados, o valor a ser computado na determinação da 
 
 
13 
base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de 
consignação. 
Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor 
pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e 
o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98). 
1.6.6. Cálculo do IR Estimado 
Sobre a base de cálculo determinada na forma dos itens anteriores incide o Imposto 
de Renda determinado pela aplicação da alíquota de 15%. (Art. 8º da IN SRF nº 93/97) 
1.6.7. Cálculo do Adicional Mensal 
Estará sujeita à incidência do adicional a parcela a parcela de lucro excedente a R$ 
20.000,00 multiplicada pelo número de meses do período de apuração. (Art. 8º, § 
único, da IN SRF nº 93/97) 
1.6.8. Exemplos de Adicional 
a) Regime da estimativa – cálculo com base na receita bruta/demais receitas: 
Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 12.000,00 
IRPJ = 15% sobre R$ 12.000,00 _____________________________________R$ 1.800,00 
Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 24.000,00 
IRPJ normal = 15% sobre R$ 24.000,00 _______________________________R$ 3.600,00 
IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 4.000,00 ______________________________R$ 400,00 
IRPJ a recolher ___________________________________________________R$ 4.000,00 
b) Regime da estimativa – cálculo com base em balancete de redução/suspensão em 
julho de 2005 (7 x R$20.000,00 = R$140.000,00 = limite do adicional): 
Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 110.000,00 
IRPJ = 15% sobre R$ 110.000,00 ____________________________________R$ 16.500,00 
Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 170.000,00 
IRPJ normal = 15% sobre R$ 170.000,00 ______________________________R$ 25.500,00 
IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 30.000,00 _____________________________R$ 3.000,00 
IRPJ a recolher ___________________________________________________R$ 28.500,00 
1.6.9. Deduções do Imposto 
A pessoa jurídica tributada com base na estimativa mensal pode deduzir do imposto 
apurado: 
 
 
14 
a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o 
caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou 
creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de: 
a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais; 
a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação, 
vigilância e locação de mão-de-obra; 
a.3) comissões e corretagens, etc.; 
a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade; 
a.5) importâncias recebidas de entidades da administração pública federal; 
a.6) juros remuneratórios do capital próprio; 
a.7) outras remunerações sujeitas ao IRRF. 
b) o saldo de imposto pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores, que 
ainda não tenham sido objeto de compensação. 
O imposto de renda pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores poderá 
ser atualizado monetariamente, se pago a partir de 1º de janeiro de 1996, acrescido 
de juros equivalentes à taxa Selic. 
1.6.10. Exemplo do Cálculo da Estimativa Mensal 
A empresa que tenha optado pelo pagamento do imposto por estimativa (dessa forma 
obrigada à apuração do Lucro Real). Admitam-se os seguintes dados, para o mês de 
janeiro de 2001: 
- Receita Bruta da Atividade Comercial ________________________________R$ 400.000,00 
- Receita Bruta da Prestação se Serviços em Geral ______________________R$ 50.000,00 
- Receita de aluguel de um imóvel da empresa __________________________R$ 6.000,00 
- Lucro na venda de um veículo do imobilizado __________________________R$ 14.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Cálculos 
Receita Bruta Ajustada 
R$400.000,00 x 8%...................................................................R$32.000,00 
R$50.000,00 x 32%..................................................................R$16.000,00 
=Subtotal(Lucro Estimado).....................................................R$48.000,00 
Acréscimos à base de cálculo: 
Receita de 
Aluguel..................................................................................R$6.000,00 
Lucro na Venda de 
Veículo.........................................................R$14.000,00.........R$20.000,00 
Base de Cálculo da 
Estimativa...........................................................................R$68.000,00 
Imposto: 15% x 
R$68.000,00...........................................................................R$10.200,00 
Adicional: 10% x 
R$48.000,00(*).........................................................................R$4.800,00 
= Imposto 
Devido..................................................................................R$15.000,00 
(*)Parcela da Base de Cálculo Mensal que excedeu a R$20.000,00 
 (R$68.000,00 – R$20.000,00 = R$48.000,00) 
 
 
1.7. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL 
 O sistema de suspensão ou redução do imposto (IR/CSLL) é próprio do regime da 
estimativa. Portanto não se fala em suspensão/redução em outro regime de 
tributação. 
 Será possível suspender ou reduzir o IRPJ e a CSLL de cada mês desde que se 
demonstre através de balanço ou balancete do período a inexistência de lucro 
tributável, ou que o valor pago excede o valor do imposto devido. 
 Note-se que a opção pelo sistema de tributação deve ser o mesmo para IRPJ e para 
CSLL. Isto quer dizer que a vantagem deve ser aferida em relação aos dois tributos. 
1.7.1. Como Praticar a Suspensão ou Redução 
Os balanços/balancetes deverão ser levantados com observância da lei comerciais e 
fiscais e transcritos no livro diário. 
 A demonstração do lucro real do período abrangido deverá ser transcrita na parte 
“A” do LALUR. (Art. 35 da Lei nº 8.981/95). 
 
 
 
 
 
16 
1.7.2. Apuração do Lucro Real Intermediário (Balanço de 
Suspensão/Redução) 
O balanço/balancete deverá compreender o período transcorrido dentro do ano-
calendário. Assim para definirmos o período de abrangência deveremos observar as 
seguintes circunstâncias: 
a) Período de abrangência de empresa constituída até o ano anterior: 
 de 01.01 a 31.01 para suspensão/redução do imposto apurado em janeiro; 
 de 01.01 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro; 
 de 01.01 a 31.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho. 
 e assim, sucessivamente, a critério da empresa. 
b) Empresa que foi constituída durante o ano-calendário. Ex., 23.02.2005 
 de 23.02 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro; 
 de 23.02 a 30.04 para suspensão/redução do imposto apurado em abril; 
 de 23.02 a 30.06 para suspensão/redução do imposto apurado em junho. 
 de 23.02 a 30.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho. 
 e assim, sucessivamente, a critério da empresa. 
Na hipótese em que a empresa optar pela estimativa e não reunir os elementos 
necessários para adotar este regime de suspensão/redução, deverá obrigatoriamente 
recolher com base na receita bruta. 
1.7.3. Cálculo da Suspensão ou Redução 
Os valores apurados com base neste sistema servem única e exclusivamente para 
definir a situação tributária daquele período. 
Se a empresa pretende suspender/reduzir o pagamento de períodos subseqüentes 
deverá levantar novo balancete, desconsiderando aqueles levantados anteriormente. 
O novobalancete será exigido inclusive quando a empresa já tiver demonstrado saldo 
de imposto a recuperar demonstrado em meses anteriores. 
Compensação do Imposto pago Anteriormente 
Do imposto apurado com base no resultado acumulado poderão ser deduzidos os 
créditos da pessoa jurídica: 
 a) o imposto pago em períodos anteriores (IR/CSL estimado); 
 b) o IRRF: 
 b1) sobre receitas; 
 b2) aplicações financeiras(somente no Bal.Susp./Red), 
 c) o saldo negativo (IR/CSL) de ano-calendário anterior; 
 d) o IR/CSL pago a maior ou indevidamente. 
Exemplo de Suspensão Integral: 
 
 
17 
Lucro real apurado com base no resultado acumulado em 30.06.2001: 
1º PASSO - Cálculo do IRPJ e do Adicional: 
IRPJ = 15% sobre R$ 360.000,00 ____________________________________R$ 54.000,00 
Adicional = 10% sobre R$ 240.000,00 _________________________________R$ 24.000,00 
IRPJ a pagar _____________________________________________________R$ 78.000,00 
2º PASSO - Verificar os créditos existentes em 30.06.2005: 
Imposto pago por estimativa ________________________________________R$ 80.000,00 
Imposto retido na fonte _____________________________________________R$ 2.000,00 
Total dos créditos _________________________________________________(R$ 82.000,00) 
3º PASSO - Verificar resultado ______________________________________(R$ 4.000,00) 
Nesta situação poderá ser efetuada a suspensão integral do IRPJ tendo em vista que 
os créditos (imposto já pago) supera o devido no período em curso. 
Exemplo de Redução: 
Aproveitando dados do exemplo anterior supondo que a estimativa de junho resulte 
no imposto a pagar de R$ 10.000,00: 
1º PASSO - Calcular IRPJ: considerando que seja _______________________R$ 90.000,00 
2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam _________________R$ 82.000,00 
3º PASSO - Verificar resultado comparando os dois sistemas, assim: 
 
PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO 
 
-Valor a ser recolhido competência 07/01 ........R$10.000,00 
 
-Valor das antecipações já efetuadas ...............R$82.000,00 
 
Somatório das antecipações......................... R$92.000,00 
 
 
-Valor devido no período em curso......................R$90.000,00 
 
-Valor das antecipações já efetuadas ...................R$82.000,00 
 
-Valor a ser recolhido......................................R$ 8.000,00 
 
Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$ 
10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00; 
Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$ 
8.000,00, que corresponde à diferença entre o devido R$ 90.000,00 e o que já foi antecipado R$ 
82.000,00. 
 
 
 
18 
1.7.4. Vantagem Tributária 
Tanto na suspensão como na redução o valor que deixou de ser pago, fica no caixa da 
empresa a custo zero podendo ser utilizado livremente em suas atividades 
operacionais, ou até em investimentos. 
Exemplo de Desconsideração do Balancete: 
1º PASSO - Calcular o IRPJ: considerando que seja _____________________ R$ 100.000,00 
2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam _________________ R$ 82.000,00 
3º PASSO - Verificar resultado conforme segue: 
 
PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO 
 
-Valor a ser recolhido competência 
 07/01 ............................................R$10.000,00 
-Valor das antecipações já 
efetuadas ........................................R$82.000,00 
Somatório das antecipações................ R$ 92.000,00 
 
 
-Valor devido no período 
em curso..........................................R$100.000,00 
-Valor das antecipações já 
efetuadas ..........................................R$82.000,00 
-Valor a ser recolhido...........................R$ 18.000,00 
Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$ 
10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00; 
Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$ 
18.000,00, que corresponde à diferença entre o devido R$ 100.000,00 e o que já foi antecipado 
R$82.000,00. 
Desvantagem: Nesta hipótese o resultado acumulado gera um imposto a pagar superior àquele apurado 
com base na estimativa. Isto que dizer que o lucro estimado está sendo mais vantajoso devendo o 
balancete ser desconsiderado, e efetuar o recolhimento de R$ 10.000,00. 
Se a situação persistir até o final do ano, a diferença de imposto a pagar poderá ser paga no ano 
seguinte, até 31.01.2001 sem acréscimos ou até 31.03.2006 acrescido de juros SELIC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
1.7.5. Quadro-resumo da Suspensão/Redução 
Mês Estimativa(RB) Lucro Real Acumulado 
Janeiro 12.000,00 8.000,00 Redução 
Fevereiro 10.000,00 20.000,00-8.000,00= 12.000,00 RB 
Março 15.000,00 25.000,00-18.000,00= 7.000,00 Redução 
Abril 12.000,00 35.000,00-25.000,00= 10.000,00 Redução 
Maio 12.000,00 30.000,00-35.000,00= 5.000,00(-) Suspensão 
Junho 10.000,00 50.000,00-35.000,00= 15.000,00 RB 
Julho 12.000,00 (Prej.) 0 -45.000,00= 
45.000,00(-) 
Suspensão 
 
 
1.7.6. Recolhimentos da estimativa à maior em 2000: 
Janeiro R$ 8.000,00 Julho - 
Fevereiro R$ 10.000,00 Agosto - 
Março R$ 7.000,00 Setembro - 
Abril R$ 10.000,00 Outubro - 
Maio - Novembro - 
Junho R$ 10.000,00 Dezembro (prejuízo) (R$ 45.000,00) 
- A partir de 01.01.2001, o valor de R$ 45.000,00 passou a ser considerado 
pagamento à maior (saldo negativo de IRPJ), podendo a partir desta data ser 
corrigido pela taxa SELIC, e pode ser utilizado para compensação com a estimativa 
nos períodos subseqüentes. 
1.7.7. Recolhimentos da estimativa à menor em 2.005 
Janeiro R$ 8.000,00 Julho - 
Fevereiro R$ 10.000,00 Agosto - 
Março R$ 7.000,00 Setembro - 
Abril R$ 10.000,00 Outubro - 
Maio - Novembro - 
Junho R$ 10.000,00 Dezembro (com 
base na rec. Bruta) 
R$10.000,00 
 R$ 55.000,00 
- em 31.12.00 deu um IRPJ de R$80.000,00 – R$ 55.000,00 = R$25.000,00 
 
 
 
20 
1.8. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL 
As pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real, devem obrigatoriamente escriturar o 
Livro Lalur, para demonstrar o lucro real ajustado. 
1.8.1. Objetivo do LALUR 
Este livro fiscal tem por finalidade apurar a base de cálculo do IRPJ nas empresas 
enquadradas no regime do Lucro Real. 
1.8.2. Finalidade do LALUR 
O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) existe para assegurar a separação entre a 
escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404/76 (Lei 
das S/A). 
Conforme afirmado na Exposição de Motivos que acompanhou o Projeto do Decreto-
lei nº 1.598/77, é necessária a separação entre essas duas escriturações porque as 
informações sobre a posição e os resultados financeiros das sociedades são regulados 
na lei comercial com objetivos diversos dos que orientam a legislação tributária, e a 
apuração de resultados e as demonstrações financeiras exigidas pela lei comercial 
não devem ser distorcidas em razão de conveniências ou imperativos da legislação 
tributária. 
No LALUR serão lançados os ajustes do lucro líquido do período-base, será transcrita 
a demonstração do lucro real e será efetuado o controle de deduções e 
compensações. Este livro tem por finalidade também manter os registros de controle 
de prejuízos fiscais a compensar em períodos-base subseqüentes, do lucro 
inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral 
com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devaminfluenciar a 
determinação do lucro real de períodos-base futuros e não constem da escrituração 
comercial. 
Neste livro devem-se manter os registros de controle dos valores excedentes a serem 
utilizados no cálculo das deduções nos períodos-base subseqüentes, dos dispêndios 
com o programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos no 
Regulamento do Imposto de Renda. 
1.8.3. Lucro Real 
A expressão “lucro real” corresponde ao próprio lucro tributável, cujo ponto de 
partida é o lucro contábil, denominado de “lucro líquido”. Segundo o art. 247 do 
Decreto nº 3.000/99 o “lucro real é o lucro líquido do período-base ajustado pelas 
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este decreto”. 
O lucro tributável baseado no lucro contábil pode ser assim demonstrado: 
 
 
21 
LUCRO REAL 
 
Lucro líquido 
(contábil) 
 Resultado operacional 
(+) resultado não-operacional 
(-) participações nos lucros antes da provisão para IRPJ 
 
(+) Adições 
(+) débitos não-dedutíveis 
(+) outras adições conforme livro de apuração do lucro real 
 
(-) Exclusões 
(-) créditos não tributáveis 
(-) outras exclusões conforme livro de apuração do lucro real 
(-) Compensações (-) compensações de prejuízos-fiscais 
(=) LUCRO REAL Ajustado das adições, exclusões e compensações 
 
1.8.4. Época de Escrituração 
a) Trimestralmente: para quem optou pelo lucro real trimestral; 
b) Anualmente: para quem optou pelo lucro real anual; 
c) No mês em que for levantado o balancete para fins de suspensão ou redução do 
imposto (neste caso, somente parte “A”). 
 
1.8.5. Formalidades Legais 
Não precisa ser autenticado em nenhuma repartição (Junta Comercial ou Receita 
Federal). 
Deve conter: 
a) termo de abertura e encerramento; 
b) data e assinatura do sócio gerente/diretor e do contabilista responsável pela 
escrituração contábil/fiscal da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
1.9. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL 
Lucro real é o lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões ou compensações 
prescritas ou autorizadas pela legislação tributária, conforme art. 247 do RIR/1999. 
A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada 
período na escrituração mercantil, com observância das leis comerciais, inclusive no 
que se refere à constituição da provisão para o Imposto de Renda. 
1.9.1. Adições ao Lucro Líquido 
Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período (Art. 
249 do RIR/1999 e Majur SRF): 
I. Provisão para a CSLL; 
II. Resultado negativo da avaliação de investimentos pela equivalência 
patrimonial; 
III. Valor da reserva de reavaliação, baixada durante o período, cuja 
contrapartida não tenha sido computada no resultado desse mesmo período, 
nas hipóteses em que deva ser adicionada ao lucro líquido, para fins de 
determinação do lucro real; 
IV. Valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro real, exceto as 
seguintes: 
a. Provisão para pagamento de férias e 13º salário; 
b. Provisões técnicas das companhias de seguro e capitalização, bem 
como das entidades de previdência privada, cuja constituição é 
exigida pela legislação especial a elas aplicável; 
V. O valor das despesas não dedutíveis computados no resultado: 
a) contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou 
imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou 
comercialização dos bens e serviços; (VIDE ALTERAÇÕES LEI Nº 11.941/2009) 
b) despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, 
impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, 
exceto se intrinsecamente relacionados com a produção de bens e serviços; 
c) despesas com alimentação dos sócios, acionistas e administradores; 
d) contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros, planos de 
saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, 
instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica; 
e) as doações, exceto as efetuadas em favor de instituições de ensino e pesquisa sem 
finalidade lucrativa e entidades civis sem fins lucrativos que prestem serviços 
 
 
23 
gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e seus 
dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem observados os limites 
fixados na legislação. 
VI. a parcela dos lucros decorrentes de contratos com entidades governamentais, 
excluídos na determinação da base de cálculo da contribuição em período 
anterior, proporcional ao valor das receitas recebidas no período de apuração, 
inclusive mediante resgate ou alienação sob qualquer forma de títulos 
públicos ou Certificados de Securitização, emitidos especificamente para 
quitação desses créditos (Art. 3º da Lei nº 8.003/1990 e art. 18 da Lei nº 
9.711/1998); 
VII. os encargos de depreciação, amortização e exaustão e o custo dos bens 
baixados a qualquer título, correspondente à correção complementar pela 
diferença IPC/BTNF, debitados ao resultado do período de apuração; 
VIII. o valor da reserva de correção especial do Ativo Permanente (Art. 2º da Lei nº 
8.200/1991) proporcional ao valor dos bens submetidos a essa correção 
especial, realizados no período mediante depreciação, amortização, 
exaustão, alienação ou baixa por perecimento; 
IX. as despesas com brindes; 
X. os juros remuneratórios do capital próprio, produzidos na apuração do 
resultado na forma do art. 9º da Lei nº 9.249/1995, bem como o Imposto de 
Renda incidente na Fonte sobre esses juros, assumido pela empresa, no caso 
de sua capitalização ou manutenção em conta de reserva para esse fim. 
 
1.9.2. Exclusões e Compensações do Lucro Líquido 
Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do período (Art. 
250 do RIR/1999): 
I) o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio 
líquido; 
II) os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de 
aquisição, que tenham sido computados como receita; 
III) o valor das provisões não dedutíveis que tenham sido adicionadas na 
determinação da base de cálculo de período de apuração anterior e que tenham sido 
baixadas no período de apuração por utilização ou reversão; 
IV) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de 
fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais, 
 
 
24 
proporcional ao valor das receitas desses contratos, computadas na apuração do 
resultado e não recebidas até a data do encerramento do trimestre; 
V) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de 
fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais, quando 
os créditos com essas pessoas jurídicas forem quitados pelo Poder Público com títulos 
de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização, emitidos 
especificamente para essa finalidade; 
Nota: No caso de subcontratação de parte da empreitada ou fornecimento, o direito 
ao deferimento caberá também à empreiteira ou fornecedora, na proporção da sua 
participação na receita a receber. 
VI) a diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de bens e direitos 
recebidos a título de devolução de participação no capital social de outra sociedade, 
que tenha sido creditada ao resultado (Art. 22, § 4º da Lei nº 9.249/1995); 
VII) os rendimentos e ganhos de capitais auferidos no Exterior, por pessoa jurídica 
domiciliada no Brasil, desde que devidamente computados no seu resultado; 
VIII) a reversão do saldo remanescente daprovisão para o Imposto de Renda sobre o 
lucro inflacionário com tributação diferida, quando houver sido exercida a opção 
para a tributação antecipada com o benefício da redução da alíquota do imposto; 
IX) a parcela compensável de créditos oriundos da mudança das alíquotas para o 
Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - 
PIS/PASEP, devidas pelas pessoas jurídicas a que se refere o § 1º do art. 22, da Lei nº 
8.212, de 24 de julho de 1991, correspondente a qualquer período de apuração 
posterior a 31 de dezembro de 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
1.10. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO 
Resultado do Período antes do LALUR...........................................R$ 66.809,04 
I Provisão para a CSLL.............................................................R$ 4.849,58 
II Multas registradas 
Pago multa guia recolhimento n/data................................................R$ 43,71 
Pago multa guia recolhimento n/data...............................................R$ 29,14 
III Despesas Indedutíveis 
Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda......................................R$ 294,14 
Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda.....................................................R$ 29,30 
Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda…………............................................R$ 70,00 
Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda..............................R$ 23,53 
Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda...............................................R$ 23,53 
Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda.............................................R$ 46,36 
Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda.....................................R$ 260,94 
 
IV Dividendos recebidos 
Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A.................................R$ 183,54 
Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A R$............................R$ 1.117,71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
1.10.1. Exemplo de Escrituração da Parte A 
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO Folha 1 
 
DATA H I S T O R I C O - NATUREZA DOS AJUSTES ADIÇÕES EXCLUSÕES 
 
31/12/2005 CSLL, registrada na conta 3.3.1.02.001 
31/12/2005 Provisão para a Contribuição Social 4.849,58 
 
31/12/2005 Multas registradas na conta 3.1.2.05.009 
05/11/2001 Pagto multa guia recolhimento 72,85 
 
31/12/2005 Despesas Indedutíveis registradas na conta 3.1.2.04.017 
05/04/205 Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda 294,14 
15/06/2005 Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda 29,30 
1706/2005 Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda 70,00 
10/11/2005 Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda 23,53 
14/11/2005 Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda 23,53 
27/11/2005 Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda 46,36 
04/12/2005 Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda 260,94 747,80 
 
31/12/2005 Dividendos recebidos registrados na conta 3.1.8.05.010 
31/12/205 Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A 183,54 
31/12/2005 Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A 1.117,71 1.301,25 
 
 T O T A L DAS A D I Ç Õ E S E E X C L U S Õ E S 5.670,23 1.301,25 
 
 
 
DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL 
 
 R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 61.959,46 
 A D I Ç Õ E S 
 Provisão para a CSLL 4.849,58 
 Multas Indedutíveis 72,85 
 Despesas Indedutíveis 747,80 
 
 T O T A L A D I Ç Õ E S 5.670,23 
 E X C L U S Õ E S 
 Recebimento de Dividendos 1.301,25 
 66.809,04 
 T O T A L E X C L U S Õ E S 1.301,25 
 COMPENSAÇÕES 
 Prejuízo Fiscal de 2000 12.444,20 
 
 
 
 
 53.884,24 
 
 
27 
 LUCRO REAL 
 
 
 Curitiba, 31 de Dezembro de 2.005 
 _____________________________ 
 José Salvador Saúde Roberto Pessoa 
 Responsável Contador CRC/PR 9999.99 
 
 
 
1.10.2. Escrituração da Parte B 
O registro de controle é efetuado na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real. Na 
Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real, concomitantemente com os lançamentos 
de ajuste efetuados na Parte A do referido livro no encerramento de cada período de 
apuração, serão efetuados os controles dos valores que devam influenciar a 
determinação do lucro real de períodos de apuração subseqüentes, utilizando-se uma 
folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado. 
A coluna D/C do livro destina-se a indicar a natureza devedora (D) ou credora 
(C) do saldo apurado. Portanto, os saldos que devam ser adicionados ao lucro 
líquido de exercícios subseqüentes terão letra D, e os que devam ser excluídos 
terão letra C. 
 
1.10.3. Contas Suscetíveis de Controle 
Os valores que devam influenciar a determinação do lucro real de período de 
apuração futuro e que não são controlados na escrituração comercial devem ser 
agrupados em contas distintas, segundo a sua natureza, tais como: 
- prejuízos fiscais a compensar; 
 - depreciação acelerada incentivada; 
 - lucro inflacionário acumulado; 
 - provisões não dedutíveis; 
 - lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com empresa pública, 
etc.; 
 - perdas excedentes aos ganhos auferidos no mercado de renda variável. 
Os incentivos fiscais aproveitáveis em períodos subseqüentes, passíveis de dedução 
do Imposto de Renda devido na Declaração de Ajuste, embora não constituam valores 
a serem excluídos do lucro líquido, deverão ser controlados na Parte B do Lalur. 
 
 
 
 
28 
1.10.4. Exemplo de Escrituração da Parte "B" do Lalur 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LIQUIDO 
EM EXERCÍCIOS FUTUROS FOLHA 26 
 
CONTA : 
Conta: Prejuízo Fiscal Ano Calendário 
2000 
 
 
Para efeitos de Correção 
Monetária 
 
Controle de 
Valores 
DATA H I STÓRICO Mês de Valor a Coefi- Débito Crédito Valor Corrigido D/C 
 Ref. Corrigir ciente 
31/12/2000 
Prejuízo Fiscal 
apurado no 
exercício 12/00 
 
12.444,20 
 
12.444,20 C 
31/12/2005 
Prejuízo fiscal 
compensado no 
exercício 12/05 
12.444.20 
 D 
 
 
 
29 
2. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS 
A partir de 1.995 o lucro real de cada período-base poderá ser reduzido em função da 
compensação de prejuízos fiscais em, no máximo, 30%. A mesma limitação se aplica 
em relação à base de cálculo da CSLL. 
As pessoas jurídicas poderão compensar os prejuízos fiscais apurados em períodos-
base anteriores, observadas as normas pertinentes à compensação que as autorizam: 
De acordo com o art. 42 da Lei n.º 8981/95, o lucro real de cada período-base (lucro 
líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do 
Imposto de Renda) poderá ser reduzido em função da compensação de prejuízosfiscais em, no máximo, 30% (trinta por cento). 
Exemplo: 
Lucro Líquido do Período Base ______________________________________R$ 500.000,00 
Adições _________________________________________________________R$ 200.000,00 
Exclusões _______________________________________________________(R$100.000,00) 
Lucro real antes da compensação de prejuízos fiscais ____________________R$ 600.000,00 
Nesta hipótese, o limite máximo para a compensação de prejuízos de períodos-base anteriores 
é de 30% de R$ 600.000,00, ou seja, R$ 180.000,00 e, portanto, se o saldo de prejuízos fiscais 
a compensar: 
- não ultrapassar R$180.000,00, poderá ser totalmente compensado; e 
- se ultrapassar esse limite, o excedente não poderá ser compensado neste período-base, 
devendo permanecer registrado na conta de controle da parte B do LALUR, para ser 
compensado com o lucro real que vier a ser apurado nos períodos-base subseqüentes, sempre 
respeitado o limite de 30%. 
A parcela de prejuízos fiscais apurados até 31.12.94, que não for compensada em virtude 
dessa limitação, poderá ser compensada nos anos-calendário subseqüentes, sem limite de 
prazo desde que nesta data fossem ainda passíveis de compensação, na forma da legislação 
então aplicável. 
Nota: Não confundir com apuração do lucro real com base em balanço ou balancete 
de suspensão ou redução do imposto mensal, hipótese em que os prejuízos gerados 
no próprio ano-calendário em curso são, integral e automaticamente, compensados. 
Se por ocasião da suspensão ou redução do imposto do período em curso houver 
aproveitamento de prejuízos fiscais do ano calendário anterior, deve-se respeitar a limitação de 
30% do Lucro Real Acumulado. 
2.1. Compensação de Prejuízos Fiscais a Partir de 01.01.96 
A legislação vigente a partir de 01.01.96, manteve as normas que limitam o aproveitamento de 
prejuízos fiscais criando ainda, uma nova categoria: os Prejuízos Fiscais Não-operacionais 
(PNO). 
 
 
30 
2.2. PREJUÍZOS FISCAIS NÃO-OPERACIONAIS (PNO): 
Compensação só com lucros não operacionais 
De acordo com o art. 31 da Lei n.º 9.249/95, os prejuízos não operacionais, apurados a partir 
de 01.01.96, somente poderão ser compensados com lucros da mesma natureza, observada a 
limitação de 30% do lucro real. 
 
3. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS 
A partir do ano-calendário de 1998 os incentivos fiscais de dedução do IR estão 
dispostos da seguinte forma: 
PAT: reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 o limite era 5%); 
PDTI – PDTA: Programa de desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário: 
foi reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 estava limitado a 8%); 
OPERAÇÕES DE CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO: foi reduzido para 4% do IRPJ 
normal (até 1997 o limite era 5%); 
ATIVIDADE AUDIOVISUAL: foi mantida a dedução de até 3% do IRPJ normal; 
DOAÇÕES AOS CONSELHOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA: foi mantida a dedução de 
até 1% do IRPJ normal; 
INCENTIVO AO DESPORTO: poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, 
apurado em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica 
tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou 
doação, no apoio direto a projetos desportivos e para desportivos previamente 
aprovados pelo Ministério do Esporte. (limite de 1%) 
3.1. Limites de Dedução Global 
Observado o limite específico de cada incentivo, deve ser respeitado ainda o limite 
global de 4%, com exceção ao incentivo ao Desporto que não é interado neste limite. 
3.2. Dedução do Imposto Devido 
Os incentivos fiscais poderão ser deduzidos do IRPJ normal apurado durante o ano de 
acordo com a opção de tributação da pessoa jurídica: 
(a)balanço trimestral; 
(b)regime da estimativa; ou, 
(c)balancetes de suspensão/redução. 
 
 
 
 
31 
3.2.1. Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais 
INCENTIVO FISCAL CÁLCULO DO INCENTIVO LIMITES BASE LEGAL 
 INDIVIDUAL GLOBAL 
PAT 
15% da despesa líquida ou 15% de R$ 
1,99 x nº refeições fornecidas, o que 
for menor 
4% 
4% 
Arts. 504, I, 526, 540, 543 e 
581 a 588 do RIR/99 
PDTI ou PDTA 
15% dos dispêndios com o PDTI/PDTA 
incorridos no período 
4% 
OPERAÇÕES CULTURAIS 
Projetos aprovados com base arts. 25 e 
26 da Lei nº 8.383/91: 30% patrocínios 
e 40% das doações 
4% 4% 
Arts. 475 a 489 e 543 do 
RIR/99; Decretos nºs 1.493 e 
1.494/95; IN/SE – MinC/SRF 
nº 1/95; e INs SRF nºs 56/94 
e 62/95 
 
Projetos aprovados com base no art. 
18 da Lei nº 8.383/91, com as 
alterações da MP nº 1.589/97 e edições 
posteriores da MP nº 1.739/98 e MP nº 
1.871/99: até 100% do somatório das 
doações e patrocínios 
ATIVIDADE AUDIOVISUAL 
Valores efetivamente aplicados na 
aquisição primária de certificados de 
investimento em projetos aprovados 
Min. Cultura 
3% 
DOAÇÕES CONSELHO DOS DIREITOS DA 
CRIANÇA 
Doações efetivamente realizados 1% NÃO HÁ 
Arts. 543 e 591 do RIR/99; e 
IN SRF nº 86/94. 
INCENTIVO AO ESPORTE (DESPORTO) 
Projetos desportivos e paradesportivos 
previamente aprovados pelo Ministério 
do Esporte 
1% NÃO HÁ 
Art. 1º da Lei 11.438/2006; 
Decreto nº 6.180/2007 
FUNDO NACIONAL DO IDOSO 
Dedução do Imposto de Renda devido, 
em cada período de apuração, do total 
das doações feitas aos Fundos 
Nacional, Estaduais ou Municipais do 
Idoso devidamente comprovadas. 
1% 
somado àquele 
relativo às 
doações aos 
Fundos dos 
Direitos da 
Criança e do 
Adolescente, 
não poderá 
ultrapassar 1% 
do imposto 
devido. 
Art. 1º da Lei nº 12.213/2010 
PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ – 
Dedução do imposto de renda em 
relação à prorrogação da licença-
maternidade. 
total da 
remuneração da 
empregada pago 
no período de 
prorrogação de 
sua licença-
maternidade, 
vedada a 
dedução como 
despesa 
operacional. 
 
Instrução Normativa RFB nº 
991, de 21 de janeiro de 
2010. 
 
 
32 
 
4. LUCRO PRESUMIDO 
 
4.1. INTRODUÇÃO 
Embora não seja a forma mais adequada sob o ponto de vista econômico, pois se 
baseia em mera presunção de lucro, a tributação pelo Imposto de Renda segundo as 
regras do lucro presumido é, na verdade, bastante prática e simplificada, o que tem 
despertado o interesse de um número cada vez maior de empresas, principalmente 
daquelas impedidas de optar pelo Simples. 
4.2. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO 
Empresas impedidas de optar pelo lucro presumido por serem obrigadas à apuração 
do lucro real: (art. 246 do RIR/99) 
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.00’0,00; 
b) instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de 
previdência privada e equiparadas; 
c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior; 
d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda; 
e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto; 
f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”. 
g) Empresas de construção civil com registro de custo orçado; 
h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do 
agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei nº 
12.249/2010) 
 
4.3. APURAÇÃO TRIMESTRAL 
A partir de 1997, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas passou a ser determinado 
trimestralmente, com base no lucro real, presumido ou arbitrado apurado em 
períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 
de dezembro de cada ano (art. 1º da Lei nº 9.430/96), ressalvada a alternativa de 
apuração com base na estimativa mensal para empresas sujeitas a apuração do lucro 
real anual. 
 
 
1º TrimestrePeríodo de Apuração: 31 de 
março 
Janeiro /Fevereiro /Março 
 
 
 
 
33 
 
 
 
2º Trimestre Período de Apuração: 30 de 
junho 
 
 
3º Trimestre Período de Apuração: 30 de 
setembro 
 
 
4º Trimestre Período de Apuração: 31 de 
dezembro 
4.4. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO 
Podem optar pelo lucro presumido todas as pessoas jurídicas não obrigadas a 
apuração do Imposto com base no lucro real. 
A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada com o 
pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao 
primeiro período de apuração de cada ano-calendário e será aplicada em relação a 
todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário (art. 26 da Lei nº 
9.430/96). 
Assim, considera-se formalizada a opção mediante a indicação, no campo 04 do 
DARF, do código de receita próprio do imposto apurado nesse regime de tributação 
(2089). 
Portanto, em relação ao ano-calendário de 2001, a opção será manifestada com o 
pagamento da primeira quota ou quota única do imposto apurado no primeiro 
trimestre cujo vencimento se deu em 30/04/2001. 
A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre manifestará a 
opção pelo lucro presumido com o pagamento da primeira quota ou quota única do 
imposto devido relativo ao período de apuração de início de atividade (art. 26, § 2º 
da Lei nº 9.430/96). 
Não impede o exercício da opção pela tributação com base no lucro presumido o fato 
de a empresa não ter efetuado o pagamento nos prazos legais ou ter pago com 
insuficiência. Ocorrida este hipótese, o débito deverá ser pago com os acréscimos 
legais cabíveis. 
Abril/ Maio/ Junho 
 
 
Julho/ Agosto/ Setembro 
 
 
Outubro/Novembro/Dezem
bro 
 
 
 
34 
4.4.1. Opção definitiva a partir de 1999 
Até 31.12.1998 era admitido que a pessoa jurídica alterasse sua opção, de lucro 
presumido para lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário (Lei nº 9.430/96, 
art. 26, §§ 3º e 4º). 
Todavia, de acordo com o § 1º do art. 13 da Lei nº 9.718/98, incorporado ao § 1º do 
art. 516 do RIR/99, a partir do ano-calendário de 1999 a opção pela tributação com 
base no lucro presumido passa a ser definitiva em relação a todo o ano-calendário. 
4.5. BASE DE CÁLCULO 
O lucro presumido será apurado, trimestralmente, pela soma das seguintes parcelas 
(arts. 25, 51 e 53 da Lei nº 9.430/96): 
1. o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção indicados no quadro 
a seguir, sobre a receita bruta da atividade auferida em cada trimestre; e 
2. demais receitas e ganhos de capital e outros acréscimos á base de cálculo. 
 
4.6. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO 
4.6.1. Conceito de Receita Bruta 
A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o 
produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta 
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta 
alheia (por exemplo: comissões), observando-se que(Art 5º da IN SRF 93/97 e Art. 224 
e 519 do RIR/99): 
a) não se incluem na receita bruta: 
a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do 
comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário; 
a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que 
figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente; 
a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto 
que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente; 
b) devem ser excluídos da receita bruta: 
b.1) as vendas canceladas (devoluções); e 
b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de 
evento futuro); 
 
 
 
 
35 
4.6.2. Adoção do Regime de Caixa 
Alternativamente ao regime de competência, é admitido que, para efeito de 
determinação do lucro presumido, a receita de venda de bens ou direitos ou de 
prestação de serviços com recebimento a prazo ou em parcelas seja reconhecia 
segundo o regime de caixa, ou seja, somente no mês do efetivo recebimento, desde 
que observadas as seguintes regras (IN SRF nº 104/98): 
a) que escriture apenas o livro Caixa: deve emitir a nota fiscal por ocasião da entrega 
do bem ou direito ou da conclusão do serviço e indicar, no livro Caixa, em registro 
individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento; 
b)pessoa jurídica que mantenha escrituração contábil: deverá controlar os 
recebimentos de suas receitas em conta específica e indicar nessa conta, em cada 
lançamento, a nota fiscal a que corresponder o recebimento. 
4.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA 
BRUTA DA ATIVIDADE 
 
ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA 
 
PERCENTUAL 
· Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, 
álcool etílico carburante e gás natural 
 
1,6% 
· Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de 
combustível para consumo) 
· Transporte de cargas 
· Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia 
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina 
nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora 
destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária 
e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - 
Anvisa. 
· Atividade Rural 
· Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante 
· Atividades Imobiliárias 
 · Construção por empreitada, quando houver fornecimento 
de todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT 06/97, 
derrogado pela IN SRF n. 539/2005) 
· Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual 
 
 
 
 
 
8,0% 
 
 
 
36 
não esteja previsto percentual específico) 
· Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
· Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades 
civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por 
empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00 
 
 
 
16% 
· Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual 
específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões 
regulamentadas (exemplo: agência de propaganda e publicidade) 
· Intermediação de negócios, inclusive representação comercial 
e corretagem (se Seguros, imóveis, etc.) 
· Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e 
direitos de qualquer natureza 
· Construção por empreitada, quando houver emprego 
unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais 
 
 
 
 
 
32% 
 
 
 
4.7.1. Percentual reduzido de apuração do lucro presumido 
Regra prática para verificar quando pode reduzir o percentual de 32% para 16% 
 (quando não há um percentual específico) 
 
1ª Condição 
 
Não ser profissão regulamentada 
 
 
2ª Condição 
 
Ser exclusivamente prestação de serviços 
 
 
3ª Condição 
 
Receita Bruta até R$ 120.000,00 
 
4.7.2. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$ 
120.000,00 
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de 
profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão 
utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16% 
(Art.36 da IN SRFNº 93/97 e Art. 519 do RIR/99). 
Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do 
imposto, apurada em relação a cada trimestre transcorrido, quando houver utilizado 
 
 
37 
o percentual de 16% e a receita bruta acumulada ano ano-calendário exceder o limite 
de R$ 120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do 
mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o excesso. 
 
Exemplo: 
Ano de 2009 Receita Bruta – R$ Receita Acumulada Percentual 
1º Trimestre 90.000,00 90.000,00 16% 
2º Trimestre 110.000,00 200.000,00 32% 
No primeiro trimestre de 2009, a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor 
da receita bruta acumulada de R$ 90.000,00 para determinar o valor do imposto. A 
partir do 2º trimestre de 2001, passou a utilizar o percentual de 32%, tendo em vista 
que o valor acumulado ultrapassou o limite de R$ 120.000,00. 
Nesta hipótese a empresa deverá recolher a diferença de imposto utilizando o 
percentual de 16% sobre o valor da receita bruta do 1º trimestre de 2009. A diferença 
calculada na forma abaixo deverá ser recolhida até o último dia do mês de julho de 
2009, sem qualquer acréscimo legal. 
Cálculo da Diferença de Imposto 
1º Trimestre Valores - R$ % Base de Cálculo do 
IR 
Base de Cálculo 90.000,00 16 14.400,00 
Diferença de Imposto Devida: R$ 14.400,00 x 15% = R$ 2.160,00 
 
4.7.3. Atividades Imobiliárias 
As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de 
terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão 
considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às 
unidades imobiliárias vendidas. 
O lucro presumido será calculado aplicando-se o percentual de 8% sobre o valor das 
receitas recebidas (§ 7º do art. 3º e inciso I do art. 5º da IN SRF nº 93/97). 
4.7.4. Comercialização de Veículos Usados 
A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos 
constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas 
operações de venda de veículos usados, o valor a ser computado na determinação da 
base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de 
consignação. (art. 5º da Lei nº. 9.716 de 1998) 
 
 
38 
Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor 
pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e 
o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98). 
Exemplo: 
Receita da venda de veículos no trimestre R$ 300.000,00 
(-) Valor total pago pelos veículos vendidos no trimestre R$ 200.000,00 
(=) Receita auferida (equiparada à consignação) R$ 100.000,00 
Se for somente esta a receita auferida no trimestre, o lucro presumido será assim 
determinado: 
Faturamento bruto – Cancelamentos 100.000,00 
 
Lucro Presumido % 32% 32.000,00 
 
Mais 
Receitas Financeiras Bruta 0,00 
Aluguéis recebidos 0,00 
Variação monetária ativa 0,00 
Juros recebidos de clientes 0,00 
Descontos Obtidos 0,00 
Juros s/ PL recebidos 0,00 
Variação cambial Ativa 0,00 
Ganho de Capital 0,00 
Outras receitas eventuais 0,00 
 
(=) 32.000,00 
 
IRPJ 15% 4.800,00 
AIR 10% excedente R$ 20.000,00 mês R$ 
60.000,00 trimestre R$ 240.000,00 anual 
xxxxxxxx 
OBS: esta atividade (venda de veículos usados, por ser equiparado à consignação) 
poderá utilizar percentual reduzido em 16% até R$ 120.000,00 no ano-calendário. 
 
 
 
 
 
39 
4.7.5. Obrigações Acessórias – documentos hábeis 
A compra desses veículos será documentada mediante Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A , 
emitida pelo alienante, se este for obrigado a sua emissão. 
Quando o alienante for pessoa física ou pessoa jurídica não obrigada à emissão de 
nota fiscal, esta será emitida pelo adquirente. 
Na posterior revenda, deverá ser emitida Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A pelo 
alienante. 
4.8. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS 
ACRÉSCIMOS À BASE DE CÁLCULO 
4.8.1. Demais Receitas e Ganhos de Capital 
Deverá ser adicionado ao lucro presumido (Art.521 do RIR/99 e Art.36 da IN SRF nº 
93/97): 
a) os ganhos de capital auferidos na venda de ativos, que correspondem à diferença 
positiva verificada no trimestre entre o valor da alienação e o respectivo valor 
contábil do bem, corrigido monetariamente até 31.12.95, diminuído dos encargos de 
depreciação, amortização ou exclusão; 
b) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e os ganhos líquidos de 
aplicações financeiras de renda variável, quando do resgate, cessão ou alienação do 
título; (IN RFB n. 1.022/2010) 
c )demais receitas ou resultados, tais como: 
c.1) variações monetárias ativas, descontos financeiros obtidos e juros ativos (não 
decorrentes de aplicações financeiras); 
c.2) juros equivalentes à taxa SELIC relativos a tributos a recuperar; 
c.3) os juros sobre o capital próprio que houverem sido pagos ou creditados por outra 
pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia; 
c.4) rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas 
jurídicas controladas, controladoras, coligadas ou interligadas; 
c.5) receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa 
jurídica; 
c.6) multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda 
que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato; 
c.7) valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas 
no recebimento de créditos (exceto se comprovar não os ter deduzido em período 
anterior); 
 
 
40 
c.8) ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de 
valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão. 
4.9. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE 
CÁLCULO 
Valores diferidos no LALUR 
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base 
no lucro real deverá adicionar, também, à base de calculo do imposto 
correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pelo lucro 
presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia sido diferida e controlados na 
parte B do LALUR (art. 54 da Lei nº 9.430/96 e Art. 520 do RIR/99), tais como: 
a) lucro inflacionário a tributar; 
b) lucro não realizado decorrente de contratos com entidades governamentais; 
c) lucro não realizado relativo a vendas de bens do ativo permanente com 
recebimento do preço em prazo que ultrapassa o ano-calendário seguinte ao da 
contratação. 
4.10. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL 
4.10.1. Alíquota 
 O imposto trimestral devido deve ser calculado, em reais, mediante aplicação da 
alíquota de 15% sobre a base de cálculo (Art. 541 do RIR/99). 
O adicional incide sobre a parcela do lucro presumido trimestral excedente a R$ 
60.000,00, mediante aplicação da alíquota de 10% (Art. 542 do RIR/99). 
4.10.2. Deduções do Imposto 
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido pode deduzir do imposto 
apurado em cada trimestre (Art. 526 do RIR/99): 
a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o 
caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou 
creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de: 
a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais; 
a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação, vigilância e 
locação de mão-de-obra; 
a.3) comissões e corretagens, etc.; 
a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade; 
a.5) rendimentos de aplicações

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