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Planejamento Contabil Tributário

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PLANEJAMENTO CONTABIL TRIBUTÁRIO 
UNIDADE I 
 
AULA 1 
Conceito: obter a economia de impostos, não deve ser confundido com sonegação. Planejar 
para obter de forma lícita uma menor carga tributária. Tributos são uma grande parcela de 
gastos da empresa, e o planejamento contábil objetiva diminuir a quantidade de dinheiro dada 
ao governo. 
 
Finalidade: evitar a incidência do tributo, reduzir e retardar o pagamento do tributo (tudo de 
forma lícita) 
 
Elisão fiscal: economia lícita dos tributos, sem violar a lei, evita, reduz ou posterga o imposto. 
ANTES DA OCORRENCIA DO FATO GERADOR. ( No imposto IRRF, não é possível aplicar a 
técnica descrita, ele tem o conceito de responsabilidade tributária, os demais podem ser 
aplicados a elisão fiscal de alguma forma: ICMS, IRPJ, COFINS e ISS) 
 A própria Lei 
 Resulta de lacunas e brechas da lei 
Evasão fiscal: Toda a ação consciente e espontânea, ou seja, intencional, através de meios 
ilícitos, com a intenção de reduzir, retardar, ou evitar o imposto, porém EM HIPOTESE 
ALGUMA como planejamento contábil lícito = Fraude e sonegação fiscal 
 
Tipos de sociedades: 
 Sociedade simples: caráter pessoal, estreita relação entre as atividades desenvolvidas 
e a especialidade de seus sócios (dentistas, médicos, advogados, engenheiros) 
 Sociedade organizadas como empresarias: caráter econômico ou objetivo social 
impessoal, a empresa não depende de seus sócios, as atividades são apartadas aos 
mesmos. 
 
 
Enquadramento fiscal (porte) – por ano 
1. Microempresa (ME): Receita bruta igual ou menor que R$360.000,00 (no tocante ao 
Simples Nacional) 
2. Empresa de pequeno porte (EPP): Receita bruta superior à R$360.000,00 e igual ou 
inferior a R$4.800.000,00 (no tocante ao Simples Nacional) 
3. Microempreendedor individua (MEI): empresário individual. Receita bruta de até 
R$81.000,00 (optante pelo simples Nacional) 
 
AULA 2 
 
Regime tributário: 
Simples Nacional: tem como objetivo de simplificar o processo burocrático e unificar os 
pagamentos de tributos para beneficiar as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno 
Porte (EPP). 
 
Quais tributos abrangidos pelo Simples Nacional: 
I. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
II. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); (empresas industriais) 
III. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
IV. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 
V. Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS); 
VI. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da 
pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, 
exceto nos casos da ME e da EPP, que se dediquem às seguintes atividades de 
prestação de serviços: (Lei Complementar n. 123, de 2006, art. 13, inciso VI; art. 
18, § 5º -C); (desoneração da folha, paga no faturamento ao em vez da folha de 
pagamento) 
VII. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS); Sublimite máximo é de R$3,6milhões 
VIII. .Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Sublimite máximo é de 
R$3,6milhões 
 
Situações que fazem com que a empresa não se enquadre no Simples Nacional: 
 Que não tenha natureza de sociedade empresária, sociedade simples, empresa 
individual de responsabilidade limitada, ou empresário individual. 
 Que tenha receita bruta superior a R$4.800.000,00 ou ao limite adicional de 
igual valor para a exportação de mercadorias jurídicas 
 Que no capital participe outra pessoa jurídica 
 Que no capital participe uma pessoa física já inscrita como empresário ou que 
já seja socio de uma outra empresa em tratamento, desde que a receita bruta 
global ultrapasse R$4.800.000,00 
 Titular ou socio, participe com mais de 10% do capital de outra empresa não 
beneficiada, desde que a receita bruta global ultrapasse R$4.800.000,00 
 Titular ou socio seja administrador ou equiparado a pessoa jurídica com fins 
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse R$4.800.000,00 
 Que possua débitos com o INSS, Fazendas Publicas Federais, estaduais ou 
municipais. 
 Sem inscrição, ou com irregularidades no cadastro fiscal. 
 
AULA 3 
 
Anexos do Simples Nacional: 
 Anexo 1: Estabelecimento comercial 
 Anexo 2: Estabelecimento industrial 
 Anexo 3: Prestadoras de serviço (apoio administrativo) 
 Anexo 4: Prestadoras de serviço 
 Anexo 5: Prestadoras de serviço 
 
Fórmula para cálculo do simples Nacional: 
 
A.E= Alíquota efetiva 
RBT12 = Receita bruta dos últimos 12 meses (Soma da receita bruta dos últimos 12 meses, 
caso não tenha 12 meses, fazer a média divide pelo prazo que tem e multiplica por 12) 
Aliq = Alíquota nominal 
PD = Parcela a deduzir 
 
 AE = (RBT12.Aliq.) – PD⁄ RBT12 
 
 
AULA 4 
 
Retenção na fonte – CDRF 
Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, 
pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, 
transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar 
e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais (*), estão sujeitos à 
retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, da COFINS e da 
contribuição para o PIS/PASEP 
 
 As atividades acima listadas são obrigadas a retenção (PIS\CONFINS\CSLL) e 
fature acima de R$215,05 deverão aplicar a alíquota de 4,65% de retenção de 
tributos 
 Retenção ficará dispensada quando seu valor for igual ou inferior à R$10,00 
 Prazo é de até o último dia do segundo decêndio do mês subsequente ao mês 
em que tiver ocorrido o pagamento a pessoa jurídica que prestou o serviço 
 
 
Retenção na fonte - IRRF 
Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, 
pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, 
transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar 
e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais (*), estão sujeitos à 
retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, da COFINS e da 
contribuição para o PIS/PASEP 
 Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão de 
obra. Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 1% (um por 
cento), os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras 
pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação de serviços de limpeza, 
conservação, segurança, vigilância e por locação de mão de obra (RIR/18, art. 
716). 
 Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 1,5% (um e meio 
por cento), as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras 
pessoas jurídicas a título de comissões, corretagens ou qualquer outra 
remuneração pela representação comercial, ou pela mediação na realização de 
negócios civis e comerciais (RIR/18, art. 718). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO CONTABIL TRIBUTÁRIO 
UNIDADE II 
 
Aula 1 
 
IRPJ – Imposto de renda Pessoa Jurídica: Competência da união, pessoa que gera uma renda 
consequentemente efetua o pagamento do imposto de renda 
 A base do cálculo do IRPJ será determinada pelo montante real, presumido ou 
arbitrado 
 O período de apuração do IRPJ é trimestral 
 Recolhimento não é a mesma coisa que apuração 
 Alíquota sempre de 15% 
 Se o valor da base de cálculo for superior a R$60.000,00 (R$20.000,00 mensais) é 
aplicado 10% pela diferença e é somado aos 15% do valor ‘’aceito’’ 
 O recolhimento pode ser feito integralmente em 1 parcela no mês subsequente ao 
trimestre encerrado ou parceladoem 3 alíquotas, a 1 sem juros, a 2 acrescidos 1% de 
juros no mês do pagamento e a 3 1% dos juros do mês do pagamento mais a taxa Selic 
acumulada 
 Não tem finalidade específica 
 Disside sobre a renda 
 
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
 Competência exclusiva da união 
 Tem uma finalidade específica - Financiar a seguridade social 
 Disside sobre a renda assim como o IRPJ 
 Alíquota sempre de 9% 
 
Lucro arbitrado 
 Não muito usual 
 O contribuinte não cumprir com as suas obrigações tributárias acessórias, tornando 
impossível apurar-se o lucro com base no lucro presumido ou no lucro real 
 Montante da receita arbitrado baseado na porcentagem da tabela para IRPJ (calcular o 
valor referente a tabela e desse valor calculado retirar os 15% da alíquota de IRPJ) 
 Cálculo da contribuição social corresponderá a 12% para as mercadorias ou 32% para 
os serviços, aplicando-se os mesmos percentuais para CSLL 
 
 
 
Aula 2 
 
Lucro presumido 
 Optativo 
 Não obrigado livro diário 
 Presume o lucro fiscal 
 Não pode ter uma receita superior a R$78.000.000,00 ou a R$6.500.000,00 mensais do 
ano calendário em atividade 
 Que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade 
exercida ou da sua constituição societária ou de sua natureza jurídica. 
 O que define o regime é o pagamento da primeira quota ( primeiro pagamento lucro 
presumido é em abril) 
 Base de cálculo 
- Receita operacional é aplicado a % de presunção 
- Receita de juros, aplicação financeira, aplicação de muto é adicionada integralmente 
à base de cálculo 
- A receita de locação de imóvel, quando não for, este, o objeto social da pessoa 
jurídica 
- IRPJ 1,6% da receita bruta revenda para o consumo de combustíveis 
- IRPJ 8% da receita bruta revenda de mercadorias em geral (venda) 
- IRPJ 16% da receita bruta mensal de prestação de serviços de transportes, 
excetuando os de cargas 
- IRPJ 32% sobre a receita brutal mensal de serviços em geral. 
- CSLL 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, nos serviços 
hospitalares e de transporte 
- CSLL 32% sobre a prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e 
de transporte; intermediação de negócios e administração, locação ou cessão de bens 
imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza 
 
 
 
Aula 3 e 4 
 
 
Exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO CONTABIL TRIBUTÁRIO 
UNIDADE III 
 
Lucro Real 
 
Conceito: Lucro líquido do período apurado, ajustado pelas adições exclusões ou 
compensações prescritas ou autorizadas pelo regulamento 
 Lucro ao invés da receita 
 Precisa ter o livro diário 
 O lucro líquido no conceito acima é a soma algébrica do lucro operacional, dos 
resultados não operacionais 
Base de cálculos: integram a base de cálculo: todos os ganhos e os rendimentos de capital, 
qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da 
espécie ou da existência de título ou contrato escrito 
Período de apuração : 
 Pode ser feito trimestralmente 
 Pode ser feito anualmente (com pagamentos mensais e no final de cada ano se faz 
uma revisão se os valores foram suficientes) 
 Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto 
devido será efetuada na data do evento 
 Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base 
de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento 
 ANUAL – Estimativa: onde ser feito anualmente (com pagamentos mensais e no final 
de cada ano se faz uma revisão se os valores foram suficientes) 
- Esses percentuais aplicáveis sobre a receita bruta são variáveis de acordo com a 
atividade da pessoa jurídica e constam no art. 15, da Lei n. 9.249/95. (como se fosse 
lucro presumido) em dezembro é feito o balanço, se pagou mais do que deveria poder 
ser feito compensação do mês que vem, caso o valor for inferior se paga a diferença 
em janeiro. 
 ANUAL – Redução ou suspensão, depois de 3 meses do regime de estimativa sendo 
feito, pode ser apurado um resultado através de balancetes, (como seria feito em 
dezembro) e entender se o valor que está sendo pago é inferior ou superior. 
Ex: teria que pagar 30mil, já foi pago 25mil se faz a redução 
Ex: teria que pagar 30mil, já foi pago 35mil se faz a suspensão do pagamento no mês 
- Para isso é necessário apresentar a apuração de resultados justificando a redução ou 
suspensão 
Alíquotas adicionais: 
 R$20.000,00 mensais 
 Alíquota IRPJ 15% 
 Alíquota CSLL 9% 
 
Quais PJ obrigadas 
 receita bruta total seja superior a R$ 78.000.000,00 
 que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior 
 Bancos no geral – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de 
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas 
de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta 
 Que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do impostoque, no 
decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de 
estimativa 
 
 
 
Aula 2 
 
Lucro Real - prática 
 
Toda vez que houver prejuízo fiscal, 30% do valor do lucro real do período pode ser 
compensado ( subtrair do lucro real) 
Ex: Lucro rela R$100.000,00 pode se absorver R$30.000,00 mesmo que o prejuízo seja de 
R$1.000.000,00, a compensação pode ser feita mensalmente até que cubra o prejuízo 
Adições: despesas indedutíveis 
Exclusões: receitas indedutíveis 
 
Aula 3 
 
Lucro real – incentivo fiscal 
 Consiste no fato de o Executivo, mediante lei, renunciar a parte da arrecadação de 
determinado imposto para incentivar certas atividades ou regiões. Em contrapartida, a 
renúncia fiscal do Executivo constitui um benefício fiscal para o contribuinte, desde 
que este observe com rigor os requisitos que a lei exige para o direito de utilizá-lo 
 São uma das modalidades de renúncia fiscal. Consistem na permissão legal de deduzir 
do valor do imposto a pagar determinada importância apurada na forma prevista em 
lei. Portanto, sua base de cálculo é o valor do imposto. A alíquota do incentivo é 
determinada porcentual aplicável sobre o total do imposto, porcentual fixado em lei. 
Ex.: 4% do IR devido. 
 Disco determina como e qual o valor pode ser abatido 
 Você doa ao invés de pagar o IR, porém não pode ser o valor integral, tem um limite 
 
Doações 
 Tem incentivo fiscal, do valor que eu tenho a pagar pode se subtrair um montante, 
porém mesmo assim essa doação tem que ser adicionada a base de cálculo 
 Instituições de ensino e pesquisa sem fins lucrativos. Limite: 1.5% do lucro operacional 
 Entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem 
serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e 
respectivos dependentes ou em benefício da comunidade onde atuem. Limite: 2% do 
lucro operacional 
 Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (Incentivo fiscal 
dedutível do IR devido) 
 Doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso, devidamente 
comprovadas. (Incentivo fiscal dedutível do IR devido) 
 Doações e Patrocínios a Projetos Culturais – Lei 8.313/91, art. 18 (Incentivo Fiscal 
dedutível do IR devido) 
 Apenas para IRPJ

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