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Células e tecidos do sistema imune

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BMI0214- IMUNOLOGIA
AULA 1 – Princípios da Imunologia | Células e tecidos do Sistema Imune
Qual é a função do sistema imunológico?
Conjunto de elementos interconectados e organizados com o objetivo de se fazer o reconhecimento, do próprio (self) e não próprio (non-self).
Imunidade: Estado de resistência de um organismo em relação a um fator patogênico, ou ainda, um estado de resistência de um organismo em relação a um fator patogênico, com qual ele já entrou em contato
Tolerância: tolerância a certos antígenos. Quando isso falha, chama-se alergia (quebra de tolerância)
Lesão tecidual e patologia: reação exagerada a um certo antígeno (alergia). O próprio sistema imune causa a lesão
Doenças auto-imunes: acontece quando a tolerância é quebrada. O organismo começa a combater o próprio (self)
Antígenos: qualquer elemento, molécula ou substância capaz de ser reconhecido pelo sistema imunológico
Antígenos imunógenos (imunogênicos): deflagram resposta imunológica
Antígenos tolerógenos (tolerogênicos): levam a tolerância
Antígenos alérgenos: antígenos que causam alergia
Quanto à origem:
Auto-antígeno: próprio
Aloantígeno: antígenos diferentes da mesma espécie (transplante, por exemplo)
Xenoantígeno: antígenos de diferentes espécies
Gamaglobulina = imunoglobulina = anticorpo
Resposta imune humoral: mediada por moléculas solúveis presentes nos fluídos corporais
Resposta imune celular: mediada por células
Respostas imunes ativas: quando o organismo adquire a capacidade de produzir anticorpos contra um patógeno (agente da infecção)
Respostas imunes passivas: forma de imunização em que um indivíduo recebe anticorpos de outro indivíduo, por uma via natural. Colostro, Ig em ovos de galinha, amamentação, via placentária, vacinação
Resposta imune inata ou natural (pré formada): barreiras biológicas, inflamação
Barreiras da imunidade inata: barreiras físicas e bioquímicas, como a pele, olhos, trato respiratório, trato digestório, trato genito-urinário
Resposta imune adquirida ou adaptativa (neo formada): geração de memória
Duas populações de linfócitos: B e T. O que muda entre eles? Receptores de superfície. O produto do linfócito B pode ser secretado.
BCR: receptor de célula B – anticorpo de membrana
TCR: receptor de célula T
Geração de células do sistema imune
Período fetal (no caso de humanos)
Pré-hepática: saco vitelino (3ª semana)
Hepato-esplênica (6ª semana): vai dar origem ao fígado e baço
Espleno-mielóide (5° mês) 
Citocinas: são mediadores solúveis que são produzidos para regular o sistema imune e até outros sistemas. Estimulam a hematopoiese, a resposta imune inata e a resposta imune adaptativa. Podem agir de forma endócrina (a citocina vai para a circulação e age à distância), parácrina (atua na célula vizinha) e autócrina (atua na própria célula). São responsáveis pela febre.
Interleucina é um tipo de citocina. Um exemplo é a IL-7, mediadora de linfócitos. Ela atua no progenitor linfoide, fazendo a diferenciação. Eritropoetina é outra citocina importante, trombopoetina (IL-11), IL-5, entre outros. Todos ajudam na diferenciação celular.
Linhagem Mielóide: polimorfonucleares
Granulócitos: neutrófilos, basófilos e eosinófilos
Neutrófilos: grânulo com característica neutra. O núcleo varia de espécie para espécie, mas geralmente se apresenta em lóbulos, dai vem o nome polimorfonuclear. É a maioria das células sanguíneas. Meia vida curta se estiver inativo. É a que responde primeiro, por isso faz parte da resposta inata. Tem dois tipos de grânulos: primários e secundários. Entre eles mudam as enzimas. Neutrófilos = indicação de infecção/adquirida. Sem infecção/inflamação = sem neutrófilos no tecido. Neutrófilo é um FAGÓCITO! Ativado ele é capaz de produzir radicais livres ou espécies reativas de oxigênio.
Neutrofilia: aumento na concentração de neutrófilos no sangue. Neoplasias (tratamento) podem abaixar teores de neutrófilos (é algo muito grave)
Eosinófilos: possui grânulos mais evidentes. Núcleo lobulado, grânulo básico e cristalóide. Não passa de 3% das células sanguíneas. Tem muito mais eosinófilos no tecido do que no sangue. Vive algumas semanas.
Eosinofília: alergia e parasitoses, aumento da concentração de eosinófilos no sangue.
Basófilos: grânulos ácidos, por vezes não é possível ver o núcleo. Esses grânulos possuem heparina, histamina, peroxidase e citocinas. Vive alguns dias. Raramente tecidual. 
Basofília: aumento na concentração de basófilos no sangue. Clássico de infestação por carrapatos.
Linhagem Mielóide: mononucleares
Monócitos: célula mononuclear, núcleo arredondado (formato de feijão). Migração e diferenciação nos tecidos: macrófago (diapedese).
A diapedese é a capacidade que determinadas células encontradas no sangue têm de atravessar paredes dos capilares sanguíneos, saindo do sistema circulatório para atuar em tecidos vizinhos.
Macrófago: é um FAGÓCITO! Tem nomes diferentes dependendo do tecido. Produzem radicais livres e são células teciduais.
Microglia: SNC
Células de Kupffer: fígado
Macrófagos alveolares
Osteoclastos
Células dendríticas: maioria se deriva de monócitos. Esta em todos os locais do corpo. Possuem projeções, que são importantes, já que funcionam como “células sentinelas”. Também são FAGÓCITOS! Diferente do macrófago, essa célula fagocita, sai do lugar e através da linfa, leva o antígeno para os linfonodos. Essencial para ativação de linfócitos que estão nos linfonodos. Esse é o processo de maturação da célula dendrítica.
Tecidos: imaturas
Migração e maturação: inflamação
Função: apresentação de antígenos
Analogia: se o tecido fossem tijolos, as células dendríticas ocupariam o local do cimento. As células imaturas fagocitam e enquanto elas se tornam maduras, vão perdendo essa capacidade e se tornam Células Apresentadoras de Antígeno. Elas amadurecem conforme migram para o linfonodo e ganham a capacidade de apresentação.
Obs: as células apresentadoras de antígeno unem a imunidade inata à imunidade adaptativa. Linfócitos = símbolo da imunidade adaptativa.
Mastócitos: acredita-se ser um monócito. Núcleo arredondado ou em forma de feijão. Não é polimorfonuclear. Precursor sanguíneo não identificado. Possui grânulos no citoplasma, que contêm histamina (amina vasoativa).
Histamina aumenta o extravasamento plasmático, ela aumenta a permeabilidade vascular, causa broncoconstrição.
		Migração e diferenciação nos tecidos
Vasos sanguíneos e linfáticos
Tecido conjuntivo subepitelial
Nervos periféricos
Trato gastrointestinal
Trato respiratório
Trato genito-urinário
Coração
Mastócitos: grânulos e subtipos
Principais constituintes dos grânulos
Aminas biogênicas (vasoativas): histamina e serotonina
Serina proteases neutras: triptase e quimase
Outras enzimas: carboxipeptidase A e catepsina G
Proteoglicanas
Citocinas
Mastócitos do tecido conjuntivo: pele, cavidade peritoneal, submucosa intestinal
Mastócitos das mucosas: alvéolos pulmonares, mucosa intestinal
Linhagem Linfóide
Linfócitos: núcleo arredondado, seleção e maturação nos órgãos linfoides primários. Relação núcleo – citoplasma: maior parte é núcleo.
Seleção dos linfócitos: tanto o B quanto o T possuem receptores na superfície, mas cada um possui especificidade única. O linfócito possui milhares de anticorpos na sua superfície, mas eles só reconhecem um antígeno. Cada linfócito reconhece apenas um antígeno.
O antígeno ativa o linfócito B e ele se multiplica até ter o suficiente. Por isso que a imunidade adaptativa demora a acontecer. Durante o processo de seleção, o linfócito sofre um rearranjo em seu genoma.
Linfócitos T: produzidos na medula óssea e amadurecem no timo
Subtipos α/β:
Linfócitos T auxiliares – não lidam diretamente com a infecção
Linfócitos T citotóxicos – atua diretamente na infecção
Linfócitos T reguladores – ajudam a regular respostas imunes, para a imunidade não atacar o próprio organismo
Linfócitos γ/δ – menos entendido
Funções: não reconhecem antígenos diretamente
Linfócitos B
Subtipos:
Células B1 ou B naturaisCélulas B2 ou foliculares
Células B da zona marginal (BZM)
Produção de anticorpos: plasmócitos – linfócito B ativado secretor de anticorpos
Outras funções: APC (Célula Apresentadora de Antígeno), secreção de citocinas
Células NK (Natural Killer – Matadoras Naturais)
É o único da linhagem linfoide quem não precisa ser ativado, não é adaptativa. Ela conecta inata à adaptativa. Também tem função citotóxica e faz a vigilância imunológica, ou seja, vendo se a célula não tem alguma mudança, tumoral por exemplo. As NK possuem sensores que identificam mudanças e quando detecta, mata a célula defeituosa.
Células NK: população de linfócitos que atuam na imunidade inata
Células NK não precisam de um macrófago para agirem.
Funções: citotóxicas e vigilância imunológica
Existem dois sensores: inibição e substituição, que servem para ver se a célula realmente necessita ser eliminada.
Órgãos Linfoides Primários (centrais ou geradores): onde amadurecem – medula óssea, timo, Bursa de fabricius (aves), fígado fetal
Órgãos Linfoides Secundários (periféricos): onde são ativados – baço, linfonodos, tecido linfoide associado à mucosa (MALT), epiderme
MALT: tonsilas, placas de Peyer (intestino, maioria no íleo)
Os antígenos chegam ao baço através do sangue, drenados pela linfa – linfonodos
Timo
Educação ou seleção tímica (futuros linfócitos T)
Córtex: células imaturas
Medula: células maduras
Corpúsculo de Hassal: macrófagos que morreram, local de deposição
O timo involui com o tempo, por isso, a produção de linfócitos T diminui. Mas com a produção de células de memória ao longo da vida, isso é compensado.
Bursa de Fabricius
Dorsalmente a cloaca. Camada muscular no exterior e folículos interiormente. A partir de 12 semanas o órgão começa a involuir. Cada folículo é formado por uma veia e aglomerados. Conforme vão maturando, as células imaturas vão indo para o córtex. Órgão é local de encontro de todos os linfócitos B. A Bursa é responsável por toda a produção de anticorpos, que depois de 12 meses, vão migrar para todos os outros órgãos, inclusive o baço.
Baço
Inspeciona o sangue total
Polpa branca: hemocaterese
Polpa vermelha: aglomerado de células brancas
Artérias trabeculares: ao redor forma-se a polpa branca
Arteríola central - seio venoso (delimita regiões, no exterior há linfócitos B marginais – BZM) – permitem que a célula saia (são células T maduras)
Bainha periarteriolar (ao redor da arteríola central): folículos linfoides (rica em linfócitos B)
Centro germinativo: onde linfócitos B estão em proliferação
Linfonodos
Agregados nodulares de tecido linfoide. Drenam a circulação linfática (inspeção da linfa). A linfa se concentra na região medular, chegando pelos vasos linfáticos. Na medula há bastante macrófagos. Nos folículos há linfócitos B, nos centros germinativos.
Região paracortical: linfócito T - auxiliar, ajudando o linfócito B a produzir mais anticorpos, ajuda a ativar mais macrófagos e neutrófilos.
Tecidos Linfóides Associados à Mucosa (MALT)
Intestino (GALT)
Nasal (NALT)
Brônquios (BALT)
Tonsilas
Placas de Payer
Grupo I: Proeminentes e alongadas no íleo. Menos comuns e em formato de pera no jejuno
Ruminantes
Suínos
Equinos
Caninos
Humanos
Grupo II: Localizadas aleatoriamente no jejuno e no íleo
Coelhos
Roedores

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