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Tipos de Resenha

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4. RESENHA 
  
Existem dois tipos de Resenhas: A Resenha-Resumo e a Resenha-crítica. A Resenha-Resumo é um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor. 
  
Já a Resenha-Crítica é um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica. 
 
Portanto, quando é no formato de resenha crítica, exige que o resenhista tenha conhecimento na área, pois estará avaliando a obra e julgando criticamente. 
 
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural, como livros, filmes peças de teatro. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. Normalmente é veiculada por jornais e revistas. 
 
Dentro de uma resenha existe um resumo que aborda os pontos essenciais do texto e seu plano geral. Este resumo pode ser feito agrupando num ou vários blocos os fatos ou ideias do objeto resenhado. 
 
Confira a seguir o resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Scarton (2002). 
 
	
Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português". 
 
O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante". 
	Ao iniciar uma resenha, pode-se começar citando a obra a ser resenhada. Como no exemplo a seguir:  
   
	Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de ideias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula. 
	
Outra maneira bastante frequente de iniciar uma resenha é escrever um ou dois parágrafos relacionados com o conteúdo da obra. Observe o exemplo da resenha sobre o livro "História dos Jovens" (Giovanni Levi e Jean-Claude Schmitt), escrita por Hilário Franco Júnior (Folha de São Paulo, 12 de julho, 1996). 
O que é ser jovem 
Hilário Franco Júnior 
 Há poucas semanas, gerou polêmica a decisão do Supremo Tribunal Federal que inocentava um acusado de manter relações sexuais com uma menor de 12 anos. A argumentação do magistrado, apoiada por parte da opinião pública, foi que "hoje em dia não há menina de 12 anos, mas mulher de 12 anos". 
Outra parcela da sociedade, por sua vez, considerou tal veredito como a aceitação de "novidades imorais de nossa época". Alguns dias depois, as opiniões foram novamente divididas diante da estatística publicada pela Organização Mundial do Trabalho, segundo a qual 73 milhões de menores entre 10 e 14 anos de idade trabalham em todo o mundo. Para alguns isso é uma violência, para outros um fato normal em certos quadros sócio-econômico-culturais. 
Essas e outras discussões muito atuais sobre a população jovem só podem pretender orientar comportamentos e transformar a legislação se contextualizadas, relativizadas. Enfim, se historicizadas. E para isso a "História dos Jovens" - organizada por dois importantes historiadores, o modernista italiano Giovanno Levi, da Universidade de Veneza, e o medievalista francês Jean-Claude Schmitt, da École des Hautes Études em Sciences Sociales - traz elementos interessantes. 
 
 
 
A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada como um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram. 
 
O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc. Deve ser lembrado que os resenhistas - como os críticos em geral - também se tornam objetos de críticas por parte dos "criticados" (diretores de cinema, escritores, etc.), que revidam os ataques qualificando os "detratores da obra" de "ignorantes" (não compreenderam a obra) e de "impulsionados pela má-fé". 
Estrutura da Resenha 
  
Referências bibliográficas 
Autor (res)
Título (subtítulo)Números de páginas
Imprenta (lugar da publicação)
Ilustrações (tabelas, gráficos, fotos, etc.)
Credenciais do autor 
Informações gerais sobre o autor
Autoridade no campo científico
Quem fez o estudo
Quando? Por quê? Onde?
Conhecimento 
Resumo detalhado das ideias principais
Como foi abordado o assunto?
Conclusão do autor 
O autor faz conclusões? (ou não?)
Onde foram colocadas? (no final do livro ou dos capítulos)
Quais foram?
Metodologia da autoria 
Que métodos utilizou?
Quais as técnicas?
Quadro de referência do autor 
Modelo teórico
Que teoria /corrente serviu de embasamento/
Quadro de referência do resenhista 
O resenhista pode aceitar e utilizar, na análise da obra, o quadro de referência empregado pelo autor ou ao contrário, pela sua formação científica, possuir outro. É necessário a explicitação do quadro de referência do resenhista, pois terá influência decisiva tanto na seleção dos tópicos e partes que considera mais importantes  para a análise quanto na elaboração da crítica que se segue.
Apreciação 
a)    Julgamento da obra: 
Como se situa o autor em relação: 
Às escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais?
Às circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas?
b)    Mérito da obra 
Qual a contribuição dada?
Ideias verdadeiras, originais, criativas?
Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?
c)    Estilo 
Conciso, objetivo, simples?
Linguagem correta?
Ou o contrário?
d)    Forma 
Lógica, sistematizada?
Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?
e)    Indicação da obra 
A quem é dirigida: grande púbico, especialistas, estudantes?

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