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Trabalho de IPEH

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Universidade Paulista
Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia
Graduação em Engenharia Civil
INSTALAÇÕES DE ÁGUA EM CANTEIROS DE OBRAS DE UM ATERRO SANITÁRIO.
São José dos Campos - SP
37
2016
INSTALAÇÕES DE ÁGUA EM CANTEIROS DE OBRAS DE UM ATERRO SANITÁRIO.
Trabalho de curso apresentado ao Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista – UNIP, campus de São José dos Campos, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil sob orientação da Prof.ª MSc. Carolina Rivoir.
São José dos Campos - SP
2016
INSTALAÇÕES DE ÁGUA EM CANTEIROS DE OBRAS DE UM ATERRO SANITÁRIO.
Trabalho de curso apresentado ao Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista – UNIP, campus de São José dos Campos, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob orientação da Prof.ª MSc. Carolina Rivoir.
_______________________________________________________
Titulação e nome do primeiro componente da banca - Instituição
_______________________________________________________
Titulação e nome do segundo componente da banca - Instituição
_____________________________________
Prof.ª MSc. Carolina Rivoir – Universidade Paulista
00 / 00 / 2016
Data da aprovação
Dedicamos este trabalho á nossos familiares, amigos e todos aqueles que nos ajudaram no decorrer desse curso.
AGRADECIMENTOS
	Agradecemos primeiramente á Deus por ser à base de nossas conquistas;
Aos nossos familiares pelo apoio e por terem interesse em nossas escolhas;
Aos professores da universidade pelo apoio e dedicação;
Aos colegas de grupo que se dedicaram para elaboração desse trabalho;
A todos o nosso muito obrigado.
RESUMO
A palavra provisória, para instalações de canteiro, não deve ser confundida com um processo precário de concepção. No entanto, raramente um profissional especializado em projetos de sistemas prediais é consultado antes da execução das instalações hidrossanitárias provisórias de um canteiro de obras, ficando normalmente a cargo de um encarregado com experiência prática, todo o processo de concepção, traçado geométrico e dimensionamento. A adoção de soluções equivocadas pode levar a um gasto desnecessário com materiais e componentes (tubos e conexões), a um mau desempenho do sistema, pressões inadequadas e um maior consumo de água e energia. Visando buscar alternativas que proporcionem maior confiabilidade e economia em instalações de suprimento de água em canteiros de obras, procurou-se, através deste trabalho, definir os parâmetros básicos necessários a um dimensionamento mais preciso e levantar algumas das inúmeras possibilidades de atendimento à demanda de água de uma obra, definindo vantagens e desvantagens de cada uma delas. Assim, a concepção cuidadosa das instalações hidráulicas em canteiros de obra pode ser bastante relevante para a minimização de consumos excessivos da água, contribuindo para a redução do impacto ambiental das obras de construção.
Palavras-chave: Instalações hidráulicas, canteiros de obras.
ABSTRACT
The provisional word, site facilities, should not be confused with a poor design process. However, rarely a specialist in building systems projects are consulted before the implementation of the provisional hidrossanitárias facilities of a construction site, being normally in charge of a charge with practical experience, the whole process of design, geometric design and dimensioning. The adoption of wrong solutions can lead to unnecessary spending on materials and components (pipes and fittings), the poor performance of the system, inadequate pressure and a higher consumption of water and energy. Aiming to seek alternatives that provide greater reliability and economy in construction sites in water supply facilities, he tried to, through this work, define the basic parameters required for a more accurate dimensioning and lift some of the numerous possibilities of compliance with water demand a work defining advantages and disadvantages of each. Thus, the careful design of hydraulic systems on construction sites can be quite relevant to minimize excessive water consumption, helping to reduce the environmental impact of construction works.
Keywords: Hydraulic, construction sites.
Lista de ilustrações
Figura 2.1 – Sistema direto de abastecimento de água............................................................20 
Figura 2.2 – Sistema indireto de abastecimento ou sistema RI-RS..	20 
Figura 2.3 – Sistema misto de abastecimento de água com reservatório inferior e equipamento de pressurização	21 
Figura 2.4 – Sistema indireto de abastecimento com poço artesiano...	21 
Figura 2.5 – Curva de consumo de um edifício comparada com a vazão mínima de hidrômetros de Fonte: COELHO (1996)....	23 
Figura 3.1 – União de tubo e mangueira de polietileno, bolsa feita através do aquecimento do tubo....	25 
Figura 3.2 – Torneira com vazamento devido a precariedade da instalação utilizando tira de borracha....	26 
Figura 3.3 – Curvas executadas através do aquecimento do tubo. Figura 3.4: Vazamento no adaptador com flange para caixa dágua....	26 
Figura 3.4 – Métodos de marcação e corte que garantem um melhor acabamento do sistema. Fonte: Manual Técnico Tigre (1986); BOTELHO & RIBEIRO Jr., (1998)....	28 
Figura 3.5 – Provável ponto de vazamento devido ao corte não retilíneo executado do tubo. Fonte: Manual do Encanador Tigre (1982)....	28 
Figura 3.6 – Arejadores em torneiras garantem redução e regulagem de vazões. Fonte: DOCOL (2004); DECA (2004)....	31
Figura 3.7 – Registro regulador de vazão. Fonte: DOCOL (2004)....	31 
Figura 3.8 – Válvula para mictório. Fonte: DECA: DECA (2004)....	31
Figura 3.9 – Torneira com fechamento automático. Fonte: DECA (2004)....	32 
Figura 3.10 – Válvula de fechamento automático para chuveiros. Fonte: DECA (2004).....	32 
Figura 3.11 – Modelo de cabine de banheiro químico com mictório e vaso sanitário....	33 
Lista de tabelas
Tabela 2.1 – Faixa de consumo dos hidrômetros......................................................................22
Tabela 3.1 – Cálculo do Número Adequado de Cabines..........................................................34
 
Lista de abreviaturas e siglas
ABNT	Associação Brasileira de Normas Técnicas 
UNIP	Universidade Paulista
introdução
1.1- Justificativas:
A execução das instalações prediais provisórias é essencial para o início das atividades de um canteiro de obras. Normalmente pode-se afirmar que dentre as instalações prediais provisórias existentes, as que garantem o suprimento da demanda de água ocupam o primeiro lugar em grau de importância dentro de um canteiro de obras. Este título não se deve apenas ao fato de serem estas instalação essencial à execução das atividades de produção e apoio à obra, como no caso da mistura de argamassas e concreto, da cura da estrutura, da limpeza do canteiro e do consumo humano, mas também pelo custo da água, que atualmente tem sofrido constante aumento, e pelo seu valor em termos de disponibilidade hídrica no meio ambiente, sendo cada vez mais freqüentes situações em que se depara com risco de racionamento de fornecimento de água tratada.
1.2- Objetivo:
1.2.1- Objetivo Específico:
Esse trabalho tem como objetivo, apresentar como funciona a instalação hidráulica em um canteiro de obra para a construção de um aterro sanitário.
ESCOPO
Para elaboração desse trabalho foi necessário realizar estudosatravés de web sites, artigos e monografias disponibilizadas na internet, sobre o tema de instalações prediais e provisórias em canteiro de obra. Em relação à instalações hidráulicas provisórias em canteiro de obra, está descrito principalmente o conceito e definições e a influencia e economia em instalações provisórias ao construir um aterro sanitário, levando em conta aspectos importantes ambientais, de localizações entre outros. 
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho contém:
Parte interna: composta de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
Elementos pré-textuais: folha de rosto, folha de aprovação, dedicatória, agradecimento, resumo na língua vernácula, resumo na língua estrangeira, listas de ilustrações, tabelas, abreviaturas, sumário.
Elementos textuais: Introdução, desenvolvimento, conclusão.
Elementos pós-textuais: Referências e índice.
No desenvolvimento contem dois capítulos que fazem parte de uma pesquisa sobre os temas proposto pela professora da disciplina de Instalações Prediais e Hidráulicas.
CAPÍTULO 1.0 - INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE ÁGUA EM CANTEIROS DE OBRAS
A previsão de consumo de água para consumo humano e atividades produtivas, a escolha do modelo de concepção de abastecimento e alimentação, a execução física do sistema e a manutenção de quaisquer instalações prediais de água fria, sejam elas provisórias ou não, devem ser estudadas de forma criteriosa previamente à sua execução. Deste modo, pode-se garantir um fornecimento contínuo, em quantidade e qualidade adequadas, com pressões suficientes, proporcionando boas condições de atendimento às necessidades de demanda, redução de consumo de energia e racionamento na forma de utilização (NBR 5626/98).
Infelizmente, em grande número de casos se constata que as instalações provisórias em canteiros de obras, não só as de suprimento de água, mas também as de energia elétrica, esgoto, águas pluviais entre outras, são tratadas com certo descaso e negligência. O termo provisório é constantemente confundido com precário e as instalações provisórias são freqüentemente executadas sem nenhum critério e por mão-de-obra desqualificada tecnicamente, o que aumenta o risco de surgimento de manifestações patológicas, tais como: falhas de abastecimento, consumo excessivo de água e energia, desperdício, ociosidade, vazamentos, pressões inadequadas, risco de acidentes, entre outros.
Diante desta situação, este artigo objetiva levantar algumas das várias medidas que podem ser adotadas para a melhora da eficiência das instalações prediais provisórias de água em um canteiro de obras, proporcionando atendimento à demanda solicitada pelas atividades produtivas e consumo humano aliada ao uso racional e diminuição de desperdícios deste recurso natural.
CAPÍTULO 2.0 – MODELOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM CANTEIROS DE OBRAS
BIRBOJM (2001) levanta em seu trabalho a existência de duas situações que intervêm na escolha da forma de abastecimento de água em canteiros de obras: a existência de rede pública de abastecimento de água ou a inexistência desta. Complementarmente a essas duas possibilidades de abastecimento, existe uma ampla variação de concepções de layouts hidráulicos que podem ser adotadas como soluções de distribuição de água no interior de um canteiro.
2.1 – Canteiros de obras com abastecimento de água pela rede pública:
Quando a concessionária local disponibiliza o serviço de abastecimento público de água na região onde será instalado o canteiro de obras, deve-se optar por executar as instalações de água de forma definitiva, quando há possibilidade de se aproveitar posteriormente os ramais de alimentação para a edificação pronta, ou provisórias quando não se tem este interesse. Neste caso os sistemas de abastecimento podem ser realizados de forma direta (sem a utilização de sistemas RI-RS1), indireta (com a utilização de sistemas RI-RS provisórios ou definitivos), ou mista (mesclando ambas as soluções).
2.2 – Sistemas direto de abastecimento:
Nos sistemas diretos de abastecimento, conforme ilustrado na Figura 2.1, a pressão existente na rede pública de alimentação é responsável por conduzir o fluxo de água até seu ponto de utilização sem auxílio de bombeamento. Normalmente a rede pública possui pressão suficiente para abastecer de água vários pavimentos acima do nível de acesso do canteiro. Segundo a SANEAGO - Companhia de Saneamento do Estado de Goiás, em Goiânia há pontos em que a pressão pode chegar a atingir valores próximos dos 700 KPa, sendo a pressão mínima regulamentada em 100 KPa, podendo haver falhas durante alguns períodos do dia. Em São Paulo, de acordo com a SABESP, a pressão da rede de distribuição pode variar de 150 a 450 KPa (BIRBOJM, 2001).
A alternativa de implantação de sistema direto de abastecimento, por um lado, pode ser considerada vantajosa devido à necessidade de menores investimentos para a execução das instalações provisórias de água no canteiro, entretanto, a elevada pressão da rede pública ocasiona um maior consumo durante a utilização dos pontos de água. Também neste sistema, as conexões dos ramais de alimentação tornam-se mais suscetíveis a danos, tais como: rupturas de conexões, vazamentos, golpes de Ariete, entre outros.
2.3 – Sistema indireto de abastecimento
O sistema indireto de abastecimento consiste na utilização de reservatórios intermediários, provisórios ou definitivos (sistema RI-RS), para armazenamento da água que vem da rede pública chegando a um reservatório inferior e sendo recalcada até um reservatório superior para posterior distribuição por gravidade, conforme ilustra a Figura 2.2.
A utilização de um reservatório inferior de armazenamento, e outro superior para a distribuição da água por gravidade garante um funcionamento seguro e consumo racional, devido à não dependência de um fornecimento contínuo de água pela concessionária, e também devido à maior possibilidade de controle de pressões às quais são submetidos os ramais de alimentações. Para tanto, deve-se utilizar métodos matemáticos ou empíricos para o dimensionamento e determinação dos diâmetros mais adequados para cada trecho do sistema, garantindo vazões, velocidades de fluxo e pressões adequadas.
Figura 2.1 - Sistema direto de abastecimento de água.
Figura 2.2 - Sistema indireto de abastecimento ou sistema RI-RS.
 
2.4 – Sistema misto de abastecimento
Para a construção de um aterro sanitário deve ser detalhado no contrato, as características e respectivas medidas do terreno onde ficará localizada a obra, essas particularidades devem ser correspondentes às normas e leis sobre a respectiva obra.
Pode-se, também, adotar o sistema misto de abastecimento de água, conforme ilustra a Figura 2.3, em um canteiro de obras, quando a pressão da rede pública não for suficiente para a alimentação dos pontos de utilização mais elevados.
	Mais uma vez o dimensionamento correto, tanto dos diâmetros como dos conjuntos.
	
O sistema pode alimentar-se diretamente da rede pública em pontos que solicitem menor pressão e dispor de reservatórios intermediários e bombeamento para alimentar pontos que solicitem maior moto-bomba, além de uma execução bem feita garantem pressões controladas e um sistema que funcione adequadamente sem excessos e desperdícios de consumo de água e de energia elétrica.
2.5 – Canteiros de obras sem abastecimento de água pela rede pública
Os canteiros de obras localizados em regiões que não possuam abastecimento público podem ser alimentado por poços artesianos, semi-artesianos, caminhões pipa ou realizar-se a captação em um manancial próximo quando isto for possível. Em todos estes casos, dependendo da finalidade para a qual a água será utilizada, deve-se realizar freqüente monitoramento da qualidade da mesma.
Quando não há possibilidade de fornecimento público de água para o canteiro de obras, a execução de poços artesianos oupoços de lençol freático, também denominados “mini-poços” ou “semi-poços”, são as soluções mais comumente empregadas. Adotando-se este tipo de solução, recomenda-se a utilização de dois reservatórios, um inferior e outro superior, conforme mostrado na Figura 2.4. Algumas construtoras optam pela execução e impermeabilização do poço do elevador para a utilização, do mesmo, como reservatório inferior provisório para armazenamento da água do poço artesiano. Já quanto ao reservatório superior, este pode ser um reservatório de pequenas dimensões de PVC ou fibra de vidro, para onde a água será bombeada e depois distribuída por gravidade; por ser constituído de um material leve, esse tipo de reservatório permite fácil deslocamento no decorrer das fases da obra.
A possibilidade de utilização de sistema de pressurização para a distribuição da água provinda diretamente do poço, não é descartada; no entanto, deve-se lembrar que quanto maior a pressão de uma rede de alimentação maior será o consumo de água e maior será a possibilidade de surgimento de pontos de vazamentos, principalmente em redes precariamente executadas.
 
Figura 2.3 - Sistema misto de abastecimento de água com reservatório inferior e equipamento de pressurização.
Figura 2.4 - Sistema indireto de abastecimento com poço artesiano.
2.6 – A escolha do hidrômetro
A escolha do hidrômetro também é um fator que pode influenciar bastante no funcionamento e no custo direto de consumo de água em um canteiro de obras. Antes de definir pela execução do cavalete definitivo, deve-se calcular, ou ao menos estimar, qual será o intervalo de vazão solicitada pelo canteiro de obras. Os erros de leitura de medição são mais suscetíveis em sistemas de abastecimento direto, onde o medidor é submetido a grandes variações de vazão durante o decorrer do período de produção de um canteiro de obras.
Um hidrômetro instalado em local onde haja solicitação de vazões fora dos limites para o qual foi dimensionado, pode ocasionar erros grosseiros na medição do consumo de água, restringir a vazão devido a perdas de carga exageradas e ter seu período de vida útil reduzido, ocasionando gastos extras com manutenção e aferição (REIS; PAULA & OLIVEIRA, 2004). A sub-medição ocorre caso o hidrômetro seja submetido a vazões bem inferiores àquelas para as quais foi concebido; já a supermedição em casos em que o medidor é submetido a sobrecarga de vazões (COELHO, 1996).
Segundo o Manual de Dimensionamento de Hidrômetros da SANEAGO (2001), as faixas de vazão limites máximas e mínimas dos hidrômetros são as apresentadas na Tabela 2.1:
Tabela 2.1 - Faixa de consumo dos hidrômetros
Consumo Mensal Consumo Diário Hidrômetro
(Capacidade/Diâmetro) Limite Mínimo (m³/mês)
Limite Máximo (m³/mês)
Limite Máximo (m³/dia)
Fonte: Manual de Dimensionamento de Hidrômetros – SANEAGO (2001).
	
	
A melhor forma de se evitar problemas com erro de leitura do medidor é optar pela utilização de um reservatório inferior, seja ele definitivo ou não, por onde toda a água que entre na obra deverá passar antes de chegar aos pontos de utilização. A torneira de bóia do reservatório inferior pode trabalhar com grandes ou baixas vazões diárias, porém sempre a baixas vazões horárias, permitindo o correto
COELHO (1996) verificou, através da análise da Figura 2.5, onde comparou as vazões mínimas registradas por medidores distintos em um edifício residencial, a ocorrência de perdas ocasionadas pela seleção inadequada de um hidrômetro. O mesmo pode ocorrer em um canteiro de obras, onde geralmente se adota o hidrômetro dimensionado para a medição do consumo da edificação a ser executada e não para a medição da vazão solicitada pelo canteiro.
	
	
Figura 2.5: Curva de consumo de um edifício comparada com a vazão mínima de hidrômetros de Fonte: COELHO (1996).
CAPÍTULO 3.0 – AÇÕES QUE INTERFEREM NO CONSUMO DE ÁGUA DE CANTEIROS DE OBRAS
Segundo OLIVEIRA & GONÇALVES (1999), o Programa de Uso Racional de Água (PURA) define três ações que contribuem para a redução de consumo de água em edifícios, sendo elas:
- ações econômicas: aplicação de capital e incentivos, podendo estes serem implementados por meio de subsídios para a aquisição de sistemas e componentes economizadores de água, e desincentivos, como por exemplo a implantação de tarifas progressivas para grandes consumidores de água;
- ações tecnológicas: substituição de sistemas e componentes convencionais por dispositivos com tecnologia que permita um menor consumo de água;
- ações sociais: realizadas através de programas de conscientização e educação dos usuários.
Voltando-se às instalações provisórias de água em canteiros de obras, além das ações acima citadas, pode-se agregar a denominação ações preventivas, que seriam a adoção de critérios que garantissem a execução de um sistema de qualidade e com baixos índices de desperdícios, mesmo sendo ele temporário.
3.1 Ações econômicas
As ações econômicas que podem intervir nas instalações provisórias de canteiros de obras, de modo a proporcionar o uso racional de água, estão geralmente ligadas às previsões de disponibilidade de capital destinadas à execução dos sistemas. Não havendo provisão suficiente de recursos financeiros, não há como investir em tecnologias que proporcionem economias.
Normalmente, medidas de incentivo e subsídio não são consideradas aplicáveis a canteiros de obras, sendo comum as empresas construtoras adquirirem os componentes (tubos e conexões) antecipadamente para a execução de instalações provisórias convencionais. Entretanto, uma pequena alteração no cronograma de entrega dos projetos de sistemas prediais da edificação a ser construída, possibilita o levantamento de todo material a ser adquirido, podendo gerar interesses de parcerias entre empresas construtoras e fornecedores de materiais para instalações. Neste caso, antes do início da implantação do canteiro de obras, é possível negociar-se com a empresa fornecedora de materiais a possibilidade de subsídio de custo para aquisição de dispositivos economizadores de água, tubos e conexões para serem utilizados nas instalações provisórias do canteiro.
As ações econômicas de desincentivo, como a cobrança progressiva pelo consumo excedente ao padrão de água que atingem diretamente questões financeiras das construtoras, são outras formas de obrigarem as empresas a estudarem novos meios de execução de instalações provisórias que proporcionem consumo mais racional, de menor desperdício e menor precariedade.
3.2 Ações preventivas
Por ter um curto período de “vida de serviço”, normalmente os profissionais que executam as instalações provisórias não se preocupam com a utilização de materiais e técnicas executivas apropriadas. Deste modo, a utilização de produtos de baixa qualidade ou que já tenham sua integridade física afetada, e que não servem mais para a execução das instalações definitivas, são considerados erroneamente como candidatos ideais para integrar parte das instalações provisórias.
Nas instalações provisórias de água, desde pedaços de tubos quebrados, pedaços de mangueiras, tiras de borracha são aproveitados, conforme ilustram as Figuras 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4. Conexões como luva e curvas muitas vezes são descartadas, sendo as mesmas executadas esquentando o próprio tubo. Procedimentos como estes por mais incorretos que sejam, ocorrem ainda hoje, não por causa de desconhecimento técnico, mas por negligência profissional.
Figura 3.1: União de tubo e mangueira de polietileno, bolsa feita através do aquecimento do tubo.
Figura 3.2: Torneira com vazamento devido a precariedade da instalação utilizando tira de borracha.
Figura 3.3: Curvas executadas através do aquecimento do tubo. Figura 3.4: Vazamento no adaptador com flange para caixa dágua.
	água que chegavam a 94%, devido à existência de vazamentos na rede hidráulica
	
O índice de desperdício em instalações hidráulicas executadas de forma precária em canteiros de obras pode ocasionar elevação do consumode água a níveis muito altos. Em programas como o PURA (OLIVEIRA & GONÇALVES, 1999) foram constatadas edificações com índices de desperdício de
Devido à cultura de execução precária das instalações provisórias, as redes hidráulicas de canteiros de obras possuem maior probabilidade de agregar vazamentos visíveis e não visíveis. A adoção de ações preventivas pode ajudar a reduzir índices como os seguintes: um pequeno vazamento, que cause um gotejamento constante e que passe despercebido à maioria das pessoas, durante um dia pode consumir algo em torno de 46 litros de águas equivalente a 1.380 m³/mês; já um filete de água de 2 m, escoando continuamente, pode levar a um consumo de quase 5,0 m³/mês (DECA, 2004).
	Situações como estas, facilmente encontradas em canteiros de obras, devem ser combatidas
	
	adotando-se programas de qualidade que garantam a implementação das ações preventivas
	
As instalações provisórias de água devem ser encaradas com maior seriedade no momento da execução. Como, normalmente, não há projetos de instalações provisórias, pode-se solicitar que durante a contratação dos projetos de instalações hidrossanitárias da edificação, seja também contratada a consultoria de um profissional habilitado com experiência, para que sejam estabelecidos critérios de execução e dimensionamento das redes hidráulicas.
As ações preventivas de caráter de orientação devem ser trabalhadas em conjunto pelos profissionais responsáveis pela execução das instalações provisórias e o responsável técnico da obra ou consultoria contratada. A utilização de materiais de qualidade satisfatória, a garantia das condições de serviço de execução e a adoção de critérios de dimensionamento e de estudos criteriosos de layout, podem parecer excesso de cuidados para a execução das instalações provisórias, mas, certamente, implicarão em menores gastos com aquisição de materiais, prevenção de vazamentos e também de pressões inadequadas além de garantir um menor consumo de água.
Um exemplo de adoção de técnicas preventivas é a utilização de procedimentos para a realização de cortes retilíneos em tubos, garantindo, assim, estanqueidade nos pontos de encaixe com as conexões. A Figura 3.5 ilustra formas de marcação, a utilização de módulo guia empregado para realização de cortes retilíneos em tubos e a marcação da profundidade da bolsa para confirmação do encaixe total do tubo na conexão. A Figura 3.6 mostra um provável ponto de vazamento devido à não utilização destas técnicas. Um corte não retilíneo restringe o tamanho da área de soldagem entre o tubo e a conexão, criando um ponto vulnerável ao aparecimento de vazamentos.
Figura 3.4: Métodos de marcação e corte que garantem um melhor acabamento do sistema. Fonte: Manual Técnico Tigre (1986); BOTELHO & RIBEIRO Jr., (1998).
	
	Ponto sem contato
Figura 3.5: Provável ponto de vazamento devido ao corte não retilíneo executado do tubo. Fonte: Manual do Encanador Tigre (1982).
3.3 Ações tecnológicas
O objetivo deste grupo de ações é substituir alguns dos componentes convencionais das instalações provisórias por outras tecnologias disponíveis, com o intuito de alcançar a redução do consumo de água independentemente do comportamento de utilização dos usuários.
Atualmente existem no mercado diversos componentes que propiciam a economia de água para o consumidor, sendo vários deles voltados para estabelecimentos públicos ou residenciais; entretanto, alguns podem ser implantados em canteiros de obras com a finalidade de redução de consumo de água.
	
	
No caso de canteiros de obras recomenda-se, antes de se cogitar a adequação do sistema, realizar uma avaliação técnica e econômica sobre os possíveis locais de implantação e reais benefícios que estes dispositivos economizadores podem trazer. Por exemplo: tecnicamente não é viável instalar uma torneira com fechamento automático em uma central de argamassas; também, a implantação de válvulas de fechamento automático em duchas, no banheiro dos funcionários, pode ocasionar
Componentes que afetam diretamente os hábitos dos usuários, no caso os operários de um canteiro de obras, muitas vezes não agradam a todos. Um grau de insatisfação elevado, quanto ao funcionamento das instalações provisórias de água para consumo humano, pode ocasionar reações contrárias à redução do consumo de água. Existem relatos de casos em que funcionários insatisfeitos com a implantação de componentes economizadores de água criaram artimanhas para impedir o correto funcionamento dos mecanismos reguladores de consumo. O grande risco de se introduzir este tipos de componentes, sem realizar uma campanha de conscientização em paralelo, é a indução a atos de vandalismo contra as instalações provisórias, o que acarretaria em prejuízos maiores que os benefícios pretendidos com a adaptação do sistema.
Por outro lado, a utilização planejada de alguns destes componentes economizadores de água, tais como: arejadores (Figura 3.7), registros reguladores de vazão (Figura 3.8), válvulas para mictórios (Figura 3.9), gatilhos para pontas de mangueiras, entre outros, mostra-se viável na maioria das instalações provisórias existentes em canteiros de obras.
A economia gerada durante a vida útil do canteiro de obras, proporcionada pela utilização de componentes redutores de consumo de água pode compensar o investimento inicial, principalmente se a empresa construtora pensar em termos de aproveitamento desses componentes em obras futuras. Os tópicos a seguir apresentam características técnicas e econômicas de alguns dos componentes economizadores de água e soluções tecnológicas que podem ser adotadas em instalações hidrossanitárias de canteiros de obras com a finalidade de racionalizar o consumo:
- a instalação de torneiras hidromecânicas pode gerar uma economia acima de 29% no consumo de água nos pontos de utilização, quando comparado com as torneiras convencionais ÁVLILA et al. (1991) apud OLIVEIRA (1999);
- o emprego de arejadores com vazão constante em torneiras, pode limitar o fluxo de água em 6 l/min, 8 l/min ou 14 l/min, dependendo do modelo, enquanto que uma torneira sem esse componente pode gerar um fluxo aproximado de 20 l/min (ARANHA, 2002);
- em casos de utilização de torneiras de pia e lavatórios em bancadas, pode-se empregar um registro regulador de vazão (Figura 3.8), que permite ajustar a vazão mais econômica em função da pressão disponível;
- Segundo estudos realistados pelo departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal de Santa Maria (DOCOL, 2004) o uso de válvulas de descarga automáticas para mictórios pode reduzir em aproximadamente 60% o consumo de água quando comparado a mictórios com descarga de água contínuas de 0,05 l/s ou controlados por registro de pressão;
- o uso de bacias turca, que funcionam tanto como bacia sanitária e como mictório, também permite economia já que a vazão de água necessária para a limpeza não é de fluxo contínuo;
- Segundo a Universidade Federal de Santa Maria (DOCOL, 2004), a utilização de válvulas hidromecânicas em chuveiros proporcionou uma redução de aproximadamente 60% no consumo de água, devido a seu funcionamento, limitado a intervalos de 30 minutos;
- em caso de utilização de bacias sanitárias, deve-se preferir a adoção de bacias com caixa de volume reduzido, como as de 6 litros, ou, ainda, as bacias com acionamento seletivo, que permitem a regulagem de 3 ou 6 litros por acionamento. Estas bacias podem gerar uma redução considerável no consumo de água quando comparadas com os modelos convencionais;
- A adoção de bicos tipo gatilho nas pontas de mangueiras, também, contribui para reduções de consumo de água em atividades de limpeza, como, por exemplo: a limpeza de fôrmas por um período de 30 minutos, com uma torneira medianamente aberta, pode consumir algo em torno de 216 Litros de água e até 560 Litros se estiver totalmente aberta. Um bico tipo gatilho de fechamento automático, acoplado à ponta da mangueira, poderia reduzir bastante o volume de água consumidodurante a realização desta atividade, pois eliminaria os intervalos de ociosidade com vazamento constante.
Figura 3.6: Arejadores em torneiras garantem redução e regulagem de vazões. Fonte: DOCOL (2004); DECA (2004).
Figura 3.7: Registro regulador de vazão. Fonte: DOCOL (2004).
Figura 3.8: Válvula para mictório. Fonte: DECA (2004).
Figura 3.9: Torneira com fechamento automático. Fonte: DECA (2004).
Figura 3.10: Válvula de fechamento automático para chuveiros. Fonte: DECA (2004).
- o aproveitamento de água de chuva também vem surgindo como solução para a redução do consumo de água tratada em canteiros e execução de edifícios. Propostas de pesquisas em estudo na Universidade Federal de Goiás pretendem analisar as possibilidades de utilização desta água para emprego em áreas de vivência, limpeza, execução de argamassas e concretos e outros fins.
- constatou-se, ainda, que algumas empresas construtoras goianas gerenciam o consumo de água através de leituras diárias dos hidrômetros de seus canteiros de obras e, que, juntamente com dados obtidos através do diário de obra, estabelecem formas razoáveis de controle do volume de água solicitado para a execução de certas atividades.
- sendo o processo de cura do concreto uma atividade que gera elevado consumo de água, o emprego de sacos de tecidos ou de qualquer outro material que retenha certo volume de água, pode proporcionar economia de consumo devido a menor necessidade de ciclos de molhagem.
3.3.1 Banheiros químicos
Outra solução que pode proporcionar redução de consumo de água nos canteiros de obras é a utilização de banheiros químicos, conforme apresenta a Figura 3.12. Segundo o engenheiro Lino (TÉCHNE 84, 2004), um banheiro químico, com bacia sanitária e mictório, consome aproximadamente 20 litros de água a cada intervalo de manutenção, além disso, não necessita que sejam executadas redes de água e esgoto, prevenindo os constantes problemas de funcionamento das instalações provisórias de água, tais como vazamentos e excessos de pressão.
No canteiro de obras, os banheiros químicos, além de proporcionarem economia de água, também, possibilitam uma maior produtividade da mão-de-obra, pois podem ser distribuídos em diversos pavimentos da construção, diminuindo assim o tempo de acesso dos funcionários ao mesmo.
Segundo Januário Fabrim, diretor da Planeta Saneamento (TÉCHNE 84, 2004), a locação de uma cabine modelo standard, com manutenção semanal de coleta de dejetos, assepsia, aplicação de bactericida e aromatização, custa aproximadamente o equivalente a um salário mínimo por mês para uma construtora da Grande São Paulo.
Figura 3.11: Modelo de cabine de banheiro químico com mictório e vaso sanitário
Os banheiros químicos funcionam através de tanques de armazenamento e coleta de dejetos, que possuem produtos químicos biodegradáveis que inibem a proliferação de bactérias e odores desagradáveis. Sua aplicação, em canteiros de obras, deve seguir as mesmas recomendações estabelecidas pela NR-18 para banheiros convencionais, e os intervalos entre manutenções podem seguir o prescrito na Tabela 3.1 abaixo.
Tabela 3.1 - Cálculo do Número Adequado de Cabines
Nº de Funcionários Manutenções necessárias / semana
1 2 3 15 funcionários 1 cabine --- ---
30 funcionários 2 cabine 1 cabine 1 cabine 60 funcionários 4 cabine 2 cabine 2 cabine 90 funcionários 6 cabine 3 cabine 3 cabine 120 funcionários 8 cabine 4 cabine 3 cabine 200 funcionários 14 cabine 7 cabine 5 cabine
Fonte : Gisele Cichinelli Planeta Saneamento (2004) apud TÉCHNE 84 (2004).
3.4 Ações sociais
Ao se executar um plano de redução de consumo de água é indispensável que programas de educação e campanhas de conscientização do usuário sejam implementadas. As ações sociais devem atuar no âmbito da informação de todos os usuários do sistema e devem abordar tópicos como os seguintes:
- o motivo do uso racional da água;
- a importância da redução de volume de água consumido;
- a importância da identificação, informação e correção de vazamentos;
- informações sobre procedimentos de racionalização em atividades que consomem água;
- vantagens da utilização de dispositivos economizadores de água.
	- as medidas de auto-policiamento após certo tempo de atuação
	
Pesquisadores como (OLIVEIRA, 1999) afirmam que esta pode ser uma das melhores maneiras de se obter resultados de economia através da redução de consumo de água. Em muitos casos uma campanha bem planejada pode gerar resultados melhores do que a implantação de ações tecnológicas, além do mais, não se impõem formas ditatórias de mudanças bruscas nos hábitos dos usuários, não gerando índices de descontentamento. Entretanto, é importante ressaltar que as campanhas de conscientização devem ser realizadas de forma contínua, pois é característica do ser humano “relaxar”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo REBOUÇAS (2002), aumentar a eficiência nos usos dos sistemas de hidráulicos, cuja situação atual dominante ainda se caracteriza por grandes perdas de água tratada nas redes de distribuição e grandes desperdícios pelos usuários, é um dos itens integrantes da Carta das Águas Doces do Brasil, documento elaborado em parceria ABES e Sabesp para contribuição para a Rio + 5, que ocorreu em março de 1997 no Rio de Janeiro. O item eficiência dos usos discute necessidades de se promover um melhoramento da utilização dos serviços de saneamento em nosso país, diminuindo os índices de perdas e desperdícios.
Em épocas de escassez dos recursos naturais, em particular a da água, a crescente preocupação com adoção de medidas de redução de consumo mostram-se justificáveis. Como visto pela população em geral, em dezembro de 2003, não só os reservatórios de água que abastecem a Grande São Paulo, mas também os reservatórios de outras regiões do país atingiram suas capacidades mínimas, e o constante risco de racionamento não escolhe classes sociais ou setores econômicos. A escassez afeta a todos, e seus efeitos são traduzidos em prejuízos econômicos e queda na qualidade de vida de toda a população.
	
	
A busca pela eficiência de usos envolve todo e qualquer tipo de usuário de água. Desta forma, também abrange soluções que possibilitem a implementação de melhorias de desempenho das instalações provisórias em canteiros de obras, trazendo economia de execução, diminuição de perdas além de
Simples cuidados durante a execução, a identificação e controle de perdas por vazamentos, pequenas mudanças de hábitos dos usuários, adoção de critérios de dimensionamento e layout hidráulico, entre outras, são ações que visam o uso racional da água e que facilmente são implementadas em qualquer sistema predial provisório que integre um canteiro de obras. O maior investimento e dispêndio de mão-de-obra especializada, para a execução de sistemas prediais provisórios mais eficientes, certamente se justificarão através do retorno de benefícios, tais como a redução de consumo e preservação dos recursos naturais, além da economia financeira devido à redução da taxa de serviço de água e energia.
REFERÊNCIAS
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BIRBOJM, Allan. Subsídios para as Tomadas de Decisão Relativas à Escolha dos Elementos do Canteiro de Obras. São Paulo, 2001. 210p Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Urbana, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
BOTELHO, Manoel H. C.; RIBEIRO JR., Geraldo A. Instalações Hidráulicas Prediais Feitas Para Durar: Usando Tubos de PVC. 2ª ed. São Paulo: ProEditores, 1998. 203p.
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DECA. Produtos: Catálogo Deca Básico. Disponível em <http://w.deca.com.br>. Acessado em 20.03.2004.
DOCOL Metais Sanitários Ltda. Catálogo de Produtos. Disponível em <http://w.docol.com.br>. Acessado em 20.03.2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18 – Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. Brasília, 1995. 43p.
OLIVEIRA, Lúcia H. Metodologia para A Implementação de Programa de Uso Racional de Água em Edifícios. São Paulo, 1999. 344p. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
OLIVEIRA, Lúcia H.; GONÇALVES, Orestes M. Metodologia para a Implantação de Programa de Uso Racional de Água em Edifícios. Boletin Técnico PCC/247 – São Paulo. 1999, 16p.
REBOUÇAS, Aldo da C. Água Doce no Mundo e no Brasil. In:_. Águas Doces no Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação. 2ª Ed. São Paulo: Ed. Escrituras, 2002. Cap. 1. p. 01-37.
REIS, Ricardo P. A; PAULA, Heber M.; OLIVEIRA, Lúcia H. Sistemas de Medição Individualizada em Edifícios Residenciais: Aspectos Técnicos e Construtivos. Revista A Construção em Goiás, Goiânia, nº 41, Ano XXXVI, fev. 2004. p.4-10.
ROCHA, Walmir A.; LIMA, Miguel R.. Manual de Dimensionamento de Hidrômetros. Ed. Revisada de 16 de junho de 2002. Goiânia, SANEAGO, 2001. 21 p.
TIGRE Tubos e Conexões. S/A. Manual do Encanador. 3ª Ed. Joinvelle: TIGRE, 1982. p.47.
TIGRE Tubos e Conexões. S/A. Manual Técnico Tigre: Orientações sobre Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 3ª Ed. Joinvelle: TIGRE, 1986. p.94.
Os autores agradecem aos colegas da Universidade Federal de Goiás e da Universidade de São Paulo que participaram da realização deste trabalho. E agradecem, também, ao CNPq pelo financiamento da pesquisa através do fornecimento de bolsa de auxílio mestrado.

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