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Cerebelo: Funções e Particularidades

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CEREBELO, FUNÇOES LOCALIZAÇÃO E PARTICULARIDADES
 Amanda Luzia de Sousa Lima
Resumo
Sendo o principal coordenador do sistema motor, dá continuação aos movimentos inicados pelo sistema nervoso periférico, sendo então responsável pela postura, movimentação de olhos e cabeça.
Juntamente com o sistema extrapiramidal, o cerebelo regula o equilíbrio do corpo, tendo participação dos reflexos labirínticos, sendo assim, diversas espécie tem a sua própria maneira de realizar movimentos estereotipados ou não. 
Palavras chave: Hemisférios cerebrais, vestibulocerebelo,hipoplasia, síndrome, cerebelosa, atrofia.
Abstract
As the main coordinator of the motor system, to continue to movements inicados the peripheral nervous system and is then responsible for posture, movement of eyes and head.
Alongside with the extrapyramidal system, the cerebellum regulates the body's balance, and participation of the labyrinthine reflexes, thus, different species has its own way of performing stereotypic movements or not.
Key-words: Cerebral Hemispheres, vestibulocerebellum, hypoplasia, cerebellar syndrome, atrophy.
 Acadêmicos de medicina veterinária – FIT-UNAMA
O cerebelo é uma massa encefálica que ocupa grande parte da caixa cranial, pesquisadores como Galeno e Willis, acabaram por notar que essa massa tinha uma divisão distinta do cérebro.
É constituído por dois hemisférios, unidos na linha média pelo vérmis. Ainda é dividido em três lobos principais: o anterior, o posterior e o floculo-nodular (Xavier et al; 2012, Ferreira,;2012). O cerebelo funciona como uma máquina de reparação de erros. 
Localizado abaixo dos hemisférios cerebrias, envolvendo tanto o bulbo acima e lateralmente, dividido em três partes: vestíbulocerebral, Espinocerebelo e cerebrocerebelo. (Crosby et al., 1962; Gray, 1918; Ito, 1984, 2006; Martin, 1996; Ramnani et al., 2006a, 2006b; Schmahmann et al., 2004; Voogd, 2004)
O vestibulocerebelo (lobo flóculo-nodular) se relaciona à integração do equilíbrio e controle oculomotor. Recebe aferentes vestibulares das cristas dos canais semicirculares e dos órgãos otolíticos, assim como dos núcleos vestibulares, e envia fibras para os núcleos vestibulares medial e lateral, e possivelmente também para o fastigial (Crosby et al., 1962; Ito, 1984; Martin, 1996; Nieuwenhuys et al., 1980).
O espinocerebelo (zonas medianas vérmis e intermediária [hemisférica medial]) encontra-se relacionado com o controle de movimentos do tronco e dos membros. Recebe aferentes proprioceptivos, assim como visuais e auditivos. O vermis encontra-se relacionado com o tronco e porções proximais dos membros, enquanto a parte intermediária com as porções distais dos membros. A partir do córtex saem fibras para os núcleos cerebelares (fastigial, interposito e denteado), que por sua vez constituem projeções para o tronco cerebral (NR entre outros) e para o córtex cerebral via o tálamo (Crosby et al., 1962; Ito, 1984; Martin, 1996; Nieuwenhuys et al., 1980; Voogd, 2004)
Atribui-se a Flourens (1823) o conceito de o cerebelo ser funcionalmente ligado à coordenação de movimentos, enquanto Magendie (1824) ofereceu a primeira evidência do seu papel no equilíbrio. Mais tarde Bolk (1906) propos uma localização somatotópica (Barlow, 2002; Chudler, 2009; Glickstein e Voogd, 1995).
Devido ao fato de estar intimamente ligado ao aparelho vestibular, distúrbios vestibulares estão ligados ao cerebelo, tais como vertigem, tontura.
 Como vestibulocerebelo controla e mantém o equilíbrio e a fixação da imagem sobre a retina durante os movimentos da cabeça. Lesões nessa região causam hipertonia de decerebração.
O cerebelo se lesionado pode ter tumores sendo formados pelo orgão, acidentes vasculares cerebrais (AVC), processos degenerativos, defeitos genéticos e infecções.
Quando o cerebelo de animais acaba por ser infectado por um parpovirus felino, o vírus da diarreia viral bovina, acaba-se chamando de hipoplasia cerebelar, a Hipoplasia produz sinais clínicos que variam entre uma ataxia discreta ou quase imperceptível nos animais recém-nascidos, até a completa ausência de coordenação e inabilidade de manter a postura normal.
Há hipoplasia em humanos, durante a embriogenese há uma má formação no próprio assim deixando o cerebelo mais leve, mas com a mesma arquitetura, tem como principais sintomas: ataxia discreta, dificuldade em manter a postura, distúrbios de equilíbrio, hidrocefalia, convulsões e contrações musculares involuntárias.
Há síndromes ligadas ao cerebelo como:
Síndrome do paleocerebelo, que está ligada ao alcoolismo crônico e apesenta também alteração no tônus muscular.
Síndrome do neocerebelo, ligada a ataxia motora.
Síndrome Arquicerebelo, devido a presença de tumores, o nódulo e pedúnculo são comprimidos fazendo com que o equilíbrio seja afetado.
De acordo com as subdivisões do cerebelo, podem ainda definir-se subtipos da síndrome cerebelosa, síndrome vermiana posterior ou do lobo flóculo-nodular, que causa desequilíbrio axial; a síndrome vermiana anterior ou do lobo anterior, que afeta os membros inferiores, manifestando-se com marcha de base alargada; a síndroma hemisférica, que causa ataxia dos membros, e a síndrome pancerebelosa, em que os sinais de disfunção cerebelosa são bilaterais e afectam a marcha, o tronco e os membros, sendo ainda acompanhados de disartria e alterações dos movimentos oculares. 
Outro tipo de leão cerebelar é a hipotonia, lesões restritas ao cerebelo lateral, mas podem ser bilaterais ou contralaterais a lesões intermediárias do cerebelo, pode ser detectada pela redução da firmeza a palpação.
De acordo com a patologia psiquiátrica, há doenças psicológicas que também são ligadas a esse órgão, como a esquizofrenia, perturbação bipolar, e perturbação depressiva.
Pacientes com esquizofrenia apresentam diminuição do fluxo nas regiões fronto-talamico-cerebelosas, bem como na área motora do hemisfério esquerdo presença de atrofia do cerebelo na esquizofrenia alguns deles a mostram atrofia limitada ao vérmis, outra diminuição global do volume do cerebelo. (Xavier, Ferreira; 2012)
Já pacientes com perturbação bipolar apresentam atrofia do cerebelo e redução da substância cinzenta cerebelosa na perturbação bipolar. (Xavier, Ferreira;2012) 
A atrofia cerebelar está presente em doentes com formas de depressão mais severa e com pior resposta à terapêutica. (Xavier, Ferreira;2012)
Referências Bibliográficas 
FUNCIONES NO MOTORAS DEL CEREBELO (Mediavilla C., Molina F. y Puerto A.) Universidad de Granada
DeLAHUNTA, A. Cerebellum. In: DeLAHUNTA A. Veterinary neuroanatomy and clinical neurology. 2 ed. Philadelphia: Saunders, 1983. p.255-278. 
JUBB K.V.F., HUXTABLE C.R. The nervous system. In: JUBB K.V.F., KENNEDY P.C., PALMER N. 
Pathology of domestic animals. 4.ed. California: Academic, 1993. v.1, p.267-437.
Glickstein M, Strata P, Voogd J: Cerebellum: History. Neuroscience 2009; 162: 549-559.
Crosby EC, Huphrey T e Lauer EW. Correlative Anatomy of the Nervous System. MacMillan Co, New York, pgs 188-220, 1962.
Ramnani N, E.J. Behrens TEJ, Johansen-Berg H et al. The Evolution of Prefrontal Inputs to the Cortico-pontine System: Diffusion Imaging Evidence from Macaque Monkeys and Humans. Cerebral Cortex, 16(6):811-818, 2006b.
Schmahmann JD. An emerging concept. The cerebellar contribution to higher function. Arch Neurol, 48(11):1178-1187, 1991
Schmahmann JD e Pandya DN. Anatomical investigation of projections to the basis pontis from posterior parietal association cortices in rhesus monkey. J Comp Neurol, 289(1):53-73, 1989.
Schmahmann JD, Pandya DN. The cerebrocerebellar system. Int Rev Neurobiol, 41:31-60, 1997
Voogd J e Glickstein M. The anatomy of the cerebellum. Trends Cog Sciences, 2(9):307-313, 1998

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