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Colatina 2016 XXXXXXXXXXXX SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO DO CURSO TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS A ANGÚSTIA DA VIDA EXECULTIVA Colatina 2016 A ANGÚSTIA DA VIDA EXECULTIVA Trabalho de Produção Textual do Curso Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média do 2º semestre nas disciplinas de Comportamento, Clima e Cultura Organizacional; Metodologia Cientifíca e Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas. Orientador: Prof. Elisete A. Z. de Oliveira; Marilucia Ricieri; Ana Célia Pavão e Mônica Maria Silva. XXXXXXXXX SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 5 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9 4 1 INTRODUÇÃO Diante das grandes transformações provocadas pela globalização e da crescente exigência de atualização e capacitação dos profissionais que exercem cargos de gerencia ou direção, poucos são os profissionais que estão plenamente satisfeitos com sua posição no mercado de trabalho, ou ainda, no que diz respeito as suas relações familiares. Esse estudo objetiva abordar o tema “A angústia da vida executiva” no âmbito da gestão de recursos humanos, analisando por que no mundo corporativo, o ambiente de trabalho se tornou fonte de infelicidade para presidentes e diretores de grandes empresas, bem como as causas das frustações e insatisfação, o comportamento humano ao ritmo excessivo de trabalho e o impacto da dedicação extrema em suas companhias. 5 2 DESENVOLVIMENTO Ao longo dos anos e da história, o trabalho foi ganhando diferentes significados. Na Idade Média, Santo Agostinho traz o conceito de cocriação do mundo para o trabalho e faz dele algo divino. Com o renascimento, o trabalho assume outra característica, ganha status e passa a ser visto como forma de autoexpressão. Do ponto de vista subjetivo, notadamente com a teoria de Karl Marx, o trabalho é elevado como principal via de acesso à essência humana. Para Marx, o trabalho tinha o papel principal na definição do ser, por meio dele o homem se externalizava, ele agia e se transformava por meio de seu trabalho. Todavia, com o passar dos tempos, o trabalho foi se constituindo como fator preponderante para o desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo, considerado importante na vida das pessoas e de relevância na formação da identidade. O trabalho coloca-se entre as atividades mais importantes e, de qualquer maneira, constitui-se como principal fonte de significados na constituição da vida de todos. As pessoas articilam-se ao redor das atividades laborativas. (CODO apud JAQUES, 2003, p. 108) No entanto, um estudo conduzido, pela psicóloga Betania Tanure e pelos pesquisadores Antonio Carvalho Neto e Juliana Oliveira Braga revelam as angústias, temores e dilemas enfrentados por executivos do topo nas empresas brasileiras. E mostra como o ambiente de trabalho se tornou fonte de infelicidade para os profissionais. O levantamento abrangeu mais de mil executivos de aproximadamente 350 empresas. Segundo a pesquisa: 84% dos executivos são infelizes no trabalho. 76% deles acessam e-mail profissional fora do horário de trabalho. 58% acham que os cônjuges estão descontentes com o ritmo excessivo de trabalho deles. 55% vivenciam uma mudança radical no trabalho. 54% estão insatisfeitos com o tempo dedicado à vida pessoal. 35% apontam problemas com o chefe como a crise mais marcante de suas vidas. 6 Apesar de 84% dos executivos estarem infelizes no trabalho, a mídia insiste na imagem do estereótipo de herói do mundo corporativo. As revistas de negócios estão repletas de rostos de executivos felizes e realizados. O que mostra outra face da realidade: para sobreviver nesse ambiente de negócios é preciso transmitir a imagem do sucesso, da carreira bem sucedida, do “super-executivo”. Porém, chega um momento em que todo ser humano depara com uma questão fundamental: se é ou se foi feliz ou não? E nesse momento, as máscaras podem cair e esse “superexecutivo” vivenciar outra realidade. A globalização, por sua vez, desponta no estudo como uma das principais vilãs responsáveis pelo aumento da tensão no mundo corporativo. Mais competitivas do que no passado, as empresas correm para aumentar a produtividade e pressionam os executivos para que deem resultado como nunca. É preciso pesar na balança as angústias, os problemas, os dilemas e os projetos de vida que deixarão para trás. Devem pensar se estão preparados para assumir o papel de eternos gladiadores, dispostos a sobreviver em um ambiente quase sempre hostil. Estar no poder exige sacrifícios e dedicação integral à companhia. Não raro um presidente fica 14, 16 horas por dia fora de casa. São reuniões atrás de reuniões, viagens internacionais, compromissos intermináveis. Vida pessoal? Nem pensar. Ainda mais agora que acabaram as fronteiras entre casa e escritório. As novas tecnologias permitem que o executivo seja encontrado a qualquer hora, inclusive nas férias e nos feriados. Basta ter um BlackBerry –celular que virou febre no ambiente corporativo – e pronto. Os e-mails e o próprio executivo podem ser acessados 24 horas. Talvez o ambiente do trabalho tenha se modificado e acompanhado o avanço das tecnologias com mais velocidade do que a capacidade de adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob contínua tensão, não só no ambiente de trabalho, como também na vida em geral. Há, portanto, uma ampla área da vida moderna onde se misturam os estressores do trabalho e da vida cotidiana. A pessoa, além das habituais responsabilidades ocupacionais, da alta competitividade exigida pelas empresas, das necessidades de aprendizado constante, tem que lidar com os estressores normais da vida em sociedade, como a segurança social, a manutenção da família, as exigências culturais, etc. É bem possível que todos esses novos desafios superem os limites adaptativos levando ao estresse. 7 Atualmente as organizações estão requerendo que as pessoas produzam cada vez mais e melhor. É necessário trabalhar em conjunto, aumentar os relacionamentos sociais, intercambiar ideias e conhecimentos, agregar valor, participar de decisões e alcançar consenso. Para isso é necessário ter líderes em um contexto de liderança. Um departamento de recursos humanos que se preocupa em ouvir seus executivos tem mais chances de ser bem-sucedido em sua árdua tarefa de motivar e desenvolver pessoas. Além disso, pode oferecer nos casos apropriados, ferramentas e processos de desenvolvimento de competências como mentoring e coaching. Além de aprender metodologias úteis em decisões empresariais, o executivo tem alguém para compartilhar suas angústias, dúvidas e inseguranças que, de outro modo, ficariam escondidas. Encontrar alguém de alto nível para trocar ideias sob um sigilo confortador auxiliaa pessoa a elevar sua capacidade de criar opções, pensar em voz alta e desabafar em um espaço protegido. Isso reduz o estresse, aumenta as alternativas de soluções para os negócios e a vida pessoal e eleva a estima do executivo para enfrentar as adversidades. A gestão estratégica envolve um comportamento proativo e exige a participação de todos na empresa através do incentivo ao comportamento empreendedor. Lobato(2006, p.34) defende que: “Para conduzir a gestão estratégica competitiva, a organização deve compreender, de forma coletiva, os limites de suas forças e competências para melhor conhecer o meio ambiente e poder converter em sucesso as oportunidades existentes.” As empresas estão sempre mudando para se adaptar ao mercado e continuarem sendo competitivas frente a concorrência. No entanto, a mudança não deve ocorrer apenas de maneira aleatória, é preciso planejar os processos de mudanças nas organizações, pois eles envolvem muitos aspectos que precisam ser verificados com cautela, como as pessoas e os recursos necessários para as alterações. 8 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o passar do tempo a gestão de pessoas passou por grandes mudanças, e com isso ela vem sendo cada vez mais reconhecida como a função que traz o diferencial dentro das organizações. Verifica-se a partir daí que as pessoas necessitam de cuidados dentro da empresa e que precisam ser acompanhadas para melhorar seu desempenho. A qualidade de vida no trabalho é um tema que vem crescendo e chamando atenção no ambiente organizacional, até porque é uma ferramenta considerada importante no processo de manter potenciais na organização. Diante das mudanças que cercam o ambiente organizacional – a globalização, a inovação e a tecnologia – as organizações estão cada vez mais dependentes do capital intelectual, fonte vital no processo de agregar vantagem competitiva. Assim, organizações que não implantarem modelos de gestão capazes de manter os profissionais talentosos, correm o risco de perdê-los. O sucesso não é para ser sinônimo de sofrimento, mas, sozinho, sem preparo e método, a vida executiva pode ser um caminho penoso, de muita ansiedade, angústia e estresse. Temos de ser bem-sucedidos em nossa carreira e na vida particular, mas com saúde física, mental e emocional. E, para fazer isso acontecer, ainda é mais apropriado estar acompanhado do que sozinho. 9 REFERÊNCIAS BACCARO, Thais Accioly. Comunicação, Clima e Cultura Organizacional. DUCCI, Larissa Z; OLIVEIRA, Elisete A, Zanpronio. RH - Módulo II - Gestão de Pessoas I - Administração - Módulo V. RAMPAZZO, Lisneia Aparecida; RICIERI, Marilucia. Psicologia Organizacional e do Trabalho RH - Módulo II. DUCCI, Larissa Z; OLIIVEIRA, Elisete A. Zanpronio. Gestão de Pessoas I - Administração - Módulo V. DUCCI, Larissa Z.; ELGENNENI, Sara Maria De Melo. Gestão de Pessoas II - Administração - Módulo VI.
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