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resumo anti hipertensivos II

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ANTIHIPERTENSIVOS I
Fármacos atuarão sobre o DC, ou sobre RVP ou ambos.
Para reduzir o DC: diminuem a contratilidade do miocárdio, diminuem a pressão de enchimento ventricular (diminuindo o volume plasmático e assim interferindo na pressão do enchimento ventricular – ex: diuréticos) e atuam no sistema venoso diminuindo a pré carga.
Para reduzir a RVP: promovem vasodilatação do músculo liso vascular ou diminuem a atividade do sistema nervoso simpático e assim impedem a vasoconstrição.
AGENTES SIMPATICOLÍTICOS:
1. DE AÇÃO CENTRAL
Exemplos: METILDOPA, CLONIDINA, GUANABENZO E GUANFACINA.
Metildopa
Pró fármaco, sua ação será realizada pelo metabólito ativo. Não é fármaco de 1ª escolha por ter risco de anemia hemolítica e hepatotoxicidade. Indicado para o final da gravidez. 
Adm feita na forma inativa, é transportado para o SNC onde irá atuar em neurônios noradrenérgicos. No citoplasma do SNC se torna ativo, transformando-se em alfa-metilnorepinefrina para poder ser armazenado em vesículas secretoras de NA e ser liberado a cada despolarização. Assim, a NA não é mais liberada das vesículas.
A alfa-metilnorepinefrina age com agonista de receptor alfa 2 adrenérgico pré-sináptico (autorreceptor) no tronco cerebral. Assim, ela contribui para a redução da liberação de NA, reduzindo a produção de sinais vasoconstritores.
Efeito farmacológico: redução da NA e da secreção de renina.
Uso prolongado pode causar retenção de sal e água porque reduz o fluxo sanguíneo renal. Em jovens causa diminuição do DC, RVP e FC. Em idosos, reduz DC pois reduz FC, e ainda, o volume sistólico fica diminuído porque o fármaco promove vasodilatação venosa, diminuindo a pré-carga. A metildopa pode causar também hipotensão postural pouco intensa, pois o medicamento atenua apenas a vasoconstrição.
Efeitos adversos: sedação temporária, inibição dos centros do estado de vigília e alerta, depressão, xerostomia, redução da libido e sinais de parkinsonismo. Ocorre também hiperprolactinemia devido ao acúmulo de metildopamina em neurônio dopaminérgico, que tem como consequência a diminuição da liberação de dopamina. Cuidado com pacientes com disfunção no nodo sinoatrial, já que a metildopa pode precipitar uma parada sinusal.
Agonistas seletivos de receptor alfa 2
Clonidina, guanabenzo e guanfacina
São fármacos que estimulam o subtipo alfa2A dos receptores alfa 2 adrenérgicos no tronco cerebral. Fazem a redução das [ ] plasmáticas de NA, dando efeito hipotensor.
Efeitos farmacológicos: redução do DC e RVP.
São usados em pacientes que não deram certo com outros anti-hipertensivos. Nunca em monoterapia.
Diminuem a liberação de NA periférica -> diminuição do estímulo noradrenérgicos -> diminuição da [ ] plasmática de NA -> diminuição do DC (pois reduz NA no músculo cardíaco) e diminuição da RVP (porque diminui NA atuando nos receptores alfa 1, tendo menos vasoconstrição).
Efeitos adversos: sedação, xerostomia, ressecamento da mucosa nasal e olhos, edema e dor nas glândulas parótidas, disfunção erétil e hipotensão postural. Os efeitos colaterais menos comuns são distúrbios do sono, inquietação e depressão. Os efeitos cardíacos incluem bradicardia (diminui DC) em pacientes com disfunção no nodo sinoatrial e parada de condução em pacientes com disfunção no nodo AV.
2. BLOQUEADORES DE NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS
Exemplos: GUANADREL, RESERPINA E METIROSINA.
Guanadrel
Inibe a função dos neurônios adrenérgicos pós ganglionares periféricos simpáticos. Funciona como um falso NT exógeno, é acumulado no local da NA e armazenado em sua vesícula pós ganglionar, sendo liberado nas despolarizações. Porém é inativo nos receptores adrenérgicos – não excita receptor alfa e beta adrenérgico – logo o fármaco inibe os efeitos do NT endógeno. A NA fica no citosol até ser degradada pela MAO, tendo pouca liberação de NA periférica.
Adm crônica causa depleção de NA das vesículas pós ganglionares.
A adm por via oral é melhor que a IV, pois permite que a NA seja liberada lentamente das vesículas, podendo, assim, ser degradada pela MAO não causando taquicardia.
Efeito farmacológico: redução da RVP e DC. 
Efeitos adversos: hipotensão sintomática (cefaleia, rubor) durante a posição ortostática, exercício físico, uso de bebidas alcóolicas ou em locais de clima quente; resultado da falta de compensação simpática para esses estresses, já que houve bloqueio simpático pelo fármaco. Fadiga e cansaço podem aparecer associados à hipotensão. Disfunção sexual com ejaculação tardia, além de diarreias, podem ocorrer.
Não é indicado em monoterapias, não é muito usado. Dose indicada não pode aumentar de 20 mg/dia.
Reserpina
Liga-se fortemente às vesículas de neurônios noradrenérgicos centrais e periféricos. Inibe o transportador de catecolaminas vesiculares, de modo que as terminações nervosas perdem a capacidade de concentrar e armazenar NA e dopamina, tendo há longo prazo, depleção das aminas.
As catecolaminas vazam para o citosol, onde são degradadas pela MAO. Assim, pouca ou nenhuma catecolamina é liberada pelas terminações nervosas.
A recuperação da função simpática requer a síntese de novas vesículas de armazenamento, o que pode levar dias a semanas depois da interrupção do fármaco. Portanto, se ocorrer depleção de aminas no tratamento a longo prazo, se interrompe o uso da Reserpina e, então, ocorrerá a recuperação da função (síntese de novas vesículas), a qual demorará um tempo.
Efeitos farmacológicos: redução do DC e da RVP (quadros de hipotensão postural). Haverá também redução da FC e da liberação de renina, devido a queda de NA no complexo justaglomerular. Ocorre retenção de sal e água já que o fluxo sanguíneo renal está diminuído, por isso pode-se associar diuréticos na terapia.
Toxicidade: sedação, incapacidade de concentração e de realizar tarefas complexas. Pode haver também obstrução nasal. O efeito mais grave é a depressão psicótica ocasional, que pode levar a morte. Por isso não é usada em pacientes com histórico de depressão.
É usada em doses baixas com diuréticos no tratamento da hipertensão em pacientes idosos.
Metirosina
Inibe a enzima tirosina hidroxilase, a qual é a enzima chave das catecolaminas, responsável pela conversão de tirosina em DOPA. Dessa forma, diminui a síntese de catecolaminas em 30-80% em pacientes com feocromatina (tumor produtor de catecolaminas).
3. ANTAGONISTAS DE RECEPTORES B ADRENÉRGICOS
Exemplos: PROPANOLOL, ATENOLOL E METOPROLOL.
Propranolol = não seletivo, atua como antagonista de receptor B1 e B2
Atenolol e metoprolol = seletivos para receptor B1
Impedem a ação da NA no receptor B1 do músculo cardíaco, pois competem com ela levando a redução da [ ] intracelular de cálcio.
A NA iria ativar a proteína Gs quando ligada ao receptor B1, que levaria a ativação de adenilato ciclase e então, formação de AMPc. Este iria ativar a proteína cinase A, a qual fosforilaria canal de Ca e abriria este canal permitindo a entrada de Ca na célula. O cálcio é responsável pelo aumento da FC, contratilidade e do DC (favorece o automatismo).
Mecanismo de ação: atuam reduzindo a contratilidade do miocárdio, FC e o DC. Uma consequência importante é o bloqueio da ação da NA nos receptores B1 no complexo justaglomerular, o que reduz a secreção de renina e assim, angiotensina II e aldosterona. Essa ação diminui a vasoconstrição sistêmica e diminui a reabsorção de sódio e água, o que favorece a redução da PA.
Efeito farmacológico: reduzir PA.
São antiarrítmicos (reduzem a velocidade de condução do estímulo no nodo AV – usados para fibrilação ou taquicardia ventricular) e diminuem o automatismo (reduzindo a FC - para fibrilação atrial ou taquicardia atrial).
Efeitos adversos: evitar em pacientes com doenças respiratórias (asma). Os receptores B2 são importantes para promoção da broncodilatação em pacientes com doenças broncoespásticas, assim, se bloqueados, podem aumentar a resistência das vias aéreas desses pacientes. No caso de asmáticos, o uso de fármacos seletivos ao bloqueio de receptor B1 são menos capazes dedesenvolver um broncoespasmo. Há também como efeito adverso a disfunção no nodo sinoatrial e /ou AV (principalmente em pessoas que usam ao mesmo tempo B bloqueadores e inibidores do canal de cálcio). Esse efeito adverso pode causar bradicardia e comprometimento da função elétrica. Pode-se tem também fadiga, depressão e broncoespasmos.
Não causam retenção de Na e água. São usados para hipertensos que tiveram infarto agudo do miocárdio, cardiopatia isquêmica e insuficiência cardíaca congestiva, para impedir o excesso de atividade simpática que essas doenças gerariam.
Efeitos colaterais: hipoglicemia (usar apenas B1 seletivo para não ocorrer), feocromocitoma (usar B e alfa adrenérgicos) e disfunção no nodo AS e AV (bloqueio de condução).
São menos responsivos quem tem menor produção de renina: idosos e afro.
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES ALFA 1 ADRENÉRGICO
Exemplos: PRAZOSINA, TERASOZINA E DOXASOZINA.
Adm em dose única diária.
A NA atuando em receptor alfa 1 causa vasoconstrição pois se liga a proteína Gq, ativando a fosfolipase C que leva a produção de diacilglicerol e IP3. Dessa forma, há abertura dos canais de Ca do retículo endoplasmático, liberando Ca para o citoplasma. Este Ca se ligará à calmodulina no músculo liso, gerando a sua ação.
Efeitos farmacológicos: bloqueio de receptores alfa 1, gerando inibição da ação das catecolaminas endógenas e por isso, inibindo a vasoconstrição. O resultado é a redução da RVP e consequente redução da PA. A queda da PA sofre oposição pelos reflexos dos barroreceptores que causam aumento da FC e da atividade da renina plasmática. Entretanto, durante terapia prolongada começa haver tolerância a esses efeitos, e assim, a RVP, a atividade da renina e DC voltam ao normal e a vasodilatação persiste.
Fluxo sanguíneo renal não sofre alteração. Pode haver hipotensão postural de graus variáveis (mais comuns no início do tratamento), embora dependa do volume plasmático do indivíduo.
Ocorre retenção de sal e água, o que atenua a hipotensão postural. Como efeito positivo tem-se a redução das [ ] plasmáticas dos triglicerídeos e LDL, e aumento do HDL (regulação positiva do perfil lipídico)
Efeitos adversos: fenômeno da 1ª dose -> hipotensão postural depois de 30-90 min da adm da 1ª dose do fármaco. Ocorre em 50% dos pacientes e tende a desaparecer em 2 semanas.
Não são indicados em monoterapias. Usa-se junto outros anti-hipertensivos como b bloqueadores (potencializam a eficácia do alfa 1 bloqueador), diuréticos e outros para controlar a PA.
Antagonistas de alfa 1 e B2 combinados
LABETALOL: mistura de antagonista de receptor alfa 1 com agonista parcial de B2. Graças a sua capacidade de bloquear receptores alfa 1 adrenérgicos, a adm IV pode reduzir a PA rapidamente, sendo útil em casos emergenciais. Pode ser usado na gravidez.
CARVEDILOL: antagonista de receptor alfa 1 e B2, sendo mais potente no seu efeito antagonista de B2 10x mais que antagonista de alfa 1.

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