Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lei Penal Especial - Aula 01 Lei 11.343/2006 - Lei de Drogas ou Antidrogas - Art. 1, §único - Norma penal em Branco Heterogênea - Complemento Anvisa (Portaria 344/98) Usuário - Art. 28: Porte de Drogas para Consumo pessoal. 5 (cinco) núcleos do tipo, verbos, condutas: 1 - Adquirir; 2 - Guardar; 3 - Transportar; 4 - Ter em depósito; 5 - Trouxer consigo; Houve a descriminalização ou despenalização? O usuário nunca vai preso. Não há privativa de liberdade. Lei de Drogas - Lei 11.343/2006 A partir dessa lei o usuário não será preso, bastando penas alternativas ou restritivas de direito. Ainda que o usuário descumpra as penas alternativas, mesmo assim ele nunca será preso; Ocorrerá a admoestação verbal e pena de multa (art. 28, §6 da Lei de Drogas - Descumprimento das penas alternativas) Em relação aos prazos dessas penas, caso o indivíduo seja reincidente o prazo será maior. Para o usuário não existe inquérito policial, trata-se de termo substanciado; segue o procedimento do JECRIM; o laudo é feito pelo instituto criminalística; Com a lei não houve a descriminalização, o usuário continua enquadrado como crime. Na verdade, como não há aplicação da pena restritiva de liberdade, o termo correto a ser empregado seria descarcerização. Drogas são produtos ou substancias capazes de criar dependência. O artigo 1º, § único é uma norma penal em branco, ou seja, "necessita recorrer a outro dispositivo". Pode ser: Homogênea - Se recorre a norma de mesma hierarquia; Heterogênea - Aqui a hierarquia é diferente. No caso em tela, corresponde a portaria 344/98 da Anvisa. Ainda que a substancia seja considerada droga e não estiver escrita no rol da Anvisa, não será considerada droga para efeito da Lei de Drogas. Exemplo: Cola de Sapateiro não um produto proibido, mas deve ter sua venda controlada. Outro Exemplo: Anabolizante, pois a venda deve ser controlada. Devemos lembrar que quando houver menor deverá se observar o E.C.A (Estatuto da Criança e do Adolescente) - Art. 243 (Os maiores, respondem pelo E.C.A) Próxima aula, analisaremos o artigo 28 da referida lei. AULA 02 (CONTINUAÇÃO) O prazo máximo dessas penas é de cinco meses se reincidente será no máximo 10 (dez) meses. Como diz Bezerra da Silva “não há flagrante quando a fumaça já subiu para cuca”. O artigo 28 não pune o uso e sim o porte. Se levado a delegacia será feito um termo circunstancial e encaminhará para o JECRIM. Artigo 28, §6 – Não cumprido os requisitos anteriores o usuário será admoestado verbalmente e sofrerá aplicação da multa. Artigo 31 – O ministério da saúde pode para fins medicinais e científicos ou para rituais religiosos (santo daime) autorizar mediante portaria a produção, o transporte, a fabricação ou qualquer um dos verbos do art. 31 e essa autorização tem local determinado e fiscalizado pelo poder público. O núcleo do tipo do artigo 28 também estão inclusos no artigo 33. Neste caso, caberá a possibilidade de se enquadrar como tráfico. O simples transporte caracteriza o réu como traficante. Pode o policial se disfarçar de usuário. Existe uma súmula do STF “145”. O flagrante preparado é crime impossível. No entanto, não cabe o flagrante preparado, mas o indivíduo já tinha consumado o crime quando foi buscar a droga em depósito. O tráfico é crime comum ou próprio? R: Trata-se de um crime comum, mas temos a existência de dois verbos que necessitam de qualificação neste caso: prescrever e ministrar. O tráfico é crime doloso. Nota. Culpa é (imprudência, negligência e imperícia) A droga é de quem está com ela. O traficante sempre tem intuito de lucro. Por mais que ele dê a droga gratuitamente. (Caracterizará a intenção de lucro) No artigo 33, §3 (o réu será tratado como intermediário) Artigo 33, §3 – LEI DE DROGAS Oferecer droga (não está falando em vender) Caráter eventual (Não há objetivo nenhum de lucro) O Cedente eventual também é usuário. Esse crime do §3 é formal, pois se consome independente do resultado; ele foi cometido no oferecimento. §4 – Trata do traficante privilegiado, haverá pra ele causa de diminuição de pena; a expressão “vedada a conversão em restritiva de direitos” conforme resolução 5 foi suspensa pelo Senado Federal. O T (tráfico) T (tortura) T (terrorismo) foi equiparado pela C.F aos crimes hediondos. Neste caso, o regime inicial é o fechado. O HC 111.840 que disse sobre o princípio da inconstitucionalidade da pena. É inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ferir o princípio da individualidade da pena no regime fechado nos crimes hediondos equiparados e isso se deu no HC 111. 840 do traficante privilegiado. Art. 35 – Associação para o tráfico Trata-se de crime formal; a mera associação configura o crime; se o associado traficar haverá concurso material. (primeira corrente) Temos também o princípio da concussão (crime maior absorve o menor). Segunda corrente. Art. 36 – Financiador do tráfico (sem novidade) Art. 37 – O artigo prevê a questão do contribuidor com a associação; agora, se a contribuição for em relação a somente um (sem organização) o fato será atípico. Art. 40 – Causas de aumento. II – Policial IV – Arma de fogo VI – Envolver criança VII – Este não é considerado, pois já existe a figura do financiador. (não considerado) Art. 41 – Delação Premiada Tem que ser voluntária; é causa de diminuição de pena; precisa ser efetivada; necessita trazer ou recuperar total ou parcialmente os produtos do crime; Art. 42 – O que deve preponderar é o artigo 42 e não o 59 (dosimetria da pena) Art. 44 – desconsiderar a “vedação”. Também desconsiderar a liberdade provisória, pois essa pode sim. O que não pode nos crimes hediondos é graça, indulto, anistia e fiança. Nota. Liberdade provisória é aquela que embora você tenha sido condenado. A liberdade provisória tem dois tipos: com fiança e sem fiança; Art. 45 – Neste, estamos diante da inimputabilidade; a depender da gravidade e se ele não entende nada do que praticou; outro caso é o caso fortuito ou força maior. Art. 46 – Neste, estamos diante da semi imputabilidade. LEI 8.072/90 – CRIMES HEDIONDOS São os crimes mais graves que aos olhos do legislador são mais gravosos na sociedade. Não pode nos crimes hediondos: graça, anistia, indulto e fiança. A questão da fiança é uma mazela do legislativo; tudo o que servir para o hediondos. O artigo 1 traz em seu bojo um rol taxativo. Crime hediondo também é a tentativa. (artigo 1. Caput) O único crime que não está na lei dos hediondos mas é hediondo é o crime de genocídio. Homicídio qualificado “sempre e Hediondo” Homicídio simples “não é hediondo”. O simples só será hediondo se for realizado por grupo de extermínio. Grupo de extermínio. É a pessoa ou as pessoas que age ou agem como se estado fosse ou fossem e a fazem justiça com as próprias mãos. Ex. São os justiceiros “matadores de aluguel, pois aos olhos deste grupo às vítimas são criminosas”. Nota. Homicídio cometido por milícia é causa de aumento de pena. O artigo 1, A – Trata sobre o agente público “em razão dessa condição”. Este inciso foi estendido ao cônjuge e até para os parentes de 3º grau. O inciso VI – em nenhum momento apresenta violência ou grave ameaça; Parágrafo único. Tentado ou consumado. Art. 02 – Anistia. É o perdão dos fatos criminosos praticados, é o esquecimento jurídico dos fatos de modo que se o anistiado vier a praticar um novo crime não será se quer considerado reincidente. Graça: é o perdão individual e que deve ser requerida caso a caso, já o indulto é o perdão coletivo concedido de forma automática. §1 do artigo 02 – Este parágrafo embora na lei já foi considerado inconstitucional por ferir o princípio da individualização da pena. A inconstitucionalidade se deu em razão do precedente quando do julgamento do HC do STF 11.840 do Traficante Privilegiado que faz jus ao regime Semi Aberto, Aberto e inclusive a conversão de pena privativa de liberdade em restritivas de direito. § 2: 2/5 + ou– 40% da Pena 3/5 + ou – 60% da pena. § 3 PROVA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Parágrafo único: Delação premiada Delação premiada é uma causa especial de redução de pena. CRIME DE TORTURA – LEI 9455/1997 É crime hediondo equiparado. O dolo na lesão corporal é diferente da tortura; na tortura o dolo é sádico, o agente humilha suas vítimas; você consegue diferenciar pelo dolo do sujeito ativo; a tortura também pode ser mental; no crime de tortura as provas devem estar mais robustas; Lei 9.455/97 Art. 01 (as três alíneas tem em comum o dolo específico). Trata-se de um crime comum; é chamada ela doutrina de tortura prova; ou ainda, de confissão; ou ainda, persecutória; Essa é a tortura crime; a vítima mediante violência é obrigada a provocar ação ou omissão de natureza criminosa; o torturador responde pela tortura mais o crime que ele mandou a vítima praticar. Neste caso deve se lembrar sobre o rol taxativo; a descriminalização é em relação a raça ou religião; do contrário será enquadrado como lesão corporal, sendo grave poderá ser aplicado tentativa de homicídio; nada a comentar. II – Trata-se da tortura castigo. Só pode praticar tortura castigo quem detém “guarda, poder ou autoridade”. (crime próprio); o dolo é específico (vontade de praticar o castigo). A diferença está no dolo. O crime de maus tratos e o crime de castigo são cometidos frequentemente em nosso cotidiano, mas a condenação pela prática da tortura e mais complexa exigindo um conjunto probatório mais robusto e eficiente. A diferença reside no elemento subjetivo na finalidade do sujeito ativo, ou seja, no seu dolo. Se a intenão do agente é aplicar um corretivo “animus corrigendi” e acaba por se exceder o crime a ser reconhecido é o de maus tratos. Não é proibido corrigir o filho por exemplo, o que se proíbe é o excesso nos meios de correção, porém se o sujeito age com sadismo, pura maldade, ou com o absoluto prazer de se lançar sofrimento físico ou psíquico da última estamos diante da tortura castigo.
Compartilhar