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Apostila de Literatura: Modernismo no Brasil

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Introdução
O Futurismo, o Cubismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo são os mais conhecidos movimentos da vanguarda europeia. O nome vanguarda, originário do francês avant-garde, significa “estar à frente, à dianteira de um movimento”. Nesse sentido, é empregado para denominar grupos de pessoas que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exercem papel de precursoras ou de pioneiras em determinado movimento cultural, artístico, científico etc.
Assim aconteceu com este conjunto de cincos “ismos”.
Contexto Histórico
O início do século XX foi marcado por um extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico, dos quais são exemplos o telégrafo, a eletricidade, o telefone, o cinema, o automóvel e o avião; a teoria da relatividade, de Einstein, e a teoria psicanalítica, de Freud. Vivia-se a euforia da chamada belle époque, com a valorização do conforto e do “bem viver”.
Entretanto, desde o final do século XIX, os países europeus passam por constantes sobressaltos, resultantes da instabilidade e competições políticas, o que acelerava a corrida armamentista.
Em 1914, começa a Primeira Guerra Mundial, de proporções até então desconhecidas pela humanidade, que passa a descrer nos sistemas políticos, sociais e filosóficos e a questionar os valores de seu tempo.
Dessa descrença e desses questionamentos surgem vários movimentos de vanguarda na Europa que influenciaram o Modernismo brasileiro.
Modernismo no Brasil: A Semana de Arte Moderna e os Movimentos Modernistas
Introdução
O Modernismo brasileiro não começou em 1922. Desde 1912, com o retorno de Oswald de Andrade da Europa, onde teve contato com as vanguardas, vários acontecimentos delinearam as mudanças que estavam surgindo nas artes brasileiras. Porém, o mês de fevereiro de 1922 é o marco histórico do Modernismo brasileiro.
Nos dias 13, 15 e 17, com a participação de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Vítor Brecheret, Anita Malfatti, Villa-Lobos, Di Cavalcanti e muitos outros, o Teatro Municipal de São Paulo torna-se o centro de uma verdadeira “amostra” das idéias modernistas. São lidos manifestos e poemas; expõem-se quadros e esculturas; músicas são executadas. Tudo diante de um público que reagiu com vaias e apupos. Estava “oficialmente” inaugurado o período de combate dos primeiros modernistas, que investiam, sobretudo, contra os sólidos valores parnasianos.
Contexto Histórico
A introdução de nosso país na modernidade possui íntima ligação com o vertiginoso crescimento industrial de São Paulo, que se deu a partir do início do século XX.
A chegada de um número cada vez maior de imigrantes, especialmente italianos, gerando mão-de-obra barata, e a necessidade de suprir a carência de produtos antes importados da Europa (uma decorrência da Primeira Guerra Mundial) conjugaram-se para imprimir um ritmo acelerado ao processo de urbanização e industrialização de São Paulo. A cidade torna-se, assim, símbolo de trabalho, de progresso, de modernização.
O capital proveniente das lavouras cafeeiras combina-se com o capital industrial, fazendo de São Paulo a “locomotiva que arrasta os vinte vazios”, conforme expressão da época.
Matriz em torno da qual gritavam os demais estados, a “Paulicéia desvairada”, de Mário de Andrade, toma o lugar do Rio de Janeiro, capital política do país, no seu papel de centro econômico e cultural.
Para lá convergem, então, a prosperidade, a riqueza, a necessidade de modernização.
Configura-se o status de uma nova burguesia, que se adensa com subsídios provenientes da aristocracia rural cafeeira, e também com a sensação das camadas de imigrantes bem-sucedidos, enriquecidos pelo comércio e pela indústria, cujos filhos se casavam com as filhas de fazendeiros, provocando uma fusão das elites dominantes.
As frações dessas elites mais comprometidas com o crescimento industrial incorporavam os anseios de renovação e de revitalização cultural do país, que se manifestavam através de jovens inquietos e intelectualizados, alguns dos quais aristocráticos, que chegavam da Europa trazendo idéias e propostas das vanguardas para os mais diversos campos artísticos.
Oswald de Andrade, de personalidade anarquista e irreverente, tornou-se a personagem simbólica desse processo, não apenas por suas contribuições pessoais, mas pela capacidade de descobrir novos talentos, de aglutiná-los em torno de um projeto comum.
Mário de Andrade, por sua vez, simboliza a liderança mais austera e conseqüente.
Representantes das elites detentoras do poder, tais como René Thiollier e Paulo Prado, subvencionaram a Semana de Arte Moderna, cujas reivindicações e manifestações artísticas causaram estranheza e repúdio a essas mesmas elites. Tal paradoxo não é difícil de entender: basta lembrarmos da complexidade da situação sociopolítica brasileira, nas primeiras décadas do século.
Por um lado, o domínio da nobreza fundiária ou oligárquica (proveniente da lavoura cafeeira e da pecuária) expressava-se por meio da política do café-com-leite, que só seria superada por volta de 1930, com a desvalorização internacional do preço do café (1928) e a quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929).
Por outro lado, entretanto, o descontentamento de camadas sociais marginalizadas do poder — operários, burocratas, comerciantes, pequenos proprietários, a burguesia industrial incipiente, profissionais liberais, o Exército etc. — fazia-se notar por meio de greves, como a greve geral de 1917, que indicavam o crescimento de organizações sindicalistas e de tensões que viriam a se expressar em movimentos revolucionários, como o Tenentismo (1922-1924) e a Coluna Prestes (1925). Diante desse quadro é possível compreender a oscilação entre o velho e o novo que se verificava no país.
Acontecimentos Precursores da “Semana”
A enumeração de alguns eventos que direta ou indiretamente motivaram a realização da Semana de Arte Moderna, congregando os jovens artistas modernistas, constitui uma informação importante para o reconhecimento da forma como foi se tornando realidade.
1912
Oswald de Andrade retorna da Europa, impregnado do Futurismo de Marinetti, e afirmando que “estamos atrasados cinqüenta anos em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo”. (A. Medina Rodrigues e outros. Antologia da literatura brasileira – textos comentados. São Paulo, Marco Editorial, 1979).
1913
Lasar Segall, pintor lituano, realiza “a primeira exposição de pintura não acadêmica em nosso país”, nas palavras de Mário de Andrade. (A. Medina Rodrigues e outros. Op. cit. pág. 55).
1914
Primeira exposição de pintura de Anita Malfatti, que retorna da Europa trazendo influências pós-impressionistas.
1915
Organização da revista Orpheu, com manifestos e poemas do Modernismo português, por Luís de Montalvor, chanceler da Legação Portuguesa, e Ronald de Carvalho, futuro participante da Semana.
1917
Publicação de Há uma gota de sangue em cada poema; livro de poemas de Mário de Andrade, que utilizou o pseudônimo Mário Sobral para assinar essa obra pacifista, protestando contra a Primeira Guerra Mundial.
Publicação de Moisés e Juca Mulato, poemas regionalistas de Menotti del Picchia, que conseguem sucesso junto ao público.
Publicação de A cinza das horas, de Manuel Bandeira.
O músico francês Darius Milhaud, que vive no Rio de Janeiro e entusiasma-se com o maxixe, o samba e os chorinhos de Ernesto Nazareth, encontra-se com Villa-Lobos. O então jovem compositor, já impressionado com a descoberta de Stravinski, entra em contato com a moderna música francesa.
1921
Exposições de quadros de Vicente do Rego Monteiro, em Recife e no Rio de Janeiro, explorando a temática indianista.
Mostra de desenhos e caricaturas de Di Cavalcanti, denominada “Fantoches da meia-noite”, na cidade de São Paulo.
Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Cândido Mota Filho e Mário de Andrade divulgam o Modernismo, em revistas e jornais.Mário de Andrade escreve a série Os mestres do passado, analisando esteticamente a poesia parnasiana que estava no auge da reputação literária e mostrando a necessidade de superá-la, porque a sua missão já fora cumprida.
Oswald de Andrade publica um artigo sobre os poemas de Mário de Andrade, intitulando-o “O meu poeta futurista”. A partir de então, apesar da recusa de Mário de Andrade em aceitar a designação, a palavra “futurismo” passa a ser utilizada indiscriminadamente para toda e qualquer manifestação de comportamento modernista, em tom na maioria das vezes pejorativo. Em contrapartida, os modernistas chamam de “passadistas” os defensores da tradição em geral.
A Semana de Arte Moderna
A Semana de Arte Moderna consistiu, na realidade, de três noitadas (13, 15 e 17 de fevereiro) e constituíam-se no “brado coletivo” do movimento modernista. Mas o espírito moderno já se enraizava em várias obras, artigos e manifestos desde 1917.
O espetáculo de 13 de fevereiro foi aberto com a conferência de Graça Aranha, intitulado “A emoção estética na arte moderna”, acompanhada de música de Ernani Braga e das poesias de Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida. A conferencia de Graça Aranha não chegou a causar espanto, ao contrário da música de Ernani Braga, que fazia uma sátira a Chopin, o que levaria pianista Guiomar Novaes a protestar publicamente contra os organizadores de Semana.
O segundo espetáculo, a 15 de fevereiro, anunciava como grande atração a pianista Guiomar Novaes, que, apesar do protesto, compareceu e se apresentou. Entretanto, a “atração” foi uma conferência de Menotti del Picchia sobre arte e estética ilustrada com a leitura de textos de Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Plínio Salgado entre outros; a cada leitura, o público se manifestava através de miados e latidos. Ronald de Carvalho lê “Os sapos”, de Manuel Bandeira, numa crítica aberta ao moderno parnasiano; o público faz coro, ironizando o refrão “Foi! Não foi! Foi!...”. Durante o intervalo, Mário de Andrade lê, nas escadarias do teatro, trechos de A escrava que não é Isaura.
A 17 de fevereiro, realizou-se o “terceiro e último grande festival” da Semana de Arte Moderna, com apresentações de Villa-Lobos. O público já não lotava o teatro e comportava-se mais respeitosamente. Exceto quando o Maestro Villa-Lobos entra em cena de casaca e... chinelos; o público interpreta a atitude como futurista, e vaia. Mais tarde, o maestro explicaria que não tratava de futurismo e sim de um calo arruinado.
As Correntes Modernistas
Depois da união inicial em torno da Semana, os modernistas dividiram-se em grupos e movimentos que refletiam orientações estéticas e ideológicas diversas:
Movimento Pau-Brasil. Tinha como objetivo a revalorização dos elementos primitivos da nossa cultura, através da crítica ao falso nacionalismo e da valorização de obras que redescobrissem o Brasil, seus costumes, sua cultura, seus habitantes e suas paisagens. Dele participaram, principalmente: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Raul Bopp, Alcântara Machado e Tarsila do Amaral (pintora).
Movimento Verde-Amarelo. Liderado por Plínio Salgado, Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia, e tendo uma postura nacionalista, repudiava tudo que fosse cultura importada e tentava mostrar um Brasil grandioso. Entretanto, acabou por revelar uma visão reacionária, sobretudo através de Plínio Salgado, que viria a ser o principal líder do Integralismo, movimento político brasileiro de extrema direita baseado nos moldes fascistas.
Movimento antropofágico. Radicalização do Movimento Pau-Brasil, foi lançado em 1928, e opunha-se ao conservadorismo do movimento Verde-Amarelo. Seus participantes eram os mesmos do Movimento Pau-Brasil.
Movimento espiritualista. Procurou conciliar o passado com o futuro e manteve-se preso às influências simbolistas. A universalidade dos temas, o mistério, as questões existenciais e o espiritualismo caracterizam, de maneira geral, a produção poética desta corrente que assimilou as renovações da linguagem modernistas. Tasso da Silveira, Augusto Frederico Schimidt, Murilo Araújo, Adelino Magalhães, Murilo Mendes e Cecília Meireles são os principais poetas que se aglutinaram em torno dessas idéias.
Fases do Modernismo no Brasil
Costuma-se dividir o Modernismo brasileiro em três fases. Entretanto, este é um recurso apenas didático. Poetas de uma determinada fase continuaram produzindo, alguns passando por tendências diferentes, mudando e aprimorando sua linguagem e temas.
Primeira fase (1922-1930) ou fase heróica.
De combate e destruição, quando ocorre a libertação e renovação da linguagem e são afirmados os valores estéticos do movimento.
Contexto Histórico
Realizada a Semana de Arte Moderna e ainda sob os ecos das vaias e gritarias, tem início uma primeira fase modernista, que se estende de 1922 a 1930, caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições. Este é, portanto, um período rico em manifestos e revistas de vida efêmera: são grupos em busca de definição.
Nessa década, a economia mundial caminha para um colapso, que se concretiza na quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. O Brasil vive os últimos anos da chamada República Velha, ou seja, o período de domínio político das oligarquias ligadas aos grandes proprietários rurais. Não por mera coincidência, a partir de 1922, com a revolta militar do Forte de Copacabana, o Brasil passa por um momento realmente revolucionário, que culminaria com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas.
Características
O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento com todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase modernista e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de Andrade:
... se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos e idéias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...)
Ao mesmo tempo que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: volta às origens, pesquisa de fontes quinhentistas, busca de uma “língua brasileira” (a língua falada pelo povo nas ruas), paródias, numa tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras, e valorização do início verdadeiramente brasileiro. É o tempo dos manifestos nacionalistas do Pau-Brasil e da Antropofagia, dentro da linha comandada por Oswald de Andrade, e dos manifestos do Verde-Amarelismo e do grupo da Anta, que já trazem as sementes do nacionalismo fascista comandado por Plínio Salgado.
Como se percebe já ao final da década de 20, a postura nacionalista apresenta duas vertentes distintas: de um lado, um nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade brasileira, identificado politicamente com as esquerdas; de outro, um nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes políticas de extrema direita.
Principais Autores e Obras
( Antônio de Alcântara Machado (1901-1935) – Pathé-baby; Brás, Bexiga e Barra Funda; Laranja da China; Mana Maria; Cavaquinho e saxofone (prosa).
( Cassiano Ricardo (1895-1974) – Dentro da noite; A frauta de Pã; Martim-Cererê; Deixa estar, jacaré; O sangue das horas; Jeremias Sem-Chorar (poesia).
( Guilherme de Almeida (1980-1969) – Nós; Messidor; Livro de horas de Sóror Dolorosa; A frauta que eu perdi; A flor que foi um homem; Raça (poesia).
( Juó Bananére (Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, 1892-1933) – La divina increnca (poesia).
( Manuel Bandeira (1886-1968) – A cinza das horas; Carnaval; Ritmo dissoluto; Libertinagem; Lira dos cinquent’anos; Estrela da manhã; Mafuá do malungo; Opus 10; Estrela da tarde; Estrela da vida inteira (poesia); Crônicas da província do Brasil; Itinerário de Pasárgada; Frauta de papel(prosa).
( Mário de Andrade (1893-1945) – Há uma gota de sangue em cada poema; Paulicéia desvairada; Losango cáqui; Clã do jabuti; Remate de males; Lira paulistana (poesia); Macunaíma (rapsódia); Amar, verbo intransitivo (romance); Belazarte; Contos novos (contos); A escrava que não é Isaura; Música, doce música; Namoros com a medicina; O empalhador de passarinho; Aspectos da literatura brasileira; O baile das quatro artes (ensaios); Os filhos da Candinha (crônicas).
( Menotti del Picchia (1892-1988) – Juca Mulato; Moisés; Chuva de pedras (poesia); O homem e a morte; Salomé; A tormenta (romance).
( Oswald de Andrade (1890-1954) – Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade; Cântico dos cânticos para flauta e violão (poesia); Serafim Ponte Grande; Os condenados; A estrela de absinto; A escada vermelha; Memórias sentimentais de João Miramar; Marco zero (2 v.) (romances); O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela (teatro); Um homem sem profissão I: sob as ordens de mamãe (memórias).
( Plínio Salgado (1901-1975) – O estrangeiro; O cavaleiro de Itararé (romances).
( Raul Bopp (1898-1984) – Cobra Norato; Urucungo (poesia).
( Ronald de Carvalho (1893-1935) – Toda a América; Epigramas irônicos e sentimentais; Luz gloriosa e sonetos (poesia).
Segunda fase (1930-1945) ou fase construtiva.
De estabilização das conquistas, de preocupação social e de tendências introspectiva.
SEGUNDA FASE DO MODERNIMO: Poesia
Introdução
Recebendo como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do Modernismo brasileiro se estende de 1930 a 1945.
Período extremamente rico tanto quanto à produção poética como à prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazi-fascismo e a Segunda Guerra Mundial; no plano interno, dá-se a ascensão de Getúlio Vargas e a consolidação de seu poder com a ditadura do Estado Novo. Assim é que, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia e o artista apresenta-se preocupado com o destino dos homens, o “estar-no-mundo”.
Em 1930, têm início os quinze anos da ditadura de Getúlio Vargas.
Com o objetivo de obter apoio junto às massas, Getúlio toma uma série de medidas: o país é dotado de uma legislação trabalhista e previdenciária, decreta-se o salário mínimo e adotam-se providências para a criação de um partido trabalhista.
Em 1945, é decretada a anistia para os presos políticos e são convocadas eleições para dezembro. Porém, as suspeitas de um novo golpe getulista, naquele ano, provocam o descontentamento dos militares, que, num movimento liderado pelo general Góis Monteiro, depõem o ditador.
As transformações do período getulista
Entre as transformações ocorridas no período, destacam-se:
A expansão industrial do Brasil, causada primeiramente pela depressão de 29 e, no período de 1940-45, pelas dificuldades de comércio exterior provocadas pela Segunda Guerra Mundial;
O desenvolvimento dos transportes rodoviário e aéreo;
O crescimento das cidades e o surgimento do proletariado urbano, e os conseqüentes problemas de habitação, criminalidade, saneamento etc.;
A criação de universidades, a implantação do ensino técnico e o aumento da rede escolar, sobretudo a de 1º grau, com cerca de quarenta mil escolas em 1939;
O desenvolvimento da imprensa, o aumento do número de bibliotecas e a construção de prédios públicos, o que contribuiu para a valorização da arquitetura no Brasil.
Características da Poesia
A poesia desta segunda fase do Modernismo representa um amadurecimento e um aprofundamento da conquistas da geração de 1922, percebendo-se, inclusive, a influência exercida por Mário e Oswald de Andrade sobre os jovens que iniciaram suas produções poéticas após a realização da Semana. Lembramos, a propósito, que Carlos Drummond de Andrade dedica seu livro de estréia, Alguma poesia (1930), a Mário de Andrade; Murilo Mendes, com seu livro História do Brasil, segue a trilha aberta por Oswald de Andrade, repensando a nossa história com muito humor e ironia:
Festa familiar
Em outubro de 1930
Nós fizemos — que animação! —
Um pic-nic com carabinas.
Formalmente, os novos poetas continuam a pesquisa estética iniciada na década anterior, cultivando o verso livre, a poesia sintética:
Cota zero
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Obra completa. 2. ed.
Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. p. 71)
Entretanto, é na temática que se percebe uma nova postura do artista, que passa a questionar com maior vigor a realidade e, fato extremamente importante, passa a se questionar tanto como um indivíduo em sua “tentativa de exploração e de interpretação do ‘estar-no-mundo’ “, como em seu papel de artista. O resultado é uma literatura mais construtiva e mais politizada, que não quer e não pode se afastar das profundas transformações ocorridas nesse período; daí também o surgimento de uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o intimismo, como fruto dessa inquietação: é o caso de Cecília Meireles, de uma fase de Murilo Mendes, Jorge de Lima e Vinicius de Moraes.
De qualquer forma é um tempo de definições, de compromissos, de aprofundamento das relações do eu com o mundo, mesmo com a consciência da fragilidade do eu.
Principais Autores e Obras
( Augusto Frederico Schmidt (1906-1965) – Navio perdido; Pássaro cego; Desaparição da amada; Canto da noite; Estrela solitária.
( Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Alguma poesia; Brejo das almas; Sentimento do mundo; A rosa do povo; Claro enigma; Viola de bolso; Fazendeiro do ar; Viola de bolso novamente encordoada; Lição de coisas; Versiprosa; Boitempo; Reunião; As impurezas do branco; Menino antigo; O marginal Clorindo Gato; Corpo (poesia); Confissões de minas; O gerente; Contos de aprendiz (prosa).
( Cecília Meireles (1901-1964) – Espectros; Nunca mais; Metal rosicler; Viagem; Vaga música; Mar absoluto; Retrato natural; Romanceiro da Inconfidência; Solombra; Ou isto ou aquilo (poesia); Girofê giroflá; Escolha seu sonho (prosa).
( Jorge de Lima (1895-1953) – XIV alexandrinos; O mundo do menino impossível; Tempo e eternidade (com Murilo Mendes); Quatro poemas negros; A túnica inconsútil; Livro de sonetos; Anunciação e encontro de Mira-Celi; Invenção de Orfeu (poesia); Salomão e as mulheres; Calunga; Guerra dentro do beco (prosa).
( Murilo Mendes (1901-1975) – História do Brasil; A poesia em pânico; O visionário; As metamorfoses; Mundo enigma; Poesia liberdade; Contemplação de Ouro Preto (poesia); O discípulo dos Emaús; A idade do serrote; Poliedro (prosa).
( Vinicius de Moraes (1913-1980) – O caminho para a distância; Forma e exegese; Ariana, a mulher; Cinco elegias; Para viver um grande amor (poesia); Orfeu da Conceição (teatro).
SEGUNDA FASE DO MODERNIMO: Prosa
Introdução
O período de 1930 a 1945 registrou a estréia de alguns dos nomes mais significativos do romance brasileiro. Assim é que, refletindo o mesmo momento histórico e apresentando as mesmas preocupações dos poetas da década de 30, encontramos autores como José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo, que produzem uma literatura de caráter mais construtivo, de maturidade, aproveitando as conquistas da geração de 1922 e sua prosa inovadora.
Esses escritores se distribuem, basicamente, em três vertentes:
1) Prosa regionalista.
As raízes do regionalismo já se encontravam no século anterior, com O sertanejo, de José de Alencar, e O Cabeleira, de Franklin Távora.
Em 1926, cria-se o Centro Regionalista e realiza-se o Primeiro Congresso Brasileiro de Regionalismo, resultantes de uma intensa campanha de revalorização das tradições regionais, sobretudo por meio do sociólogo Gilberto Freire.
A preocupação com a revalorização do Nordeste deve-se em parte ao deslocamento do eixo econômico e cultural para o Sul, quando a indústriaaçucareira começa a decair.
O regionalismo de 30 soube revelar o drama da seca e das retiradas, a submissão do homem ao latifundiário, a ignorância e as mazelas políticas da região Nordeste.
A bagaceira, de José Américo de Almeida, é a obra inaugural, e seu prefácio, intitulado “Antes que me falem”, constitui um autêntico manifesto do regionalismo de então. A seguir, publicam-se, entre outros, O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz, O país do carnaval (1931), de Jorge Amado, e Menino de engenho (1932), de José Lins do Rego. Em 1938, Graciliano Ramos publica Vidas secas, a obra máxima do romance nordestino.
2) Prosa urbana.
José Geraldo Vieira, Érico Veríssimo e Marques Rebelo são os que mais se destacaram ao retratar o ambiente e as personagens das grandes cidades de então.
3) Prosa intimista.
Os conflitos humanos e as questões psicológicas aparecem nas obras de Lúcio Cardoso, Dionélio Machado e Otávio de Faria. No final do período, surge um dos maiores nomes da literatura brasileira, Clarice Lispector, que merece considerações à parte.
Principais Autores e Obras
( Cornélio Pena (1896-1958) – Fronteira; Repouso; A menina morta.
( Cyro dos Anjos (1906-1994) – O amanuense Belmiro; Abdias; A montanha.
( Érico Veríssimo (1905-1975) – Clarissa; Música ao longe; Um lugar ao sol; Olhai os lírios do campo; O resto é silêncio; Noite; O tempo e o vento (O continente, O retrato e O arquipélago); O senhor embaixador; Incidente em Antares.
( Graciliano Ramos (1892-1953) – Angústia; Caetés; São Bernardo; Vidas secas; Infância; Insônia; Memórias do cárcere; Viagem.
( Jorge Amado (1912) – O país do carnaval; Cacau; Suor; Capitães de areia; Jubiabá; Seara vermelha; Terras do sem-fim; São Jorge dos Ilhéus; O cavaleiro da esperança; Gabriela, cravo e canela; Os pastores da noite; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos milagres; Tieta do agreste; Tereza Batista cansada de guerra; Tocaia grande; O sumiço da santa.
( José Américo de Almeida (1887-1980) – A bagaceira; O boqueirão; Coiteiros.
( José Lins do Rego (1901-1957) – Menino de engenho; Doidinho; Bangüê; O moleque Ricardo; Usina; Pedra Bonita; Fogo morto; Riacho doce; Pureza; Água-mãe; Eurídice.
( Lúcio Cardoso (1913-1968) – Maleita; Mãos vazias; O desconhecido; Crônica da casa assassinada; O viajante.
( Marques Rebelo (1907-1973) – Oscarina; Marafa; A estrela sobe; O espelho partido.
( Otávio de Faria (1908-1980) – Tragédia burguesa.
( Patrícia Galvão (1910-1962) – Parque industrial; A famosa revista (em parceria com Geraldo Ferraz).
( Rachel de Queiroz (1910) – O Quinze; João Miguel; Caminho de pedras; As três Marias (romances); Lampião; A beata Maria do Egito (teatro).
Terceira fase (1945 em diante) ou fase de reflexão.
De ponderação sobre a linguagem (metalinguagem), com retorno a alguns modelos estilísticos tradicionais, ao que se soma uma temática universalista.
A partir de 1950, surgem novas tendências em poesia, como o Concretismo, o Neoconcretismo, a Poesia-práxis e o Poema-processo, que serão estudados oportunamente.
Introdução
Por volta de 1945, tornou a ser problematizada, com bastante ênfase, a linguagem literária brasileira, provavelmente em decorrência de uma série de fatos que causaram profundas transformações e traumas em nossa sociedade, fatos estes ocorridos num período que se estende de 1945 a 1985.
CONTEXTO HISTÓRICO
Da queda de Getúlio aos anos JK (1945-1956)
Em 1945, Getúlio Vargas é deposto, depois de quinze anos de governo ditatorial. Eurico Gaspar Dutra assume a presidência, promulga-se uma nova Constituição, e o país retorna aos princípios democráticos.
Embora deposto, Getúlio mantém o seu prestígio e vence as eleições de 1950. A forte oposição ao seu governo leva-o a suicidar-se na madrugada de 24 de agosto de 1954. João Café Filho assume o poder, até 1956.
Os anos JK (1956-1960)
Juscelino Kubitschek assume a presidência em janeiro de 1956 e dá início ao seu projeto de realizar cinqüenta anos em cinco: constrói hidrelétricas e estradas; incentiva a instalação de fábricas de automóveis, aviões e navios e constrói Brasília, para onde mudaria a capital do país em 1960.
O clima democrático, renovador e moderno do seu governo favorece as artes: surgem a Bossa Nova e o Cinema Novo, o teatro passa por profundas transformações, com o trabalho desenvolvido pelo Teatro de Arena e pelo Teatro Brasileiro de Comédia. Paralelamente, a literatura renova-se, sobretudo com Clarice Lispector e Guimarães Rosa. É também o grande momento da crônica, com Fernando Sabino, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade.
Em janeiro de 1961, Juscelino passa a faixa presidencial para Jânio Quadros.
Jânio, Jango e a ditadura (1961-1964)
Jânio Quadros renuncia sete meses depois. João Goulart (Jango) assume o governo, sob o sistema parlamentarista, com a chefia do executivo a cargo do primeiro-ministro e do Conselho de Ministros, restando ao presidente apenas a função de chefe de Estado.
Com o fim do regime parlamentarista, em 1963, João Goulart resolve tomar medidas de caráter econômico e social, entre elas a regulamentação da remessa de lucros para o exterior, o projeto de reforma agrária e a nacionalização de algumas empresas multinacionais. Um golpe militar, em 1º de abril de 1964, financiado pelos Estados Unidos e grupos econômicos brasileiros, depõe o presidente. O general Castelo Branco assume a presidência da República.
Os anos de autoritarismo (1964-1984)
De 1964 a 1984, o Brasil foi governado por militares: Castelo Branco (64-67); Costa e Silva (67-69); Garrastazu Médici (69-74); Ernesto Geisel (74-79) e João Baptista Figueiredo (79-84).
Trata-se de um dos períodos mais tristes da nossa história, com a supressão das liberdades democráticas, a cassação de mandatos políticos, a censura à imprensa e aos meios de comunicação e o assassinato de opositores ao regime. Institucionalizaram-se a corrupção e as chamadas mordomias dos políticos. No plano econômico, a dívida externa do Brasil, que em 1964 era de 3 bilhões de dólares, ultrapassou, no final de 1984, os 100 bilhões. A inflação de 1964, que era de 74% ao ano, atingiu cerca de 200% em 1984. A insatisfação do povo e dos empresários e a crescente crise econômica levaram à abertura política e à entrega do poder aos civis.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRODUÇÃO LITERÁRIA DA TERCEIRA FASE
Prosa
Em linhas gerais, verifica-se na prosa posterior a 1945:
A negação do compromisso com a narrativa referencial, ligada a acontecimentos e à representação realista da realidade.
O espaço exterior passa para segundo plano; a narrativa centra-se no espaço mental das personagens, realçando-lhes as características psicológicas.
Altera-se a linguagem romanesca tradicional. O texto deixa de ser a narrativa de uma aventura para tornar-se a aventura de uma narrativa. A continuidade temporal é abalada, desfazendo-se a ordem cronológica e, muitas vezes, fundindo-se presente, passado e futuro. A experimentação lingüística e temática e levada a extremos.
A prosa urbana enfoca o conflito do indivíduo diante da sociedade, e a prosa regionalista renova a sua temática e forma de expressão.
Desenvolve-se o realismo fantástico, no qual se acentua a distância entre a realidade objetiva e a expressão artística, através de uma linguagem altamente simbólica, situando a narrativa entre o estranho e o maravilhoso.
Entre os romancistas surgidos em 45, destacam-se João Guimarães Rosa e Clarice Lispector.
Poesia
A partir de 1945, a poesia brasileira adquire preocupações esteticistas, com a chamada “geração de 45”.
A “geração de 45” procurou restaurar a disciplina expressiva, o estudo da poética e a investigação verbal. Daí a retomada de formas poéticas tradicionais ao lado do verso livre, agora mais trabalhado ritmicamente e sob certo rigor e preocupação artesanal.
Entre os poetas da “geração de 45” destacam-se,entre outros, João Cabral de Melo Neto, Afonso Félix de Souza e Thiago de Melo.
Paralelamente, esses poetas foram acompanhados pelos que vinham da geração anterior.
A partir de 1950, surgem novas tendências, como o concretismo, a Poesia-práxis e o Poema/processo. Na década de 70, surge a chamada “poesia marginal”, que só a partir da década de 80 começa a ser objeto de apreciações críticas, muito pouco favoráveis.
Teatro
A encenação de Vestido de noiva, peça de Nélson Rodrigues dirigida por Ziembinski, em 1943, é um marco na renovação do teatro brasileiro. Outro passo é dado com a fundação do Teatro Brasileiro de Comédia (1948) e do Teatro de Arena, em 1953. Surgem importantes nomes na dramaturgia nacional, como Gianfrancesco Guarnieri (Eles não usam black-tie), Oduvaldo Vianna Filho (Chapetuba Futebol Clube) e Augusto Boal (Revolução na América do Sul).
Na década de 60, surgem o grupo Opinião, liderado por Denoy de Oliveira, Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho, e o Teatro Oficina, liderado por José Celso Martinez Correa.
Além dos autores citados, destacam-se Jorge Andrade (A moratória), Ariano Suassuna (Auto da compadecida), Plínio Marcos (Navalha na carne), Dias Gomes (Odorico, o Bem-Amado) e Chico Buarque de Holanda (Gota d’água, em parceria com Paulo Pontes).
Crônica
A crônica foi um dos gêneros que mais se renovou a partir do final da década de 40, registrando a fala do povo e sua psicologia e retratando o cotidiano, com humor, ironia e lirismo, numa perspectiva crítica e reveladora. Destacam-se, entre outros: Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade.
Principais Autores e Obras
Ariano Suassuna (1927) – Auto da compadecida; A pena e a lei; O santo e a porca (teatro).
Clarice Lispector (1925-1977) – Perto do coração selvagem; O ilustre; A maçã no escuro; Laços de família; A legião estrangeira; A paixão segundo G.H.; Água viva; A via-crucis do corpo; A hora da estrela; Um sopro de vida.
Ferreira Gullar (1930) – A luta corporal; João Boa-Morte; Dentro da noite veloz; Cabra marcado para morrer; Poema sujo (poesia).
Geir Campos (1924) – Rosa dos rumos; Canto claro; Operário do campo (poesia)
Guimarães Rosa (1908-1967) – Sagarana; Corpo de baile; Grande sertão: veredas; Primeiras estórias; Tutaméia: terceiras estórias; Estas estórias.
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) – Pedra do sono; O engenheiro; Psicologia da composição; Fábula de Anfion e Antiode; O cão sem plumas; O rio; Morte e vida severina; Uma faca só lâmina; Quaderna; A educação pela pedra; Auto do frade; Agrestes; Crime na Calle Relator (poesia).
Jorge Andrade (1922-1984) – A moratória; Vereda da salvação; A escada; Os ossos do barão; Senhora da boca do luxo; Rasto atrás; Milagre na cela (teatro).
Lêdo Ivo (1924) – O caminho sem aventura; A morte do Brasil; Ninho de cobra; As alianças; O sobrinho do general; A noite misteriosa (poesia); Use a passagem subterrânea (conto).
Mauro Mota (1912-1984) – Canto ao meio; Elegias (poesia).
Nelson Rodrigues (1912-1980) – Vestido de noiva; Perdoa-me por me traíres; Álbum de família; Os sete gatinhos; Viúva porém honesta; Bonitinha mas ordinária; A falecida; Boca de ouro; Beijo no asfalto; Toda nudez será castigada; A serpente (teatro); O casamento (romance).
Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992) – Sol sem tempo; Lamentação floral (poesia).
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 INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROF. MANUEL MARINHO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR: SILVANO CANGUSSU – ANO LETIVO: 2015
ESTUDANTE:_________________________________________________________ Nº:____ TURMA: 3001 ( ) 
CURSO NORMAL (INTEGRAL) – 3º ANO 3002 ( )
 3003 ( )
ASSUNTO: MODERNISMO NO BRASIL
	
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